sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Aumento nas vendas de veículos elétricos na China coloca mercado anos à frente do Ocidente

Superando as projeções internacionais, em 2025, o mercado chinês — maior mercado de carros do mundo — deve aumentar em 20% as vendas de veículos elétricos (VEs), superando as projeções internacionais e as vendas de carros com motores de combustão interna pela primeira vez.

Enquanto a venda de VEs nos EUA e na Europa desacelerou devido à falta de subsídios governamentais e à lenta adesão da indústria automobilística tradicional às novas tecnologias, a China deve mostrar o poder de seu mercado consumidor no setor em 2025.

De acordo com o Financial Times (FT), os VEs — incluindo baterias puras e híbridos plug-in — vão crescer cerca de 20% na relação ano a ano totalizando para mais de 12 milhões de carros em 2025, na medida em que os carros movidos à combustão caia, em mais de 10%, para menos de 11 milhões de unidades, uma queda de quase 30% em relação à 2022.

Embora o ritmo de crescimento das vendas de VEs chineses tenha diminuído em relação ao período pós-pandemia de COVID-19, as previsões realizadas pelos bancos de investimento UBS e HSBC ao FT sugerem que a meta oficial de Pequim — de que os VEs representem 50% das vendas de carros até 2035, uma meta definida em 2020 — seja atingida dez anos antes, ameaçando os campeões tradicionais na fabricação de veículos da Alemanha, Japão e EUA.

As garantias de elementos críticos para a cadeia global na produção de VEs por parte do governo chinês alavancou o sucesso no desenvolvimento de tecnologia doméstica para dar robustez à produção, de tal modo que as montadoras chinesas enfrentam sua própria rivalidade interna.

À medida que a China caminha para intensificar uma competição interna pelo excesso de oferta de modelos e uma guerra de preços para estabelecer de padrões de mercado, o HSBC estimou que dos 90 novos modelos de carros planejados para lançamento por fabricantes chineses no quarto trimestre de 2024, 90% são veículos elétricos, o que demonstra que, a longo prazo, a máquina automobilística da China será imparável.

Ainda segundo a apuração, enquanto o mercado de VEs da China caminhava em direção a um crescimento anual de quase 40% em 2024, a participação de mercado de carros de marcas estrangeiras caiu para uma baixa recorde de 37%.

China inaugura usina solar localizada a cerca de 5,3 mil metros acima do nível do mar

A usina de energia solar mais alta do mundo, no sudoeste da China, começou a gerar eletricidade, informou a empresa de energia China Huaneng Group em seu site.

O comunicado afirma que a usina está sendo construída na prefeitura autônoma tibetana de Deqen, na província de Yunnan, em altitudes entre 4.800 e 5.300 metros acima do nível do mar. A primeira fase da planta já foi lançada.

"A capacidade total instalada da usina é de 100 megawatts. No total, 32 complexos solares foram construídos", disse o China Huaneng Group.

Quando concluída, espera-se que a usina seja capaz de fornecer eletricidade para cerca de 52.000 residências na região autônoma.

China é líder mundial em energia solar. Especialistas estimam que o país instalou 35% de todos os painéis solares do mundo.

¨      China: EUA devem parar de 'provocar corrida armamentista e fazer do espaço uma zona de conflito'

Os EUA devem parar de provocar confrontos no espaço, afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa da China Zhang Xiaogang na quinta-feira (26).

Ele ressaltou que Pequim sempre defendeu o uso pacífico do espaço e se manifestou contra "a militarização do espaço externo e a transformação do espaço em um teatro de operações militares".

"Apelamos aos EUA para que reconsiderem seriamente as suas ações perigosas na esfera espacial, parem de provocar confrontos no espaço e de espalhar mentiras e comecem a contribuir adequadamente para a manutenção de uma paz e segurança duradouras no espaço", disse o porta-voz, citado pela rede de televisão NHK.

Da mesma forma, o representante denunciou que Washington "continua a expandir o poder das tropas espaciais, fortalecendo alianças militares espaciais, provocando uma corrida armamentista no espaço e arriscando a estabilidade estratégica global".

No início de dezembro, a estação anunciou que uma unidade de tropas espaciais dos EUA seria criada no Japão, que ficaria estacionada na base aérea norte-americana de Yokota, em Tóquio.

