Censo 2022: número de lares aumenta, mas
famílias estão menores
Do total de 72 milhões
de unidades domésticas no país, 15 milhões de lares são novos, em comparação com
o ano de 2010. O número médio de moradores por unidade diminuiu,
aproximadamente, 15% nos últimos 12 anos, aponta o Censo Demográfico 2022,
realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2022, cerca de 202
milhões de pessoas viviam nos 72 milhões de domicílios particulares do país,
resultando numa média de 2,8 moradores por unidade doméstica. Já em 2000, a
média era de 3,7 pessoas e em 2010 de 3,3.
Cerca de 72,3% das
unidades domésticas têm até 3 moradores e 28,7% apenas 2 moradores.
Do total desses
moradores, 35,9% eram as pessoas responsáveis pela unidade, 20,6% eram cônjuge ou companheiro(a) de sexo diferente, 19,2% eram filhos do responsável e do cônjuge e 11,6% eram
filhos somente do responsável.
A maiorias dos lares compostos apenas por uma
pessoa, sem a presença de nenhum outro membro,
são formados por pessoas com mais de 60 anos, representando 28,7% das unidades
domésticas população dessa faixa etária.
“Isso está relacionado
também ao envelhecimento da população, uma vez que as pessoas idosas apresentam
maior chance de morarem sozinhas em razão de diversos acontecimentos do ciclo
de vida, seja em relação à morte do companheiro ou da companheira, de divórcio,
da saída dos filhos dos domicílios. Portanto, essas são características
importantes que ajudam a explicar o fato dos responsáveis dessa faixa de
estarem sobrerepresentados na espécie de unidades unipessoais”, explica Luciene
Longo, analista da divulgação.
¨ Pela 1ª vez, há mais mulheres no comando da casa do que como
esposa do responsável, diz Censo
Pela primeira vez, há
mais mulheres na posição de comando das casas brasileiras do
que como esposa do responsável, revelam os novos dados do Censo
2022 sobre composição familiar, divulgados nesta sexta-feira (25) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
📈 Entre as mulheres, 34,1% são as responsáveis da casa, e 25%
foram apontadas como cônjuge ou companheira. O Censo de 2010 mostrava outro
cenário: 22,9% eram as responsáveis, e 29,7%, as cônjuges ou companheiras.
📌Com isso, a fatia de lares comandados por mulheres cresceu e
passou a ser praticamente igual à dos comandados por homens: em 2010, 39% dos
lares tinham elas como responsáveis. Agora, são 49%. Os homens, que respondiam
por 61%, agora estão à frente de 51%.
▶️ Para Márcio Minamiguchi, gerente de Estimativas e Projeções de
População do IBGE, isso é resultado de uma combinação de fatores que vêm
mudando ao longo do tempo.
"O aumento da
independência econômica das mulheres, a maior presença no mercado de trabalho e
o aumento da renda contribuem para essa questão de identificação como
responsáveis [da casa]", afirma o especialista.
O Censo mostrou ainda
que, em 29% das casas onde as mulheres são as responsáveis, há
a presença de um filho e ausência de cônjuge. Ou seja, em
cerca de 3 em cada 10 lares brasileiros, as mulheres são mãe solo.
No caso dos domicílios
onde o homem é responsável, só 4,4% estão nessa categoria.
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Divisão de acordo com o número de moradores
O Censo também
analisou o tamanho das casas brasileiras em relação ao número de moradores:
¬¬¬¬ Número
de moradores nas casas brasileiras
Até 3 moradores |
72,4% dos lares |
Com 4 moradores |
16,9% dos lares |
Com 5 moradores |
6,7% dos lares |
Com 6 moradores ou mais |
4% dos lares |
Fonte: IBGE
👨🏻👩🏻👧🏾👦 Nessa categoria, as diferenças por gênero dos responsáveis não
são significativas, mas são mais marcantes quando consideramos cor ou
raça.
🔍 Entre as mulheres pretas que comandam casas, 6% delas estão à
frente de lares com mais de seis pessoas. Já entre homens brancos, o percentual
cai para 2,4%.
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Pardos superam brancos como responsáveis pela casa
Pela primeira vez, os
pardos (43,8%) superaram os brancos (43,5%) como os responsáveis pela casa. A
mudança acompanha outros dados já revelados pelo Censo 2022, que mostra que o
número de brasileiros que se declaram pardos se tornou o maior grupo racial do país.
