sábado, 12 de outubro de 2024

Após 20 anos de ocupação, o que sobrou do Afeganistão deixado pelos EUA?

Os EUA invadiram e ocuparam o Afeganistão em outubro de 2001, com o discurso de combater o terrorismo global. 20 anos depois, em 2021, os norte-americanos anunciaram a saída do país asiático deixando o poder nas mãos do Talibã. Afinal, qual a herança deixada pelos EUA? A intervenção teria sido mais um fracasso na história militar ianque?

"Parece que o fim do poço nunca chega, mas sempre pode afundar um pouquinho mais", resume, em declarações ao Mundioka, podcast da Sputnik Brasil, Luiz Felipe Osório, professor de relações internacionais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e autor do livro "Imperialismo, Estado e relações internacionais", sobre a herança deixada pelos EUA aos afegãos.

A prova do fracasso, segundo o especialista, é atestada pela volta do Talibã (organização sob sanções da Organização das Nações Unidas [ONU] por atividade terrorista) ao poder após a saída dos EUA. Ou seja, a empreitada militar norte-americana, que tinha como alvo o Talibã, acabou fortalecendo o grupo ao longo de duas décadas.

"O Talibã voltou com muito apoio e respaldo popular a ponto de enxotar os Estados Unidos de lá, como fizeram naquelas cenas icônicas do ano de 2021", relembra Osório, ressaltando o evidente fracasso norte-americano do ponto de vista social, econômico e até mesmo no que diz respeito aos direitos humanos.

O cenário atual do Afeganistão é de muita fragilidade, conforme pontua Mariana Bernussi, professora de relações internacionais do Ibmec São Paulo.

"O Afeganistão hoje está basicamente na mão de instituições humanitárias. Quase 18 milhões de pessoas precisam de algum tipo de ajuda externa, seja de outros países, de ONGs ou da própria ONU para sobreviver", diz a analista.

De acordo com Bernussi, soma-se à situação de escassez mais de 10 milhões de crianças que também estão fora das escolas; 50% das crianças desnutridas, conforme dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, na sigla em inglês). Além disso, 75% da população afegã vive em regiões rurais onde não contam com água potável ou saneamento de qualidade. "É um dos 30 países mais pobres do mundo", destaca.

Sobre um eventual fracasso ou não dos EUA, a professora do Ibmec avalia que precisa ser considerado sob qual ponto de vista se fala em fracasso.

"Se a gente pensar no próprio discurso do [Joe] Biden, a fala que ele fez ao sair do Afeganistão, ele mesmo disse que o objetivo ao entrar no Afeganistão nunca foi reconstruir o país, e sim caçar os terroristas", pontua.

Ou seja, desse ponto de vista, "se o objetivo foi evitar outro ataque em solo americano, a gente não pode dizer que foi um total fracasso". Entretanto, "se o objetivo era acabar com o Talibã, evitar que outros grupos acendessem, aí, nesse sentido, foi um fracasso", acrescenta Bernussi.

·        Talibã: a organização foi alimentada pelos EUA?

Para entender o processo de retirada dos EUA após 20 anos de ocupação no Afeganistão, é importante entender os atores que antecederam a história que culminou nesse processo que durou duas décadas.

O Afeganistão foi palco de disputas históricas por parte de impérios que tentaram conquistar aquele território desde o século XIX. O país tem uma terra rica em minerais e gás natural, além de contar com uma posição geográfica estratégica, sendo um "local importante para garantir as rotas comerciais, ligando fundamentalmente a Ásia, a África e a Europa", destaca Osório.

O Afeganistão se torna Estado-nação logo após a Primeira Guerra Mundial. "No seu início, ele tentou de alguma maneira certa modernização, certa secularização nos termos da Turquia", recorda o especialista. No entanto, o país não avançou muito e manteve status de reinado até a década de 1970.

