Lembrar para não esquecer: genocídios e
massacres cometidos na África pelo colonialismo europeu
As feridas causadas
pelo colonialismo no continente africano são profundas, e muitas permanecem
abertas, após séculos de violências, despojos e violações.
Os mesmos países que
criaram a noção de direitos humanos universais como a conhecemos na atualidade
mataram, violaram, torturaram e traficaram milhões de seres humanos em solo
africano no período colonial, além de roubar recursos naturais e bens que ajudaram
a enriquecer a Europa ocidental.
De forma direta ou
indireta, nações europeias foram responsáveis por genocídios históricos e tão
chocantes como o Holocausto cometido pelos nazistas (1939–1945), apesar de
pouco divulgados e lembrados pela imprensa mundial.
Para lembrar a
hipocrisia do Ocidente de seguir espoliando e destruindo países e vidas com a
justificativa de salvá-los e lançar luz sobre histórias propositalmente
ignoradas e silenciadas, a Sputnik Brasil listou alguns dos principais
genocídios e massacres perpetrados pelas ex-metrópoles europeias no continente.
<><> 1 -
Genocídio no Congo Belga, Reino da Bélgica (1885–1908)
Uma das maiores
barbáries da história contemporânea, de acordo com vários historiadores, foi
cometida sob a batuta do então Rei Leopoldo II, da Bélgica, entre 1885 e 1908,
quando o Congo era uma colônia sob domínio pessoal do monarca europeu.
As violações e
crueldades cometidas nessa época foram relatadas em livros de escritores
famosos, como Mark Twain e Joseph Conrad. E a estimativa é que pelo menos 10
milhões de pessoas foram mortas pelo sistema colonial nesse período, que
explorou predatoriamente o marfim e o látex na região.
Torturas e mutilações
de pés e mãos eram comuns para punir escravizados que não alcançassem a meta de
produção estipulada pelo rei. Somente em 2021 a ex-metrópole oficializou seu
primeiro pedido de perdão.
<><> 2 -
Genocídio dos hereros e namaquas (Namíbia), Alemanha (1904–1908)
Considerado por
historiadores o primeiro genocídio da história da humanidade, o massacre do
povo herero e do grupo étnico nama, que habitavam a região da atual Namíbia,
foi cometido por tropas alemãs. Localizado no sudoeste da África, às margens do
oceano Atlântico, o país foi colônia alemã entre 1904 e 1915.
Em 2021, após mais de
100 anos, Berlim reconheceu ter cometido o genocídio de cerca de 100 mil
pessoas, incluindo mulheres, idosos, e crianças, segundo a Fundação do
Genocídio Ovaherero (OGF, na sigla em inglês). O governo alemão ofereceu cerca
de US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões) como reparação ao longo de 30 anos.
<><> 3 -
Tráfico negreiro (século XV–século XIX)
Embora não haja
estimativas precisas de quantas pessoas foram sequestradas de suas terras para
serem vendidas para o trabalho escravo, estudos apontam que, entre 1550 e 1850,
cerca de 100 milhões de africanos teriam sido escravizados e somente 30% teriam
chegado vivos a seu destino.
<><> 4 -
Revolta dos Mau-Mau (Quênia), Reino Unido (1952–1960)
Em 2015, o governo
britânico foi julgado por milhares de mortes no Quênia, sua então colônia, de
1888 a 1963. O Exército do Reino Unido foi condenado por ter torturado, matado,
estuprado e roubado milhares de pessoas que lutavam pela independência do território,
grupo conhecido como Mau-Mau, entre 1952 e 1960.
A historiadora
ganhadora do Pulitzer Caroline Elkins estima em seu livro sobre o Império
Britânico no Quênia que o número de mortes como resultado da resposta britânica
ao levante pode chegar a 300 mil.
<><> 5 -
Campanhas na Líbia, Itália (1922–1932)
A colonização italiana
da Líbia foi marcada por várias atrocidades, desde 1911 até o fim da Segunda
Guerra Mundial, principalmente contra os beduínos e a resistência organizada
pelos senussi, uma ordem religiosa islâmica.
