Patrick Cockburn: O ataque que pode
incendiar o mundo
Depois que o “gabinete
de segurança” de Israel autorizou ataques aéreos contra o Irã, os objetivos de
guerra ampliaram-se e incluem o risco de uma guerra regional contra o Irã, que
teria o objetivo de remodelar radicalmente o cenário político do Oriente Médio
a favor de Tel Aviv
Essa meta ambiciosa,
até mesmo fantasiosa, está repleta de perigos para a região e para o mundo.
Israel não pode alcançá-la sem o apoio total e indisfarçável dos EUA. Apesar de
a alegação do presidente Joe Biden, de que teria insistido infrutiferamente com
Benjamin Netanyahu para um cessar-fogo, ele sempre endossou todas as escaladas
israelenses. É razoável que Israel conclua que pode atacar o Irã com
impunidade, pois, se algo der errado, terá o apoio das forças armadas
estadunidenses.
Os historiadores podem
um dia chegar a uma conclusão sobre até que ponto a cauda israelense está abanando o cachorro
americano, aproveitando a fraqueza de Biden para
atrair os EUA a outra aventura militar imprudente no Oriente Médio. É muito
fácil atribuir a culpa pela diplomacia displicente e ineficaz dos Estados
Unidos ao declínio cognitivo de Biden nos últimos três anos. Mas, se não for
Biden, não está claro quem são os verdadeiros responsáveis por tomar as
decisões na Casa Branca e nos escalões superiores do governo.
Julgando a Casa Branca
por suas ações e não por suas palavras, ela vê uma vantagem geopolítica em
derrotar o Irã – um aliado da Rússia e da China, embora distante – e seus
aliados.
O pensamento positivo
provavelmente desempenha um papel importante. Israel tem sido muito mais
bem-sucedido em matar os líderes e comandantes de nível médio do Hezbollah do
que se esperava. Será que um ataque agressivo ao Irã e ao seu “Eixo de
Resistência” não poderia produzir vitórias semelhantes?
Essa é uma perspectiva
atraente, embora as intervenções militares dos EUA – da Somália em 1992/93 ao
Afeganistão em 2001 e ao Iraque em 2003 – tenham fracassado em grande parte
devido à arrogância e à subestimação do inimigo.
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Um perigo inédito
O histórico de Israel
é semelhante. Tel Aviv forçou a mão de forma arrogante na Cisjordânia, após
derrotar o Egito e a Síria em 1967 e invadir o Líbano em 1982. No entanto,
décadas depois, o exército de Israel (que se intitula Forças de Defesa — ou
IDF, em inglês) ainda está lutando em ambos os lugares.
Essas analogias
históricas são frequentemente citadas por comentaristas ocidentais como avisos
sinistros sobre o que pode dar terrivelmente errado para os EUA e Israel quando
dependem exclusivamente da força. No entanto, as comparações são um pouco enganosas,
pois o cenário político, tanto na política interna israelense quanto na região
como um todo, foi transformado nos últimos 20 anos. São essas mudanças que
tornam a crise atual muito mais perigosa do que as anteriores.
O governo israelense
formado por Netanyahu após vencer as eleições gerais em novembro de 2021 foi
imediatamente reconhecido como o mais fanaticamente de direita e
ultranacionalista da história de Israel. Para citar apenas um exemplo, Itamar
Ben-Gvir, líder do partido Poder Judaico, tornou-se ministro da segurança
nacional – um cargo recém-criado que o coloca no comando da força policial
nacional. Colono religioso de Kiryat Arba, próximo à cidade de Hebron, na
Cisjordânia, ele já havia sido condenado no passado sob a acusação de incitar o
racismo e apoiar o terror. Ameaçou o primeiro-ministro Yitzhak Rabin ao vivo
pela televisão e tinha pendurada em sua casa uma fotografia de Baruch
Goldstein, que assassinou 29 palestinos enquanto rezavam na mesquita de Hebron
em 1994.
