Os efeitos do novo aceno de Lula aos
evangélicos
O presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que institui o Dia Nacional da Música
Gospel (9 de junho) em solenidade que teve como principal chamariz a presença
do deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), pastor da Assembleia de Deus de Madureira
com um longo histórico de críticas ao PT e às políticas de esquerda.
+Vereador mais votado
em São Paulo quer representar pautas bolsonaristas e ser ‘pedra no sapato’ da
esquerda
Vice-líder da FPE
(Frente Parlamentar Evangélica), Otoni dedicou ao petista um discurso elogioso
e uma oração, que podem ser vistos no vídeo abaixo. O gesto não foi unânime
entre políticos e lideranças pentecostais, mas pode ser encarado como o
principal sinal de aproximação em uma atribulada relação entre o governo
federal e o segmento religioso, como explica o site IstoÉ neste texto.
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Resistências e acenos
No geral, o terceiro
mandato do presidente Lula é marcado por desgastes junto às lideranças e ao
segmento evangélico da população.
Ainda em janeiro de
2023, nos primeiros dias de gestão, a ministra da Saúde, Nísia Trindade,
revogou uma portaria do governo de Jair Bolsonaro (PL) que endurecia a
autorização dos procedimentos legais de aborto — pauta que encontra oposição
mesmo dos evangélicos menos conservadores, de acordo com pastores pelo site
IstoÉ. Em junho do mesmo ano, o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, enviado
pelo governo federal à Marcha Para Jesus, ouviu vaias ao subir no palco do
evento.
Em janeiro de 2024, a
Receita Federal revogou uma determinação — também do governo Bolsonaro — que
isentava a remuneração dos pastores, ministros e outras lideranças espirituais
da contribuição com a Seguridade Social, o que foi classificado como um “ataque
explícito” à população cristã pela FPE.
Uma pesquisa realizada
pelo Datafolha em julho com evangélicos de São Paulo mostrou que apenas 15% do
segmento se identifica ideologicamente com a esquerda e a centro-esquerda e, no
primeiro turno das eleições municipais, candidatos apoiados pelo governo
federal tiveram, com raras exceções, um desempenho ruim nessa fatia do
eleitorado.
Com 214 deputados, a
FPE tem apenas 21 integrantes de partidos de esquerda — 15 do PT, quatro do PDT
e dois do PSB. Otoni foi responsável por representá-la diante da ausência do
líder, Silas Câmara (Republicanos-AM), na solenidade de terça-feira, 15, ao lado
de Lula.
Em postagens na rede
social X, o presidente destacou que a criação de uma data anual para celebrar a
música gospel garante “visibilidade ao importante papel da cultura, da
religiosidade e da fé de milhões de brasileiros e brasileiras”. O projeto
sancionado, do deputado Raimundo Santos (PSD-PA), cantor gospel e fiel da
Assembleia de Deus, tramitou sem resistência no Congresso.
<><> O elo
raro
Uma liderança
evangélica ouvida pelo site IstoÉ sob condição de anonimato associou a
vinculação de Otoni ao governo federal ao parlamentar ter conseguido emplacar
um indicado seu, Wenderson Monteiro, como superintendente do Dnit (Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes) no Rio de Janeiro. A autarquia
responde ao Ministério dos Transportes, e Otoni negou que a nomeação tenha tido
sua influência — embora tenha admitido ser amigo de Monteiro.
Ainda que tenha um
passado de defesa contumaz de Jair Bolsonaro e críticas ao petismo, a
aproximação do deputado com o governo federal não pode ser lida exatamente como
uma novidade. Na eleição municipal do Rio de Janeiro, contrariou o próprio
partido ao apoiar a reeleição de Eduardo Paes (PSD), conquistada no primeiro
turno, participando de agendas e posando para fotos ao lado do prefeito. O MDB
estava na chapa de Alexandre Ramagem (PL), e o PT na de Paes.