O genocídio cometido
pela Itália na Líbia é particularmente associado à repressão das revoltas
líbias contra a ocupação. Sob o regime fascista de Benito Mussolini, a Itália
intensificou suas ações na Líbia a partir de 1922. A repressão incluiu a
deportação em massa de civis, o uso de campos de concentração no deserto,
execuções sumárias, enforcamentos públicos, bombardeios de civis e o uso de
armas químicas.
Estima-se que entre
1928 e 1932 a repressão brutal tenha levado à morte de cerca de 80 mil líbios.
<><> 6 -
Massacres na Guerra Colonial, Portugal (1961–1974)
Embora Portugal não
tenha nenhuma associação direta a genocídios reconhecidos nos moldes do que
aconteceu com outras potências coloniais, houve campanhas militares e políticas
brutais que levaram à morte de milhares de africanos, principalmente durante as
guerras de independência nas décadas de 1960 e 1970.
Um desses episódios
ficou conhecido como Massacre de Batepá, ocorrido em 3 de fevereiro de 1953,
quando as forças coloniais portuguesas tentaram forçar a população nativa a
trabalhar nas roças de cacau e café e nas obras públicas em São Tomé e
Príncipe.
O número de vítimas é
incerto, mas as fontes santomenses afirmam que houve mais de mil mortos por se
rebelar contra Portugal. Em 2018, o presidente português, Marcelo Rebelo de
Sousa, reconheceu o massacre por parte da ex-colônia.
Em Angola, o Massacre
da Baixa de Cassanje, em 1961, é frequentemente citado como o ponto de partida
da guerra de independência. A repressão violenta às revoltas contra a opressão
laboral nas plantações de algodão resultou na morte de milhares de angolanos.
Estima-se que entre 10 mil e 20 mil civis tenham sido mortos pelos portugueses,
embora os números exatos sejam difíceis de verificar devido à falta de
documentação precisa.
Em Moçambique, a
Frente de Libertação de Moçambique liderou uma luta armada contra o
colonialismo português. As forças coloniais responderam com uma repressão
pesada, que incluiu o uso de campos de concentração e bombardeios a civis. Os
abusos sistemáticos de direitos humanos durante o conflito resultaram na morte
de dezenas de milhares de moçambicanos.
<><> 7-
Madagascar, França (1947–1948)
A Revolta Malgaxe,
contra o domínio colonial francês, foi respondida com extrema violência pela
metrópole. O Exército francês conduziu uma repressão brutal, usando execuções
em massa, bombardeios aéreos e tortura. Estima-se que entre 30 mil e 90 mil
malgaxes tenham sido mortos durante a repressão.
<><> 8 -
Massacre de Thiaroye (Senegal), França (1944)
O massacre de Thiaroye
ocorreu quando tropas coloniais senegalesas que haviam servido na Segunda
Guerra Mundial exigiram seus salários e pensões atrasadas da França. A recusa
do governo francês em pagar levou a um protesto, que foi brutalmente reprimido pelo
Exército francês. Estima-se que centenas de ex-soldados africanos tenham sido
mortos.
¨ Massacre africano: Antes do Holocausto, a Alemanha realizou o
brutal genocídio na Namíbia
Muito antes do Holocausto, os alemães realizaram seu primeiro genocídio. Mas, diferente
da outras atrocidades feitas contra a comunidade judaica, pouco se ouviu falar
sobre as crimes cometidos contra o povo na Namíbia.
O massacre alemão
visou duas nações africanas,
os Herero e os Namaqua. Os colonizadores não poupavam esforços para
destruí-los, entre as táticas estavam: envenenamento de água potável,
açoitamento de crianças e realização de experimentos médicos nos prisioneiros.
Em 1880, as nações
europeias começaram a transformar a África em posses coloniais. Essa corrida
pelo poder teve um custo muito alto, principalmente nos lugares que resistiram
a essa invasão. A parte da África que pertencia à Alemanha, hoje é a Namíbia. Os
colonos afirmaram que usaria de todos os modos para manter seu território,
inclusive massacrar uma nação inteira.
O povo Herrero liderou
uma revolta para salvar seu território. Isso levou ao extermínio de 80% da
população africana que lá residia. Os sobreviventes dos combates eram levados
a campos de concentração.