¬¬¬ Divisão
da população brasileira por raça
Pardos |
45,3% (ou 11,9% a
mais que em 2010) |
Brancos |
43,5% |
Pretos |
10,2% |
Indígenas |
0,8% |
Amarelos |
0,4% |
Fonte: IBGE
➡️ A definição da cor ou raça no Censo é feita por autodeclaração.
Ou seja, o morador entrevistado identifica a si mesmo de acordo com uma de
cinco alternativas: branca; preta; amarela; parda; ou indígena. Havia a opção
de não declarar a raça, mas só 0,005% dos entrevistados decidiram assim.
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Veja outros destaques dos dados do Censo sobre os lares brasileiros
- No Brasil, há 72 milhões de lares — ou 15 milhões a mais
que os 57 milhões revelados pelo Censo de 2010.
- O número médio de moradores caiu de 3,3 (em 2010) para 2,8
(em 2022).
- O número de pessoas morando sozinhas cresceu em todas as
faixas etárias no país.
- Diminuiu o número de casais com filhos e cresceu o de
casais sem filhos.
- Os lares homoafetivos saltaram de 59 mil para 391 mil em 12
anos.
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Veja outros dados do Censo 2022
- Brasil tem 57 mil pessoas morando em tendas e barracas e
1,9 mil, em veículos
- O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais
velho. A idade mediana do brasileiro
passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022)
- 1,3 milhão de pessoas que se identificam como
quilombolas (0,65% do total)
- O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em
relação ao Censo de 2010
- Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu
- Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e
escolas juntos
- Após 50 anos, o termo favela voltou a ser usado no Censo
- O Brasil tinha, em 2022, 49 milhões de pessoas vivendo em lares sem descarte
adequado de esgoto. Esse número
equivale a 24% da população brasileira
- Mais da metade dos 203 milhões de brasileiros — 54,8%
— mora a até 150 km em linha reta do litoral
¬¬¬¬ Número de
mulheres que chefiam casa cresceu 10% em 12 anos
O número de
residências chefiadas por mulheres cresceu, aproximadamente, 10% nos últimos 12
anos, de acordo com a pesquisa Censo Demográfico 2022, realizada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No total, 72.522.372 unidades domésticas do Brasil têm como responsáveis
pessoas do sexo feminino.
É a primeira vez que o
dado avança e se equipara à chefia de lares por homens. A proporção representa
uma mudança importante em relação ao Censo de 2010, quando o percentual de
homens responsáveis (61,3%) era substancialmente maior do que o de mulheres
(38,7%).
Em 10 estados, o
percentual de mulheres responsáveis pela unidade doméstica foi maior que
50%: Pernambuco (53,9%); Sergipe (53,1%); Maranhão (53,0%); Amapá (52,9%);
Ceará (52,6%); Rio de Janeiro (52,3%); Alagoas e Paraíba (51,7%); Bahia
(51,0%); e Piauí (50,4%).
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“Os dados do Censo
mostram que a maior parte dessas unidades da Federação estão concentradas na
Região Nordeste do país. Por outro lado, os menores percentuais são encontrados
em Rondônia, com 44,3%, e em Santa Catarina, com 44,6%. Percebe-se, de forma geral,
que as unidades federativas acompanharam o movimento do país com aumento da
proporção de unidades domésticas nas quais há responsáveis do sexo feminino”,
aponta a analista da divulgação, Luciene Longo.
¨ Mulheres sustentam mais da metade dos lares em 10 estados
Em 2022, das
72.522.372 unidades domésticas do Brasil, 49,1% tinham responsáveis do sexo
feminino. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a
primeira vez que o número de mulheres como chefes do lar se equipara ao de
homens (50,9%). A informação consta no levantamento de Composição
domiciliar e óbitos informados do Censo 2022, divulgado pelo instituto nesta
sexta-feira, 25.
O IBGE divulgou os dados do Censo 2022, que mostram que o
percentual de mulheres responsáveis
por unidades domésticas, em 10 estados do Brasil, foi maior que 50%.
