sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Os efeitos do novo aceno de Lula aos evangélicos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que institui o Dia Nacional da Música Gospel (9 de junho) em solenidade que teve como principal chamariz a presença do deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), pastor da Assembleia de Deus de Madureira com um longo histórico de críticas ao PT e às políticas de esquerda.

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Vice-líder da FPE (Frente Parlamentar Evangélica), Otoni dedicou ao petista um discurso elogioso e uma oração, que podem ser vistos no vídeo abaixo. O gesto não foi unânime entre políticos e lideranças pentecostais, mas pode ser encarado como o principal sinal de aproximação em uma atribulada relação entre o governo federal e o segmento religioso, como explica o site IstoÉ neste texto.

<><> Resistências e acenos

No geral, o terceiro mandato do presidente Lula é marcado por desgastes junto às lideranças e ao segmento evangélico da população.

Ainda em janeiro de 2023, nos primeiros dias de gestão, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, revogou uma portaria do governo de Jair Bolsonaro (PL) que endurecia a autorização dos procedimentos legais de aborto — pauta que encontra oposição mesmo dos evangélicos menos conservadores, de acordo com pastores pelo site IstoÉ. Em junho do mesmo ano, o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, enviado pelo governo federal à Marcha Para Jesus, ouviu vaias ao subir no palco do evento.

Em janeiro de 2024, a Receita Federal revogou uma determinação — também do governo Bolsonaro — que isentava a remuneração dos pastores, ministros e outras lideranças espirituais da contribuição com a Seguridade Social, o que foi classificado como um “ataque explícito” à população cristã pela FPE.

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha em julho com evangélicos de São Paulo mostrou que apenas 15% do segmento se identifica ideologicamente com a esquerda e a centro-esquerda e, no primeiro turno das eleições municipais, candidatos apoiados pelo governo federal tiveram, com raras exceções, um desempenho ruim nessa fatia do eleitorado.

Com 214 deputados, a FPE tem apenas 21 integrantes de partidos de esquerda — 15 do PT, quatro do PDT e dois do PSB. Otoni foi responsável por representá-la diante da ausência do líder, Silas Câmara (Republicanos-AM), na solenidade de terça-feira, 15, ao lado de Lula.

Em postagens na rede social X, o presidente destacou que a criação de uma data anual para celebrar a música gospel garante “visibilidade ao importante papel da cultura, da religiosidade e da fé de milhões de brasileiros e brasileiras”. O projeto sancionado, do deputado Raimundo Santos (PSD-PA), cantor gospel e fiel da Assembleia de Deus, tramitou sem resistência no Congresso.

<><> O elo raro

Uma liderança evangélica ouvida pelo site IstoÉ sob condição de anonimato associou a vinculação de Otoni ao governo federal ao parlamentar ter conseguido emplacar um indicado seu, Wenderson Monteiro, como superintendente do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) no Rio de Janeiro. A autarquia responde ao Ministério dos Transportes, e Otoni negou que a nomeação tenha tido sua influência — embora tenha admitido ser amigo de Monteiro.

Ainda que tenha um passado de defesa contumaz de Jair Bolsonaro e críticas ao petismo, a aproximação do deputado com o governo federal não pode ser lida exatamente como uma novidade. Na eleição municipal do Rio de Janeiro, contrariou o próprio partido ao apoiar a reeleição de Eduardo Paes (PSD), conquistada no primeiro turno, participando de agendas e posando para fotos ao lado do prefeito. O MDB estava na chapa de Alexandre Ramagem (PL), e o PT na de Paes.

Em entrevista ao site O Fuxico Gospel, Otoni afirmou que cumpriu seu papel “parlamentar e cívico como vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica” ao participar da solenidade e direcionar uma fala a Lula. “Deus usa quem ele quer e como ele quer. Um dia Deus usou o presidente Lula, em 2003, quando ele sancionou a Lei da Liberdade Religiosa”, disse o político e pastor.

Otoni mencionou outras leis sancionadas pelo petista que favoreceram instituições cristãs e disse que “programas sociais criados por ele [Lula] beneficiaram brasileiros das classes C e D, que é onde estão nossos irmãos [evangélicos] em sua grande maioria”. O mesmo Datafolha de julho levantou que 38% dos evangélicos da capital paulista têm renda de até um salário mínimo mensal, e 27% ganham entre um e dois salários

“Apoiar Eduardo Paes é muito diferente de apoiar Lula. O Paes é um político de centro, e o Lula é um político de esquerda, que está muito distante dos nossos princípios. Eu diria que é quase impossível que um dia eu apoie ou peça votos para o Lula ou alguém do PT, porque nós somos antagônicos em pensamentos e princípios”, concluiu o parlamentar.

