terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Mandioca contribui para boa saúde do intestino, conclui estudo brasileiro

Até pouco tempo atrás, a mandioca, também chamada macaxeira ou aipim, era vista simplesmente como uma fonte de carboidrato. Mas, atualmente, a raiz tem sobressaído em estudos por concentrar outras substâncias protetoras. Um dos trabalhos recentes foi publicado em novembro no periódico científico Food Research International.

pesquisa revela que os nutrientes do alimento atuam na microbiota e trazem benefícios aos que não podem consumir glúten — proteína presente no trigo, no centeio, na cevada e em seus derivados. Fazem parte desses grupos quem tem a doença celíaca, distúrbio autoimune que desencadeia diarreias e até mesmo desnutrição; e os portadores da intolerância ao glúten, marcada pela dificuldade de digeri-lo e que está por trás de desconfortos como gases e inchaço abdominal.

No estudo, foram utilizadas variedades de mandioca cultivadas no Nordeste e na região Sul do país, que passaram por uma análise detalhada de sua composição química. “Identificamos compostos fenólicos, além de amido resistente e de fruto-oligossacarídeos (FOS), que têm ação prebiótica, o que significa que favorecem a proliferação de bactérias benéficas que habitam o intestino”, comenta Marciane Magnani, professora da Universidade Federal da Paraíba. Ela é orientadora da tese de doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos que originou a pesquisa, da tecnóloga de alimentos Ísis Meireles Mafaldo.

Numa segunda etapa, houve uma simulação da digestão para avaliar o comportamento dos nutrientes durante o processo. A mandioca foi submetida a cada uma das fases da digestão – oral, gástrica e intestinal. A digestão simulada incluiu desde o acréscimo de líquidos similares à saliva, sucos gástricos e pancreáticos, entre outros, até mudanças de pH, bem como movimentos que mimetizam os peristálticos.

“As substâncias com ação prebiótica alcançaram o ambiente intestinal, contribuindo para o equilíbrio dos micro-organismos”, conta Magnani, que também é a coordenadora nacional da área de Ciência de Alimentos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

 “A pesquisa apontou ainda impactos positivos à microbiota de voluntários com a doença celíaca, através da avaliação da mandioca digerida, em fermentação fecal, simulando o que ocorre no intestino”, diz a pesquisadora. Posteriormente, por meio de sequenciamento genético, foram identificadas as comunidades bacterianas e seus metabólitos (substâncias produzidas pelos micro-organismos), detalhando como a mandioca atua na microbiota.

Manter a harmonia no ecossistema intestinal, com maior concentração de bactérias benéficas em comparação com as patogênicas, ajuda na absorção de nutrientes, reduz inflamações, contribui para a imunidade e até para o humor, segundo diversas pesquisas.

Para Giuliana Modenezi, nutricionista do Espaço Einstein Esporte e Reabilitação, do Hospital Israelita Albert Einstein, o estudo é bem-vindo por valorizar um ingrediente nativo, de fácil acesso, e entra como opção aos celíacos, que tendem a ter o intestino bastante sensível.

<><> Mandioca no dia a dia

Além das já mencionadas substâncias que favorecem o intestino, a mandioca oferece nutrientes como o potássio, aliado cardiovascular; o magnésio, essencial à saúde óssea; e a vitamina C, que é um potente antioxidante e blinda as células. Não à toa, foi eleita o alimento do século 21 pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Para aproveitar tamanha riqueza, uma das sugestões é consumir a versão cozida em água. “Pode compor o café da manhã, almoço, jantar e os lanches intermediários”, sugere a nutricionista.

Lembrando que a raiz é fonte de carboidrato, o nutriente da disposição, então serve como alternativa a pães, arroz, biscoitos, massas, entre outros. Variar os alimentos do cotidiano é uma maneira de sair da monotonia, garantindo um cardápio mais nutritivo, com deliciosas experiências culinárias.

A mandioca ainda faz bonito em receitas de sopas, purês e no famoso escondidinho, por exemplo. A fritura é mais uma preparação popular. “Essa opção deve ser saboreada em ocasiões esporádicas, como em um evento de fim de semana ou uma festa”, indica Modenezi. Afinal, a quantidade de calorias aumenta para valer quando o alimento é imerso em óleo.

