Mandioca contribui para boa saúde do
intestino, conclui estudo brasileiro
Até pouco tempo atrás, a mandioca, também chamada
macaxeira ou aipim, era vista simplesmente como uma fonte de carboidrato. Mas,
atualmente, a raiz tem sobressaído em estudos por concentrar outras substâncias
protetoras. Um dos trabalhos recentes foi publicado em novembro no periódico
científico Food Research International.
A pesquisa revela que os
nutrientes do alimento atuam na microbiota e trazem benefícios aos que não
podem consumir glúten — proteína presente no trigo, no centeio, na cevada e em
seus derivados. Fazem parte desses grupos quem tem a doença celíaca, distúrbio
autoimune que desencadeia diarreias e até mesmo desnutrição; e os portadores da
intolerância ao glúten, marcada pela dificuldade de digeri-lo e que está por
trás de desconfortos como gases e inchaço abdominal.
No estudo, foram utilizadas variedades de mandioca
cultivadas no Nordeste e na região Sul do país, que passaram por uma análise
detalhada de sua composição química. “Identificamos compostos fenólicos, além
de amido resistente e de fruto-oligossacarídeos (FOS), que têm ação prebiótica,
o que significa que favorecem a proliferação de bactérias benéficas que habitam
o intestino”, comenta Marciane Magnani, professora da Universidade Federal da
Paraíba. Ela é orientadora da tese de doutorado em Ciência e Tecnologia de
Alimentos que originou a pesquisa, da tecnóloga de alimentos Ísis Meireles
Mafaldo.
Numa segunda etapa, houve uma simulação da digestão
para avaliar o comportamento dos nutrientes durante o processo. A mandioca foi submetida
a cada uma das fases da digestão – oral, gástrica e intestinal. A digestão
simulada incluiu desde o acréscimo de líquidos similares à saliva, sucos
gástricos e pancreáticos, entre outros, até mudanças de pH, bem como movimentos
que mimetizam os peristálticos.
“As substâncias com ação prebiótica alcançaram o
ambiente intestinal, contribuindo para o equilíbrio dos micro-organismos”,
conta Magnani, que também é a coordenadora nacional da área de Ciência de
Alimentos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES).
“A pesquisa
apontou ainda impactos positivos à microbiota de voluntários com a doença
celíaca, através da avaliação da mandioca digerida, em fermentação fecal,
simulando o que ocorre no intestino”, diz a pesquisadora. Posteriormente, por
meio de sequenciamento genético, foram identificadas as comunidades bacterianas
e seus metabólitos (substâncias produzidas pelos micro-organismos), detalhando
como a mandioca atua na microbiota.
Manter a harmonia no ecossistema intestinal, com maior
concentração de bactérias benéficas em comparação com as patogênicas, ajuda na
absorção de nutrientes, reduz inflamações, contribui para a imunidade e até
para o humor, segundo diversas pesquisas.
Para Giuliana Modenezi, nutricionista do Espaço
Einstein Esporte e Reabilitação, do Hospital Israelita Albert Einstein, o
estudo é bem-vindo por valorizar um ingrediente nativo, de fácil acesso, e
entra como opção aos celíacos, que tendem a ter o intestino bastante sensível.
<><> Mandioca no dia a dia
Além das já mencionadas substâncias que favorecem
o intestino, a mandioca
oferece nutrientes como o potássio, aliado cardiovascular; o magnésio, essencial à saúde
óssea; e a vitamina C, que é um potente antioxidante e blinda as células. Não à
toa, foi eleita o alimento do século 21 pela Organização das Nações Unidas
(ONU).
Para aproveitar tamanha riqueza, uma das sugestões é
consumir a versão cozida em água. “Pode compor o café da manhã, almoço, jantar
e os lanches intermediários”, sugere a nutricionista.
Lembrando que a raiz é fonte de carboidrato, o nutriente da
disposição, então serve como alternativa a pães, arroz, biscoitos, massas,
entre outros. Variar os alimentos do cotidiano é uma maneira de sair da
monotonia, garantindo um cardápio mais nutritivo, com deliciosas experiências
culinárias.
A mandioca ainda faz bonito em receitas de sopas, purês
e no famoso escondidinho, por exemplo. A fritura é mais uma preparação popular.
“Essa opção deve ser saboreada em ocasiões esporádicas, como em um evento de
fim de semana ou uma festa”, indica Modenezi. Afinal, a quantidade de calorias
aumenta para valer quando o alimento é imerso em óleo.
