Democratas
frustrados estão esperando que presidência de Joe Biden acabe, diz mídia
Representantes do
Partido Democrata dos Estados Unidos, embora não estejam felizes com o fato de
que a cadeira de presidente será ocupada pelo republicano Donald Trump, estão
ansiosos pela saída de Joe Biden, decepcionados com a forma como sua
presidência está terminando, diz o jornal norte-americano The Hill.
"Ninguém entre
os democratas quer [Donald] Trump como presidente, mas todos estão prontos para
que o mandato de [Joe] Biden termine", elaborou um lobista do
Partido Democrata ao jornal.
Conforme o lobista,
há grande decepção nas fileiras do partido com a forma como esta presidência
está terminando, e a saída do atual líder poderia ser considerada quase
uma renúncia.
De acordo com as
fontes do jornal, uma tempestade de indignação particular entre os
democratas foi causada pela decisão de Biden de perdoar
seu filho Hunter.
A medida fez com que eles ficassem "enojados" e
"furiosos" com o presidente em exercício.
Ao mesmo tempo,
alguns democratas disseram à publicação que não estão incomodados com a
agitação que Trump criou ao seu redor no último mês, observando que
ele não está se comportando de forma inadequada e parece mais
equilibrado do que há oito anos.
Donald
Trump,
que já ocupou a presidência dos EUA de 2017 a 2021, venceu a eleição presidencial
que ocorreu em 5 de novembro. Ele se tornou o primeiro político
norte-americano desde o século XIX a retornar à Casa Branca após um intervalo
de quatro anos.
<><>
Biden diz que instruiu Departamento de Defesa dos EUA a continuar aumentando a
ajuda militar a Kiev
O Departamento de
Defesa dos EUA deve continuar aumentando os suprimentos militares para a
Ucrânia.
É o que disse,
nesta quarta-feira (25), o presidente
Joe Biden ao
comentar o suposto ataque de mísseis da Rússia à infraestrutura energética
ucraniana.
"Nas primeiras
horas do Natal, a Rússia lançou ondas de mísseis e drones contra cidades
ucranianas e infraestrutura de energia crítica... os Estados Unidos e a
comunidade internacional devem continuar a apoiar a Ucrânia... os Estados
Unidos forneceram à Ucrânia centenas de mísseis de defesa aérea, e mais estão a
caminho. Eu instruí o Departamento de Defesa a continuar seu aumento de
entregas de armas para a Ucrânia, e os Estados Unidos continuarão a trabalhar
incansavelmente para fortalecer a posição da Ucrânia em sua defesa contra as
forças russas", disse Biden em uma declaração.
Segundo analista
ouvido por esta agência, se os
EUA interrompessem seu fornecimento de ajuda militar, a Ucrânia duraria
menos de alguns dias na resistência do conflito.
Solução para o
conflito
Em junho de 2024, o
presidente russo, Vladimir
Putin,
propôs condições para uma solução do conflito na Ucrânia, dizendo que Moscou
cessaria fogo imediatamente e iniciaria as negociações se Kiev renunciasse
formalmente à adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e
retirasse suas tropas dos territórios integrados à Rússia.
Putin também
observou que os acordos anteriores firmados após as negociações na
Turquia haviam sido violados pelo lado ucraniano e que Vladimir Zelensky
havia proibido na lei novas negociações com Moscou.
¨ Putin e Trump podem 'congelar' a adesão da Ucrânia à
OTAN?
O vencedor das
eleições dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo Vladimir Putin podem
chegar a um acordo em negociações que suspenderiam a filiação da Ucrânia à
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) por um longo tempo, disse um
analista político turco à Sputnik.
Trump disse no dia
22 de dezembro que esperaria para se encontrar com Putin para resolver o
conflito na Ucrânia. Ele descreveu as hostilidades na Ucrânia como
"terríveis" e reiterou que se ele fosse o presidente dos EUA, em
vez do atual presidente Joe Biden, o conflito não teria ocorrido.
Mais cedo, Vladimir
Putin também disse que estava pronto para conversar e se encontrar
com Trump,
observando que, se tal reunião acontecesse, os dois presidentes teriam muito o
que conversar.
"O encontro
entre Trump e Putin não será nada mais do que um anúncio ao mundo sobre o
acordo de cessar-fogo [na Ucrânia] alcançado por meio dos conselheiros.
O acordo, na minha opinião, implicará a suspensão da adesão da Ucrânia à
OTAN por um longo período e a aceleração da sua adesão à União Europeia",
afirmou Engin Ozer, principal especialista da rede Ancara e Moscou.
