Os Chicken Hawks querem guerra com o Irã
Poderíamos estar à
beira da Terceira Guerra Mundial. Israel assassinou um líder do Hezbollah, o
Irã bombardeou Israel, Israel lançou uma invasão terrestre ao Líbano, e os
Estados Unidos enviaram mais tropas e caças para o Oriente Médio. Israel não
recuará no Líbano ou em Gaza, e tanto Israel quanto o Irã têm armas nucleares.
É assustador — e um
coro bipartidário de nerds que provavelmente não conseguiriam vencer uma briga
de bar está ansioso para torná-lo ainda mais assustador.
“Chicken hawks”
é o termo técnico para aqueles que apoiam guerras e se envolvem em retórica
belicosa, mas nunca se colocaram na linha de frente. Normalmente homens, eles
podem estar compensando de maneira excessiva o heroísmo em campo de batalha que
nunca provaram. Ou podem ser apenas covardes sanguinários.
Foi uma semana e tanto
para tais números. Os Estados Unidos têm um caminho claro para a paz, e talvez
até para a eleição de Kamala Harris, ao interromper a guerra de Israel em Gaza.
É óbvio que Joe Biden não está fazendo o suficiente para que isso aconteça:
embora às vezes ele reclame sobre o que Israel está fazendo, mantém o
suprimento financeiro e de armas fluindo naquela direção. Se ele cortasse todo
o apoio militar a Israel, essa guerra metastática terminaria. Mas os chicken
hawks radicais contra o Irã não veem a situação dessa forma. Para
eles, Biden já está fazendo muito para alcançar a paz. Escreveram artigos de
opinião, comunicados de imprensa, foram à televisão nacional e tuitaram algumas
das estratégias mais seguras conhecidas para confrontar os supostos inimigos de
nossa nação.
O governador democrata
da Pensilvânia, Josh Shapiro — que felizmente não foi escolhido como
companheiro de chapa de Kamala Harris, embora tenha sido seriamente considerado
— uma vez alegou falsamente que se voluntariou para o exército israelense, uma
bravata das quais ele teve que voltar atrás neste verão depois que o Philadelphia
Inquirer a expôs como uma mentira.
Tais incidentes embaraçosos não o humilharam, no entanto, e ele continua a
pesar no Oriente Médio. Esta semana, Shapiro, uma estrela em ascensão no
Partido Democrata, foi à Fox News e insistiu: “Precisamos ser fortes contra o
Irã”. Ele chamou o Irã de “[de país da qual] ninguém é amigo no mundo
pacífico”. Ele não disse o quão especificamente deveríamos ser “fortes”, mas ao
ir à Fox News e usar essas palavras, a ideia de uma resposta militar enérgica
estava implícita.
Bret Stephens, do New
York Times, foi muito além. Em um artigo intitulado “Nós precisamos muito escalar no Irã”, Stephens fez o argumento insano de que Biden estaria
errado em conter a resposta de Israel ao recente ataque do Irã. Ainda mais
loucamente, ele pediu uma “resposta americana direta e extraordinária” e instou
Biden a destruir as instalações de produção de mísseis do Irã “no mínimo”.
Atacando Biden por adotar uma abordagem muito conciliatória, Stephens afirmou
que “regimes valentões só respondem ao bastão” e “guerras precisam ser travadas
até uma vitória inequívoca”. Como uma criança jogando videogame, Stephens
fantasiou sobre “a decapitação do Hezbollah” e “a evisceração do Hamas” sem uma
palavra de advertência sobre a devastação sofrida pelo povo do Líbano e de
Gaza, ou os riscos para todos nós em uma Terceira Guerra Mundial com armas
nucleares.
Previsivelmente e
ainda mais perturbador, já que provavelmente é levado mais a sério, o think
tank bipartidário United Against Nuclear Iran (UANI)
tem ecoado essa visão imprudente durante toda a semana. Liderado pelo
ex-governador da Flórida Jeb Bush, que se registrou para o recrutamento, mas
quando teve a oportunidade de escolher, não se voluntariou para o Vietnã, e
pelo ex-funcionário do governo George W. Bush, Mark Wallace, o UANI também tem
um conselho consultivo, que representa um quem é quem dos falcões do
establishment da política externa (chicken hawks), incluindo o driblador
do combate no Vietnã John Bolton, mas também figuras menos extremas como Graham
Allison (um formidável guerreiro da Guerra Fria dos governos Reagan e Clinton,
bem como da Escola Kennedy de Harvard, da CIA e de outras grandes instituições
imperialistas); o ex-aluno de Obama, Clinton e do governo Bush, Dennis Ross; e
o intelectual centrista Walter Russell Mead (Mead já foi membro sênior de Henry
A. Kissinger no Conselho de Relações Exteriores dos EUA).
Primeiro, eles insistiram em
uma declaração atribuída a Bush e Wallace no site da organização — e promovida
na conta do Twitter/X da UANI — que “os Estados Unidos devem se juntar a Israel
para contra-atacar”. Mais tarde naquela semana, eles repreenderam Biden por
se recusar sensatamente a atacar as instalações nucleares do Irã.