Entre os derivados da raiz, a tapioca tem sido a mais badalada ultimamente, embora esteja presente na rotina dos brasileiros há muito tempo, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste. Feita a partir da goma da mandioca, pode receber os mais variados recheios, mas tradicionalmente costuma ser acompanhada de queijo coalho e peixe.

“É importante pontuar que a tapioca tem alto índice glicêmico, o que significa que pode elevar rapidamente os níveis de açúcar no sangue”, afirma a nutricionista da Einstein. Para minimizar esse efeito, a dica é combiná-la com fontes de proteína, caso dos queijos, ovos ou frango. “Se quiser incrementar ainda mais, acrescente sementes de chia ou linhaça, que aumentam o teor de fibras e deixam a receita mais crocante”, sugere. Assim, a resposta glicêmica será gradual.

Outro derivado que faz sucesso e carrega tradição é a farinha. São as mais diversas texturas e sabores, desde as mais granulosas até as finas, que servem como acompanhamento para o arroz com feijão, por exemplo, ou entram como ingrediente das farofas. Mas vale evitar excessos. “A farinha pode adicionar muitas calorias ao prato”, avisa Modenezi.

O polvilho é mais um clássico da culinária, vindo da mandioca. O tipo azedo é matéria-prima do pão de queijo, já o doce é usado para preparar sequilhos e biscoitos. “As versões industrializadas [desses pratos] tendem a apresentar muita gordura, já nas receitas caseiras, dá para controlar a quantidade desses ingredientes”, observa a nutricionista.

¨      Esses são os 25 alimentos que pioram hemorroidas (para evitar agora mesmo)

Os alimentos que pioram hemorroidas são uma preocupação constante para quem sofre com essa condição, pois certos itens na dieta podem agravar os sintomas e tornar o problema ainda mais desconfortável.

As hemorroidas ocorrem quando as veias no reto ou no ânus ficam inflamadas, o que pode causar dor, coceira e até sangramentos. A alimentação desempenha um papel crucial nesse quadro, pois alimentos inadequados podem piorar a constipação, aumentar a pressão nas veias e intensificar a inflamação.

Por isso, entender quais alimentos devem ser evitados é fundamental para o controle e alívio dos sintomas.

Hoje, aqui no SaúdeLAB, você vai descobrir 25 alimentos que devem ser evitados por quem sofre de hemorroidas e entender por que esses alimentos podem piorar a condição.

A alimentação pode ser uma aliada importante no tratamento e na prevenção das hemorroidas, e fazer escolhas mais adequadas pode trazer alívio significativo. Vamos conhecer essas opções de maneira clara e prática, para que você consiga melhorar a sua saúde intestinal e, consequentemente, o bem-estar.

<><> O que são hemorroidas?

As hemorroidas são veias inchadas que se formam no reto ou no ânus, semelhantes a varizes. Elas podem se desenvolver por várias razões, mas os fatores mais comuns incluem esforço excessivo ao evacuar, prisão de ventre crônica, obesidade, gravidez e até mesmo o envelhecimento.

As veias inflamadas podem causar diversos sintomas, que variam de desconforto leve a dor intensa, dependendo da gravidade do caso.

Os sintomas mais comuns incluem dor ao evacuar, coceira na região anal, sangramentos durante as evacuações, sensação de peso ou inchaço na área anal e, em alguns casos, a presença de protuberâncias ao redor do ânus.

Embora não sejam normalmente graves, as hemorroidas podem afetar significativamente a qualidade de vida de quem sofre com elas.

É nesse contexto que a alimentação desempenha um papel crucial. Uma dieta inadequada pode agravar a prisão de ventre e inflamar ainda mais as hemorroidas, prolongando o desconforto.

O consumo de certos alimentos pode tornar a evacuação mais difícil, causando esforço excessivo e aumentando a pressão nas veias da região anal. Isso pode resultar em mais dor e irritação.

A boa notícia é que ajustes simples na dieta podem trazer benefícios significativos. Ao escolher alimentos que ajudam a manter as fezes mais macias e a digestão mais saudável, é possível aliviar os sintomas das hemorroidas e, até mesmo, prevenir sua piora.