Em entrevista ao site
O Fuxico Gospel, Otoni afirmou que cumpriu seu papel “parlamentar e cívico como
vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica” ao participar da solenidade e
direcionar uma fala a Lula. “Deus usa quem ele quer e como ele quer. Um dia
Deus usou o presidente Lula, em 2003, quando ele sancionou a Lei da Liberdade
Religiosa”, disse o político e pastor.
Otoni mencionou outras
leis sancionadas pelo petista que favoreceram instituições cristãs e disse que
“programas sociais criados por ele [Lula] beneficiaram brasileiros das classes
C e D, que é onde estão nossos irmãos [evangélicos] em sua grande maioria”. O
mesmo Datafolha de julho levantou que 38% dos evangélicos da capital paulista
têm renda de até um salário mínimo mensal, e 27% ganham entre um e dois
salários
“Apoiar Eduardo Paes é
muito diferente de apoiar Lula. O Paes é um político de centro, e o Lula é um
político de esquerda, que está muito distante dos nossos princípios. Eu diria
que é quase impossível que um dia eu apoie ou peça votos para o Lula ou alguém
do PT, porque nós somos antagônicos em pensamentos e princípios”, concluiu o
parlamentar.
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Posição contestada
Mesmo evitando uma
associação clara ao presidente, a posição de Otoni não foi compartilhada por
outras lideranças evangélicas. O pastor Silas Malafaia, presidente da
Assembleia de Deus Vitória em Cristo, disse ao site IstoÉ que Lula quis “tirar
uma casquinha” do projeto de lei sancionado e que o parlamentar não fala em
nome do segmento e está “fazendo média” com o petista.
“Não tem aproximação
nenhuma com Lula, porque nossa defesa é oposta à do presidente em costumes,
pátria e família, temas em que não tem negócio. O presidente enganou os
evangélicos na eleição, ao dizer que era contra o aborto, e no primeiro mês de
governo sua ministra derrubou portarias do presidente Bolsonaro que
dificultavam o aborto. Como pode haver aproximação?”, afirmou.
O cientista político
Vinícius do Valle, diretor do Observatório Evangélico e autor do livro “Entre a
religião e o lulismo” (Editora Recriar, 2019), disse ao site IstoÉ que a sanção
do Dia Nacional da Música Gospel tem efeitos mais simbólicos do que práticos
para os cristãos, mas a presença de Otoni na solenidade mostrou um “primeiro
resultado” da articulação do governo federal junto à frente evangélica. “É uma
movimentação em direção aos políticos desse campo, ainda que não tão
efetivamente ao segmento como um todo“, afirmou.
O deputado Sóstenes
Cavalcante (PL-RJ), aliado de Malafaia e colega de comunidade de Otoni na
Assembleia de Deus, disse ao site IstoÉ que o parlamentar cumpria seu papel ao
participar da solenidade, mas “exagerou” nas falas direcionadas ao presidente.
“A postura do deputado Otoni foi exagerada e desconectada da realidade do
segmento evangélico. Para quem foi um vice-líder do governo Bolsonaro, as falas
dele lá dentro foram muito infelizes”, afirmou o ex-líder da FPE.
“Lula não fez mais do
que a obrigação ao sancionar o projeto do deputado Raimundo Santos, este sim
merecedor de créditos. Se ele vetasse a lei, nós derrubaríamos o veto, simples
assim. O presidente tenta pegar carona na sanção do projeto porque sabe das dificuldades
que tem [para conquistar] no voto evangélico, por fazer um governo divorciado
dos valores cristãos“, concluiu Sóstenes.
Em junho de 2024, o
deputado ganhou projeção nacional como autor de um Projeto de Lei que
equiparava a prática do aborto após 22 semanas de gestação ao crime de
homicídio simples. O PL chegou a ter a tramitação aprovada em urgência na
Câmara dos Deputados, mas foi repudiado pela sociedade civil e pelo governo, e
não avançou.
