EUA não
serão capazes de alcançar Rússia e China em armas nucleares apesar da
modernização
Uma
organização russa relatou sobre os gastos de trilhões de dólares na
modernização nuclear dos EUA, destacando os esforços de um exército de
funcionários do Departamento de Defesa para modernizar o arsenal nuclear dos
EUA.
Entretanto,
o sistema de gastos com defesa dos EUA, ineficiente e dispendioso na forma como
está atualmente estabelecido, não é adequado para a tarefa, disse o analista de
geopolítica e ex-fuzileiro naval dos EUA Brian Berletic.
O
Pentágono está em meio a um programa de modernização de suas armas nucleares,
avaliado em 1,7 trilhão de dólares (R$ 10,1 trilhões), destinado a atualizar o
arsenal de mísseis balísticos intercontinentais dos EUA, sua frota de
submarinos nucleares e de bombardeiros estratégicos, bombas de gravidade,
instalações de produção de ogivas nucleares e silos de mísseis.
A
Fundação Roscongress, uma organização russa sem fins lucrativos, delineou
alguns dos principais desenvolvimentos do programa em um relatório publicado
nesta semana, detalhando os gastos com programas e componentes individuais,
incluindo US$ 138 bilhões (R$ 823 bilhões) para a modernização de ogivas
nucleares até o ano fiscal 2049, e cerca de e cerca de 500 bilhões de dólares
(R$ 2.9 trilhões) para o chamado "gerenciamento de estoques", o
desmantelamento e descarte de ogivas antigas, pesquisa e desenvolvimento e
testes, bem como novas infraestruturas, incluindo locais de armazenamento de
armas nucleares na Europa e na Turquia.
"O
programa de modernização de armas nucleares anunciado pelos EUA, que se estende
por décadas, sugere que Washington acredita que suas capacidades atuais estão ficando
para trás de seus adversários e que isso exigirá capacidades nucleares
significativas nos próximos anos", disse o analista.
Berletic
afirmou à Sputnik que essa decisão também marca um ponto de virada estratégico
para os EUA, que estão passando de décadas de 'pequenas guerras' para um desejo
renovado de competir entre 'grandes potências'." No entanto, quando se
trata de alcançar as capacidades estratégicas dos principais adversários
potenciais como a Rússia ou a China, Washington está em apuros, de acordo com o
analista.
"É
improvável que os EUA alcancem a Rússia ou a China em muitas áreas das armas
nucleares ou mesmo convencionais", acredita Berletic.
"Os
EUA se limitaram a uma doutrina estratégica irracional e a um sistema econômico
disfuncional, incapaz de priorizar o propósito sobre o lucro, mesmo em termos
de supostos imperativos de segurança nacional. O mesmo tipo de limitações que
os EUA enfrentam em aumentar a produção de munições tão simples como projéteis
de artilharia serão aproveitadas à medida que os EUA buscam a modernização em
larga escala de seu arsenal nuclear", enfatizou o observador, referindo o
problema, revelado durante a guerra por procuração da OTAN contra a Rússia na
Ucrânia, de sérias dificuldades nas capacidades de produção de armas
convencionais nos EUA e na Europa.
Não
obstante esses desafios, e do fato de a Rússia e de a China estarem
modernizando seus arsenais nucleares e sistemas de entrega a níveis
significativamente maiores do que os EUA, e a um custo muito menor, Washington
e seus aliados continuam aumentando as tensões nucleares, dando novos passos na
escalada com Moscou e Pequim na Ucrânia e em Taiwan, e ocasionalmente agitando
o bastão nuclear.
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Mídia indica
bombardeiro nuclear da China que seria uma ameaça à Marinha dos EUA
Apesar
de ter derivado do bombardeiro soviético Tu-16, o bombardeiro chinês Xian H-6
continua sendo uma pedra angular do arsenal aéreo da China e uma ameaça à
Marinha dos Estados Unidos, escreve o portal com enfoque militar 19FortyFive.
Este
avião com capacidade nuclear tem um alcance de combate de aproximadamente 4.000
quilômetros e uma capacidade de carga útil de 11,3 toneladas serve como
plataforma para mísseis balísticos e de cruzeiro de lançamento aéreo,
aumentando as capacidades de dissuasão da China.
O
bombardeiro é flexível o suficiente para reconhecimento, ataques de mísseis e
operações marítimas. O H-6 se integra perfeitamente na estratégia do
"sistema de sistemas" da China, desafiando as operações navais
norte-americanas no Pacífico, aponta o artigo.
As
versões modernas do H-6 são conhecidas por terem um teto operacional de cerca
de 12.800 metros e um alcance de combate de 4 mil quilômetros, este último
parâmetro alcançado graças a motores aperfeiçoados e materiais de construção
compostos avançados, acrescenta o portal.
Além
de suas capacidades nucleares, o bombardeiro pode realizar uma ampla gama de
funções convencionais.
