quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Carlos Ferreira Martins: Argentina no fio da navalha

Nos dois meses em que esta coluna deu folga aos leitores, a economia brasileira surpreendeu pelo crescimento em praticamente todos os indicadores; o braço de ferro com o centrão continuou mostrando as aporias de nosso sistema político; Lula esteve no G7 e na cúpula dos Brics; assumiu a Presidência rotativa do Mercosul e do G20 e abriu protocolarmente a 78ª Assembleia Geral da ONU com um discurso que muitos consideraram histórico e até Eliana Cantanhede, do alto de seu portentoso descortínio intelectual, saudou porque “Lula deixou de falar besteira”. 

Neste mesmo período um alerta vermelho chegou do vizinho mais importante, política e economicamente, para o papel de liderança regional que constitui, além da histórica posição multilateralista interrompida apenas nos quatro anos em que Jair Bolsonaro nos reduziu à condição de pária, nosso principal ativo no jogo geopolítico.

Argentina e Brasil representam juntos 63% da área total da América do Sul, 60% da população e mais de 60% do seu PIB. Portanto, rivalidade futebolística à parte, para que valha a máxima de Richard Nixon de que “para onde se inclinar o Brasil, se inclinará a América Latina”, o prumo da Argentina é essencial. Especialmente em um momento em que os governos de Paraguai e Uruguai se orientam à direita e a Venezuela continua suspensa do grupo.

Por isso o resultado das Paso – Primarias Abertas Simultâneas e Obrigatórias – de 14 de agosto, atraiu atenção em todo o planeta e especial preocupação no Brasil. 

As Paso têm o papel de definir os candidatos à Presidência da República e seu resultado surpreendeu o mundo político, com o candidato de extrema direita Javier Milei, parlamentar obscuro e folclórico, obtendo quase 30% dos votos. Ele perdeu para a abstenção de 31%, mas venceu as coalizões tradicionais da política argentina: a liderada por Patricia Bullrich, apadrinhada do ex-presidente Mauricio Macri, obteve 28% dos votos, e a peronista, com o ministro da Economia Sérgio Massa à frente, recebeu 27%. 

Javier Milei não deixou desde então de causar espanto por suas declarações que vão do mirabolismo econômico – dolarização imediata da economia, redução radical do Estado e fim do Banco Central – ao ultra direitismo político - elogio do thatcherismo, defesa da ditadura militar e ameaça de rompimento da ordem constitucional.

Ante as dificuldades de reação do establishment político, em grande parte responsável pela adesão ao “que se vayam todos”, equivalente ao nosso “contra tudo isso que está aí”, a sociedade civil começa a reagir à ameaça de retrocesso naquilo de mais importante que o país vizinho conseguiu nas últimas décadas. Diferentemente do Brasil, o julgamento dos militares responsáveis pela ditadura e pelo desastre das Malvinas estabeleceu um pacto democrático sólido que enfrenta agora o seu mais perigoso desafio. 

Foi esse quadro que levou à divulgação do documento intitulado “Compromiso Electoral: ante las amenazas a la democracia”. A inciativa dos professores e pesquisadores Hugo Vezetti, Claudia Hilb, Alejandro Katz e Adrián Gorelik, logo teve a adesão de pesos pesados da intelectualidade argentina, como Carlos Altamirano, Beatriz Sarlo, Oscar Cetrángolo, Roberto Gargarella, Hilda Sabato e Maristela Svampa. 

Após viralizar nas redes e na grande imprensa, o manifesto já tem milhares de adesões, e o que o jornal La Nación chamou de “intervenção inédita na história democrática” parece ter chacoalhado o torpor da sociedade civil e se articulado com reações de outros setores, como os economistas e os juristas, que também se pronunciaram publicamente. Até mesmo a Igreja Católica se alçou contra Milei, que chegou a chamar o Papa Francisco de “maligno”.

O manifesto adverte que “é a primeira vez em 40 anos de democracia que candidatos com discursos que promovem a violência social e política, o desconhecimento de toda ideia de equidade e, muito especialmente, a reivindicação da ditadura militar, chegam com grandes possibilidades de triunfo a uma eleição presidencial”. 

