sábado, 26 de outubro de 2024

Censo 2022: número de lares aumenta, mas famílias estão menores

Do total de 72 milhões de unidades domésticas no país, 15 milhões de lares são novos, em comparação com o ano de 2010. O número médio de moradores por unidade diminuiu, aproximadamente, 15% nos últimos 12 anos, aponta o Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2022, cerca de 202 milhões de pessoas viviam nos 72 milhões de domicílios particulares do país, resultando numa média de 2,8 moradores por unidade doméstica. Já em 2000, a média era de 3,7 pessoas e em 2010 de 3,3.

Cerca de 72,3% das unidades domésticas têm até 3 moradores e 28,7% apenas 2 moradores.

Do total desses moradores, 35,9% eram as pessoas responsáveis pela unidade, 20,6% eram cônjuge ou companheiro(a) de sexo diferente, 19,2% eram filhos do responsável e do cônjuge e 11,6% eram filhos somente do responsável.

maiorias dos lares compostos apenas por uma pessoa, sem a presença de nenhum outro membro, são formados por pessoas com mais de 60 anos, representando 28,7% das unidades domésticas população dessa faixa etária.

“Isso está relacionado também ao envelhecimento da população, uma vez que as pessoas idosas apresentam maior chance de morarem sozinhas em razão de diversos acontecimentos do ciclo de vida, seja em relação à morte do companheiro ou da companheira, de divórcio, da saída dos filhos dos domicílios. Portanto, essas são características importantes que ajudam a explicar o fato dos responsáveis dessa faixa de estarem sobrerepresentados na espécie de unidades unipessoais”, explica Luciene Longo, analista da divulgação.

¨      Pela 1ª vez, há mais mulheres no comando da casa do que como esposa do responsável, diz Censo

Pela primeira vez, há mais mulheres na posição de comando das casas brasileiras do que como esposa do responsável, revelam os novos dados do Censo 2022 sobre composição familiar, divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

📈 Entre as mulheres, 34,1% são as responsáveis da casa, e 25% foram apontadas como cônjuge ou companheira. O Censo de 2010 mostrava outro cenário: 22,9% eram as responsáveis, e 29,7%, as cônjuges ou companheiras.

📌Com isso, a fatia de lares comandados por mulheres cresceu e passou a ser praticamente igual à dos comandados por homens: em 2010, 39% dos lares tinham elas como responsáveis. Agora, são 49%. Os homens, que respondiam por 61%, agora estão à frente de 51%.

▶️ Para Márcio Minamiguchi, gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, isso é resultado de uma combinação de fatores que vêm mudando ao longo do tempo.

"O aumento da independência econômica das mulheres, a maior presença no mercado de trabalho e o aumento da renda contribuem para essa questão de identificação como responsáveis [da casa]", afirma o especialista.

O Censo mostrou ainda que, em 29% das casas onde as mulheres são as responsáveis, há a presença de um filho e ausência de cônjuge. Ou seja, em cerca de 3 em cada 10 lares brasileiros, as mulheres são mãe solo.

No caso dos domicílios onde o homem é responsável, só 4,4% estão nessa categoria.

<><> Divisão de acordo com o número de moradores

O Censo também analisou o tamanho das casas brasileiras em relação ao número de moradores:

¬¬¬¬ Número de moradores nas casas brasileiras

Até 3 moradores

72,4% dos lares

Com 4 moradores

16,9% dos lares

Com 5 moradores

6,7% dos lares

Com 6 moradores ou mais

4% dos lares

Fonte: IBGE

👨🏻‍👩🏻‍👧🏾‍👦 Nessa categoria, as diferenças por gênero dos responsáveis não são significativas, mas são mais marcantes quando consideramos cor ou raça.

🔍 Entre as mulheres pretas que comandam casas, 6% delas estão à frente de lares com mais de seis pessoas. Já entre homens brancos, o percentual cai para 2,4%.

<><> Pardos superam brancos como responsáveis pela casa

Pela primeira vez, os pardos (43,8%) superaram os brancos (43,5%) como os responsáveis pela casa. A mudança acompanha outros dados já revelados pelo Censo 2022, que mostra que o número de brasileiros que se declaram pardos se tornou o maior grupo racial do país.

¬¬¬ Divisão da população brasileira por raça

Pardos

45,3% (ou 11,9% a mais que em 2010)

Brancos

43,5%

Pretos

10,2%

Indígenas

0,8%

Amarelos

0,4%

Fonte: IBGE

➡️ A definição da cor ou raça no Censo é feita por autodeclaração. Ou seja, o morador entrevistado identifica a si mesmo de acordo com uma de cinco alternativas: branca; preta; amarela; parda; ou indígena. Havia a opção de não declarar a raça, mas só 0,005% dos entrevistados decidiram assim.

<><> Veja outros destaques dos dados do Censo sobre os lares brasileiros

<><> Veja outros dados do Censo 2022

¬¬¬¬ Número de mulheres que chefiam casa cresceu 10% em 12 anos

O número de residências chefiadas por mulheres cresceu, aproximadamente, 10% nos últimos 12 anos, de acordo com a pesquisa Censo Demográfico 2022, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, 72.522.372 unidades domésticas do Brasil têm como responsáveis pessoas do sexo feminino.