Considerando a
composição ideológica do gabinete israelense, não é de surpreender que os
objetivos de Israel em Gaza e na Cisjordânia pareçam ter se alargado, a ponto
de incluir agora o fim de toda a vida normal para os cinco milhões de
palestinos que vivem lá. Um ataque aéreo a uma escola no centro de Gaza na
quinta-feira (10/10) matou 28 pessoas, muitas das quais, segundo a Unicef, eram
mulheres e crianças que faziam fila para receber tratamento contra a
desnutrição.
O exército de Israel
justificou o ataque alegando que a escola abrigava um posto de comando do
Hamas. Mesmo supondo que isso seja verdade, em sua tentativa de se justificar,
as IDF estão confessando que o Hamas está presente em todos os lugares de Gaza
um ano após a invasão israelense.
Israel alega que a
cifra de 42 mil mortos em Gaza é exagerada pelo ministério da Saúde palestino,
mas está repetindo exatamente o mesmo padrão de promover ataques aéreos,
independentemente de vítimas civis, no Líbano. Um ataque em Beirute, no mesmo
dia do ataque em Gaza, matou 22 pessoas, incluindo três crianças de uma família
de oito pessoas, que haviam fugido do sul do Líbano.
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A nova elite
O que torna a crise
atual duplamente perigosa é o fato de que Israel não tem apenas uma liderança
política etnonacionalista. Um desenvolvimento paralelo ocorreu entre a
liderança da elite do Estado israelense – serviço civil, polícia, Judiciário e,
cada vez mais, o exército – que são oriundos da ala fundamentalista e
messiânica da sociedade.
Essa nova elite é
menos sofisticada do que seus antecessores (embora esses também fossem muitas
vezes linha-dura), mais propensa a ver os inimigos de Israel como demoníacos e
ameaçadores, mas vulneráveis quando confrontados com o uso implacável da força.
O curso da guerra até
agora no Líbano tende a confirmar isso, e há outros argumentos poderosos a seu
favor. Os EUA estão dando carta branca a Israel de uma forma sem precedentes e
é improvável que oponha resistência a uma estratégia israelense agressiva em
relação ao Irã.
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Ameaças iminentes
Os Estados-nações
árabes que já foram hostis a Israel, incluindo Síria, Iraque, Líbia e Sudão,
estão todos gravemente enfraquecidos por guerras civis nos últimos 20 anos. Os
líderes árabes estão mudos ou são ineficazes em relação a Gaza e ao Líbano. O
Irã está mais isolado do que nunca desde o fim da guerra Irã-Iraque em 1988.
No entanto, a
vulnerabilidade do Irã e de seus aliados pode ser um pouco enganosa. Um grupo
de Estados dominados por muçulmanos xiitas, que se estende pelo norte do
Oriente Médio – Irã, Iraque, Síria e Líbano – não vai desaparecer.
Israel e os EUA podem
tentar provocar conflitos religiosos e étnicos em países como o Líbano, que
testemunhou uma guerra civil sectária e cruenta entre 1975 e 1990. Já há
relatos de muçulmanos xiitas que fogem dos bombardeios israelenses e são vistos
com hostilidade quando buscam refúgio em áreas não xiitas.
Quanto ao Irã, ele
pode concluir que não pode deter Israel, que está preparado para arriscar uma
guerra regional, mas que seria melhor ampliar o conflito por meio de ataques às
rotas de comércio de petróleo, aos aliados ou às bases dos EUA. Seu objetivo seria
forçar os EUA a conter Israel – a alegação de Washington de que não pode fazer
isso é amplamente desacreditada no Oriente Médio.
Está se tornando cada
vez mais difícil ver como uma guerra regional pode ser evitada – e ainda mais
difícil ver como ela pode ser encerrada.
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Abaixo do radar
Na corrida para a
eleição presidencial dos EUA, é fascinante ver como a mídia anti-Trump evita
qualquer referência às dificuldades cognitivas de Biden. Esta mídia ficou feliz
em divulgar isso em julho, quando pressionou o presidente a desistir de sua candidatura
à reeleição, mas desde então há poucas referências ao fato de que o homem
supostamente responsável por empurrar os Estados Unidos para a guerra no
Oriente Médio é incapaz de pensar direito.