Segundo a NHK, a unidade vai incluir várias dezenas de pessoas e interagir com a unidade da Força Aérea de Autodefesa do Japão especializada em espaço. Para combater a Coreia do Norte e a China, seus integrantes vão trocar dados de vigilância espacial e informações sobre lançamentos de mísseis.

¨      Adquirindo sistemas de mísseis Typhon dos EUA, Filipinas entregam sua defesa a outros, diz Pequim

As Filipinas estão entregando sua segurança e defesa a outros países, cooperando com os EUA na implantação de sistemas de mísseis americanos, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (26).

Na terça-feira (24), o chefe do Departamento de Defesa Nacional das Filipinas, Gilberto Teodoro, chamou a aquisição e a implantação dos sistemas de mísseis de alcance intermediário MRC Typhon em seu território completamente legítimas em resposta às críticas da China.

"Ao cooperar com a parte americana na questão da implantação de tais sistemas [MRC Typhon], as Filipinas estão basicamente entregando sua segurança e defesa para outros, trazendo os riscos de confrontação geopolítica e corrida armamentista para a região, o que representa uma ameaça real para a paz e segurança na região. Quais são os interesses de quem está realmente por trás dessas ações? Onde está aqui a diplomacia independente? Esse é um exemplo clássico de ações que prejudicam tanto os outros quanto a si mesmos", disse Mao Ning.

A porta-voz da chancelaria chinesa acrescentou que os sistemas de mísseis MRC Typhon, equipados com ogivas tanto convencionais como nucleares, não são armas defensivas, mas representam armas ofensivas estratégicas.

Ela também observou que a China apela novamente às Filipinas para ouvir a voz da região, cumprir as promessas públicas feitas anteriormente e o mais rapidamente possível abandonar os sistemas de alcance intermediário e evitar novos erros.

"Nós advertimos o lado filipino: a China nunca será complacente sobre ameaças ou danos aos seus interesses de segurança. Se as Filipinas persistirem em seu curso, isso inevitavelmente levará com que eles se prejudiquem", disse ela.

¨      Marinha dos EUA falha programa-chave de modernização dos cruzadores de mísseis de R$ 22,2 bilhões

Conforme uma comissão especial do governo norte-americano, a Marinha dos EUA não conseguiu modernizar navios da frota que não fossem das classes de porta-aviões e cruzadores da classe Ticonderoga e gastou US$ 3,7 bilhões (cerca de R$ 22,2 bilhões) sem alcançar resultados.

<><> Enviado à reserva

O Congresso atribuiu US$ 3,7 bilhões (cerca de R$ 22,2 bilhões) com o objetivo de modernizar sete cruzadores em 2015. Porém, cada vez aconteceram novas dificuldades. No final, decidiram anular quatro navios. Conforme os dados do Tribunal de Contas dos EUA, nessa altura já tinham sido gastos US$ 1,84 bilhão (cerca de R$ 11 bilhões) com os navíos seguintes:

# CG-66 Hue City de 33 anos – US$ 161 milhões (cerca de R$ 966 milhões);

# CG-68 Anzio de 32 anos – US$ 250, 5 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão);

# CG-63 de 33 anos – US$ 678,5 milhões (cerca de R$ 4 bilhões);

# CG-69 Vicksburg de 32 anos – US$ 745 milhões (cerca de R$ 4,5 bilhões).

Os primeiros dois foram desativados em 2022, os outros – neste ano. O mais provável é que sejam desmantelados para obter peças sobresselentes para os navios ainda ativos.

O Pentágono explicou que as razões desta situação são:

<< Perturbação das cadeias de produção devido à COVID-19 pandêmica;

<< Base de reparação naval obsoleta;

<< Falta de especialistas qualificados.

Pois, a comissão especial apresentou as recomendações ao comando da Marinha norte-americana que inclui:

>>> Planejamento dos programas de modernização mais detalhadamente;

>>> Importância de realização da análise completa das dificuldades e falhas que o comando encontrou para não as repetir novamente;

>>> Projetação do impacto do descomissionamento de três cruzadores modernizados em 2026-2027 e encontrar substitutos;

>>> Repensamento da abordagem geral da Marinha e do setor em relação à qualidade dos reparos navais.