O
Xian H-6 pode lançar mísseis a uma distância relativamente segura e depois
regressar à base para se rearmar e reequipar para ataques subsequentes. É essa
capacidade que preocupa a Marinha dos EUA, que com o abandono do F-14 Tomcat
renunciou a grande parte de sua capacidade de defesa aérea de longo alcance,
detalha o artigo.
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Rússia é contra uso de armas nucleares, mas 'situação está mudando
drasticamente', alerta Kremlin
Em
entrevista concedida à mídia internacional, o porta-voz da Presidência russa,
Dmitri Peskov, disse que Moscou não é muito inclinada ao uso de armas
nucleares, mas que, devido as circunstâncias, as coisas estão mudando.
Segundo
informações veiculadas pela Folha de S. Paulo, quando questionado sobre o que a
Rússia pensa de fato do que o uso das armas nucleares é necessário, Peskov
retrucou dizendo que a Federação tem uma posição muito responsável quanto a
isso.
"A
Federação da Rússia tem uma posição muito responsável em relação a essa
questão. E está convencida de que as armas nucleares nunca devem ser usadas por
ninguém. Por isso fazemos o possível para que nunca sejam usadas. Estão usando
a Ucrânia como um instrumento para a opressão total da Rússia. Eles não têm
pena dos ucranianos que estão morrendo. O mais importante é derrotar a
Rússia", embasou.
Segundo
Peskov, "a situação está mudando drasticamente. E por isso foram feitas
alterações no nosso conceito que diz que, se uma potência nuclear ajudar outro
país a atacar o nosso território, isso pode ser razão para o uso das armas
nucleares".
À
coluna da jornalista Mônica Bérgamo, o porta-voz da presidência assuntou que a
relação da Rússia e do Brasil é de "amor".
Indagado
sobre a adesão do Brasil a um assento permanente no Conselho de Segurança da
ONU (CSNU), Peskov não pestanejou.
"Nós
estamos convencidos de que o Brasil tem direito natural à entrada no Conselho
de Segurança e apoiamos verdadeiramente o Brasil. O processo de reformulação do
Conselho é bastante complicado, e duradouro, dificultado hoje pela situação
mundial que vivemos. Mas, quando falamos em um mundo multipolar, é
verdadeiramente multipolar", garantiu.
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Ocidente compara
lançamento de míssil Oreshnik com primeiro satélite no espaço, diz professor
O
lançamento do novo míssil russo Oreshnik pegou o Ocidente de surpresa, a nova
arma russa é comparada por sua importância com o lançamento do primeiro
satélite soviético, disse o professor e economista norte-americano Richard
Wolff no canal de YouTube Dialogue Works.
"[…]
vejam o que aconteceu. Somos testemunhas do surgimento de uma nova tecnologia,
que é um tipo completamente novo de mísseis russos. [...] O Ocidente ficou
espantado. Mas por quê? Qual a razão? Os observadores ocidentais fazem um
paralelo com 1957, quando a Rússia lançou pela primeira vez um satélite em
órbita, e todos no Ocidente ficaram surpreendidos" , disse o professor.
Em
sua opinião, os estadunidenses estavam convencidos de que, após o colapso do
Império Britânico e depois da Primeira e Segunda Guerras Mundiais, eles
permaneceriam "o centro do universo" para sempre. Mas a demonstração
das capacidades de Oreshnik os pegou de surpresa, causando ansiedade e medo, já
que a crença na exclusividade da tecnologia militar dos EUA também ficou
abalada. É por isso que eles continuam escalando a situação na Ucrânia,
concluiu Wolff.
Os
mísseis balísticos Oreshnik atingem velocidade de até Mach 10 (cerca de três
quilômetros por segundo), sendo capazes de atingir alvos a até 5.500
quilômetros de distância.
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Vendas de armas dos
EUA para Taiwan prejudicam relações China-EUA e ameaçam a paz, diz MRE chinês
A
venda de armas pelos Estados Unidos para Taiwan prejudica as relações China-EUA
e põe em risco a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan, disse o Ministério
das Relações Exteriores chinês neste domingo (1º).
Na
sexta-feira (29), o Pentágono disse que havia aprovado um possível acordo para
vender peças de reposição para caças F-16 e radares no valor de US$ 385 milhões
(cerca de R$ 2,3 bilhões) para Taiwan.
"A
medida viola a lei internacional e envia sinais falsos aos independentistas
taiwaneses, prejudica as relações China-EUA e põe em risco a paz e a
estabilidade no estreito de Taiwan", dizia a declaração.
Segundo
o Ministério das Relações Exteriores da China, as vendas de armas de Washington
para Taiwan violam seriamente o princípio de Uma Só China e as disposições dos
três comunicados conjuntos China-EUA.
Para
além disso, a China condenou veementemente o "trânsito" do chefe da
administração de Taiwan, Lai Ching-te, por território norte-americano, tendo
apresentado um protesto firme a Washington.
"A
China se opõe firmemente a qualquer forma de interação oficial entre os EUA e a
região de Taiwan, se opõe firmemente a qualquer viagem do líder das autoridades
de Taiwan aos EUA em qualquer nome ou sob qualquer pretexto, e se opõe
firmemente a qualquer forma de conivência ou apoio dos EUA aos aderentes à
'independência de Taiwan' e suas atividades independentistas. A China condena
veementemente os arranjos dos EUA para a 'escala' de Lai Ching-te e apresentou
sérios protestos aos EUA", disse o ministério.