Ocasionalmente, há
evidências visíveis disso quando Biden se liberta de seus manipuladores, ao
caminhar em direção ao helicóptero presidencial e falar com os repórteres.
Quando suas palavras são coerentes, elas tendem a causar medo e pânico, como
quando ele murmurou que os EUA estavam conversando com Israel sobre atacar
instalações petrolíferas iranianas.
Na década de 80, os
assessores do presidente Ronald Reagan tiveram um problema semelhante com seu
chefe, que talvez já estivesse sofrendo do mal de Alzheimer, fato admitido
publicamente vários anos depois. Sabendo do risco de Reagan ouvir e responder
às perguntas dos repórteres a caminho do helicóptero presidencial – e, ao
fazê-lo, revelar sua saúde mental em processo de deterioração – , eles
determinaram aos pilotos que ligassem os motores mais cedo, para que todas as
palavras fossem abafadas pelo barulho.
¨ Ex-premiê de Israel apela a atacar campos de petróleo do Irã
para afetar sua economia, diz mídia
O líder da oposição
parlamentar e ex-premiê israelense, Yair Lapid, apelou às autoridades do país
que ataquem os campos de petróleo do Irã, já que isso teria um impacto negativo
na economia iraniana, informa o Jerusalem Post.
Anteriormente, o
Washington Post havia noticiado, citando fontes, que o primeiro-ministro
israelense Benjamin Netanyahu declarou ao governo do presidente dos EUA, Joe
Biden, que está preparado para atacar as instalações militares iranianas, não
as de petróleo ou nucleares.
"O líder da
oposição Yair Lapid declarou que o ataque de retaliação das Forças de Defesa de
Israel (FDI) contra o Irã deve ser dirigido contra os campos petrolíferos do
país por causa do impacto negativo que ele terá na economia da República
Islâmica", relata o artigo.
De acordo com Lapid, o
ataque de retaliação dos FDI contra o Irã "deve começar" pelos seus
campos de petróleo. Segundo escreve o jornal, os EUA estão preocupados de que
tal assalto afete os preços do petróleo, o que poderia prejudicar a economia
dos Estados Unidos nas "últimas semanas críticas" antes da eleição
presidencial dos EUA em novembro.
Lapid, por sua vez,
disse ao jornal que discordava das autoridades norte-americanas sobre esta
questão, acrescentando que para garantir que não haja uma crise econômica
global, poderiam ser realizadas negociações com outros países produtores de
petróleo, como a Arábia Saudita, para aumentar a produção.
O Irã, em 1º de
outubro, pela segunda vez na história, conduziu um ataque massivo de mísseis
contra Israel, que chamaram de ato de autodefesa. Os militares israelenses
afirmaram que foram disparados cerca de 180 mísseis balísticos, a maioria dos
quais foi interceptada.
Os iranianos dizem que
os mísseis atingiram alvos militares israelenses, já Israel afirma que o dano
foi "mínimo". Tel Aviv prometeu retaliar e os EUA declararam que
viriam em auxílio de seu principal aliado no Oriente Médio.
¨ Macron diz que 'Netanyahu não deve esquecer que Israel foi
criado por decreto da ONU'
O presidente da
França, Emmanuel Macron, afirmou nesta terça-feira (15) que o primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu, "não deve esquecer que seu país foi criado
por uma decisão da Organização das Nações Unidas [ONU]". A informação foi
revelada pelo jornal Le Parisien.
Conforme a publicação,
a fala ocorreu após Macron convocar o embaixador de Israel em Paris ao
Ministério das Relações Exteriores para uma reunião fechada de ministros.
"O senhor
Netanyahu não deve esquecer que seu país foi criado por uma resolução da ONU e,
por isso, não deve violar os decretos da entidade", disse Macron ao se
referir à votação da Assembleia Geral da ONU de 1947 que apoiou a divisão da
Palestina em dois Estados: um árabe e outro judeu independentes.