É a primeira vez que o dado avança e se equipara à chefia de lares por homens. A proporção representa uma mudança importante em relação ao Censo de 2010, quando o percentual de homens responsáveis (61,3%) era substancialmente maior do que o de mulheres (38,7%).

Em 10 estados, o percentual de mulheres responsáveis pela unidade doméstica foi maior que 50%: Pernambuco (53,9%); Sergipe (53,1%); Maranhão (53,0%); Amapá (52,9%); Ceará (52,6%); Rio de Janeiro (52,3%); Alagoas e Paraíba (51,7%); Bahia (51,0%); e Piauí (50,4%).

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“Os dados do Censo mostram que a maior parte dessas unidades da Federação estão concentradas na Região Nordeste do país. Por outro lado, os menores percentuais são encontrados em Rondônia, com 44,3%, e em Santa Catarina, com 44,6%. Percebe-se, de forma geral, que as unidades federativas acompanharam o movimento do país com aumento da proporção de unidades domésticas nas quais há responsáveis do sexo feminino”, aponta a analista da divulgação, Luciene Longo.

¨      Mulheres sustentam mais da metade dos lares em 10 estados

Em 2022, das 72.522.372 unidades domésticas do Brasil, 49,1% tinham responsáveis do sexo feminino. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a primeira vez que o número de mulheres como chefes do lar se equipara ao de homens (50,9%).  A informação consta no levantamento de Composição domiciliar e óbitos informados do Censo 2022, divulgado pelo instituto nesta sexta-feira, 25.

IBGE divulgou os dados do Censo 2022, que mostram que o percentual de mulheres responsáveis por unidades domésticas, em 10 estados do Brasil, foi maior que 50%.

A proporção representa uma mudança importante em relação ao Censo de 2010, quando o percentual de homens responsáveis (61,3%) era substancialmente maior do que o percentual de mulheres (38,7%). Por unidade doméstica entende-se o conjunto de pessoas que vivem em um domicílio particular.

A analista de divulgação do IBGE, Luciene Longo, explica que o maior número de lares formados por mulheres que sustentam sozinhas lares está localizado no Nordeste do Brasil.

“Os dados do Censo mostram que a maior parte dessas unidades da federação estão concentradas na região Nordeste do país. Por outro lado, os menores percentuais são encontrados em Rondônia, com 44,3%, e em Santa Catarina, com 44,6%. Percebe-se, de forma geral, que as unidades da federação acompanharam o movimento do país com aumento da proporção de unidades domésticas com responsáveis do sexo feminino”, destaca Luciene Longo.

  • Pernambuco: 53,9%;
  • Sergipe: 53,1%;
  • Maranhão: 53,0%;
  • Amapá: 52,9%;
  • Ceará: 52,6%;
  • Rio de Janeiro: 52,3%;
  • Alagoas e Paraíba: 51,7%;
  • Bahia: 51,0%;
  • Piauí: 50,4%.

"Os dados do Censo mostram que a maior parte dessas unidades da federação estão concentradas na Região Nordeste do país. Por outro lado, os menores percentuais são encontrados em Rondônia, com 44,3%, e em Santa Catarina, com 44,6%. Percebe-se, de forma geral, que as unidades da federação acompanharam o movimento do país com aumento da proporção de unidades domésticas com responsáveis do sexo feminino", aponta a analista da divulgação, Luciene Longo.

O levantamento também traz informações com relação à composição dos lares. Mais da metade (57,5%) das unidades domésticas eram formadas por responsável e cônjuge ou companheiro(a) de sexo diferente. O percentual era de 65,3% em 2010.

Em 2022, 0,54% do total das residências eram habitadas por casais do mesmo sexo. Apesar de pequeno o percentual, em números absolutos houve um aumento considerável em comparação com o Censo anterior. O número deste tipo de unidades domésticas passou de 59.957 em 2010 para 391.080 em 2022.

¨      Nº de lares chefiados por casal homoafetivo aumenta 552,4%

os dados do Censo 2022 que apontam para um aumento relevante no número de lares formados por casais do mesmo gênero.

Segundo o IBGE, o número de lares formados por pessoas do mesmo sexo subiu de 9.957 em 2010 para 391.158 em 2022, o que representa um crescimento de 552,4% em 12 anos.

Ao todo 57,5% dos domicílios, em 2022, eram formados por casais de sexo diferente, o que representa uma queda expressiva na proporção, visto que, em 2010, essa porcentagem era de 65,3%.

O Censo 2022 revela que 41,9% das casas não eram formadas por casais e 0,54% eram construídas por casais do mesmo sexo, proporção que, em 2010, era de 0,1%.

O gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Mitsuo Minamiguchi, explica que mesmo tendo sido um aumento percentual pequeno, o crescimento é expressivo.