<><> Como a alimentação afeta as hemorroidas

A alimentação tem um impacto direto na saúde do sistema digestivo e pode influenciar significativamente o quadro das hemorroidas. Uma dieta inadequada pode piorar os sintomas, tornando-os mais desconfortáveis e difíceis de controlar.

Certos alimentos podem contribuir para a prisão de ventre, inflamação intestinal e até mesmo agravar a irritação nas veias anais.

Um dos principais fatores relacionados ao agravamento das hemorroidas é a constipação. Quando a dieta não fornece fibras suficientes, o intestino se torna mais lento e as fezes ficam mais duras e secas. Isso resulta em evacuações mais difíceis, o que exige um esforço maior durante o processo.

Esse esforço excessivo aumenta a pressão nas veias do ânus e do reto, o que pode causar ou agravar as hemorroidas. A constipação crônica é um dos maiores vilões quando se trata de problemas hemorroidários, pois a pressão constante pode levar a complicações, como o aumento das veias inflamadas e sangramentos.

Além disso, certos alimentos podem aumentar a inflamação no sistema digestivo. Quando o intestino é irritado, a digestão fica prejudicada e o risco de inflamação das hemorroidas se eleva.

Alimentos com alto teor de gordura, por exemplo, podem dificultar o processo digestivo e agravar a inflamação, tornando a recuperação mais demorada e os sintomas mais intensos. Uma dieta rica em alimentos processados e pobres em nutrientes pode agravar a sensação de inchaço e desconforto, piorando ainda mais o quadro.

Portanto, escolher alimentos que promovem uma digestão saudável e evitam a constipação é essencial para quem sofre de hemorroidas. Manter o equilíbrio intestinal com alimentos ricos em fibras e reduzir a ingestão de alimentos inflamatórios pode ajudar significativamente a controlar e aliviar os sintomas.

>>>> 25 alimentos que pioram hemorroidas

A alimentação desempenha um papel fundamental no controle das hemorroidas, e alguns alimentos podem agravar os sintomas. Abaixo, dividimos 25 alimentos em cinco categorias, explicando como cada grupo pode impactar negativamente o quadro de hemorroidas.

<><> Alimentos ricos em gordura e frituras

1. Frituras (como batatas fritas e alimentos empanados)

2. Carnes gordurosas (como bacon, linguiças e carnes processadas)

3. Fast food (hambúrgueres e outros alimentos de preparo rápido)

4. Alimentos ricos em óleos vegetais refinados (como frituras e produtos prontos para consumo)

5. Lanches industrializados (como salgadinhos de pacote)

Esses alimentos são ricos em gorduras saturadas, que dificultam a digestão e sobrecarregam o intestino. O consumo excessivo de gordura pode retardar o processo digestivo, resultando em fezes mais duras e aumentando a constipação.

A prisão de ventre prolongada pode fazer com que o esforço para evacuar agrave as hemorroidas, causando mais dor e desconforto. Além disso, o aumento da gordura no corpo pode contribuir para o aumento da pressão nas veias do reto.

<><> Alimentos processados e refinados

6. Pães brancos e massas refinadas

7. Arroz branco

8. Doces e guloseimas industrializadas

9. Biscoitos e bolachas

10. Alimentos enlatados

Esses alimentos têm baixo valor nutricional e são ricos em carboidratos refinados, que provocam picos de glicemia e podem desencadear inflamação no corpo. Além disso, eles são pobres em fibras, o que contribui diretamente para a constipação.

Como a digestão desses alimentos é mais difícil e demorada, isso pode aumentar o esforço necessário para evacuar, prejudicando ainda mais a condição das hemorroidas. Optar por alimentos integrais e frescos é uma alternativa saudável que ajuda a melhorar o trânsito intestinal.

<><> Alimentos ricos em cafeína

11. Café

12. Chá preto e chá verde

13. Refrigerantes de cola

14. Bebidas energéticas

15. Chocolate ao leite

A cafeína é um estimulante que, embora tenha benefícios em pequenas quantidades, pode ter efeitos negativos no corpo quando consumida em excesso. Ela tem propriedades diuréticas, ou seja, promove a desidratação, o que pode dificultar a formação de fezes macias.

Quando o corpo está desidratado, as fezes se tornam mais secas e difíceis de eliminar, aumentando a constipação e o esforço para evacuar. Isso pode agravar a pressão sobre as veias do reto, piorando os sintomas das hemorroidas.

