terça-feira, 3 de dezembro de 2024

A vida secreta de quem é LGBT na Coreia do Norte

Já se passaram 10 anos desde a divulgação do relatório da Comissão de Inquérito da ONU (COI, na sigla em inglês) sobre os direitos humanos na Coreia do Norte, que revelou a sombria realidade dos abusos cometidos pelas autoridades norte-coreanas.

O relatório destacou violações generalizadas, incluindo casos de privação do direito à alimentação adequada, à liberdade de expressão e à livre circulação. Também detalhou abusos graves, como tortura, trabalho forçado, detenção arbitrária, campos de prisioneiros políticos e execuções públicas.

Apesar das conclusões do relatório, a Coreia do Norte promulgou recentemente leis que restringiram ainda mais a liberdade dos cidadãos e os direitos humanos.

Mas existe um grupo amplamente negligenciado na Coreia do Norte — as minorias sexuais. Em um Estado totalitário onde as pessoas não têm liberdade de expressão, as minorias sexuais levam uma vida oprimida e infeliz, muitas vezes com pouco ou nenhum entendimento das razões por trás do seu sofrimento. Seus direitos humanos estão sendo violados?

A BBC conversou com desertores a respeito de membros de minorias sexuais para saber como são suas vidas no país.

·        Primeiro desertor assumidamente gay

Jang Yeong-jin, um romancista de 60 anos, se estabeleceu na Coreia do Sul no fim da década de 1990, após fugir da Coreia do Norte para escapar de um casamento penoso.

Primeiramente, ele atravessou a fronteira para a China, na esperança de encontrar uma rota para a Coreia do Sul.

No entanto, como não deu certo, acabou voltando para a Coreia do Norte. Ele decidiu então pegar a arriscada rota pela fronteira, rastejando pela Zona Desmilitarizada (DMZ, na sigla em inglês) repleta de minas que divide os dois países, para finalmente chegar à Coreia do Sul.

Ele diz que foi "forçado a sair do armário" como gay após conceder uma entrevista à imprensa estrangeira, que foi posteriormente reproduzida pela mídia local da Coreia do Sul.

Yeong-jin não se deu conta de que a entrevista seria publicada lá (na década de 1990, numa época sem internet e tendo acabado de chegar da Coreia do Norte, ele não sabia que o conteúdo de uma entrevista para um meio de comunicação estrangeiro poderia ser amplamente compartilhado em outros lugares).

Ao chegar à Coreia do Sul, ele se deparou com uma revista que abriu seus olhos para a possibilidade de que "homens podiam amar homens". A partir daquele momento, seu mundo mudou. O homem que outrora sofria com uma vida infeliz não existia mais.

Ele diz que, se tivesse reconhecido sua identidade sexual antes, poderia ter vivido com mais satisfação ao lado da sua família na Coreia do Norte.

Yeong-jin havia sido forçado a se casar na Coreia do Norte — ele se sentia sufocado, sobrecarregado e infeliz, mas não entendia o motivo.

Percebeu que tentava evitar ficar ao lado da esposa. E chegou a ir ao hospital com o sogro para ver se conseguia tratamento, mas disseram que não conseguiam encontrar nenhuma causa ou motivo para sua angústia.

"Um dia, minha esposa chorou e me disse: 'Eu ia bem nos estudos e trabalhava duro, não entendo como acabei neste sofrimento depois de conhecer um marido como você'. Naquele momento, tomei minha decisão. Percebi que precisava libertar aquela mulher. Fui à Corte Popular para pedir o divórcio, mas só consegui ser repreendido. Disseram que o divórcio era absolutamente impossível."

Quando era criança, Yeong-jin nutria um sentimento em segredo por Seon-chul, um amigo de infância alto e bonito o suficiente para ser aceito na Universidade de Artes Dramáticas e Cinematográficas de Pyongyang.

A lembrança do casamento de Seon-chul é particularmente dolorosa. Ele se lembra de estar do lado de fora da casa dele no dia da cerimônia e chorar copiosamente enquanto a neve caía, sem saber por que estava tão irritado e chateado.