A proporção representa
uma mudança importante em relação ao Censo de 2010, quando o percentual de
homens responsáveis (61,3%) era substancialmente maior do que o percentual de
mulheres (38,7%). Por unidade doméstica entende-se o conjunto de pessoas que vivem
em um domicílio particular.
A analista de
divulgação do IBGE, Luciene Longo, explica que o maior número de lares formados
por mulheres que sustentam sozinhas lares está localizado no Nordeste do
Brasil.
“Os dados do Censo
mostram que a maior parte dessas unidades da federação estão concentradas na
região Nordeste do país. Por outro lado, os menores percentuais são encontrados
em Rondônia, com 44,3%, e em Santa Catarina, com 44,6%. Percebe-se, de forma geral,
que as unidades da federação acompanharam o movimento do país com aumento da
proporção de unidades domésticas com responsáveis do sexo feminino”, destaca
Luciene Longo.
- Pernambuco: 53,9%;
- Sergipe: 53,1%;
- Maranhão: 53,0%;
- Amapá: 52,9%;
- Ceará: 52,6%;
- Rio de Janeiro: 52,3%;
- Alagoas e Paraíba: 51,7%;
- Bahia: 51,0%;
- Piauí: 50,4%.
"Os dados do
Censo mostram que a maior parte dessas unidades da federação estão concentradas
na Região Nordeste do país. Por outro lado, os menores percentuais são
encontrados em Rondônia, com 44,3%, e em Santa Catarina, com 44,6%. Percebe-se,
de forma geral, que as unidades da federação acompanharam o movimento do país
com aumento da proporção de unidades domésticas com responsáveis do sexo
feminino", aponta a analista da divulgação, Luciene Longo.
O levantamento também
traz informações com relação à composição dos lares. Mais da metade (57,5%) das
unidades domésticas eram formadas por responsável e cônjuge ou companheiro(a)
de sexo diferente. O percentual era de 65,3% em 2010.
Em 2022, 0,54% do
total das residências eram habitadas por casais do mesmo sexo. Apesar de
pequeno o percentual, em números absolutos houve um aumento considerável em
comparação com o Censo anterior. O número deste tipo de unidades domésticas
passou de 59.957 em 2010 para 391.080 em 2022.
¨ Nº de lares chefiados por casal homoafetivo aumenta 552,4%
os dados do Censo 2022 que
apontam para um aumento relevante no número de lares formados por casais do mesmo gênero.
Segundo o IBGE, o
número de lares formados por pessoas do mesmo sexo subiu de 9.957 em 2010 para
391.158 em 2022, o que representa um crescimento de 552,4% em 12 anos.
Ao todo 57,5% dos
domicílios, em 2022, eram formados por casais de sexo diferente, o que
representa uma queda expressiva na proporção, visto que, em 2010, essa
porcentagem era de 65,3%.
O Censo 2022 revela
que 41,9% das casas não eram formadas por casais e 0,54% eram construídas por
casais do mesmo sexo, proporção que, em 2010, era de 0,1%.
O gerente de
Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Mitsuo Minamiguchi,
explica que mesmo tendo sido um aumento percentual pequeno, o crescimento é
expressivo.
“Embora ainda seja um
percentual pequeno, o aumento de unidades domésticas formadas por casais do
mesmo sexo foi bastante expressivo. A proporção passou de 0,10% em 2010 para
0,54% em 2022, o que representa, em números absolutos, um aumento de cerca de 60
mil para 391 mil domicílios”, destaca Márcio.
Veja a proporção de
casas formadas por casais homoafetivos por estado:
Em termos de regiões,
o Censo 2022 informou que as maiores proporções de domicílios com pessoa
responsável e cônjuge do mesmo sexo estão localizadas no Distrito Federal
(0,76%), Rio de Janeiro (0,73%) e São Paulo (0,67%). Já os estados com os
menores percentuais foram Piauí (0,25%), Maranhão (0,30%) e Tocantins (0,31%).
- Distrito Federal: 0,76%
- Rio de Janeiro: 0,73%
- São Paulo: 0,67%
- Piauí: 0,25%
- Maranhão 0,30%
- Tocantins 0,31%
# Número de pessoas morando sozinhas chega a quase 20% no
Brasil, aponta IBGE
O número de casas e
apartamentos com pessoas morando sozinhas (unipessoal) cresceu no Brasil e
chega a quase 20% dos lares, de acordo com dados do Censo 2022 divulgados nesta
sexta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em
2010, 12,2% dos lares brasileiros tinham apenas uma pessoa. Em 2022, o
percentual subiu para 18,9%. O maior aumento aconteceu na faixa de pessoas
entre 25 a 39 anos, que saltou de 8,3% em 2010 para 13,4% em 2022.