O lugar que eram
feitas as tortura se chamava Shark Island. Sob os cuidados macabros do Dr.
Bofinger, os prisioneiros eram: decapitados; era injetado neles arsênico e
ópio; e, muitos deles sofriam estupros e abusos.
Só um pequeno número
de pessoas sobreviveu às atrocidades, e quando foram libertadas, estavam
famintos e a ponto de morrer.
<><> O
contra ataque
Com 80% da população
dizimada e sem terra, os Herero não queriam parar de lutar contra os
colonizadores. Em 1904, liderados pelo chefe Samuel Maherero, um ataque
surpresa matou pouco mais de 100 agricultores europeus, mas foram poupados
missionários, mulheres e crianças. O foco era os donos de terra e a estação
militar de Waterberg.
Assim que soube das
notícias, o Kaiser Wilhelm II — que coordenaria as tropas alemãs durante a
Primeira Guerra Mundial uma década depois — ordenou que tropas fossem enviadas
para conter a rebelião. Pouco depois, o general Lothar Von Trotha voltou ao
local com 14 mil soldados.
A justificativa para
mais mortes era a que os africanos estavam focando sua raiva nas mulheres
brancas indefesas, sendo isso apenas uma desculpa, já que os soldados Herero
não feriram a população feminina que lá morava.
Como não tinham como
combater o comboio alemão, os africanos fugiram para o deserto de Omaheke. A
terra seca fez com que os sobreviventes morressem de sede e fome.
<><> O
povo Namaqua
O chefe da população
Namaqua, Hendrik Witboi juntou-se aos Hereros para combater as tropas de Von
Trotha. Apesar das tribos serem rivais, Witboi não queria a colonização alemã
em seu espaço e decidiu se unir a tribo inimiga com o objetivo de acabar com as
tropas estrangeiras.
A guerra durou dois
anos, em muitas batalhas, os Namaqua saíram vitoriosos. Mas tudo acabou quando
durante uma dessas lutas, o líder Hendrick caiu lutando. Seus esforços até hoje
não foram esquecidos, tanto que seu rosto estampa a moeda da Namíbia.
Os três anos seguintes
após o massacre, homens das duas tribos eram executados. As mulheres e crianças
eram forçadas a trabalhar em projetos coloniais como ferrovias, docas e
prédios. Muitas das construções ainda se encontram na cidade.
<><> O
legado deixado
Em 1945, após a
barbárie que aconteceram durante a Segunda Guerra Mundial, a Organização das
Nações Unidas decidiu que tomaria medidas para que eventos como aqueles nunca
mais acontecessem.
A ONU avaliou o
massacre alemão sob a população africana como o primeiro exemplo de genocídio
do século XX. As ordens do general Von Trotha fizeram com que três quartos da
população herero fosse morta.
Ápos o extermínio a
civilização que antes era de 80 mil, depois de todos os incidentes se resumiu a
15 mil refugiados famintos e sem terra.
¨ A partilha da África – um crime premeditado e suas
consequências. Por Zulu Araujo
Durante oito semanas,
publiquei na Revista Raça, os principais danos (genocídios, massacres,
pilhagens, roubos de todas as ordens, estupros em massa, escravizações, etc.)
causados pelos países europeus, em particular a Alemanha, Bélgica, Espanha,
França, Holanda, Inglaterra, Itália e Portugal à África após a criminosa
partilha do continente na famosa Conferência de Berlim (1884/85), comandada
pelo chanceler alemão Otto Von Bismarck.
Nesta série de artigos
denunciamos de um lado, a farsa que a Europa tenta impingir ao mundo, desde o
século XVIII de que a liberdade, a igualdade e a fraternidade são bens que
estão disponíveis para todos e de outro, os crimes de lesa humanidade que foram
cometidos pelos europeus e seus asseclas no continente africano, até hoje,
impunes. Enfim, a brutalidade da qual se revestiu o colonialismo europeu no
continente africano.
Lamentavelmente, cada
um dos países elencados acima, teve um massacre ou genocídio para chamar de
seu, com lugar especial para os belgas que assassinaram mais de 10 milhões de
africanos em nome do lucro fácil, com a conivência das potências mundiais de então.