Na mesma linha, o
deputado federal Bibo Nunes (PL-RS), colega de Sóstenes na frente, afirmou que
os evangélicos “não querem se aproximar” de Lula, apesar das tentativas do
petista. “Não tem como o presidente, pelo que ele defende, estar ao lado dos
cristãos, sejam eles evangélicos ou católicos“, disse ao site IstoÉ.
Rubens Otoni (PT-GO),
um dos 15 integrantes do partido na FPE, disse ao site IstoÉ que a sanção foi
“mais uma demonstração importante da visão respeitosa que o presidente Lula
direciona ao segmento religioso”.
“É importante lembrar
que foi nos governos Lula e Dilma que garantimos as leis de liberdade
religiosa, o que foi reconhecido inclusive pelo deputado Otoni. O presidente
tinha direito de veto, mas a trajetória dele sempre foi de apoio à comunidade
evangélica”, afirmou o petista, para quem há “resistência mútua [dos religiosos
e da esquerda] a uma aproximação mais efetiva”.
A sanção à Lei de
Liberdade Religiosa data de 2003, primeiro ano de Lula no Palácio do Planalto,
e garante que instituições de qualquer religião sejam criadas sem que o Estado
possa negar seu registro.
Citada por Otoni de
Paula e Rubens Otoni, segue mais de duas décadas depois como a principal
iniciativa referida pelo próprio presidente como prova de sua relação com os
cristãos. Na campanha presidencial de 2022, Lula chegou a afirmar
equivocadamente ter “criado” a lei, que foi proposta pelo então deputado
federal Paulo Gouvêa (PL-RS) e, assim como a instituição do Dia Nacional da
Música Gospel, aprovada com amplitude no Congresso.
• Otoni chama Bolsonaro de “Bezerro de
Ouro” e se diz traído pelo clã do ex-presidente. Por Zé Barbosa Jr.
Nesta quarta-feira
(16), o deputado federal Otoni de Paula (MDB) criticou duramente a igreja
evangélica e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), referindo-se a ele como
"bezerro de ouro" adorado pela igreja. A declaração foi feita poucas
horas após Otoni participar de uma cerimônia no Palácio do Planalto com o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para quem não está
acostumado aos textos e expressões bíblicas, “bezerro de ouro” é uma alusão à
narrativa do livro do Êxodo que, após a fuga do povo hebreu do Egito, acampou
aos pés do Monte Sinai enquanto o líder Moisés subiu ao monte para receber de Deus
as tábuas da lei, conhecidas como “Os Dez Mandamentos”. Após demorar muito
tempo, o povo impaciente pediu ao irmão de Moisés, Aarão, que fizesse uma
imagem para que os hebreus adorassem ao Deus que os livrou da tirania egípcia.
Aarão fez, então, um “bezerro de ouro”, o que causou furor em Moisés e a
punição daqueles que “adoraram a um outro deus” por desobedecerem a ordem de
esperar Moisés descer do monte antes de fazer qualquer coisa.
O parlamentar também
atacou a postura de líderes evangélicos que têm criticado os eleitores de Lula.
"Não sou ponte nenhuma do PT com a igreja, não sou ponte do Lula com a
igreja, mas sou ponte de oração. Essa briga vou comprar. Onde eu for, vou dizer:
orem pelo Lula, orem pelo governo. Não sou daqueles que torcem para o avião
cair, só porque não gostam do piloto. Eu estou no avião", disse Otoni ao
portal O Fuxico Gospel.
Otoni explicou que
nunca foi convidado pelo governo Lula para atuar como um intermediário, mas
expressou seu desejo de assumir esse papel para combater a idolatria a
Bolsonaro dentro da igreja evangélica. "O próprio governo Lula nunca me
convidou para ser uma ponte, e acho que nunca me convidaria. Mas gostaria, sim,
de ser uma ponte. Sabe para quê? Para tirar esse bezerro de ouro que
construímos na igreja. Esse bezerro de ouro que nós construímos. Construímos
uma adoração a um ser humano, que não é Deus, não é divino. É um
político", afirmou.