Mais tarde, depois que ambos haviam se casado, Seon-chul visitou Yeong-jin, e passou a noite na casa dele. Yeong-jin ficou a noite toda acordado com o coração acelerado, sem conseguir dormir porque queria estar no mesmo quarto que Seon-chul.

Durante o serviço militar, a aparência delicada de Yeong-jin fez dele o favorito dos seus superiores. No frio do inverno, eles competiam para se aconchegar ao lado dele, às vezes beijando-o e esfregando o rosto no dele. Algumas vezes, as mãos deles entravam nas suas calças.

Yeong-jin frequentemente corria até seu líder de pelotão, que era gentil e carismático, para ser abraçado. Ele explica que esse tipo de coisa era considerada totalmente natural nas Forças Armadas norte-coreanas, enfatizando que foi essa "camaradagem revolucionária" que possibilitou que jovens soldados suportassem as duras condições da vida militar durante dez anos.

·        'Camaradagem revolucionária'

Lee Seong-hyuk, que serviu nas Forças Armadas em Pyongyang nos anos 2010 e desertou mais tarde quando estava trabalhando no exterior, diz que os homens adultos na Coreia do Norte costumam dar as mãos e caminhar juntos.

Como a homossexualidade não é reconhecida pelo Estado, essas demonstrações de afeto entre homens são aceitas como "camaradagem revolucionária", explica.

"Na nossa unidade, por exemplo, 120 pessoas viviam juntas, e todos nós dormíamos lado a lado, completamente nus, nos abraçando e nos esfregando uns nos outros. Quando chegavam recrutas mais novos e fofos, nós os abraçávamos, colocávamos os braços em volta dos seus ombros e roçávamos neles. Como não havia mulheres, se chegasse um jovem bonito, nós tratávamos ele como se fosse uma mulher para aliviar nossos impulsos."

"Mas não se trata de ter uma identidade sexual 'estranha'; é apenas o resultado de ter passado dez anos num lugar sem mulheres. Isso não significa que essa pessoa goste de outros homens. Então não acho nada estranho."

"No Exército, você inevitavelmente compartilha seu corpo com todo mundo. Você está em uma situação em que dá sua carne e sangue pelo outro — então, se vocês são realmente próximos, não há aversão a isso."

"Tentar entender a Coreia do Norte com uma mentalidade sul-coreana é impossível. Você precisa ver a Coreia do Norte pelas suas próprias lentes para compreendê-la plenamente. Não existe o conceito de homossexualidade na Coreia do Norte — não faz parte do senso comum. Eles [norte-coreanos] simplesmente pensam que alguém tem uma "doença" ou é "impotente". Essas pessoas podem existir, mas acredito que muito poucos norte-coreanos se reconhecem como tal."

"Há hospitais psiquiátricos, mas os psiquiatras descartam completamente essas questões. É algo que absolutamente não pode existir e, se for descoberto, eles [as minorias sexuais] acabariam imediatamente na prisão por 'outras' acusações, porque as próprias autoridades norte-coreanas consideram isso inconcebível."

·        'Fingindo ser homem'

Park Soon-ja, uma desertora na casa dos 50 anos, se lembra de ter uma amiga de infância chamada Kim, que teve dificuldade de se enquadrar às convenções sociais de um vilarejo na fronteira entre a Coreia do Norte e a China na década de 1980.

Aos 24 anos, Kim conheceu uma mulher nipo-coreana, oito anos mais velha e divorciada. Uma vizinha viu as duas nuas abraçadas em um quarto. Chocada, ela correu para contar o que havia testemunhado à chefe do Comitê Popular.

"Quando ouviu a história, a chefe do Comitê Popular [outra mulher] não acreditou, e disse a ela para não inventar mentiras desse tipo. Mas essa mulher a levou até a casa. Ao ver as duas mulheres juntas, ela ficou horrorizada e decidiu denunciar. Ambas foram detidas pelo Departamento de Segurança do Estado, e posteriormente libertadas."