A tensão nas relações
entre a França e Israel se intensificaram após Macron defender a interrupção
das exportações de armas para Israel, usadas na guerra promovida há mais de um
ano na Faixa de Gaza, conflito que já resultou em mais de 42 mil mortes até o
momento. Para o presidente francês, a medida é prioritária e deve ajudar a
resolver a situação na região, o que levou a críticas severas de Netanyahu.
Mais tarde, Macron
chamou de "totalmente inaceitável" o ataque de Israel às posições das
Forças de Manutenção da Paz das Nações Unidas (UN Peacekeeping, no original) no
Líbano, acrescentando que a França "não tolerará" novos bombardeios.
O presidente lembrou que há 700 soldados franceses entre as tropas.
Após o ataque, o
embaixador de Israel em Paris, Joshua Zarka, foi convocado ao Ministério das
Relações Exteriores da França para prestar esclarecimentos. Mais tarde, o
diplomata afirmou que a França e outros países cujos militares participam da
missão da ONU no Líbano devem exigir a retirada dos capacetes azuis da
fronteira.
Já nesta terça, o
chanceler francês Jean-Noël Barrot declarou que os pacificadores "devem
permanecer no local para cumprir seu papel durante o cessar-fogo".
Desde o início do mês,
Israel realiza uma operação terrestre contra o Hezbollah no sul do Líbano e
continua com bombardeios aéreos sobre o país vizinho, onde mais de 2 mil
pessoas morreram, incluindo líderes do movimento.
Além disso, mais de 1
milhão de libaneses se tornaram refugiados. Apesar das perdas, inclusive em sua
cúpula, o Hezbollah continua a luta terrestre e não interrompe os ataques de
foguetes ao território israelense.
A principal meta da
campanha militar em Israel é criar condições para o retorno de 60 mil
habitantes do norte que foram evacuados devido aos bombardeios há um ano em
apoio ao movimento palestino Hamas.
¨ Vitória de Trump nos EUA 'daria maior esperança de paz' na
Ucrânia, diz chanceler da Hungria
Uma eventual vitória
do candidato republicano à Casa Branca nas eleições de novembro, o
ex-presidente Donald Trump, poderia trazer maior esperança para estabelecer a
paz na Ucrânia, avaliou à Sputnik o ministro das Relações Exteriores da
Hungria, Peter Szijjarto.
"Se o presidente
Trump vencer, isso poderia trazer uma maior esperança para a paz na
Ucrânia", disse Szijjarto.
Para o chanceler, no
momento não se vê ninguém mais que "possa direcionar todo o cenário
político internacional para uma posição mais pacífica".
Anteriormente, o
primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, afirmou que o país desejava que
Trump voltasse ao poder nos Estados Unidos e estabelecesse a paz na Europa
Oriental, tomada por tensões geopolíticas.
Neste mês, Trump
declarou que, se ganhar as eleições presidenciais, suas primeiras chamadas
telefônicas seriam para o presidente russo, Vladimir Putin, e o ucraniano,
Vladimir Zelensky, com o objetivo de pôr fim ao conflito no país.
Durante encontro com
Zelensky em meio à realização da Assembleia Geral da Organização das Nações
Unidas (ONU) no fim de setembro. "Temos um relacionamento muito bom [com
Zelensky], e eu também tenho um relacionamento muito bom, como vocês sabem, com
o presidente [Vladimir] Putin", disse o ex-presidente, acrescentando que
"se vencermos, vamos resolver isso muito rapidamente", declarou na
ocasião.
As eleições
presidenciais nos EUA ocorrerão em 5 de novembro, em uma disputa entre o
republicado e a vice-presidente democrata Kamala Harris.
Hungria defende
suspensão de empréstimo para a Ucrânia
Já na última semana, o
ministro das Finanças da Hungria, Mihály Varga, confirmou que suspenderia um
empréstimo de 50 bilhões de euros (R$ 302 bilhões) que a Comissão Europeia
propôs para apoiar a economia da Ucrânia até que os Estados Unidos elegessem seu
próximo presidente.