Afirmando sérias dúvidas sobre a capacidade dos dois blocos políticos tradicionais para tirar o país desse impasse, e dada a impossibilidade de construir uma frente eleitoral democrática, propõe três medidas.

Imediatamente, a convocação de líderes da sociedade civil para uma campanha pública de defesa dos valores democráticos. Em termos eleitorais, a superação do absenteísmo pelo chamado a toda a cidadania democrática a votar nos seus próprios candidatos no primeiro turno, previsto para 22 de outubro. E finalmente o compromisso explícito de todas as coligações concorrentes de que, caso Milei seja um dos candidatos no segundo turno, chamarão a votar “em quem o enfrente, seja quem for.”

Os signatários confessam explicitamente tomar como exemplo a vitória de Lula sobre Bolsonaro. A experiência brasileira, afirmam, “demonstra que a divisão de setores democráticos da sociedade foi o que fez possível o triunfo do bolsonarismo, que durante quatro anos impôs ao país um retrocesso dolorosíssimo.”

Conscientes dos limites de sua proposta, deixam claro que o que estão propondo “não é a uma solução para os gravíssimos problemas do país; é simplesmente a tentativa de poupá-lo de quatro anos em que esses problemas só se agravarão e o farão em uma direção inédita e de consequências impensáveis para a frágil democracia e a dolorida sociedade argentina”.

 

Ø  Argentina: alternativas ao abismo. Por Emir Sader

 

A Argentina é um país que se acostumou a viver perigosamente. Sem ir muito longe, viveu a festa de uma década de paridade entre a moeda nacional e o dólar, o que elevou, ilusoriamente, o poder aquisitivo dos argentinos ao da moeda norte-americana.

Ninguém se atrevia a contar-lhes a verdade ou a tomar medidas realistas que terminassem com aquela festa e o rombo da crise das finanças públicas – raiz da hiperinflação sempre embutida nas finanças do país. Quando, de repente, eles tiverem que se dar conta que a relação com o dólar não é de 1 a 1, mas 4 a 1, saíram a quebrar os bancos e a perder, definitivamente, a confiança nos bancos. O mecanismo de poupança passou a ser definitivamente o dólar.

Quando um político aventureiro – o Mieli e’ o aventureiro da vez – promete a dolarização, atrai. simpatia de tanta gente, endividada ou não, pela atração da estabilidade e do controle da inflação de um país que chega a 10% de inflação ao mês e a 120% de inflação ao ano.

Campeão do Mundo de Futebol de novo, contando com o Messi e com o Papa, ao mesmo tempo que um país economicamente paria no mercado internacional. Que está, de novo, à beira de uma nova experiência tresloucada, expressa na própria fisionomia do candidato que promete a salvação de tudo e, ao mesmo tempo, a aventura ao vazio para os argentinos.

Todos se perguntam: a Argentina entrará de novo em uma aventura como a de eleger a Milei presidente do país. Ou se há alternativas ao abismo.

As pesquisas indicam uma divisão praticamente tripartite entre ele, Patricia Bullrich, da direita tradicional e Massa, do centro e da esquerda. E com uma outra porção de gente que não votou. Elas têm indicado a liderança de Milei, com diferença de 2 a 3 pontos para algum dos outros, que disputam a passagem ao segundo turno.

Milei é a versão mais recente dos líderes de ultra direita, que tem ainda em Trump sua referência fundamental, além de Bolsonaro. Propõe a liberalização de tudo o que for possível, chegando, além da eliminação da moeda nacional, a do Banco Central. E’ o candidato da bronca, em um país em que esse elemento se coaduna com a personalidade tradicional argentina. Bronca da casta, dos políticos tradicionais, como Milei os chama. Bronca da inflação e dos preços. Bronca das más condições de vida. Bronca dos governos, que se sucedem ao longo das décadas, sem resolver os problemas das pessoas.

Milei ataca a tudo o que julga ser os responsáveis por tudo isso. Aparece como o Messias, o que promete salvar os argentinos de todos os seus problemas. Ataca, de forma obsessiva, até mesmo o Papa, por suas posições políticas, de apoio a governos comunistas, segundo ele.