“Embora ainda seja um percentual pequeno, o aumento de unidades domésticas formadas por casais do mesmo sexo foi bastante expressivo. A proporção passou de 0,10% em 2010 para 0,54% em 2022, o que representa, em números absolutos, um aumento de cerca de 60 mil para 391 mil domicílios”, destaca Márcio.

Veja a proporção de casas formadas por casais homoafetivos por estado:

Em termos de regiões, o Censo 2022 informou que as maiores proporções de domicílios com pessoa responsável e cônjuge do mesmo sexo estão localizadas no Distrito Federal (0,76%), Rio de Janeiro (0,73%) e São Paulo (0,67%). Já os estados com os menores percentuais foram Piauí (0,25%), Maranhão (0,30%) e Tocantins (0,31%).

  • Distrito Federal: 0,76%
  • Rio de Janeiro: 0,73%
  • São Paulo: 0,67%
  • Piauí: 0,25%
  • Maranhão 0,30%
  • Tocantins 0,31%

# Número de pessoas morando sozinhas chega a quase 20% no Brasil, aponta IBGE

O número de casas e apartamentos com pessoas morando sozinhas (unipessoal) cresceu no Brasil e chega a quase 20% dos lares, de acordo com dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2010, 12,2% dos lares brasileiros tinham apenas uma pessoa. Em 2022, o percentual subiu para 18,9%. O maior aumento aconteceu na faixa de pessoas entre 25 a 39 anos, que saltou de 8,3% em 2010 para 13,4% em 2022.

O crescimento do número de pessoas morando sozinhas em lares foi observado em todas as faixas etárias. No grupo etário de 60 anos ou mais, a proporção das espécies unipessoais também se sobressai, representando 28,7% das unidades domésticas.

"Isso está relacionado também ao envelhecimento da população, uma vez que as pessoas idosas apresentam maior chance de morarem sozinhas em razão de diversos acontecimentos do ciclo de vida, seja em relação à morte do companheiro ou da companheira, de divórcio, da saída dos filhos dos domicílios", explica a analista do IBGE, Luciene Longo.

<><> Percentual de pessoas morando sozinhas

# Até 17 anos: 7,6%

# 18 a 24 anos: 17,2%

# 25 a 39 anos: 13,4%

# 40 a 59 anos: 16,4%

# 60 anos ou mais: 28,7%

Regionalmente, as maiores proporções de unidades domésticas unipessoais estavam no Rio de Janeiro (23,4%), Rio Grande do Sul (22,3%) e Espírito Santo (20,6%). Já os menores percentuais foram observados no Amapá (12,0%), Amazonas (13,0%) e Pará (13,5%).

¨      Homens morrem mais do que mulheres em todas as faixas etárias até 80 anos, segundo o IBGE

Dados do último Censo mostram que homens brasileiros morrem mais do que as mulheres em quase todas as faixas etárias. A situação só se inverte nos grupos de idades mais avançadas, a partir dos 80 anos, em que a população feminina é maior do que a masculina. 

"Esse comportamento ocorre devido à maior mortalidade dos homens em todos os grupos etários, logo, em uma certa idade o número de mulheres sobreviventes é maior que o de homens e com isso também será o maior número de óbitos femininos em relação aos masculinos", explica Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE.

Segundo o Censo, entre agosto de 2021 e julho de 2022, foram informados um total de 1.326.138 óbitos no País, sendo 722.225 óbitos (54,5%) para o sexo masculino e 603.913 (45,5%) para o sexo feminino. A maior diferença no número de óbitos acontece na população com 15 a 34 anos, em que as mortes do sexo masculino são bem mais numerosas do que as do feminino.

"Isso está relacionado a uma quantidade maior de mortes por causas externas, ou violentas, que afetam menos as mulheres. Como exemplo, estão os acidentes de trânsito e homicídios", afirma Izabel.

Ainda de acordo com os dados, a maior participação de óbitos masculinos -- calculado pelos óbitos de homens divididos pelos de mulheres -- está no grupo de 20 a 24 anos. Nessa faixa etária, ocorreu 371 óbitos masculinos para cada 100 femininos, ou seja, uma sobremortalidade masculina de aproximadamente 3,7 vezes.

Conforme o IBGE, Tocantins é o estado com a maior sobremortalidade masculina, com 150 óbitos masculinos para 100 óbitos femininos -- sobremortalidade de 1,50 vezes.

Depois, aparece Rondônia (1,48), Roraima (1,47), Mato Grosso (1,42), Amapá (1,41), Amazonas (1,37) e Pará (1,36). A menor sobremortalidade masculina foi encontrada no Rio de Janeiro (1,05). A média nacional é 1,20.

Já no grupo de 20 e 39 anos, que é o mais sujeito às mortes por causas externas ou violentas, Sergipe é o estado com a maior sobremortalidade masculina em relação à feminina, com 3,49 vezes. Na sequência, estão Ceará (3,35), Rondônia (3,31), Bahia (3,29) e Tocantins (3,28).

As menores sobremortalidades masculinas nessa faixa de idade foram encontradas em Roraima (1,85), São Paulo (2,16) e Rio de Janeiro (2,21).

 

Fonte: Metrópoles/g1/Redação Terra

 

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