Todos cujas opiniões
discuti nesta coluna (ok, exceto John Bolton) são membros respeitados da classe
governante dos Estados Unidos, mas sua ânsia de declarar guerra ao Irã e
arriscar um holocausto nuclear global é tão louca quanto a de seu colega chicken
hawk, Donald Trump.Enquanto americanos da classe trabalhadora e milhões de
vietnamitas, laosianos, cambojanos e outras pessoas morriam no Vietnã e em
guerras eternas como no Iraque e no Afeganistão, esses chicken hawks estavam
se formando em escolas preparatórias, frequentando faculdades de prestígio e,
em geral, abraçando todas as oportunidades seguras e mimadas que a classe
dominante oferece aos seus jovens. Tendo aproveitado a vida confortável da
jovem elite americana, eles agora desejam condenar o resto da juventude do
mundo a um inferno de assassinato e destruição sem fim e sem futuro.
¨ Investigação mostra detalhes de como Israel enganou o Hezbollah
com um pager 'gordinho'
As baterias dos pagers
armados que chegaram ao Líbano no início do ano faziam parte de um plano
israelense para enfraquecer o Hezbollah. Elas apresentavam características enganadoras, mas também um
ponto fraco.
Os agentes que
construíram os pagers projetaram uma bateria que escondia uma pequena, mas
potente carga de explosivo plástico e um detonador inovador que era invisível
ao raio-X. As informações são de uma fonte libanesa e estão em imagens
analisadas pela Reuters.
Para compensar a falta
de uma história convincente sobre o novo produto com aparência
"gordinha", a inteligência de Israel criou lojas, páginas e postagens
falsas na internet capaz de enganar qualquer verificação feita pelo Hezbollah,
segundo uma análise de arquivos realizada pela Reuters.
A discreta criação da
bomba disfarçada de pager e a cobertura cuidadosamente elaborada para a
bateria, ambas descritas aqui pela primeira vez, revelam detalhes de uma
operação que durou anos. O resultado foram golpes sem precedentes contra o
grupo extremista apoiado e na aproximação do Oriente Médio de uma guerra
regional.
Uma folha fina e
quadrada com seis gramas de explosivo plástico pentaeritritol tetranitrato
(PETN) foi espremida entre duas células retangulares de bateria, segundo a
fonte libanesa e fotos.
O espaço restante
entre as células da bateria não podia ser visto nas fotos, mas estava ocupado
por uma tira de material altamente inflamável que atuava como detonador, disse
a fonte.
Esse
"sanduíche" de três camadas foi inserido em um bolso de plástico
preto e encapsulado em uma carcaça de metal com aproximadamente o tamanho de
uma caixa de fósforos, mostraram as fotos.
A montagem era incomum
porque não dependia de um detonador miniaturizado padrão, normalmente um
cilindro metálico, segundo a fonte e dois especialistas em bombas. Todos os
três falaram sob condição de anonimato.
Sem componentes
metálicos, o material usado para desencadear a detonação tinha uma vantagem:
como os explosivos plásticos, não era detectado por raio-X.
Ao receber os pagers
em fevereiro, o Hezbollah procurou a presença de explosivos, disseram duas
pessoas familiarizadas com o assunto, colocando-os em scanners de segurança de
aeroportos para ver se disparavam alarmes. Nada suspeito foi relatado.
Os dispositivos
provavelmente foram configurados para gerar uma faísca dentro do compartimento
de baterias, o suficiente para ativar o detonador e desencadear a explosão,
disseram os dois especialistas em bombas, aos quais a Reuters mostrou o design
da bomba-pager.
Como os explosivos e o
invólucro ocupavam cerca de um terço do volume, o conjunto de baterias
carregava uma fração da potência condizente com seu peso de 35 gramas, segundo
dois especialistas em baterias.
"Há uma
quantidade significativa de massa não contabilizada", disse Paul
Christensen, especialista em baterias de lítio da Universidade de Newcastle, no
Reino Unido.
Infográfico mostra
bateria usada em pagers do Hezbollah — Foto: Juan Silva/g1
Em algum momento, o
Hezbollah percebeu que a bateria estava se esgotando mais rápido do que o
esperado, disse a fonte libanesa. No entanto, o problema não pareceu levantar
grandes preocupações de segurança — o grupo ainda estava entregando os pagers a
seus membros horas antes do ataque.
Em 17 de setembro,
milhares de pagers explodiram simultaneamente nos subúrbios ao sul de Beirute e
em outras fortalezas do Hezbollah. Na maioria dos casos, os dispositivos
emitiram um sinal sonoro, indicando uma mensagem recebida.