Mas, apesar dos horrores da colonização, a Europa e suas lideranças, sempre
justificaram que tais atos eram realizados em nome de Deus, da moral e dos bons
costumes da civilização ocidental cristã.
Em nome dessa
civilização, tesouros de valores incalculáveis foram simplesmente roubados dos
povos africanos para serem exibidos garbosamente nos museus europeus, rendendo
a presença de milhões de turistas, bem como proporcionando milhões de euros
para os cofres desses países.
Exemplos não faltam
nesse sentido: os Bronzes do Benin, esculturas e placas que embelezavam o
palácio real (Obá do Reino do Benin), está incorporada a Inglaterra. A Pedra de
Roseta, do Egito, que contém hieróglifos do Egito Antigo, está no Museu
Britânico. A escultura em madeira da Rainha Bangwa da República dos Camarões,
(uma das peças mais famosas do mundo, sagrada para os Camaroneses) roubada pela
Alemanha, foi vendida em leilão e arrecadou 3.4 milhões de dólares (18 milhões
de reais).
Vários historiadores
denunciam que o roubo dos tesouros etíopes pelo exército ingles, em 1808, foi
de tal monta que foi necessário 15 elefantes e 200 mulas para carregar tudo que
foi surrupiado pelos britânicos do Imperador Tewodros II, de Magdala, uma das
cidades mais ricas e importantes da Etiópia.Repito, tudo isso feito em nome de
Deus e da civilização ocidental. Afinal, para os europeus o continente africano
era habitado por “selvagens”, que sequer possuíam alma, num estágio tão
primitivo que eram incapazes de se auto governarem, necessitando então, serem
convertidos ao modo cristão de ver, sentir e estar no mundo.
Passados 139 anos da
fatídica Conferência de Berlim, os números do Banco Mundial não deixam dúvidas
quanto ao principal legado deixado pela Europa no continente africano: a
miséria. Hoje, “um subsaariano da África, ganha em média 1.700 dólares por ano,
enquanto a renda média dos cidadãos da zona do euro é de 37.400 euros.É nesse
cenário que a União Africana (UA), criada pelas nações africanas em 09 de julho
de 2002, em sucessão a Organização da Unidade Africana (1963), composta por 55
países e que tem por objetivo a promoção de “Uma África Integrada, Próspera e
Pacífica, impulsionada por seus próprios cidadãos e representando uma força
dinâmica na arena global”, está enfrentando o legado nefasto deixado pelos
europeus.
Além disso a União
Africana concebeu e apresentou ao mundo, o NEPAD (Nova Parceria para o
Desenvolvimento Africano), com a finalidade de promover o renascimento africano
a partir da superação dos atuais desafios que o continente enfrenta, promovendo
sua renovação cultural, cientifica e econômica. Ou seja, a luta continua tanto
para os africanos como para os afrodescendentes em diáspora. Viva a África!
Toca a zabumba que a
terra é nossa!
¨ Primeiro-ministro do Reino Unido compara reparações às ex-colônias
a 'perder tempo com o passado'
O primeiro-ministro do
Reino Unido, Keir Starmer, afirmou nesta quarta-feira (23) que prefere focar em
resolver os problemas atuais das antigas colônias do que em pagar reparações
pelo comércio de escravos no passado.
No início da semana, o
jornal The Guardian informou que o Reino Unido não planeja pagar reparações ou
pedir desculpas por seu papel no comércio de escravos no passado.
"Sem dúvida, a
escravidão foi terrível, mas eu prefiro arregaçar as mangas e trabalhar com
eles [as ex-colônias britânicas] nos desafios atuais que afetam o futuro, em
vez de gastar muito tempo no passado", declarou Starmer.
Segundo o
primeiro-ministro, as questões mais frequentemente abordadas pelos países que
foram colonizados pelos ingleses são os problemas contemporâneos e o interesse
no apoio financeiro do Reino Unido para enfrentar os desafios atuais.
Anteriormente, a mídia
britânica relatou que 15 países do Caribe poderiam exigir que o Reino Unido
pagasse pelo menos US$ 269 bilhões (R$ 1,5 bilhão) em reparações pelos danos
causados pelo comércio de escravos.