Um país isolado internacionalmente, se comprometeria a dolarizar sua economia, sem ter um mínimo de reservas monetárias. Que pretende suspender as relações econômicas com a China e com o Brasil, já estando hoje isolado economicamente no mundo.

A Argentina pode surpreender-nos de novo, contornando o abismo, para um país que, no fim explosivo da dolarização, chegou a ter três presidentes em uma única semana?

Uma alternativa, a mais provável, pelas pesquisas, hoje, seria a vitória de Milei. Ao contrário do que ele promete, o país embarcaria em muito mais incertezas do que todas as que já tem hoje. Até quanto dispararia a inflação e o dólar? Um governo que propõe mudanças da constituição – como o fim do Banco Central - , com uma minoria no Congresso, como governaria? Quem se relacionaria com um governo com essas características? Como reagiriam os argentinos diante de um governo que traz mais incertezas que segurança? Até quando demoraria para voltar sua bronca contra o novo governo e suas medidas disparatadas?

Háy a possibilidade de, por uma estranha combinação de votos, se conseguir chegar ao segundo turno, Patricia Bullrich vencesse as eleições, recebendo um grande caudal de todos do centro e da esquerda, de Massa, que voltassem majoritária para ela, assustados com a possibilidade de Milei se tornar presidente do país.

Ou, pela rejeição crescente que Milei foi gerando, Massa canalize esses votos, tornando-se presidente da Argentina, ao final de um disputadíssimo segundo turno.

Qualquer deles terá que governar com uma herança econômica e política gravíssima. Nenhum tem um plano de governo que represente a superação, em um prazo razoável de tempo, da crise atual. Massa representa a solução mais realista, sobretudo contando com apoios internacionais, antes de tudo do FMI, mas também do Brasil.

De qualquer maneira, os meses que restam deste ano são de enormes indefinições para a Argentina. Não fica claro que alternativas o país tem para o abismo. Os dois debates entre os três candidatos, nos dias 1 e 8 de outubro, podem ser momentos decisivos que mexam com os ponteiros das pesquisas, numa ou noutra direção.

 

Ø  Na Argentina, empresários e think tanks de direita abandonam macrismo para apoiar Milei

 

Faltando pouco menos de um mês para o primeiro turno das eleições presidenciais na Argentina, as pesquisas eleitorais começam a consolidar um cenário no qual o candidato de extrema direita, Javier Milei, do partido A Liberdade Avança, ganha cada vez mais eleitores entre os setores direitistas.

Com novas pesquisas que o colocam em primeiro lugar, seguido de perto pelo ministro da Economia Sergio Massa, representante do atual governo e do peronismo, tem direcionado uma aproximação de parte do empresariado e de fundações, entidades e organizações defensoras de ideários conservadores e liberais ao Milei, enxergando nele uma opção na qual valeria apostar as suas fichas.

Essa situação também tem gerado um paulatino abandono do macrismo, que foi preferência desses setores empresariais argentinos na maioria das eleições realizadas neste século.

O doutor em ciências políticas e professor de Relações Internacionais Bruno Lima Rocha tem acompanhado a política argentina já há alguns anos e observado tal transformação do cenário eleitoral desde a campanha das Prévias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (PASO), que terminou com a vitória de Milei, no dia 13 de agosto, resultado que marcou o seu posicionamento como líder da corrida eleitoral.

A Opera Mundi, Rocha disse que a "tendência é que os capitais que compõem a chamada ‘Pátria financeira’, os executivos com trânsito entre as elites econômicas e que compõem a maior parte dos poderes fáticos da Argentina, se aproximem cada vez mais de Milei à medida em que as pesquisas apontam para uma maior possibilidade de um segundo turno entre ele e Massa”.

Rocha também considera que o anacronismo do discurso da candidata macrista Patricia Bullrich, que foi ministra de Segurança do governo de Macri (2015-2019), favorece a debandada dos setores de direita tradicional em direção a Milei, já que, segundo ele, a posição da direitista é "basicamente antikirchnerismo".