<><> Posição contestada

Mesmo evitando uma associação clara ao presidente, a posição de Otoni não foi compartilhada por outras lideranças evangélicas. O pastor Silas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, disse ao site IstoÉ que Lula quis “tirar uma casquinha” do projeto de lei sancionado e que o parlamentar não fala em nome do segmento e está “fazendo média” com o petista.

“Não tem aproximação nenhuma com Lula, porque nossa defesa é oposta à do presidente em costumes, pátria e família, temas em que não tem negócio. O presidente enganou os evangélicos na eleição, ao dizer que era contra o aborto, e no primeiro mês de governo sua ministra derrubou portarias do presidente Bolsonaro que dificultavam o aborto. Como pode haver aproximação?”, afirmou.

O cientista político Vinícius do Valle, diretor do Observatório Evangélico e autor do livro “Entre a religião e o lulismo” (Editora Recriar, 2019), disse ao site IstoÉ que a sanção do Dia Nacional da Música Gospel tem efeitos mais simbólicos do que práticos para os cristãos, mas a presença de Otoni na solenidade mostrou um “primeiro resultado” da articulação do governo federal junto à frente evangélica. “É uma movimentação em direção aos políticos desse campo, ainda que não tão efetivamente ao segmento como um todo“, afirmou.

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), aliado de Malafaia e colega de comunidade de Otoni na Assembleia de Deus, disse ao site IstoÉ que o parlamentar cumpria seu papel ao participar da solenidade, mas “exagerou” nas falas direcionadas ao presidente. “A postura do deputado Otoni foi exagerada e desconectada da realidade do segmento evangélico. Para quem foi um vice-líder do governo Bolsonaro, as falas dele lá dentro foram muito infelizes”, afirmou o ex-líder da FPE.

“Lula não fez mais do que a obrigação ao sancionar o projeto do deputado Raimundo Santos, este sim merecedor de créditos. Se ele vetasse a lei, nós derrubaríamos o veto, simples assim. O presidente tenta pegar carona na sanção do projeto porque sabe das dificuldades que tem [para conquistar] no voto evangélico, por fazer um governo divorciado dos valores cristãos“, concluiu Sóstenes.

Em junho de 2024, o deputado ganhou projeção nacional como autor de um Projeto de Lei que equiparava a prática do aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples. O PL chegou a ter a tramitação aprovada em urgência na Câmara dos Deputados, mas foi repudiado pela sociedade civil e pelo governo, e não avançou.

Na mesma linha, o deputado federal Bibo Nunes (PL-RS), colega de Sóstenes na frente, afirmou que os evangélicos “não querem se aproximar” de Lula, apesar das tentativas do petista. “Não tem como o presidente, pelo que ele defende, estar ao lado dos cristãos, sejam eles evangélicos ou católicos“, disse ao site IstoÉ.

Rubens Otoni (PT-GO), um dos 15 integrantes do partido na FPE, disse ao site IstoÉ que a sanção foi “mais uma demonstração importante da visão respeitosa que o presidente Lula direciona ao segmento religioso”.

“É importante lembrar que foi nos governos Lula e Dilma que garantimos as leis de liberdade religiosa, o que foi reconhecido inclusive pelo deputado Otoni. O presidente tinha direito de veto, mas a trajetória dele sempre foi de apoio à comunidade evangélica”, afirmou o petista, para quem há “resistência mútua [dos religiosos e da esquerda] a uma aproximação mais efetiva”.

A sanção à Lei de Liberdade Religiosa data de 2003, primeiro ano de Lula no Palácio do Planalto, e garante que instituições de qualquer religião sejam criadas sem que o Estado possa negar seu registro.

Citada por Otoni de Paula e Rubens Otoni, segue mais de duas décadas depois como a principal iniciativa referida pelo próprio presidente como prova de sua relação com os cristãos. Na campanha presidencial de 2022, Lula chegou a afirmar equivocadamente ter “criado” a lei, que foi proposta pelo então deputado federal Paulo Gouvêa (PL-RS) e, assim como a instituição do Dia Nacional da Música Gospel, aprovada com amplitude no Congresso.

 

•        Otoni chama Bolsonaro de “Bezerro de Ouro” e se diz traído pelo clã do ex-presidente. Por Zé Barbosa Jr.