"A década de 70 para o Afeganistão é muito importante, porque ali começam as grandes disputas políticas em torno do domínio interno do país. A monarquia acaba caindo, vem a Constituição Democrática, de alguma maneira, e começam disputas muito intensas."

Em 1978, o país passa por uma revolução socialista, "que teve a liderança do Partido Popular Democrático do Afeganistão, que se intitula um partido marxista-leninista, muito atrelado, muito nos moldes da União Soviética", destaca o analista.

Naquela época, o Afeganistão fazia fronteira com a União Soviética e buscava influência e atuação dos soviéticos em seu território.

A proximidade com a União Soviética acaba prevalecendo frente a outras possibilidades, tanto que em 1979 os soviéticos intervêm "para tentar pacificar as disputas políticas que estavam ali em curso desde a revolução".

Em clima de Guerra Fria, os interesses norte-americanos entram para a história. "Os EUA começam uma estratégia de financiamento de certa resistência, uma contrarrevolução armada por meio desses religiosos mais ortodoxos, os Mujahedins, como se chama por aí, que eram muito vinculados ao Paquistão e também aos Estados Unidos", explica o professor.

"Esse pessoal da contrarrevolução, muito mais conservador do ponto de vista dos costumes, estava muito atrelado a uma figura que depois vai ganhar proeminência: o árabe Osama bin Laden. O Osama bin Laden teve ligação direta, vínculos muito estreitos com os Estados Unidos, uma vez que os setores dele foram financiados pelos Estados Unidos e apoiados […] pela Arábia Saudita, onde o Osama bin Laden nasceu", acrescenta.

Foram ao menos dez anos de luta, como relembra o analista, para que os soviéticos se retirassem do território. A União Soviética, que também vivia seus próprios problemas internos, retirou-se em 1989.

Ainda assim, o governo presente se mantém até 1992, com uma guerra civil já conflagrada, inclusive com intensificação das disputas, recorda Osório. "Até que em 1996, se chega de alguma maneira a um consenso, se cria ali um emirado islâmico dentro do Afeganistão e quem assume é o Talibã".

O grupo sunita assume o poder e "começa a tocar um governo, uma interpretação fundamentalista da Sharia, como se fosse uma maneira de poder chamar de uma teocracia, e com forte apoio da Arábia Saudita e do Paquistão".

Para Osório, a figura do Osama bin Laden em si é um produto próprio dos Estados Unidos.

"Os Estados Unidos incentivaram, alimentaram essas facções, quando dado o momento em que elas serviam para os Estados Unidos a determinado propósito, que era expulsar a ocupação soviética", comenta.

Entretanto, o grupo político ganha força e projeção a ponto de começar a incomodar os próprios Estados Unidos, o que culmina nos atentados de 11 de Setembro de 2001, planejados por Osama bin Laden e realizados pela Al-Qaeda (grupo terrorista proibido na Rússia e em diversos países), organização extremista criada por ele em 1988.

"Aquele animal que tanto foi alimentado pelos Estados Unidos acabou mordendo a mão dele", metaforiza o pesquisador.

·        O Talibã hoje

Para os analistas, o Talibã que assume o governo em 2021, após costurar alianças e contar com o apoio popular para expulsar os EUA do território afegão, tenta adotar uma postura mais maleável no contexto das relações exteriores.

Atualmente, o Talibã "mostra uma postura muito mais moderada e vem buscando, de alguma maneira, acordos comerciais com os países vizinhos" e tenta estabelecer um ambiente político minimamente estável com esses países. A China, inclusive, já tenta fechar acordos em relação às terras-raras afegãs, conta Osório.

Bernussi afirma que o Talibã volta ao poder com um discurso "mais soft", mas a linha dura segue em alguns contextos. "A desigualdade de gênero é gritante no país. Basicamente 10%, 15% das mulheres conseguem cursar ensino médio", relata.

Talibãs fazem a guarda de uma zona de explosão em Cabul, em 18 de junho de 2022.