Entre os derivados da raiz, a tapioca tem sido a mais
badalada ultimamente, embora esteja presente na rotina dos brasileiros há muito
tempo, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste. Feita a partir da goma da
mandioca, pode receber os mais variados recheios, mas tradicionalmente costuma
ser acompanhada de queijo coalho e peixe.
“É importante pontuar que a tapioca tem alto índice
glicêmico, o que significa que pode elevar rapidamente os níveis de açúcar no
sangue”, afirma a nutricionista da Einstein. Para minimizar esse efeito, a dica
é combiná-la com fontes de proteína, caso dos queijos, ovos ou frango. “Se
quiser incrementar ainda mais, acrescente sementes de chia ou linhaça, que
aumentam o teor de fibras e deixam a receita mais crocante”, sugere. Assim, a
resposta glicêmica será gradual.
Outro derivado que faz sucesso e carrega tradição é a
farinha. São as mais diversas texturas e sabores, desde as mais granulosas até
as finas, que servem como acompanhamento para o arroz com feijão, por exemplo,
ou entram como ingrediente das farofas. Mas vale evitar excessos. “A farinha
pode adicionar muitas calorias ao prato”, avisa Modenezi.
O polvilho é mais um clássico da culinária, vindo da
mandioca. O tipo azedo é matéria-prima do pão de queijo, já o doce é usado para
preparar sequilhos e biscoitos. “As versões industrializadas [desses pratos]
tendem a apresentar muita gordura, já nas receitas caseiras, dá para controlar
a quantidade desses ingredientes”, observa a nutricionista.
¨ Esses
são os 25 alimentos que pioram hemorroidas (para evitar agora mesmo)
Os alimentos que pioram
hemorroidas são uma preocupação constante para quem sofre com essa condição, pois
certos itens na dieta podem agravar os sintomas e tornar o problema ainda mais
desconfortável.
As hemorroidas ocorrem
quando as veias no reto ou no ânus ficam inflamadas, o que pode causar dor,
coceira e até sangramentos. A alimentação desempenha um papel crucial nesse
quadro, pois alimentos inadequados podem piorar a constipação, aumentar a
pressão nas veias e intensificar a inflamação.
Por isso, entender
quais alimentos devem ser evitados é fundamental para o controle e alívio dos
sintomas.
Hoje, aqui no SaúdeLAB, você vai descobrir 25 alimentos que devem ser evitados por quem
sofre de hemorroidas e entender por que esses alimentos podem piorar a
condição.
A alimentação pode ser
uma aliada importante no tratamento e na prevenção das hemorroidas, e fazer
escolhas mais adequadas pode trazer alívio significativo. Vamos conhecer essas
opções de maneira clara e prática, para que você consiga melhorar a sua saúde
intestinal e, consequentemente, o bem-estar.
<><> O que
são hemorroidas?
As hemorroidas são
veias inchadas que se formam no reto ou no ânus, semelhantes a varizes. Elas
podem se desenvolver por várias razões, mas os fatores mais comuns incluem
esforço excessivo ao evacuar, prisão de ventre crônica, obesidade, gravidez e
até mesmo o envelhecimento.
As veias inflamadas
podem causar diversos sintomas, que variam de desconforto leve a dor intensa,
dependendo da gravidade do caso.
Os sintomas mais comuns
incluem dor ao evacuar, coceira na região anal, sangramentos durante as
evacuações, sensação de peso ou inchaço na área anal e, em alguns casos, a
presença de protuberâncias ao redor do ânus.
Embora não sejam
normalmente graves, as hemorroidas podem afetar significativamente a qualidade
de vida de quem sofre com elas.
É nesse contexto que a
alimentação desempenha um papel crucial. Uma dieta inadequada pode agravar a
prisão de ventre e inflamar ainda mais as hemorroidas, prolongando o
desconforto.
O consumo de certos
alimentos pode tornar a evacuação mais difícil, causando esforço excessivo e
aumentando a pressão nas veias da região anal. Isso pode resultar em mais dor e
irritação.
A boa notícia é que
ajustes simples na dieta podem trazer benefícios significativos. Ao escolher
alimentos que ajudam a manter as fezes mais macias e a digestão mais saudável,
é possível aliviar os sintomas das hemorroidas e, até mesmo, prevenir sua
piora.