<><> Alimentos picantes e temperos fortes

16. Pimentas (vermelha, jalapeño, etc.)

17. Alimentos com curry e outros temperos fortes

18. Molhos picantes (como molho de pimenta)

19. Comidas com alho e cebola em grande quantidade

20. Alimentos excessivamente condimentados (como pratos indianos ou mexicanos)

Alimentos muito picantes ou com temperos fortes podem irritar o trato digestivo, causando inflamação no estômago e intestinos. Essa irritação pode se espalhar para a região anal, tornando o processo de evacuação ainda mais doloroso e desconfortável.

Para quem sofre de hemorroidas, o consumo de alimentos picantes pode resultar em uma sensação de queimação, além de contribuir para o agravamento das hemorroidas externas, devido à irritação da mucosa intestinal e retal.

<><> Laticínios e alimentos com lactose

21. Leite integral

22. Queijos amarelos e cremosos

23. Iogurtes adoçados

24. Manteiga e margarina

25. Soros de leite e outros derivados de leite não fermentados

Muitos indivíduos têm dificuldade para digerir a lactose, um açúcar presente no leite e em seus derivados. Quando a lactose não é adequadamente digerida, pode causar inchaço, gases e prisão de ventre.

Como a digestão fica comprometida, as fezes podem se tornar mais duras, o que leva ao esforço durante a evacuação. Esse esforço é um dos principais fatores que agravam as hemorroidas.

Optar por versões sem lactose ou por alternativas vegetais, como leites de amêndoas ou soja, pode ser uma solução mais amigável para quem sofre de hemorroidas.

<><> Dicas Práticas

Evitar esses alimentos não significa precisar cortar tudo de uma vez. A chave é fazer substituições inteligentes e progressivas.

Por exemplo, substituir alimentos processados por opções integrais, reduzir a ingestão de cafeína e temperos fortes e optar por fontes de proteína mais magras pode ajudar a melhorar a digestão e aliviar os sintomas das hemorroidas.

Manter uma dieta balanceada, rica em fibras, hidratação adequada e alimentos anti-inflamatórios, como frutas, vegetais e grãos integrais, pode fazer uma diferença significativa na sua saúde intestinal e no bem-estar geral.

<><> Como melhorar a alimentação para prevenir hemorroidas

Manter uma alimentação equilibrada é fundamental para a prevenção e o alívio das hemorroidas. Para isso, alguns alimentos podem ser seus grandes aliados na luta contra o agravamento dessa condição.

A inclusão de fibras na dieta é essencial, pois elas ajudam a manter o intestino funcionando corretamente, evitando a constipação e o esforço excessivo durante as evacuações.

Alimentos ricos em fibras, como frutas (maçãs, peras, bananas), vegetais (cenouras, espinafre, abobrinha) e grãos integrais (aveia, arroz integral, quinoa) devem ser consumidos regularmente. Além disso, a ingestão de leguminosas como feijões, lentilhas e grão-de-bico também é excelente para o trânsito intestinal.

Manter-se bem hidratado também é crucial. A água ajuda a amolecer as fezes e facilita sua eliminação, prevenindo a prisão de ventre. A recomendação é beber pelo menos 2 litros de água por dia, além de incluir alimentos com alto teor de água, como melanciapepino e tomates.

Além disso, probióticos encontrados em alimentos como iogurte natural e kefir podem auxiliar no equilíbrio da flora intestinal, contribuindo para uma digestão mais saudável e eficiente.

Fazer essas escolhas alimentares simples pode fazer toda a diferença na prevenção e no controle das hemorroidas, trazendo mais conforto e saúde ao seu dia a dia.

Evitar os 25 alimentos que pioram as hemorroidas é um passo importante para controlar os sintomas e prevenir o agravamento dessa condição. Ao adotar uma alimentação rica em fibras, hidratação e alimentos naturais, é possível melhorar o trânsito intestinal e reduzir a inflamação.

Implementar essas mudanças pode proporcionar alívio significativo. Se necessário, consulte um médico ou nutricionista para um plano alimentar personalizado que atenda às suas necessidades específicas e auxilie no tratamento das hemorroidas.

 

Fonte: CNN Brasil/SaudeLab

 

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