Quanto à sustentação do grupo, a analista explica que o país continua a ser de maioria agrária. Sendo assim, os recursos do Talibã vêm, em boa parte, do cultivo de papoula. "O plantio de papoula no Afeganistão foi, nesses 20 anos, de 8 mil hectares para 230 mil hectares."

Osório relembra que, durante o primeiro governo Talibã, a produção dessa matéria-prima da papoula havia sido proibida. Porém, durante a ocupação, "os EUA retomaram a produção da papoula, […] foram coordenando toda a produção dessa droga, que foi alimentando […] 80% da produção global de ópio e 95% do suprimento ao mercado europeu de opioides".

Agora, "o tráfico de drogas é o que hoje sustenta basicamente o Talibã no poder, além de tributos e outros elementos mais básicos", afirma Bernussi.

Fracasso dos EUA, prejuízo do povo afegão: afinal, quem venceu essa guerra?

Se há necessidade de descrever vencedores na disputa, Bernussi aponta para aqueles que lucraram com a guerra ao terror durante o período.

A mobilização do complexo industrial militar de defesa norte-americano permitiu a atuação de companhias privadas para fazer toda a logística de levar os equipamentos das forças dos EUA, oferecer drones, vender armas e, até mesmo, para a resolução de outros problemas, desde a falta de água até problemas de infraestrutura, que estimularam contratos bilionários com empresas de outros setores, conforme a especialista.

"Esse fenômeno do rápido crescimento das empresas militares privadas e de segurança, do lobby que elas foram fazendo junto ao governo, isso acho que explica esse lado dos ganhadores da guerra", resume.

De 2001 a 2023 foram gastos US$ 8 trilhões (R$ 44,67 trilhões) com a guerra global ao terror, segundo Bernussi.

Na esteira do lucro estiveram também think tanks e grupos de estudos em algumas universidades, financiados pelo governo norte-americano para produzir análises que justificassem a invasão dos EUA, dando tom científico para "a guerra ao terror e a necessidade de agir de uma maneira imediata para combater essa grande ameaça", finaliza.

 

¨      O que foi a Guerra do Afeganistão de 2001

A Guerra do Afeganistão de 2001 foi um conflito iniciado com a invasão do Afeganistão por tropas lideradas pelos Estados Unidos. A invasão do Afeganistão fez parte da chamada “guerra ao terror” e foi uma resposta aos atentados de 11 de setembro. Depois de 20 anos de ocupação, os Estados Unidos retiraram suas tropas do país, e o Talibã recuperou o poder afegão.

<><> O que foi a Guerra do Afeganistão de 2001?

A Guerra do Afeganistão de 2001 foi um conflito que teve 20 anos de duração e se iniciou quando o Afeganistão, país da Ásia Central, foi invadido por tropas militares lideradas pelos Estados Unidos. Esse conflito foi parte do que foi nomeado pelo governo norte-americano como “guerra ao terror” e tinha como objetivo derrubar o Talibã do poder afegão e destruir a Al-Qaeda.

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A invasão do Afeganistão e, por consequência, a guerra em si foram uma represália dos Estados Unidos por causa dos atentados de 11 de setembro de 2001, responsáveis pela morte de quase 3 mil pessoas. Esse atentado foi organizado pela Al-Qaeda como parte da guerra que essa organização travava contra os Estados Unidos.

Ao longo de 20 anos, o Afeganistão manteve-se ocupado por tropas norte-americanas, que atuavam como forças de segurança enquanto as potências ocidentais procuravam reorganizar a administração do país. Ao longo desse período, estima-se que cerca de 3 mil soldados norte-americanos morreram em combate.

Em agosto de 2021, a saída das tropas norte-americanas do Afeganistão possibilitou o retorno do Talibã ao poder do país. Para saber mais, veja: Talibã e seu retorno ao poder do Afeganistão.

<><> O que é o Talibã?