"Quando Kim estava com 25 anos, ela visitou nossa casa, e disse que havia feito uma cirurgia nos seios. Quando perguntei por que, ela alegou que era por causa de um tumor. Minha irmã levantou então a camisa dela para verificar, e perguntou: 'Por que você está fingindo ser homem?' Naquela época, nós apenas rimos."

"Quando a encontrei novamente, aos 45 anos, sua voz estava tão grave que eu brinquei: 'Sua voz ficou curiosamente grave; foi por causa do cigarro?’ Ela respondeu com afirmações sem pé nem cabeça, insistindo que definitivamente havia nascido homem, mas que sua mãe não havia conseguido reconhecer sua verdadeira identidade."

"Ela disse que quando nasceu, seus pais deveriam ter alterado cirurgicamente sua genitália, mas como não fizeram isso, ela acabou assim. Foi simplesmente bizarro."

·        Mudança de percepção

Na Coreia do Norte, o escopo para o reconhecimento da diversidade parece extremamente limitado — e a vontade de expressar desejos individuais é sistematicamente reprimida.

"Na Coreia do Norte, a homossexualidade é percebida como antissocial. É vista como um ato de indivíduos corrompidos pelo capitalismo — ilegal e eticamente errada, e é por isso que é natural que a escondam", afirmou à BBC o psicólogo Jeon Joo Ram, professor da Universidade de Seul especializado em terapia para desertores norte-coreanos.

"Embora claramente existam comportamentos homossexuais, as discussões que abordam este tema como uma questão de identidade ou como deveríamos entendê-lo não estão acontecendo de forma alguma."

"Quando perguntei aos desertores, alguns responderam que teriam sido 'apedrejados até à morte'; e muitos estudantes ficaram incomodados ou rejeitaram abertamente o tema", acrescenta o professor.

Mas Shin Hee-Seok, analista jurídico do Transitional Justice Working Group, um grupo de direitos humanos com sede em Seul, destaca: "A discriminação ou opressão baseada na homossexualidade é, sem dúvida, uma violação dos direitos humanos, uma vez que é proibida pela legislação internacional dos direitos humanos".

Segundo ele, a Coreia do Norte tem a obrigação de cumprir os direitos humanos internacionais — e tal discriminação viola o direito internacional.

A Coreia do Norte é signatária do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, que inclui cláusulas contra a discriminação sem justa causa. Além disso, ao aderir às Nações Unidas em 1991, a Coreia do Norte concordou implicitamente em cumprir a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Shin observa que o relatório de direitos humanos da Coreia do Norte publicado pelo Ministério da Unificação da Coreia do Sul em 2023 incluía apenas uma linha sobre execuções secretas, destacando a notícia que tinha vindo à tona anteriormente sobre um casal nipo-coreano de lésbicas que foi executado publicamente em Chongjin, no norte do país.

"Nos casos de opressão de minorias sexuais na Coreia do Norte, muitas violações dos direitos humanos são perpetradas não apenas pelas autoridades, mas também por cidadãos comuns. Como resultado, muitos desertores que chegam à Coreia do Sul podem não ter consciência destas questões ou relutar em falar sobre elas", ele acrescenta.

"A mudança de percepção leva muito tempo, mas é necessário que haja um discurso mais proativo que levante continuamente a questão de por que isso é um problema em termos de direitos humanos e por que tal opressão não deveria acontecer."

"Dadas as severas limitações em relação à informação na Coreia do Norte, há necessidade de um melhor acesso à informação, ao seu acervo e organização", completa.

"A comunidade internacional precisa abordar estas questões com as autoridades norte-coreanas e exigir respostas."