Entre as vítimas
levadas ao hospital, muitas tinham lesões oculares, dedos amputados ou grandes
buracos no abdômen, indicando a proximidade com os dispositivos no momento da
detonação.
No total, as
detonações dos pagers e de walkie-talkies mataram 39 pessoas e deixaram mais de
3.400 feridos.
Duas fontes ocidentais
de segurança disseram que a agência de inteligência israelense Mossad liderou os ataques
com pagers e walkie-talkies.
A Reuters não
conseguiu descobrir onde os dispositivos foram fabricados. O escritório do
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que tem
autoridade sobre o Mossad, não respondeu a um pedido de comentário.
O Ministério da
Informação do Líbano e um porta-voz do Hezbollah se recusaram a responder a
pedidos de comentário feitos pela reportagem.
Israel não negou nem
confirmou relação com as explosões. No dia seguinte aos ataques, o
ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, elogiou os resultados "muito
impressionantes" do Mossad. Os comentários foram interpretados como
um reconhecimento tácito da participação da agência.
Autoridades dos EUA
disseram que não foram informadas sobre a operação com antecedência.
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A falha
Pagers usados pelo
Hezbollah explodiram, em 17 de setembro de 2024 — Foto: Reuters
Externamente, a fonte
de energia do pager parecia um conjunto de baterias de íon-lítio comum, usado
em milhares de produtos eletrônicos de consumo.
Ainda assim, a
bateria, rotulada LI-BT783, tinha um problema: assim como o pager, ela não
existia no mercado. Então os agentes israelenses criaram uma história do
zero.
O Hezbollah possui
rigorosos procedimentos para verificar aquisições do grupo, segundo um
ex-oficial de inteligência israelense que não estava envolvido na operação dos
pagers.
"Você quer ter
certeza que, se eles procurarem, encontrarão algo", disse o ex-espião,
pedindo para não ser identificado. "Não encontrar nada não é bom."
Criar histórias de
fundo, ou "lendas", para agentes disfarçados tem sido uma habilidade
central das agências de espionagem. O que tornou o enredo do pager incomum é
que essas habilidades parecem ter sido aplicadas a produtos eletrônicos de consumo
comuns.
Para os
pagers, os agentes enganaram o Hezbollah vendendo o modelo customizado,
AR-924, sob uma marca taiwanesa renomada existente, a Gold Apollo.
O presidente da Gold
Apollo, Hsu Ching-kuang, disse a repórteres um dia após o ataque que foi
abordado cerca de três anos antes para discutir um acordo de licenciamento. Ele
teria conversado com uma funcionária chamada Teresa Wu e o gerente dela,
"chamado Tom”.
Hsu disse que tinha
poucas informações sobre o superior de Wu, mas lhes concedeu o direito de
projetar seus próprios produtos e comercializá-los sob a marca Gold
Apollo.
A Reuters não
conseguiu confirmar a identidade do gerente, nem se a pessoa ou Wu trabalharam
conscientemente com a inteligência israelense.
O presidente disse que
não se impressionou com o AR-924 quando o viu, mas ainda assim adicionou fotos
e uma descrição do produto ao site de sua empresa. Isso ajudou dar ao pager
visibilidade e credibilidade. Não havia como comprar diretamente o modelo no
site da empresa.
Hsu disse que não
sabia nada sobre as capacidades letais dos pagers ou sobre a operação mais
ampla para atacar o Hezbollah. Ele descreveu a empresa dele como uma vítima da
trama.
A Gold Apollo se
recusou a fornecer mais comentários. Chamadas e mensagens enviadas pela Reuters
a Wu não foram respondidas. Ela não fez nenhuma declaração à imprensa desde os
ataques.
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'Eu conheço este produto'
Em setembro de
2023, páginas da internet e imagens apresentando o AR-924 e sua bateria
foram adicionadas ao site apollosystemshk.com. O portal afirmava ter
licença para distribuir produtos da Gold Apollo, além do pager e da fonte de
energia do produto, de acordo com uma análise da Reuters de registros de
internet e metadados.
O site fornecia um
endereço em Hong Kong para uma empresa chamada Apollo Systems HK. Nenhuma
empresa com esse nome existe no endereço ou nos registros corporativos da
região.
No entanto, o site foi
listado por Wu, a empresária taiwanesa, em sua página no Facebook. A informação
também consta em registros públicos de incorporação, quando ela cadastrou uma
empresa chamada Apollo Systems em Taipei, no início deste ano.
Uma seção do site
apollosystemshk.com dedicada à LI-BT783 enfatizava o desempenho excepcional da
bateria. Diferente das baterias descartáveis que alimentavam pagers de
gerações anteriores, ela oferecia 85 dias de autonomia e podia ser recarregada
via cabo USB, de acordo com o site e um vídeo promocional de 90 segundos no
YouTube.