Talibã é uma dos atores-chave para que possamos entender o que foi esse conflito que se estendeu por duas décadas. Se trata de uma organização fundamentalista islâmica de caráter nacionalista que surgiu na década de 1990 na região de fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. Era formado, inicialmente, por estudantes que frequentavam escolas religiosas conhecidas como madraças.

Esses estudantes eram da etnia pachto, e a atuação do Talibã se resume aos locais habitados por pachtos. O Talibã surgiu no contexto da Guerra Civil Afegã, conflito travado entre 1992 e 1996. O objetivo do Talibã era tomar o poder do Afeganistão e impor sua visão radical do islamismo sobre a população do país.

Em 1996, o Talibã conquistou Cabul, e grande parte do território afegão passou para o seu controle. Assim, o grupo inaugurou o Emirado Islâmico do Afeganistão, um regime que foi reconhecido por apenas três países. O regime do Talibã ficou marcado pela violência, extremismo e autoritarismo e se estendeu até 2001, ano em que o país foi invadido pelos norte-americanos.

<><> O que é a Al-Qaeda?

Outro ator-chave da Guerra do Afeganistão é a Al-Qaeda, uma organização fundamentalista islâmica que também surgiu na zona de fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. O surgimento da Al-Qaeda remonta diretamente à Guerra do Afeganistão de 1979, conflito iniciado pela invasão do Afeganistão pelas tropas soviéticas.

Os soviéticos invadiram o país para apoiar o governo socialista que estava em seu comando, e isso gerou uma grande reação da população muçulmana. Uma jihad, guerra santa contra os soviéticos, que eram considerados infiéis por não serem seguidores do islamismo, foi convocada para que ocorresse a mobilização dos muçulmanos de todas as partes do mundo para ajudar na resistência afegã contra os soviéticos.

Essa jihad atraiu muitas pessoas para o Afeganistão, como Osama bin Laden, milionário saudita. Ele, junto de Abdullah Azzam, um professor universitário e teólogo palestino, criou uma organização que era responsável pelo recrutamento de jovens dispostos a aderir à jihad contra os soviéticos. Esse grupo ficou conhecido como Maktab al Khidmat lil Mujahidin al-Arab (MAK).

O MAK tornou-se Al-Qaeda no final da década de 1980, quando a guerra já estava no fim. Na década de 1990, tornou-se um inimigo dos Estados Unidos. A Al-Qaeda, diferentemente do Talibã, surgiu com vocação transnacional e, assim, procurava ampliar sua atuação pelo mundo. Em 1996, a Al-Qaeda se estabeleceu no Afeganistão com a permissão do Talibã.

<><> Motivo da Guerra do Afeganistão de 2001

Durante o final da década de 1990, a Al-Qaeda já havia realizado alguns atentados contra os Estados Unidos, mas eram de proporção pequena, e a reação do governo norte-americano era limitada. No dia 11 de setembro de 2001, um enorme atentado foi realizado pela Al-Qaeda dentro do território norte-americano.

Esse atentado começou a ser organizado no final da década de 1990 e foi colocado em prática anos depois. Ao todo, 19 terroristas do grupo sequestraram quatro aviões comerciais, que decolaram da costa leste dos Estados Unidos. As quatro aeronaves, na posse dos terroristas, foram usadas como armas contra alvos simbólicos.

Os alvos atingidos pelos aviões foram:

  • As duas torres do World Trade Center, um importante prédio comercial que ficava em Nova York;
  • O Pentágono, o prédio que sedia o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, localizado em Washington.

Um quarto avião tinha outro alvo, em Washington. Acredita-se que era o Capitólio, o prédio que sedia o Legislativo norte-americano. Esse quarto avião acabou caindo em uma área vazia quando sobrevoava o estado da Pensilvânia e não atingindo seu alvo porque os passageiros se rebelaram contra os terroristas que sequestraram o avião.