Ozer também admitiu
o envio
de forças estrangeiras para a linha de frente ucraniana.
Anteriormente, Michael
Carpenter, assistente especial do presidente dos EUA e diretor de Assuntos
Europeus no Conselho de Segurança Nacional, disse que a decisão sobre as
perspectivas da Ucrânia para a adesão à OTAN caberá ao governo de Donald Trump,
mas a possibilidade de chegar a um acordo ainda em 2025 é duvidosa.
Além disso, como
candidato presidencial, o republicano reiterou que, se reeleito, resolveria o
conflito em 24 horas. Questionado se queria que a Ucrânia vencesse, Trump disse
que não pensava "em termos de vencedores e perdedores".
"Quero que
todos parem de morrer: russos e ucranianos", enfatizou. O porta-voz do
Kremlin, Dmitry Peskov, por sua vez, observou que o problema era
complicado demais para ser resolvido em um dia.
Em 14 de junho,
Vladimir Putin propôs
várias condições importantes
para iniciar as negociações de paz, em particular, que a Ucrânia retirasse as
tropas de quatro novos territórios russos, nomeadamente Donetsk, Lugansk,
Kherson e Zaporozhie, desistisse de aderir à OTAN e mantivesse uma posição
neutra, não alinhada e status não nuclear e que todas as sanções contra a
Rússia sejam levantadas. Vladimir Zelensky, por sua vez, rejeitou a proposta,
chamando-a de ultimato.
¨ Ocidente não é capaz de propor um acordo real sobre
Ucrânia, diz ex-diplomata americano
O Ocidente não é
capaz de propor à Rússia um plano de solução real e sustentável, porque a sua
política tem o objetivo de preservar seu próprio domínio na Europa e se
preparar para novas frentes de confrontação, disse à Sputnik James Jatras,
ex-diplomata dos EUA.
"Ainda existe
a probabilidade de melhorar as relações. Porém, é importante considerar a
realidade. Quando Winston Churchill se tornou primeiro-ministro do Reino
Unido,
ele disse que não havia chegado ao poder para supervisionar o
desmantelamento do Império Britânico. Donald Trump, da mesma forma, não se
tornou presidente para gerenciar a queda do império americano",
sublinhou Jatras.
Além disso, o
ex-diplomata acrescentou que Trump quer evitar a derrota na Ucrânia, tendo
como seu objetivo congelar o conflito e alcançar o cessar-fogo.
Segundo o
especialista, os EUA consideram a derrota potencial da Ucrânia uma
catástrofe para
a OTAN,
porque isto poderia levar à decadência da aliança.
"Eles não
podem fazer isso, porque têm outras prioridades: eles querem atacar o
Irã, depois começar o conflito com a China. A ideia de sua estratégia é
assim: 'Vamos congelar a Ucrânia, evitando a derrota total, e diremos que
alegadamente vencemos, depois vamos considerar outras frentes",
destacou ele.
Jatras também
ressaltou que a situação futura dependerá da posição da Rússia.
"O presidente
Vladimir Putin, o senhor [vice-presidente do Conselho de Segurança russo]
Dmitry Medvedev e outros líderes russos não querem um acordo semelhante aos
acordos de Minsk que não será implementado pelo Ocidente. Eles querem
uma solução forte e sustentável", afirmou.
Portanto, na ótica
do especialista, o
Ocidente não
conseguirá propor uma solução, porque os EUA querem preservar seu papel de
gendarme da Europa, enquanto não mudam para outras frentes, disse ele.
James Jatras
trabalhou no Serviço de Relações Exteriores dos EUA por seis anos e
meio, primeiro no México e depois na Divisão de Assuntos da União
Soviética do Departamento de Estado dos EUA no início da década de
1980. Posteriormente, foi consultor de política externa da liderança
republicana no Senado dos EUA.
¨ Rússia aumenta produção de arsenal em 2,5 vezes em
2024, diz primeiro-vice-premiê russo
As Forças Armadas
da Rússia já receberam a maior parte das armas contratadas para 2024, com a
produção de aeronaves de combate e veículos blindados aumentando 2,5 vezes e de
certas armas de artilharia aumentando 15 vezes, disse o primeiro
vice-primeiro-ministro russo, Denis Manturov, nesta quinta-feira (26).
"Em relação ao
cronograma de produção
de armas de
alta demanda neste ano, a maior parte já foi entregue. Para alguns itens,
há um significativo excesso de cumprimento", disse Manturov em uma entrevista
a um canal de TV russo.
Os cronogramas
de entrega para 2025 já foram finalizados, e os de 2026 estão
sendo formulados,
disse o oficial.