 

¨      Como falar com adolescentes sobre os riscos do sexting?

tecnologia tem transformado profundamente nossas relações. Para adolescentes, isso muitas vezes significa que o despertar de uma relação sexual acontece por meio de um chat. O termo sexting se refere à prática de enviar e receber mensagens sexualmente explícitas pelo celular. É uma prática comum entre adultos, mas também entre crianças e adolescentes. Segundo um estudo da revista científica JAMA Pedriatics, um a cada três adolescentes entre 12 e 17 anos já recebeu uma mensagem com conteúdo sexual no celular. Segundo Corrin Cross, porta-voz da Associação Estadunidense de Pediatria, a prática traz riscos, como ter o conteúdo caindo nas mãos de pessoas erradas. Por isso, o papel dos pais é tão importante.

“Como pais, é nosso trabalho ajudar nossos filhos a evitar erros que podem causar problemas sérios. O sexting é uma dessas coisas que, quando feito de forma leviana, pode trazer consequências muito dolorosas”, afirma a psicóloga clínica Karol Espejo em um artigo do Child Mind Institute.

Cross diz que, como o lobo frontal ainda não está completamente formado em crianças e adolescentes, eles não pensam plenamente nas consequências dos seus atos. “Precisamos ajudá-los a ver quais são essas consequências, para que, quando eles passarem por essas situações, eles se lembrem dessas conversas”, disse.

Para os pais, no entanto, conversar com os filhos sobre uma prática que eles não têm muito conhecimento, e que tem a ver com sexualidade, nem sempre é fácil.

Confira quatro dicas de especialistas para abordar o assunto.

<><> 1. Converse antecipadamente com seu filho

Para Cross, um dos erros que os pais cometem é esperar muito tempo para ter esse tipo de conversa. O sexting pode acontecer por volta dos 12 anos, quando as crianças começam a ter interesses afetivo-sexuais pelos outros, diz. “É nessa época que eles podem realmente nos ouvir”, diz Cross, acrescentando que é muito improvável que as crianças procurem os pais no momento em que alguém lhes pedir uma foto explícita. "O sexting é algo que as crianças vão descobrir em algum momento. É por isso que é importante conversar sobre esse assunto com os filhos desde cedo, para que eles tenham as informações necessárias quando precisarem tomar uma decisão", diz Yolanda Reid, da Universidade da Califórnia em Los Angeles.

De acordo com Reid, a conversa deve acontecer assim que os filhos começarem a ter acesso ao celular. Uma boa maneira de introduzir a assunto é perguntar o que eles sabem ou já ouviram falar sobre aquilo. “É importante saber primeiro o que seu filho sabe do assunto e depois dar informações apropriadas à idade”, explica Reid.

Ela aconselha, por exemplo, dizer às crianças que ainda não sabem muito sobre sexo que seus chats de bate-papo nunca devem conter fotos ou vídeos de pessoas sem roupas, se beijando ou tocando seus órgãos genitais. No caso de adolescentes, ela recomenda incluir o termo sexting na conversa e perguntar especificamente se eles foram expostos a imagens de pessoas nuas ou seminuas. Cross acrescenta que, para que qualquer conversa sobre esse assunto funcione, ela deve ser realizada de forma recorrente e não apenas uma vez.

<><> 2. Coloque-se no lugar do seu filho

Outro erro frequente que os pais cometem é simplesmente tentar "proibir" o sexting. "Muitas vezes, os pais dizem: 'Se alguém lhe pedir uma foto explícita, é uma pessoa ruim, não fale com ela'", diz Cross. "A realidade é que os filhos não vão seguir esse conselho porque não estamos nos colocando no lugar deles, e a pessoa que pediu a foto pode ser uma pessoa em quem eles estão interessados. É difícil dizer não se você gosta da pessoa e quer flertar com ela", acrescenta. Nesse sentido, a psicóloga Karol Espejo recomenda que a conversa comece reconhecendo que enviar mensagens com conteúdo sexual pode ser divertido e que "não há nada de errado em querer se sentir sexy ou desejado".