“O discurso de Bullrich é marcado basicamente pelo antikirchnerismo, mas que é lido em Buenos Aires e sua região metropolitana como antiperonismo. É curioso observar, também, que o próprio Mauricio Macri dedicou as primeiras semanas após as Paso para adular o Milei e tentar alguma aproximação”, disse o acadêmico.

Outro importante setor da direita tradicional argentina que tem se aproximado do candidato ultraliberal, segundo o acadêmico, é o menemismo, através do apoio declarado do ex-senador Eduardo Menem, o irmão do finado ex-presidente Carlos Saúl Menem (1989-1999).

·         CEOs, Ruralistas e financistas

Uma reportagem publicada pelo diário Página/12 revela nomes de alguns dos empresários mais importantes da Argentina, conhecidos por terem sido os financiadores da carreira política do ex-presidente Macri, e que embarcaram na campanha do candidato líder das pesquisas nas últimas semanas.

O caso mais emblemático é o de Cristiano Ratazzi, ex-CEO da Fiat na Argentina e conhecido financiador do partido Proposta Republicana (PRO), fundado por Macri. O empresário era tão entusiasta do macrismo que chegou a ser fiscal de mesa nas eleições de 2015, vencidas pelo candidato da direita.

Segundo o jornal argentino, Ratazzi se afastou dos negócios devido à idade avançada, mas também se afastou do PRO, por passar a ver em Milei e seu discurso de “tirar o Estado do caminho das empresas” uma alternativa melhor que a da candidata Bullrich.

Os ruralistas são outro grupo que costumavam estar com o ex-presidente, mas que se voltou para o lado candidato ultraliberal. O porta-voz da Sociedade Rural Argentina (SRA), Nicolás Pino, tem realizado mais de uma reunião por mês com Milei desde o início deste ano, segundo a imprensa local.

Desde a vitória nas Paso, os encontros de Milei com empresários vêm reunindo representantes de setores diversos, incluindo nomes importantes no país, como Eduardo Eurnekian (America Corporation), Nicolás Posse (Unidade de Negócios Sul), Sebastián e Federico Braun (rede de supermercado La Anónima), Darío Epstein (representante da Black Rock na Argentina) e Ernesto López Anadón (Instituto Argentino de Petróleo e Gás).

Entre os think tanks de direita que aderiram ao ultraliberal estão a Fundação Liberdade e Progresso, dirigida pelo economista Agustín Etchebarne, e o Centro de Estudos Macroeconômicos de Argentina (CEMA), liderado por Roque Fernández e Carlos Rodríguez, dois ex-integrantes da equipe econômica de Menem nos anos 90.

Massa correndo contra o tempo

Após as primárias, o ministro da Economia da Argentina e representante da coalizão peronista União Pela Pátria vem adotando diversas medidas econômicas que visam garantir uma renda mínima para que as classes mais vulneráveis possam enfrentar os efeitos da inflação e manter o nível de consumo, na tentativa de buscar votos tanto entre os trabalhadores quanto entre líderes do setor industrial.

Para o cientista político Lima Rocha, a estratégia de Massa é correta, mas talvez não haja tempo para que ela se torne efetiva: "são medidas que, com mais algum tempo, poderiam representar a porta de saída da crise herdada pela dívida astronômica contraída por Macri”.

O analista lembrou que a dívida teve início em 2018, quando o então presidente solicitou uma ajuda financeira ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Essa ajuda escondia um problema mais profundo, porque ela foi precedida de uma estatização da dívida privada, sendo que parte deste valor simplesmente sumiu. Alberto Fernández (atual presidente da Argentina) não fez o menor esforço de cumprir sua promessa de auditar a dívida. Passou seu governo sob pressão inflacionária e especulativa, considerando a condição bimonetária da economia argentina”, comentou o especialista a Opera Mundi.

Ainda assim, Rocha considera que o pacote do ministro-candidato Massa aponta na direção certa para superar a atual crise econômica argentina, mas não sabe se elas poderão produzir os efeitos eleitorais esperados no tempo necessário, considerando que o primeiro turno das presidenciais na Argentina ocorrerá em apenas quatro semanas, no dia 22 de outubro.