O deputado ainda
continuou, na entrevista, criticando o comportamento de algumas igrejas durante
as eleições: “Quando ele (Bolsonaro) entra no templo, começa ‘mito, mito, mito,
mito, mito.’ Irmão, se você gritar mito na rua, tudo bem, na rua, manifestação
política. Agora você gritar mito dentro da igreja do Senhor Jesus? E volto a
dizer: eu não tô culpando o Bolsonaro porque ele é um ignorante. Ele não é
crente, ele conhece a salvação porque já foi pregado pra ele, mas ele não
aceitou Jesus, certo?”
De Paula declarou
abertamente, segundo a visão evangélica mais conservadora, que Bolsonaro
“conheceu a verdade, mas não quis segui-la”:
“Esse tempo todo que
Bolsonaro está conosco, nós não fomos capazes de ganhar ele pra Jesus. Tá
certo? Nós não fomos capazes. Aliás, na última eleição de Bolsonaro, é só você
pesquisar as redes sociais dele, faltando alguns dias pra eleição, no segundo
turno, Bolsonaro aparece com uma foto diante de uma imagem de escultura, uma
santa dessa aí, que eu não sei agora o nome dela, consagrando o Brasil a essa
Nossa Senhora. Lembra disso? “A ti
consagro esta nação, minha mãe!”
A minha mulher,
pastora, quando viu aquilo, disse pra mim, ‘Bolsonaro perdeu agora’. Ela disse,
‘ele conhece a verdade. Pode não ter aceito (sic) a verdade ainda, mas ele
conhece a verdade.’ narrou o deputado.
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Traição e rasteira do clã Bolsonaro
Otoni, que tem sido
chamado por muitos de traidor, também recordou um conflito com a família
Bolsonaro, ocorrido quando ele optou por apoiar a reeleição do prefeito Eduardo
Paes (PSD) em vez de Alexandre Ramagem, candidato do PL, à Prefeitura do Rio de
Janeiro. Otoni relatou ter sido "esculhambado" pelo senador Flávio
Bolsonaro (PL), pelo partido e por Ramagem. Segundo o deputado, ele foi
impedido pelo grupo de se candidatar no Rio. " O PL, o Flávio Bolsonaro, o
Ramagem, não me respeitaram, me esculhambaram, não permitiram que eu fosse
candidato e ainda queriam que eu babasse ovo. Desculpe o termo, babasse ovo.
Não, vocês me tiraram a condição de ser candidato a prefeito, me deram uma
rasteira”, declarou.
Criticando a visão
maniqueísta de alguns apoiadores de Bolsonaro, Otoni afirmou: " Queriam
que eu estivesse com eles ‘porque Deus está com Bolsonaro e o Capeta está com
Lula’. Não sou criança nesse nível e não sou retardado mental de achar que Deus
está com Bolsonaro e o Diabo está com Lula, como se Deus e o Diabo não tivessem
mais o que fazer da vida deles”, afirmou.
• Saiba quem é o líder evangélico que
apoiou Bolsonaro e agora faz afagos a Lula
Filiado ao MDB, pastor
do Ministério Missão de Vida e filho de político, o deputado federal Otoni de
Paula (MDB-RJ) fez afagos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante
agenda na terça-feira (15).
A fala chamou atenção
por ele ser apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
<><> Quem
é Otoni de Paula
Otoni Moura de Paulo
Junior nasceu no Rio de Janeiro em 22 de novembro de 1976, e tem 47 anos de
idade.
Ele é filho de Otoni
Moura de Paulo (MDB-RJ), que faleceu em 27 de maio de 2024. Na ocasião, seu pai
era deputado estadual no Rio de Janeiro.
Enquanto criança,
mudou-se com a família para Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, local em que
viveu até a adolescência. Aos 13 anos começou a trabalhar em uma rádio e, aos
17, foi consagrado pastor na Igreja Evangélica Assembleia de Deus, segundo
informações publicadas em seu Instagram.