O crescimento do
número de pessoas morando sozinhas em lares foi observado em todas as faixas
etárias. No grupo etário de 60 anos ou mais, a proporção das espécies
unipessoais também se sobressai, representando 28,7% das unidades domésticas.
"Isso está
relacionado também ao envelhecimento da população, uma vez que as pessoas
idosas apresentam maior chance de morarem sozinhas em razão de diversos
acontecimentos do ciclo de vida, seja em relação à morte do companheiro ou da
companheira, de divórcio, da saída dos filhos dos domicílios", explica a
analista do IBGE, Luciene Longo.
<><> Percentual
de pessoas morando sozinhas
# Até 17 anos: 7,6%
# 18 a 24 anos: 17,2%
# 25 a 39 anos: 13,4%
# 40 a 59 anos: 16,4%
# 60 anos ou mais:
28,7%
Regionalmente, as
maiores proporções de unidades domésticas unipessoais estavam no Rio de Janeiro
(23,4%), Rio Grande do Sul (22,3%) e Espírito Santo (20,6%). Já os menores
percentuais foram observados no Amapá (12,0%), Amazonas (13,0%) e Pará (13,5%).
¨ Homens morrem mais do que mulheres em todas as faixas etárias
até 80 anos, segundo o IBGE
Dados do último Censo
mostram que homens brasileiros morrem mais do que as mulheres em quase todas as
faixas etárias. A situação só se inverte nos grupos de idades mais avançadas, a
partir dos 80 anos, em que a população feminina é maior do que a masculina.
"Esse
comportamento ocorre devido à maior mortalidade dos homens em todos os grupos
etários, logo, em uma certa idade o número de mulheres sobreviventes é maior
que o de homens e com isso também será o maior número de óbitos femininos em
relação aos masculinos", explica Izabel Marri, gerente de Estudos e
Análises Demográficas do IBGE.
Segundo o Censo, entre
agosto de 2021 e julho de 2022, foram informados um total de 1.326.138
óbitos no País, sendo 722.225 óbitos (54,5%) para o sexo masculino e 603.913
(45,5%) para o sexo feminino. A maior diferença no número de óbitos acontece na
população com 15 a 34 anos, em que as mortes do sexo masculino são bem mais
numerosas do que as do feminino.
"Isso está
relacionado a uma quantidade maior de mortes por causas externas, ou violentas,
que afetam menos as mulheres. Como exemplo, estão os acidentes de trânsito e
homicídios", afirma Izabel.
Ainda de acordo com os
dados, a maior participação de óbitos masculinos -- calculado pelos óbitos de
homens divididos pelos de mulheres -- está no grupo de 20 a 24 anos. Nessa
faixa etária, ocorreu 371 óbitos masculinos para cada 100 femininos, ou seja, uma
sobremortalidade masculina de aproximadamente 3,7 vezes.
Conforme o IBGE,
Tocantins é o estado com a maior sobremortalidade masculina, com 150 óbitos
masculinos para 100 óbitos femininos -- sobremortalidade de 1,50 vezes.
Depois, aparece
Rondônia (1,48), Roraima (1,47), Mato Grosso (1,42), Amapá (1,41), Amazonas
(1,37) e Pará (1,36). A menor sobremortalidade masculina foi encontrada no
Rio de Janeiro (1,05). A média nacional é 1,20.
Já no grupo de 20 e 39
anos, que é o mais sujeito às mortes por causas externas ou violentas, Sergipe
é o estado com a maior sobremortalidade masculina em relação à feminina, com
3,49 vezes. Na sequência, estão Ceará (3,35), Rondônia (3,31), Bahia (3,29)
e Tocantins (3,28).
As menores
sobremortalidades masculinas nessa faixa de idade foram encontradas em Roraima
(1,85), São Paulo (2,16) e Rio de Janeiro (2,21).
Fonte: Metrópoles/g1/Redação
Terra
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