“Me arrisco a dizer que se estas medidas fossem tomadas no início do ano, ou em setembro de 2022, após o atentado contra a vice-presidente Cristina Kirchner, provavelmente Massa seria o favorito hoje”, afirmou.

·         Pesquisas mais recentes

Entre as nove pesquisas publicadas no mês de setembro surgem três tipos diferentes de cenários, todos eles favoráveis a Milei – uns mais, outros menos.

Duas dessas medições mostram Milei e Massa em empate técnico, com ambos os candidatos crescendo, mas o peronista de forma mais rápida que o ultraliberal. A consultora Inteligência Analítica apresenta o ultradireitista com 33,9%, contra 33,1% do peronista, os dois muito à frente de Bullrich (25,6%). 

Já a Celag mostra Milei com 33,2%, Massa com 32,2% e Bullrich com 28,1%.

A pesquisa do instituto Analogías aponta Milei com 31,1%, enquanto Massa fica com 28,1%, diferença ainda dentro da margem de erro. Bullrich aparece mais atrás, com 21,2%

Outro tipo de cenário é o que mostra Milei com uma vantagem pequena na liderança, porém acima da margem de erro, e Massa com uma vantagem pequena e também acima da margem sobre Bullrich. Esse tipo de pesquisa também indica um provável segundo turno entre Milei e Massa – lembrando que, caso a eleição argentina tenha que ser decidida em um desempate, ele ocorreria no dia 19 de novembro.

O Instituto Opina Argentina é um dos que apresenta esse quadro. Em sua medição, Milei aparece com 34%, contra 29% de Massa e 25% de Bullrich. Já a consultora Proyección mostra Milei com 33,7%, Massa com 29,1% e Bullrich com 24,2%. A mais recente é a pesquisa da Aresco, onde Milei tem 35,5%, Massa tem 30,1% e Bullrich tem 23%.

Porém, há um terceiro tipo de cenário, esse mais preocupante para o atual governo, já que indica que Milei teria chances de vencer já no primeiro turno.

Na pesquisa do Instituto Aurelio, por exemplo, Milei lidera com 37,7%, contra 32% de Massa e 24,4% de Bullrich. Outra medição que mostra essa possibilidade é a da consultora Ágora, que dá uma vantagem ainda maior à extrema direita, com Milei obtendo 38%, Massa com 30% e Bullrich com 24%.

Vale recordar que há duas formas de se vencer as eleições na Argentina no primeiro turno: uma delas é obtendo mais de 50% dos votos válidos, independente da diferença de votos com o segundo colocado, como no Brasil. A outra forma é obtendo mais de 40% dos votos válidos, desde que se imponha uma vantagem de mais de 10% sobre o segundo colocado – essa situação não estaria muito distante do cenário apresentado pelas duas últimas pesquisas citadas.

Pesquisa 1: Opina Argentina (período das entrevistas: 04-10/09)
Milei 34% / Massa 29% / Bullrich 25%

Pesquisa 2: Inteligencia Analítica (11-17/09)
Milei 33,9% / Massa 33,1% / Bullrich 25,6%

Pesquisa 3: Hugo Haime & Cía (13-18/09)
Milei 33% / Massa 29,6% / Bullrich 25,2%

Pesquisa 4: CELAG (10-20/09)
Milei 33,2% / Massa 32,2% / Bullrich 28,1%

Pesquisa 5: Equis/Proyección (16-21/09)
Milei 33,7% / Massa 29,1% / Bullrich 24,2%

Pesquisa 6: Analogías (03-05/09)
Milei 31,1% / Massa 28,1% / Bullrich 21,2%

Pesquisa 7: Aurelio (20-22/09)
Milei 37,7% / Massa con 32% / Bullrich con 24,4%

Pesquisa 8: Ágora (15-17/09)
Milei 38% / Massa 30% / Bullrich 24%

Pesquisa 9: Aresco (22/09)
Milei 35,5% / Massa 30,1% / Bullrich 23%

Referência: PASO (13/08)
Milei 29,9% / Massa 21,4% (+ Grabois 5,9% = 27,3%) / Bullrich 16,8% (+ Larreta 11,2% = 28%)

 

Fonte: Opera Mundi/Brasil 247

 

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