"Em termos de
indicadores básicos, o crescimento da produção foi de 2,5 vezes para aviação de
combate, 2,5 vezes para veículos blindados e 4 vezes para veículos blindados
leves. Para alguns itens de artilharia, [o crescimento foi] mais de 15
vezes. Esses números são significativos", disse Manturov.
Na semana passada,
o ministro
da Defesa russo,
Andrei Belousov, elogiou o mecanismo russo de admissão acelerada de novos itens
de defesa em produção, graças ao qual mais de 65 tipos de drones e
robótica foram entregues às Forças Armadas desde abril.
¨ Reforços não salvam defesa do Exército ucraniano do
colapso, diz mídia
A redistribuição de
forças da Ucrânia para a área de Krasnoarmeysk (Pokrovsk, na denominação
ucraniana) não salva a defesa ucraniana do colapso devido ao controle de fogo
do Exército russo, disse o historiador militar Fritz Kelin em um artigo para a
empresa suíça Neue Zurcher Zeitung.
"O
entroncamento ferroviário em Pokrovsk costumava ser o principal ponto de
abastecimento da Ucrânia em Donbass. Desde que esse entroncamento foi
bloqueado pelo fogo russo, a defesa dos ucranianos na seção sudeste do front
está entrando em colapso, apesar do fato de que os reforços estão
chegando lá", aponta o artigo.
Na opinião do
especialista, os problemas das Forças
Armadas ucranianas estão
relacionados não apenas ao golpe em sua logística na área de Krasnoarmeysk, mas
também à decisão de Kiev de formar todas as novas brigadas.
As
unidades não disparadas não apenas mantêm o front pior, mas também
forçam a retirada de soldados experientes das melhores unidades para
treiná-los. Como resultado, o regime de Kiev ainda não tem infantaria de
qualidade para o combate defensivo.
O historiador
militar acrescentou que o próprio Exército
russo poderá
usar Krasnoarmeysk como um centro de logística em outras operações em
Donbass. A cidade poderá receber cargas militares de Donetsk por ferrovia
via Avdeevka.
"O
desenvolvimento mais perigoso da situação pode estar relacionado às rotas
de suprimento. A Rússia terá a oportunidade de atacar de Pokrovsk para a
retaguarda ao longo de Kramatorsk e Slavyansk, ou de avançar ainda mais
para o oeste - até que os ucranianos consigam manter uma frente unida na
defesa", concluiu Kelin.
Anteriormente, o
Ministério da Defesa da Rússia anunciou a libertação da aldeia
de Novy Trud, seis quilômetros ao sul de Krasnoarmeysk. Além disso, agrupamento
de tropas russo Tsentr (Centro) atingiu o pessoal e o equipamento das
forças ucranianas nas áreas de Novotroitskoye, Udachnoye, Nadezhdinka e
outros.
<><> Quais
obstáculos e dificuldades pilotos ucranianos vão enfrentar ao operar caças
Mirage franceses?
Em junho, o
presidente francês Emmanuel Macron disse que Paris transferiria os caças Mirage
2000 para Kiev e organizaria o treinamento para os pilotos ucranianos até o
final do ano.
A França completou
o treinamento de
seis meses dos pilotos e mecânicos ucranianos para a pilotagem dos aviões
Mirage 2000-5F, informou na quarta-feira (25) o canal X French Aid to Ukraine
(Ajuda Francesa à Ucrânia).
O treinamento dos
pilotos e dos mecânicos necessários para operar as aeronaves ocorreu em uma
base na cidade de Nantes. Paris prometeu fornecer tais caças à Ucrânia, sendo
entregues no primeiro trimestre de 2025, mas operá-los não será moleza para a
Ucrânia. Aqui está o porquê:
Integração e
habilidades operacionais
Para integrar
efetivamente os caças
Mirage com
aeronaves da era soviética e os F-16 dos EUA fornecidos à Ucrânia,
os pilotos devem aumentar sua proficiência, adaptar táticas e coordenar de
perto com as forças terrestres.
O especialista
militar Dmitry Kornev disse à Sputnik que o Mirage "exigirá manuseio
cuidadoso e tempo para aprender a operar".
>>> Preocupações
com a base
A alta velocidade
de pouso do Mirage e o design da asa delta exigem pistas de pelo menos 700
metros, então os aeródromos
atuais da Ucrânia podem
precisar ser reconfigurados, conforme indicado por dados de código aberto.