A
questão de Taiwan está no cerne dos interesses fundamentais da China e também é
"a primeira linha vermelha que não pode ser cruzada nas relações
China-EUA", disse.
O
Ministério das Relações Exteriores também pediu aos EUA que interrompam os
contatos oficiais com Taiwan e deixem de enviar sinais falsos aos
independentistas taiwaneses.
"A
China acompanhará de perto os acontecimentos e tomará medidas resolutas e
fortes para defender a soberania e a integridade territorial de nossa
nação", enfatizou o Ministério.
Taiwan
tem 12 aliados diplomáticos restantes: o Paraguai, Belize, Guatemala, Haiti,
Ilhas Marshall, Palau, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e
Granadinas, Eswatini, Tuvalu e o Vaticano. Taipé mantém laços com os países
restantes por meio de suas "missões econômicas e culturais".
Anteriormente, havia mais países que mantinham relações diplomáticas com
Taiwan, mas nos últimos anos muitos decidiram cortá-las e estabelecer relações
oficiais com a China, incluindo El Salvador, República Dominicana, Burkina
Faso, Panamá, Kiribati, Ilhas Salomão e Nicarágua.
Anteriormente,
a Agência Central de Notícias de Taiwan (CNA) relatou que o chefe da
administração da ilha, Lai Ching-te, visitaria as Ilhas Marshall, Tuvalu e
Palau a partir de 30 de novembro. Durante suas visitas, Lai deve fazer, em
particular, paradas de trânsito no Havaí e na ilha de Guam. Neste domingo, a
agência relatou que Lai Ching-te chegou ao Havaí para uma parada de trânsito de
dois dias.
A
situação em torno de Taiwan piorou depois que a então presidente da Câmara dos
Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, visitou a ilha no início de agosto de
2022. A China, que considera a ilha parte de seu território, condenou a visita
de Pelosi como apoio dos EUA às forças independentistas taiwanesas e, em
resposta, realizou exercícios militares em larga escala na área.
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Visita de novos
líderes da UE a Kiev mostra suas prioridades, diz ex-presidente russo
A
visita da nova liderança da União Europeia (UE) a Kiev no primeiro dia de
mandato indica que sua prioridade é o conflito na Ucrânia e não os interesses
internos do bloco, disse o ex-presidente russo e vice-presidente do Conselho de
Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, neste domingo (1º).
O
novo presidente do Conselho Europeu, António Costa, junto com a nova chefe de
política externa Kaja Kallas e a comissária para a ampliação Marta Kos,
chegaram a Kiev no início do dia.
"[António]
Costa, o novo chefe do Conselho Europeu, e a 'diplomata-chefe' russofóbica da
UE, [Kaja] Kallas, aparecem em Kiev logo em seu primeiro dia. Isso mostra que a
prioridade é prolongar a guerra, não garantir o bem-estar da UE. Felizes agora,
europeus?", escreveu Medvedev em sua conta no X.
No
início desta semana, António Costa disse que entraria em contato com o
presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e o líder ucraniano Vladimir Zelensky
imediatamente após assumir o cargo. António Costa confirmou planos de se
encontrar com Zelensky para lhe assegurar pessoalmente o apoio da UE à Ucrânia
e seu compromisso de "ficar ao lado da Ucrânia pelo tempo que for
preciso".
O
novo Colégio de Comissários, sob a liderança de Ursula von der Leyen e com Kaja
Kallas como nova chefe de política externa da UE, foi aprovado na passada
quarta-feira (27).
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OTAN estabelece centro de operações anfíbias na Noruega, perto da fronteira da
Rússia, diz mídia
Um
centro de operações anfíbias foi criado na Noruega, no que é o passo mais
recente para reforçar as ações da OTAN no Ártico visando a Rússia, escreve a
Newsweek.
"A
Noruega criou um centro de operações anfíbias como parte do próximo passo dos
países da OTAN para fortalecer suas operações na fronteira com a Rússia no
Ártico", aponta o artigo.
O
centro se localiza em Sorreisa, no norte do país e é especializado na formação
de contingentes dos EUA, Reino Unido e Países Baixos.
Também
é especificado que a Noruega não tem suas próprias tropas de desembarque, mas
algumas de suas unidades especiais estão sediadas na região.
"Devemos
treinar juntos para proteger a Noruega, a região nórdica e a OTAN em caso de
crise e guerra", disse o ministro da Defesa norueguês, Bjorn Arild Gram.
Anteriormente,
a mídia informou que vários países da OTAN concordaram em estabelecer uma rede
de satélites Northlink no Ártico.
Segundo
observa o autor do artigo, a Noruega gastou cerca de 16 bilhões de coroas (R$
8,6 bilhões) na construção de bases militares e investimentos em instalações
militares por causa da alegada ameaça russa.
Fonte:
Sputnik Brasil
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