Washington precisa que
a União Europeia revise seu cronograma para a renovação das sanções dos atuais
seis meses para cada três anos, para poder contribuir com cerca de US$ 20
bilhões (R$ 121 bilhões) para o empréstimo do G7, igualando a contribuição da União
Europeia, disseram autoridades da UE, citadas pelo Euronews.
"Acreditamos que
essa questão, a prorrogação das sanções russas, deve ser decidida após as
eleições nos EUA. Temos que ver em que direção a futura administração dos EUA
está indo com essa questão", disse.
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EUA implantam THAAD em Israel e 'posam de superiores' ao condicionar mais ajuda
à situação em Gaza
Logo após a
implantação de componentes de bateria de Defesa de Área de Alta Altitude
Terminal (THAAD) para seu aliado, e ressaltando o "compromisso inabalável
dos EUA com a defesa de Israel", Washington subitamente julgou que era o
momento certo para assumir uma posição moralmente superior.
Os EUA alertaram
Israel em uma carta que qualquer ajuda militar adicional pode estar em risco, a
menos que a situação humanitária na devastada Gaza melhore.
"Estamos
particularmente preocupados que as ações recentes do governo israelense —
incluindo a interrupção de importações comerciais, negação ou impedimento de
quase 90% dos movimentos humanitários entre o norte e o sul de Gaza em
setembro, [...] juntamente com o aumento da ilegalidade e saques — estejam
contribuindo para uma deterioração acelerada nas condições em Gaza", dizia
uma carta escrita em conjunto pelo secretário de Estado dos EUA, Antony
Blinken, e pelo secretário de Defesa, Lloyd Austin.
Endereçada ao ministro
da Defesa israelense Yoav Gallant e ao ministro de Assuntos Estratégicos, Ron
Dermer, ela estabelece medidas que Washington espera que Israel tome,
incluindo:
# Permitir que um
mínimo de 350 caminhões transportando ajuda humanitária entrem em Gaza por dia;
# Abrir uma nova
quinta travessia;
# Implementar pausas
humanitárias em Gaza para permitir atividades humanitárias;
# Garantir a segurança
para comboios e movimentos humanitários;
# Assegurar que os
corredores das Forças Armadas da Jordânia operem em plena capacidade;
# Abrir um novo canal
entre os governos dos EUA e de Israel para "levantar e discutir incidentes
de danos civis".
A menos que tais
medidas sejam tomadas, Israel arrisca violar as leis dos EUA que regem a
assistência militar estrangeira, segundo a carta.
O porta-voz do
Pentágono, Patrick Ryder, confirmou no domingo (14) que o presidente
norte-americano Joe Biden e o chefe do Pentágono Lloyd Austin assinaram a
implantação de uma bateria antimísseis THAAD dos EUA e tripulação associada em
Israel.
Coincidentemente, um
dia após o envio da carta, a agência de Coordenação de Atividades
Governamentais nos Territórios (COGAT) de Israel publicou no X fotos de ajuda
humanitária entrando no enclave palestino, dizendo que "Israel não está
impedindo a entrada de ajuda humanitária, com ênfase em alimentos, em
Gaza".
Os EUA gastaram um
recorde de pelo menos US$ 17,9 bilhões (cerca de R$ 101,1 bilhões) em ajuda
militar a Israel desde o início da guerra em Gaza, de acordo com um relatório
do projeto Costs of War (Custos da Guerra) da Brown University. Outros US$ 4,86
bilhões (aproximadamente R$ 27,4 bilhões) foram canalizados para operações
militares intensificadas dos EUA na região desde 7 de outubro de 2023, apontou
o relatório.
Em geral, Israel tem
sido o maior beneficiário cumulativo de ajuda externa dos EUA desde sua
fundação em 1948, de acordo com pesquisa do Conselho de Relações Exteriores
(CFR, na sigla em inglês), recebendo cerca de US$ 310 bilhões (cerca de R$ 1,7
trilhão) — ajustados pela inflação — em assistência econômica e militar.
Fonte: iNews/Outras
Palavras/Sputnik Brasil
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