Até porque compartilhar detalhes íntimos é uma forma de construir relacionamentos mais próximos, "o que faz parte do desenvolvimento na adolescência", diz Espejo. Para as crianças que frequentam o seu consultório de pediatria, Cross diz que "estar interessado em alguém não significa que você sempre tenha que fazer o que a pessoa pede". "Em qualquer relacionamento saudável, há limites. Há coisas que você se sente confortável e outras que você não se sente confortável. E você tem que decidir isso antes de entrar em um relacionamento", aconselha. "Se é uma pessoa com quem vale a pena ter um relacionamento, ela vai respeitar seus limites quando você fala sobre eles", acrescenta Cross. Segundo a médica, conselhos como esse têm muito mais chances de dar certo com crianças e adolescentes do que um simples "não faça isso", porque eles querem se sentir capazes de ter relacionamentos maduros.

<><> 3. Reforce as consequências

Espejo diz que o ideal é que a conversa não se concentre se o sexting é certo ou errado, mas nas “consequências a curto e longo prazo”. “A última coisa que você quer ao ter esse tipo de conversa com seus filhos é parecer irritante”, diz Espejo.

Uma dica dos especialistas é enfatizar para as crianças e adolescentes que, uma vez que eles enviam uma foto, ela tem “vida própria” e fica para sempre na internet. “Se você vai enviar uma foto para alguém e ela te deixaria envergonhado se seu avô, professor ou futuro filho a visse, provavelmente não deveria enviar”, aconselha Cross.

Segundo o estudo publicado pelo JAMA Pedriatrics, 14,5% das crianças entre 12 e 17 anos já encaminhou mensagens com conteúdo sexual sem consentimento. O que está por trás desse número é que, muitas vezes, assim como um adolescente confia em outro para enviar uma foto sexual, esse outro adolescente pode confiar em um amigo próximo e pensar que está tudo bem em compartilhar a foto”, explica Espejo.

Nem sempre é algo feito com maldade, mas que tem consequências. Cross diz ser comum que, ao receber uma mensagem com conteúdo sexual, o adolescente queira contar aos colegas sobre isso, porque dá uma espécie de “prestígio”. “Eu sempre digo a eles que, em algum momento, você vai terminar com essa pessoa, ela vai ficar chateada com você ou você vai ficar chateado com ela, e ela vai ter as suas fotos”, afirma.

Para Reid, uma boa estratégia para os pais é estar atento às notícias que mostram as consequências reais do sexting tanto para quem envia as fotos e mensagens quanto para quem recebe, para poder conversar com os filhos. “Pode ser uma boa desculpa para praticar com seu filho como responder quando lhe pedirem para enviar uma mensagem com conteúdo sexual”, afirma Reid. Além disso, em muitos países, o sexting é considerado pornografia infantil e pode ter consequências legais. "Lembre aos seus filhos que existem leis, e que eles podem sofrer consequências graves se forem pegos fazendo algo ilegal. É algo que já aconteceu com outras pessoas", diz Espejo.

<><> 4. Ensine seu filho a resistir à pressão

Muitos adolescentes contam que só enviaram uma foto após receberem pedidos várias vezes. Por isso, parte da tarefa dos pais, de acordo com especialistas, é ajudar os filhos a resistir à pressão. “É fundamental ensinar aos seus filhos que, em um relacionamento respeitoso, 'não é não', tanto no mundo físico como no mundo virtual”, disse Cross.

Para Reid, a tarefa de evitar os riscos do sexting não está completa se crianças e adolescentes não forem introduzidos à cidadania digital. Isso significa ensiná-los que não devem pressionar e nem serem pressionados a compartilhar fotos de conteúdo sexual ou encaminhá-las sem consentimento.

Apesar dos esforços dos pais, a decisão sobre o que enviar e o que não enviar pelo celular continua sendo, pelo menos em parte, das crianças e adolescentes. Por isso, mesmo após serem orientados pelos pais, os filhos podem ter uma mensagem ou foto caindo em mãos erradas. Nesses casos, Espejo destaca que é importante lembrar a criança ou adolescente que, "embora eles possam se sentir angustiados ou envergonhados, eles não têm menos valor por causa disso.

 

Fonte: BBC News Mundo

 

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