<><> Cruzador para substituição

De 27 cruzadores da classe Ticonderoga, comissionados entre 1983 e 1994, nove estão agora em serviço. Este ano, cinco navios foram colocados em reserva. Washington estava discutindo a possibilidade de estender o tempo de vida útil para 52 anos.

No entanto, Brian Clark, analista do Centro de Avaliações Estratégicas e Orçamentárias da Marinha dos EUA, está convencido de que isso não é suficiente para a guerra moderna no mar.

"O Ticonderoga de 50 anos com armas da idade respectiva não é capaz de realizar missões de combate com a mesma eficácia dos navios modernos, pois podem ser encomendados novos navios com um deslocamento menor, mas com praticamente as mesmas qualidades de combate", afirmou.

Um substituto para o Ticonderoga já foi encontrado e esse é Arleigh Burke da nova série Flight III – o DDG-125 Jack Lucas. É verdade que navios desse tipo são inferiores em poder de fogo de mísseis, porém a manutenção é muito mais barata. Além disso, há espaço suficiente para postos de comando da força aérea e da defesa antiaérea, que tradicionalmente eram localizados em cruzadores.

<><> Ficando para trás no tempo

Os Ticonderogas têm sido a principal força de ataque da frota de superfície dos EUA por quase três décadas. O principal trunfo de ataque são 122 células de lançamento vertical universal Mk41 para uma ampla gama de munições: mísseis antiaéreos padrão SM-2, SM-3, SM-6 e ESSM, mísseis antissubmarino ASROC e mísseis de cruzeiro Tomahawk.

O armamento antinavio é representado por oito lançadores de mísseis Harpoon e o armamento de torpedos por dois tubos triplos de 324 mm. As tarefas de defesa antiaérea aproximada são realizadas por canhões antiaéreos Phalanx de 20 mm. Além disso, há duas peças de artilharia Mk45 de 127 mm.

A tripulação é de 387 pessoas, incluindo 33 oficiais. Velocidade – 30 nós, autonomia – até 5.300 km. O Ticonderoga é um navio de guerra versátil. Pode atuar de forma independente e como parte de um grupo de ataque de porta-aviões para atingir alvos terrestres e marítimos.

Além dos americanos, somente a Rússia tem navios desse tipo. A Marinha russa tem dois cruzadores de mísseis pesados movidos a energia nuclear do Projeto 1144 Orlan (um deles está sendo modernizado) e dois do Projeto 1164 Atlant. Tanto o Ocidente quanto o Oriente dependem agora de plataformas de ataque pequenas e de baixo perfil. E os belos e poderosos cruzadores logo entrarão para a história, incapazes de acompanhar o pensamento militar.

¨      Rússia não descarta utilizar Oreshnik se a necessidade surgir, diz Putin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, falou com a imprensa durante uma coletiva após a reunião de chefes de Estado do Conselho Econômico Supremo Eurasiático.

Em suas falas, o presidente russo ressaltou que o país trabalhará para alcançar todos os objetivos estabelecidos na operação especial na fronteira com a Ucrânia. "Essa é a tarefa principal", disse, afirmando que recebe informações da linha de frente todos os dias.

Ao mesmo tempo, o líder da Rússia destacou as ações que o premiê da Eslováquia, Robert Fico, vem tomando para mediar as relações entre o Kremlin e as lideranças ocidentais. Segundo Putin, em uma conversa recente, o primeiro-ministro eslovaco ofereceu seu país como uma plataforma para negociações de paz.

Nesse sentido, a equipe do novo presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que os Estados Unidos podem congelar a entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) por dez a 20 anos se isso solucionar o conflito em Donbass.

Em resposta a isso, Putin revelou que o atual mandante da Casa Branca já havia proposto um congelamento do processo de adesão da Ucrânia no passado. "Biden me falou disso em 2021. Ele propôs exatamente isso: adiar a adesão da Ucrânia à OTAN por dez a 15 anos."

Perguntado sobre a produção do sistema de mísseis Oreshnik, Putin sublinhou que o país ainda não possui muitas unidades, mas as tem.

"Não estamos com pressa de utilizá-las. Elas foram criadas para solucionar problemas específicos, mas não descartamos a possibilidade de usá-las hoje ou amanhã se a necessidade surgir."