Um encontro, que
contará com a presença do rei Carlos III do Reino Unido e do primeiro-ministro
Keir Starmer, acontece em Samoa até o dia 26 de outubro.
Em 2023, Patrick
Robinson, então juiz do Tribunal Internacional de Justiça da Organização das
Nações Unidas (ONU), afirmou que o Reino Unido não poderá mais ignorar os
apelos para pagar reparações aos países afetados pelo comércio transatlântico
de escravos.
De acordo com uma
pesquisa da consultoria norte-americana Brattle Group, o país deveria pagar US$
24 trilhões (R$ 136 trilhões) em reparações às nações e povos afetados.
Anteriormente, a
Igreja da Inglaterra, após a publicação de um relatório completo sobre seus
laços históricos com o comércio transatlântico de escravos, anunciou que
destinaria 100 milhões de libras (R$ 735 bilhões) nos próximos nove anos como
compensação pelos "erros do passado".
¨ 'Fortalecer as relações com países africanos': Putin conversa
com líderes de Egito e África do Sul
Buscando fortalecer as
relações com países do continente africano, o presidente russo, Vladimir Putin,
se reuniu nesta terça-feira (22) com os presidentes da África do Sul e do
Egito, no âmbito da cúpula do BRICS.
"É claro que a
Rússia atribui especial importância ao fortalecimento das relações com os
países do continente africano. Estamos trabalhando juntos na implementação
prática dos documentos conjuntos adotados como resultado da cúpula
Rússia-África em São Petersburgo", disse o líder russo após uma reunião
com o seu homólogo sul-africano, Cyril Ramaphosa.
Quanto às relações
entre a Rússia e a África do Sul, Putin observou que "elas se baseiam nos
princípios de cooperação estratégica abrangente, igualdade e respeito
mútuo".
Ele acrescentou que os
dois países estabeleceram parcerias bilaterais a vários níveis, particularmente
ao nível dos ministérios das Relações Exteriores, dos conselhos de segurança e
dos parlamentos.
Além disso, Putin
destacou o crescimento do comércio bilateral entre os países, que teve um
aumento de 3% entre janeiro e agosto.
"A Rússia e a
África do Sul coordenam amplamente os seus esforços na arena internacional, a
fim de formar uma ordem mundial multipolar justa", ressaltou.
Putin também se
encontrou com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, para tratar sobre a
cooperação entre os países.
"Prestamos
especial atenção na expansão das relações amistosas com o Egito, um parceiro
confiável e de longa data da Rússia", disse o chefe de Estado russo
durante a reunião, lembrando que no ano passado os dois países celebraram o 80º
aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas.
Na opinião de Putin,
"a Rússia e o Egito são unânimes nas suas abordagens para resolver muitos
dos principais problemas globais" e Moscou valoriza muito a sua interação
com Cairo na Organização das Nações Unidas (ONU).
Por sua vez, Al-Sisi
garantiu ao homólogo que aprecia o desenvolvimento dinâmico das relações com a
Rússia, em particular no que tange à construção de uma central nuclear e à
criação de uma zona industrial russa na zona do canal de Suez.
O presidente egípcio
sublinhou que o seu país também valoriza "o apoio da Rússia à adesão do
Egito ao BRICS" e aprecia "todos os eventos que o lado russo realizou
durante a sua presidência".
·
Encontro com Modi: debate sobre a Ucrânia
na pauta
O presidente Putin
também se reuniu com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Segundo uma
fonte diplomática, os líderes discutiram uma série de aspectos das relações
bilaterais, incluindo comércio, economia, energia, defesa, comunicações e
educação.
Além disso, o conflito
com a Ucrânia esteve na ordem do dia. Conforme a fonte, Modi enfatizou que
"o diálogo e a diplomacia são o caminho para chegar a uma solução para o
conflito".
O primeiro-ministro
indiano, que chegou a Kazan nesta terça-feira (22), aproveitou a oportunidade
para convidar Putin para ir à Rússia em 2025, para participar da cúpula anual
realizada entre os dois países.
Fonte: Sputnik Brasil/Aventuras
na História/Revista Raça
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