Nesta quarta-feira (16), o deputado federal Otoni de Paula (MDB) criticou duramente a igreja evangélica e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), referindo-se a ele como "bezerro de ouro" adorado pela igreja. A declaração foi feita poucas horas após Otoni participar de uma cerimônia no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Para quem não está acostumado aos textos e expressões bíblicas, “bezerro de ouro” é uma alusão à narrativa do livro do Êxodo que, após a fuga do povo hebreu do Egito, acampou aos pés do Monte Sinai enquanto o líder Moisés subiu ao monte para receber de Deus as tábuas da lei, conhecidas como “Os Dez Mandamentos”. Após demorar muito tempo, o povo impaciente pediu ao irmão de Moisés, Aarão, que fizesse uma imagem para que os hebreus adorassem ao Deus que os livrou da tirania egípcia. Aarão fez, então, um “bezerro de ouro”, o que causou furor em Moisés e a punição daqueles que “adoraram a um outro deus” por desobedecerem a ordem de esperar Moisés descer do monte antes de fazer qualquer coisa.

O parlamentar também atacou a postura de líderes evangélicos que têm criticado os eleitores de Lula. "Não sou ponte nenhuma do PT com a igreja, não sou ponte do Lula com a igreja, mas sou ponte de oração. Essa briga vou comprar. Onde eu for, vou dizer: orem pelo Lula, orem pelo governo. Não sou daqueles que torcem para o avião cair, só porque não gostam do piloto. Eu estou no avião", disse Otoni ao portal O Fuxico Gospel.

Otoni explicou que nunca foi convidado pelo governo Lula para atuar como um intermediário, mas expressou seu desejo de assumir esse papel para combater a idolatria a Bolsonaro dentro da igreja evangélica. "O próprio governo Lula nunca me convidou para ser uma ponte, e acho que nunca me convidaria. Mas gostaria, sim, de ser uma ponte. Sabe para quê? Para tirar esse bezerro de ouro que construímos na igreja. Esse bezerro de ouro que nós construímos. Construímos uma adoração a um ser humano, que não é Deus, não é divino. É um político", afirmou.

O deputado ainda continuou, na entrevista, criticando o comportamento de algumas igrejas durante as eleições: “Quando ele (Bolsonaro) entra no templo, começa ‘mito, mito, mito, mito, mito.’ Irmão, se você gritar mito na rua, tudo bem, na rua, manifestação política. Agora você gritar mito dentro da igreja do Senhor Jesus? E volto a dizer: eu não tô culpando o Bolsonaro porque ele é um ignorante. Ele não é crente, ele conhece a salvação porque já foi pregado pra ele, mas ele não aceitou Jesus, certo?”

De Paula declarou abertamente, segundo a visão evangélica mais conservadora, que Bolsonaro “conheceu a verdade, mas não quis segui-la”:

“Esse tempo todo que Bolsonaro está conosco, nós não fomos capazes de ganhar ele pra Jesus. Tá certo? Nós não fomos capazes. Aliás, na última eleição de Bolsonaro, é só você pesquisar as redes sociais dele, faltando alguns dias pra eleição, no segundo turno, Bolsonaro aparece com uma foto diante de uma imagem de escultura, uma santa dessa aí, que eu não sei agora o nome dela, consagrando o Brasil a essa Nossa Senhora. Lembra disso?  “A ti consagro esta nação, minha mãe!”

A minha mulher, pastora, quando viu aquilo, disse pra mim, ‘Bolsonaro perdeu agora’. Ela disse, ‘ele conhece a verdade. Pode não ter aceito (sic) a verdade ainda, mas ele conhece a verdade.’ narrou o deputado.

<><> Traição e rasteira do clã Bolsonaro

Otoni, que tem sido chamado por muitos de traidor, também recordou um conflito com a família Bolsonaro, ocorrido quando ele optou por apoiar a reeleição do prefeito Eduardo Paes (PSD) em vez de Alexandre Ramagem, candidato do PL, à Prefeitura do Rio de Janeiro. Otoni relatou ter sido "esculhambado" pelo senador Flávio Bolsonaro (PL), pelo partido e por Ramagem. Segundo o deputado, ele foi impedido pelo grupo de se candidatar no Rio. " O PL, o Flávio Bolsonaro, o Ramagem, não me respeitaram, me esculhambaram, não permitiram que eu fosse candidato e ainda queriam que eu babasse ovo. Desculpe o termo, babasse ovo. Não, vocês me tiraram a condição de ser candidato a prefeito, me deram uma rasteira”, declarou.

Criticando a visão maniqueísta de alguns apoiadores de Bolsonaro, Otoni afirmou: " Queriam que eu estivesse com eles ‘porque Deus está com Bolsonaro e o Capeta está com Lula’. Não sou criança nesse nível e não sou retardado mental de achar que Deus está com Bolsonaro e o Diabo está com Lula, como se Deus e o Diabo não tivessem mais o que fazer da vida deles”, afirmou.