Casado e pai de três
filhos, Otoni pastoreia a igreja do Ministério Missão de Vida, a qual fundou em
1998.
Otoni iniciou a
carreira política no PSDC como candidato a vereador do Rio de Janeiro em 2012;
na época, ele ficou como suplente. Em 2014, ele se candidatou a deputado
federal pelo PEN (atual Patriota), mas não foi eleito. Em 2016 foi eleito
vereador do Rio pelo antigo PSC e, em 2018, como deputado federal pelo mesmo
partido.
Reeleito em 2022 pelo
MDB com 158.507 votos, o mandato de Otoni de Paula vai até 2027. “Luto em
defesa da vida, da família, dos princípios e valores Cristãos, pela saúde,
segurança, geração de empego, combate à corrupção. Luto para construir um
Brasil melhor”, escreveu o emedebista em sua página online na Câmara dos
Deputados.
Durante a gestão
Bolsonaro, Otoni manteve uma relação próxima com o ex-presidente. Nas eleições
municipais deste ano, porém, decidiu não apoiar o candidato do PL a prefeito do
Rio, Alexandre Ramagem, e apoiou a reeleição do prefeito Eduardo Paes (PSD).
<><> O que
o deputado disse?
Durante a cerimônia de
sanção do Dia Nacional da Música Gospel, no Palácio do Planalto, Otoni lembrou
a Lula que foi “um dos mais combatentes defensores do antigo governo e seu
crítico político”, mas que quis Deus que fosse ele a representar, na ocasião, a
Frente Parlamentar Evangélica.
“E nesse momento, já
fora do palanque eleitoral, me dirijo não ao Lula do Partido dos Trabalhadores,
mas ao senhor Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, e enquanto
estiver ocupando esse cargo, por força de nacionalidade, meu presidente também”,
disse.
O parlamentar ainda
lembrou que a maioria dos evangélicos talvez não tenha votado em Lula, mas
argumentou que esse público pode estar entre os mais contemplados pelos
programas sociais do atual governo. “Os mais pobres e necessitados, aos quais
Jesus sempre dedicou a maior parte do seu tempo, formam a maioria esmagadora de
nossos irmãos”, declarou.
O deputado convidou
Lula para se aproximar dos evangélicos “sem reserva”. “Tem lugar na mesa do Pai
para termos comunhão. Gostando ou não politicamente de Vossa Excelência e de
seus posicionamentos, não temos outra opção pela Bíblia a não ser orar por Vossa
Excelência. Pois a obrigação de orar pelas autoridades nos foi imposta pelo
nosso senhor”.
No final, Otoni de
Paula deu um recado. “Em nome da igreja evangélica no Brasil, eu repito e lhe
digo: não se preocupe. Nós só temos um dono e esse dono é Jesus”.
<><> Otoni
se pronuncia sobre a repercussão
Na madrugada desta
quarta-feira (16), Otoni de Paula publicou um vídeo em seu perfil do Instagram
explicando as declarações feitas a Lula. O deputado contou que foi ao evento
por ser vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica e que estava representando
o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), atual coordenador do grupo.
“Comecei a ser
criticado e comecei a receber uma enxurrada de críticas. Alguns achando que eu
estava a partir de agora apoiando o Lula, apoiando o PT, porque eu representei
a Frente Parlamentar Evangélica num dia tão importante para nós, que é o Dia da
Música Gospel”, disse.
“O fato de eu
parabenizar o Lula porque os programas sociais têm abençoado muito de nossos
irmãos, isso me faz ser um traidor? Traidor de quem? Traidor da fé? Traidor da
causa?” Questionou.
No final do vídeo,
Otoni pediu perdão a aqueles que se sentiram ofendidos pela ida dele ao
Planalto. Porém, afirmou que não se sentiu arrependido e que foi um privilégio
participar do evento. O deputado fechou os comentários da publicação para os
seguidores.
Fonte: IstoÉ/Fórum/CNN
Brasil
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