O total de mortes decorrentes dos ataques em 11 de setembro foi de 2996. O presidente dos Estados Unidos na ocasião era George W. Bush, e foi esse governo que assumiu a postura que ficou conhecida como “guerra ao terror”.

<><> Invasão do Afeganistão e início da Guerra do Afeganistão de 2001

Depois dos atentados, o serviço de inteligência dos Estados Unidos deu início a investigações e concluiu que os ataques foram organizados pela Al-Qaeda. Posteriormente, a própria organização terrorista assumiu que o atentado havia sido de sua autoria, o que gerou uma reação norte-americana.

Como mencionado, a Al-Qaeda estava instalada no Afeganistão desde 1996 e tinha o apoio do Talibã. No Afeganistão, residia o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, e lá também existiam as bases de treinamento de novos terroristas dessa organização. O governo norte-americano exigiu que o Talibã expulsasse a Al-Qaeda do Afeganistão e entregassem bin Laden para que ele fosse julgado pelo atentado.

O Talibã se recusou a aceitar o ultimato norte-americano, e isso fez com que os Estados Unidos organizassem a ofensiva militar contra o Afeganistão. Em outubro de 2001, o território afegão foi invadido, e, em dezembro do mesmo ano, o Talibã já havia sido desalojado do poder do Afeganistão. Membros do Talibã e Al-Qaeda fugiram e se esconderam nas montanhas no nordeste do Afeganistão ou foram para o Paquistão.

Os objetivos da invasão norte-americana iniciada em outubro de 2001 eram:

  • derrubar o Talibã para reconstruir o Afeganistão com governos democráticos;
  • líderes, sobretudo Osama bin Laden. destruir a Al-Qaeda e prender seus

A invasão norte-americana, a princípio, não tinha o apoio da Organização das Nações Unidas, mas, posteriormente, a própria ONU enviou tropas ao Afeganistão para garantir a segurança do país.

A derrubada do Talibã representava o claro enfraquecimento desse grupo. Entretanto, a partir de 2004, o Talibã retomou poderio militar e deu início a uma série de ataques contra tropas norte-americanas no interior do Afeganistão. Foi necessário, então, que os Estados Unidos reforçassem suas posições no país com o envio de mais soldados.

Os esforços para reconstrução do Afeganistão se mostraram inúteis, porque os governos democráticos que surgiram no país tinham sua influência limitada aos arredores de Cabul, a capital. Além disso, a corrupção dos novos governos impediam o desenvolvimento do Afeganistão.

<><> Fim da Guerra do Afeganistão de 2001

O passar dos anos tornou a Guerra do Afeganistão desgastante para os Estados Unidos, devido à grande presença de cidadãos norte-americanos no Afeganistão, o acúmulo de mortes e os altos gastos do conflito. O governo de Barack Obama prometeu retirar as tropas norte-americanas do Afeganistão, mas não cumpriu sua promessa.

O governo de Donald Trump deu início a negociações com o Talibã para consolidar a retirada das tropas norte-americanas do país. Trump se comprometeu a tirar as tropas norte-americanas do Afeganistão caso o Talibã não aceitasse mais receber a Al-Qaeda no território do país.

No governo de Joe Biden, a retirada foi marcada para acontecer até o final de agosto de 2021. A notícia da retirada norte-americana incentivou o Talibã a realizar uma grande ofensiva militar no Afeganistão. Eles já comandavam grande parte do território afegão e acabaram dominando uma série de outras regiões a partir do mês de agosto.

As tropas norte-americanas se retiraram do Afeganistão de fato em agosto de 2021, e o presidente afegão, Ashraf Ghani, fugiu, temendo ser preso pelo Talibã. Os Estados Unidos abandonaram o Afeganistão do mesmo jeito que o encontraram em 2001: com o Talibã no poder. O único objetivo alcançado pelos norte-americanos no conflito foi a execução de Osama bin Laden, realizada em maio de 2011.

 

Fonte: Sputnik Brasil/História do Mundo

 

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