No final de 2023, duas
lojas de baterias foram lançadas online com a LI-BT783 listada em seus
catálogos, segundo descobriu a Reuters. E em dois fóruns online dedicados a
baterias, os participantes discutiam a fonte de energia, apesar de sua
indisponibilidade comercial.
"Eu conheço este
produto", escreveu um usuário com o apelido Mikevog em abril de 2023.
"Ele tem uma excelente ficha técnica e um ótimo desempenho."
A Reuters não
conseguiu estabelecer a identidade de Mikevog.
O site, as lojas
online e as discussões em fóruns apresentam as características de um esforço de
engano, disseram à Reuters um ex-oficial de inteligência israelense e dois
agentes de segurança ocidentais.
Os sites foram
removidos da web desde que as bombas disfarçadas de pager causaram estragos no
Líbano, mas cópias arquivadas e em cache ainda estão disponíveis para
visualização.
Lamentando o dia em
que compraram os pagers, os líderes do Hezbollah disseram que iniciaram
investigações internas para entender como a falha de segurança pôde acontecer.
Eles também buscam identificar possíveis informantes.
O grupo havia adotado
os pagers no início do ano após perceber que as comunicações por celular
estavam comprometidas pela interceptação israelense.
As investigações do
Hezbollah ajudaram a descobrir como agentes israelenses usaram uma tática
agressiva de vendas para garantir que o gerente de aquisições do Hezbollah
escolhesse o AR-924, disse uma das pessoas familiarizadas com o assunto.
O vendedor que
transmitiu a oferta fez uma proposta muito barata para os pagers, "e
continuou baixando o preço até que ele fosse aceito", disse a fonte.
As autoridades
libanesas condenaram os ataques como uma violação grave da soberania do Líbano.
Em 19 de setembro, em
seu último discurso público antes de ser morto por Israel, o líder do
Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, disse que as explosões dos dispositivos
poderiam equivaler a uma "declaração de guerra". À época, ele
prometeu punir Israel.
Hezbollah e Israel têm
trocado disparos desde 8 de outubro de 2023, quando o grupo extremista começou
a lançar foguetes contra posições militares israelenses em solidariedade ao
Hamas.
Após os ataques dos
dispositivos, Israel lançou uma guerra total contra o Hezbollah, incluindo uma
invasão terrestre no sul do Líbano e ataques aéreos que mataram a maior parte
da liderança do grupo.
A investigação interna
do Hezbollah sobre o ataque dos pagers, ainda em andamento, sofreu um revés em
28 de setembro: onze dias após os dispositivos explodirem, o oficial sênior do
Hezbollah encarregado de comandar a investigação de aquisições, Nabil Kaouk,
foi morto por um ataque aéreo israelense.
¨ Xeque do Catar pede por solução duradoura para confronto
Israel-Palestina
O xeque Tamim bin
Hamad Al Thani do Catar enfatizou a importância de se estabelecer um estado
Palestino em reunião com líderes da União Europeia, ao mesmo tempo em que pediu
uma solução duradoura para o confronto entre palestinos e israelenses.
Os 27 países da União
Europeia estão buscando trabalhar mais de perto com o Conselho de Cooperação do
Golfo (CCG) – que reúne Bahrein, Kuwait, Omã, Catar, Arábia Saudita e Emirados
Árabes Unidos – para lidar com conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia.
Em seu discurso na
abertura da cúpula realizada com os europeus, o xeque Tamim bin Hamad Al Thani
do Catar destacou a necessidade de criar um estado palestino “soberano e
independente” existindo lado a lado com Israel, e pediu um cessar-fogo nas
guerras em andamento de Israel em Gaza e no Líbano.
“A guerra destrutiva
travada por Israel hoje na Palestina e no Líbano tornou os crimes de guerra
algo normal. Isso é algo que não podemos aceitar”, disse Al Thani, conforme destacado pelo site Al Jazeera.
“Precisamos de um
acordo para esses conflitos. Precisamos encontrar uma solução para a causa
palestina com base na legitimidade internacional e nas fronteiras de 1967… Um
cessar-fogo seria o primeiro passo antes de uma rodada séria de negociações
para uma solução definitiva para a causa palestina.”
A reunião ocorre mais
de um ano após o ataque israelense a Gaza por conta da ação do grupo palestino
Hamas, que matou pelo menos 1139 pessoas na região sul de Israel.
Desde então, mais de 42.400 palestinos foram mortos na ação israelense, e mais de 90% dos 2,3 milhões de
moradores da região sofreu pelo menos um deslocamento territorial no período.
Fonte: Por Liza
Featherstone – tradução Pedro Silva, para Jacobin Brasil/g1/Jornal GGN
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