 

•        Saiba quem é o líder evangélico que apoiou Bolsonaro e agora faz afagos a Lula

Filiado ao MDB, pastor do Ministério Missão de Vida e filho de político, o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) fez afagos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante agenda na terça-feira (15).

A fala chamou atenção por ele ser apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

<><> Quem é Otoni de Paula

Otoni Moura de Paulo Junior nasceu no Rio de Janeiro em 22 de novembro de 1976, e tem 47 anos de idade.

Ele é filho de Otoni Moura de Paulo (MDB-RJ), que faleceu em 27 de maio de 2024. Na ocasião, seu pai era deputado estadual no Rio de Janeiro.

Enquanto criança, mudou-se com a família para Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, local em que viveu até a adolescência. Aos 13 anos começou a trabalhar em uma rádio e, aos 17, foi consagrado pastor na Igreja Evangélica Assembleia de Deus, segundo informações publicadas em seu Instagram.

Casado e pai de três filhos, Otoni pastoreia a igreja do Ministério Missão de Vida, a qual fundou em 1998.

Otoni iniciou a carreira política no PSDC como candidato a vereador do Rio de Janeiro em 2012; na época, ele ficou como suplente. Em 2014, ele se candidatou a deputado federal pelo PEN (atual Patriota), mas não foi eleito. Em 2016 foi eleito vereador do Rio pelo antigo PSC e, em 2018, como deputado federal pelo mesmo partido.

Reeleito em 2022 pelo MDB com 158.507 votos, o mandato de Otoni de Paula vai até 2027. “Luto em defesa da vida, da família, dos princípios e valores Cristãos, pela saúde, segurança, geração de empego, combate à corrupção. Luto para construir um Brasil melhor”, escreveu o emedebista em sua página online na Câmara dos Deputados.

Durante a gestão Bolsonaro, Otoni manteve uma relação próxima com o ex-presidente. Nas eleições municipais deste ano, porém, decidiu não apoiar o candidato do PL a prefeito do Rio, Alexandre Ramagem, e apoiou a reeleição do prefeito Eduardo Paes (PSD).

<><> O que o deputado disse?

Durante a cerimônia de sanção do Dia Nacional da Música Gospel, no Palácio do Planalto, Otoni lembrou a Lula que foi “um dos mais combatentes defensores do antigo governo e seu crítico político”, mas que quis Deus que fosse ele a representar, na ocasião, a Frente Parlamentar Evangélica.

“E nesse momento, já fora do palanque eleitoral, me dirijo não ao Lula do Partido dos Trabalhadores, mas ao senhor Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, e enquanto estiver ocupando esse cargo, por força de nacionalidade, meu presidente também”, disse.

O parlamentar ainda lembrou que a maioria dos evangélicos talvez não tenha votado em Lula, mas argumentou que esse público pode estar entre os mais contemplados pelos programas sociais do atual governo. “Os mais pobres e necessitados, aos quais Jesus sempre dedicou a maior parte do seu tempo, formam a maioria esmagadora de nossos irmãos”, declarou.

O deputado convidou Lula para se aproximar dos evangélicos “sem reserva”. “Tem lugar na mesa do Pai para termos comunhão. Gostando ou não politicamente de Vossa Excelência e de seus posicionamentos, não temos outra opção pela Bíblia a não ser orar por Vossa Excelência. Pois a obrigação de orar pelas autoridades nos foi imposta pelo nosso senhor”.

No final, Otoni de Paula deu um recado. “Em nome da igreja evangélica no Brasil, eu repito e lhe digo: não se preocupe. Nós só temos um dono e esse dono é Jesus”.

<><> Otoni se pronuncia sobre a repercussão

Na madrugada desta quarta-feira (16), Otoni de Paula publicou um vídeo em seu perfil do Instagram explicando as declarações feitas a Lula. O deputado contou que foi ao evento por ser vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica e que estava representando o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), atual coordenador do grupo.

“Comecei a ser criticado e comecei a receber uma enxurrada de críticas. Alguns achando que eu estava a partir de agora apoiando o Lula, apoiando o PT, porque eu representei a Frente Parlamentar Evangélica num dia tão importante para nós, que é o Dia da Música Gospel”, disse.

“O fato de eu parabenizar o Lula porque os programas sociais têm abençoado muito de nossos irmãos, isso me faz ser um traidor? Traidor de quem? Traidor da fé? Traidor da causa?” Questionou.

No final do vídeo, Otoni pediu perdão a aqueles que se sentiram ofendidos pela ida dele ao Planalto. Porém, afirmou que não se sentiu arrependido e que foi um privilégio participar do evento. O deputado fechou os comentários da publicação para os seguidores.

 

Fonte: IstoÉ/Fórum/CNN Brasil

 

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