Suporte de serviço
Pode
haver escassez de pessoal treinado na Ucrânia para manter a prontidão
operacional,
já que a experiência em caças Mirage está atualmente limitada à França e à
Grécia.
>>>> Barreiras
linguísticas
Apesar de concluir
um curso de treinamento de seis meses, os pilotos podem enfrentar desafios
para aprimorar suas habilidades devido às barreiras
linguísticas,
já que a maioria dos manuais técnicos é em francês.
>>> Alvos
legítimos
Os custos
operacionais e
de manutenção associados aos caças Mirage devem disparar, diz Dmitry Kornev.
Além disso, a Rússia indicou que seus sistemas de alerta precoce e
interferência são projetados especificamente para atingir ameaças
aéreas de aeronaves da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Uma série de
sistemas de mísseis russos de longo alcance, incluindo as séries S-200, S-300,
S-400 e S-500, pode neutralizar efetivamente os caças da OTAN.
¨ Situação para tropas ucranianas na região de Kursk é
muito sombria, diz analista britânico
O Exército
ucraniano está sofrendo uma derrota catastrófica na região de Kursk, disse o
analista militar britânico Alexander Mercouris em seu canal no YouTube.
"Parece-me
cada vez mais que está acontecendo um desastre aos ucranianos na saliência de
Kursk na área de Sudzha. […] a situação […] parece incrivelmente sombria", destacou ele.
Mercouris enfatizou
que os soldados das Forças
Armadas da Ucrânia na
região estão se tornando
mais desmoralizados enquanto
se preparam para possíveis batalhas em Sudzha. As melhores unidades do Exército
ucraniano podem estar cercadas na área da cidade, alertou o analista.
"Vale a pena
para eles lutar tão duro por essas posições? […] essa pergunta é melhor ser
respondida pelo Estado-Maior ucraniano, [Vladimir] Zelensky [comandante-chefe
do Exército ucraniano Aleksandr] Syrsky. Eu não vejo nisso nenhum
sentido", conclui ele.
Ontem (25), o
Ministério da Defesa da Rússia informou que foram atingidas 14 brigadas
das tropas
ucranianas nas
áreas de 12 povoados da região de Kursk no último dia.
¨ Trégua na Ucrânia é um caminho para lugar nenhum,
Rússia não aceitará conversas vazias, diz Lavrov
Uma trégua na
Ucrânia seria um caminho para lugar nenhum, Moscou não vai se contentar com
conversas vazias sobre o acordo, disse o ministro das Relações Exteriores da
Rússia, Sergei Lavrov, durante coletiva com mídia russa e estrangeira.
"Não podemos
nos contentar com conversa vazia. Até agora, tudo o que ouvimos são conversas
sobre a necessidade de inventar algum tipo de trégua [...]. Trégua é um
caminho para lugar nenhum, precisamos de acordos legais finais que fixarão
todas as condições
de garantir a segurança da Federação da Rússia e os
legítimos interesses de segurança dos nossos vizinhos, mas em um contexto que
firmará com a legalidade internacional a impossibilidade que esses acordos
sejam violados", disse o chanceler russo.
Segundo ele, ninguém
esconde que a trégua é necessária para ganhar tempo para encher Kiev de
armas.
Rússia está pronta
para consultas com o governo do presidente
eleito dos EUA,
Donald Trump, sobre a questão de um acordo na Ucrânia, e Moscou espera que
a Casa Branca compreenda as causas profundas do conflito, frisou o chefe
da diplomacia russa.
"Espero muito
que a administração do senhor Trump, incluindo o senhor [futuro enviado
especial dos EUA para a Ucrânia Keith] Kellogg, se aprofunde nas causas
enraizadas do conflito. Estamos sempre prontos para consultas", ressaltou
Lavrov.
Ele também disse
que a Rússia está aberta ao diálogo com os representantes dos países
ocidentais, pronta para um diálogo igualitário e em busca de equilíbrio.
"Estamos
prontos, repetidamente temos declarado isso, para conversar com todos os representantes
ocidentais que
estão dispostos a ter um diálogo igualitário, buscar um equilíbrio de
interesses e acordos mutuamente benéficos", observou Lavrov durante a
entrevista.
Ele também observou
que esses representantes ocidentais são Hungria e Eslováquia.
"Outros
membros da UE também começam a solicitar pouco a pouco algumas conversas
confidenciais, mas em aberto muito poucos decidem, assumindo uma
disciplina rigorosa na UE", acrescentou.
Lavrov também
revelou que França várias vezes propôs à Rússia em canais fechados abrir
um diálogo sobre a Ucrânia sem a participação de Kiev.
Fonte: Sputnik
Brasil
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