Segundo o presidente, a produção em série do sistema de mísseis já foi iniciada e alguns serão posicionados em Belarus.

Ontem (25), Putin participou de um encontro informal com os líderes da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) que ocorreu na região de Leningrado. Já nesta quinta-feira (26), o Conselho Econômico Supremo Eurasiático realizou reuniões abertas e fechadas. Nelas foram discutidos temas atuais da União Econômica Eurasiática (UEE), como o aprofundamento dos processos de integração e o desenvolvimento de um mercado único.

¨      Sistema de mísseis antiaéreos Gibka-S russo detecta todos os alvos que voam a 40 km

Militares russos de equipe de defesa antiaérea da 30ª Brigada de Infantaria Motorizada do agrupamento de tropas russo Tsentr (Centro) avaliaram o desempenho do sistema de mísseis antiaéreos terra-ar Gibka-S na detecção e abate de alvos aéreos na zona da operação militar especial, disseram os mesmos soldados à Sputnik.

O sistema de mísseis antiaéreos Gibka-S é operado para cobrir o avanço das unidades avançadas na zona da operação russa. O grupo móvel de tiro inclui dois veículos de combate baseados no veículo Tigr: o primeiro é equipado com uma estação de radar e o segundo é equipado com uma torre para quatro mísseis antiaéreos Verba.

"O alcance da detecção de alvos é de cerca de 40 quilômetros, tudo depende dos alvos. Esse veículo pode detectar todos os alvos que voam: aviões, helicópteros, mísseis de cruzeiro e drones de várias modificações", disse Aleksei Novoselkin, um militar da equipe de defesa antiaérea.

Segundo o militar, esse sistema opera a qualquer momento, tanto de dia quanto de noite, bem como em qualquer condição climática, e é equipado com um complexo de visão noturna, um termovisor.

"O intervalo entre a detecção de um alvo aéreo e o lançamento do míssil é de dois a três minutos", disse, por sua vez, o artilheiro antiaéreo Artyom Kuznetsov.

Note-se que a 30ª Brigada de Infantaria Motorizada já atingiu mais de dez alvos, incluindo drones ucranianos Furia e Valkiriya e uma variedade de drones caseiros de asa fixa.

¨      Tropas de assalto russas eliminam mercenários estrangeiros de surpresa, diz combatente

Militares russos durante uma operação de assalto pegaram mercenários poloneses de surpresa enquanto estes tomavam chá, disse à Sputnik um comandante da companhia de assalto, Stefan Sazonov, com o codinome Kobra.

Os mercenários estrangeiros foram eliminados pelo grupo de assalto da unidade de infantaria motorizada de montanha, pertencente ao agrupamento de tropas Tsentr (Centro) das Forças Armadas da Rússia.

Os militares russos atacaram um reduto ucraniano na direção de Kurakhovo, uma cidade-chave na República Popular de Donetsk (RPD) que atualmente está sendo cercada pelas tropas russas.

Segundo Sazonov, os mercenários poloneses que ficaram ali não estavam prontos para enfrentar os soldados russos.

"Nos aproximamos do reduto. Ele [um mercenário] estava sentado tomando chá, e eles não tiveram tempo para reagir. Nós dissemos a eles: 'Levantem as mãos! Rendam-se!', mas não entendiam russo", disse o combatente.

Um dos mercenários, de acordo com o Kobra, decidiu se render, mas o outro tentou atirar de volta, resultando na morte de ambos no local.

Como observou o comandante, entre os mercenários, 15 a 20% são bem treinados, enquanto o restante não representa uma ameaça séria, embora que tenham armas, munição e equipamentos muito melhores que os dos combatentes do Exército ucraniano.

O Ministério da Defesa da Rússia declarou repetidamente que Kiev usa mercenários estrangeiros como "bucha de canhão", e os militares russos continuarão a eliminá-los em toda a Ucrânia.

Aqueles que foram lutar por dinheiro admitiram em muitas entrevistas que os militares ucranianos não coordenam bem suas ações e que a chance de sobreviver aos combates é pequena, pois a intensidade do conflito não é comparável à do Afeganistão e do Oriente Médio, aos quais estão acostumados.

 

Fonte: Sputnik Brasil

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