<><> Como a
alimentação afeta as hemorroidas
A alimentação tem um
impacto direto na saúde do sistema digestivo e pode influenciar
significativamente o quadro das hemorroidas. Uma dieta inadequada pode piorar
os sintomas, tornando-os mais desconfortáveis e difíceis de controlar.
Certos alimentos podem
contribuir para a prisão de ventre, inflamação intestinal e até mesmo agravar a
irritação nas veias anais.
Um dos principais
fatores relacionados ao agravamento das hemorroidas é a constipação. Quando a
dieta não fornece fibras suficientes, o intestino se torna mais lento e as fezes
ficam mais duras e secas. Isso resulta em evacuações mais difíceis, o que exige
um esforço maior durante o processo.
Esse esforço excessivo
aumenta a pressão nas veias do ânus e do reto, o que pode causar ou agravar as
hemorroidas. A constipação crônica é um dos maiores vilões quando se trata de
problemas hemorroidários, pois a pressão constante pode levar a complicações,
como o aumento das veias inflamadas e sangramentos.
Além disso, certos
alimentos podem aumentar a inflamação no sistema digestivo. Quando o intestino
é irritado, a digestão fica prejudicada e o risco de inflamação das hemorroidas
se eleva.
Alimentos com alto teor
de gordura, por exemplo, podem dificultar o processo digestivo e agravar a
inflamação, tornando a recuperação mais demorada e os sintomas mais intensos.
Uma dieta rica em alimentos processados e pobres em nutrientes pode agravar a
sensação de inchaço e desconforto, piorando ainda mais o quadro.
Portanto, escolher
alimentos que promovem uma digestão saudável e evitam a constipação é essencial
para quem sofre de hemorroidas. Manter o equilíbrio intestinal com alimentos
ricos em fibras e reduzir a ingestão de alimentos inflamatórios pode ajudar
significativamente a controlar e aliviar os sintomas.
>>>> 25
alimentos que pioram hemorroidas
A alimentação
desempenha um papel fundamental no controle das hemorroidas, e alguns alimentos
podem agravar os sintomas. Abaixo, dividimos 25 alimentos em cinco categorias,
explicando como cada grupo pode impactar negativamente o quadro de hemorroidas.
<><> Alimentos ricos em gordura e
frituras
1. Frituras (como
batatas fritas e alimentos empanados)
2. Carnes gordurosas
(como bacon, linguiças e carnes processadas)
3. Fast food
(hambúrgueres e outros alimentos de preparo rápido)
4. Alimentos ricos em
óleos vegetais refinados (como frituras e produtos prontos para consumo)
5. Lanches
industrializados (como salgadinhos de pacote)
Esses alimentos são
ricos em gorduras saturadas, que dificultam a digestão e sobrecarregam o
intestino. O consumo excessivo de gordura pode retardar o processo digestivo,
resultando em fezes mais duras e aumentando a constipação.
A prisão de ventre
prolongada pode fazer com que o esforço para evacuar agrave as hemorroidas,
causando mais dor e desconforto. Além disso, o aumento da gordura no corpo pode
contribuir para o aumento da pressão nas veias do reto.
<><> Alimentos processados e
refinados
6. Pães brancos e
massas refinadas
7. Arroz branco
8. Doces e guloseimas
industrializadas
9. Biscoitos e bolachas
10. Alimentos enlatados
Esses alimentos têm
baixo valor nutricional e são ricos em carboidratos refinados, que provocam
picos de glicemia e podem desencadear inflamação no corpo. Além disso, eles são
pobres em fibras, o que contribui diretamente para a constipação.
Como a digestão desses
alimentos é mais difícil e demorada, isso pode aumentar o esforço necessário
para evacuar, prejudicando ainda mais a condição das hemorroidas. Optar por
alimentos integrais e frescos é uma alternativa saudável que ajuda a melhorar o
trânsito intestinal.
<><> Alimentos ricos em cafeína
11. Café
12. Chá preto e chá
verde
13. Refrigerantes de
cola
14. Bebidas energéticas
15. Chocolate ao leite
A cafeína é um
estimulante que, embora tenha benefícios em pequenas quantidades, pode ter
efeitos negativos no corpo quando consumida em excesso. Ela tem propriedades
diuréticas, ou seja, promove a desidratação, o que pode dificultar a formação
de fezes macias.
Quando o corpo está
desidratado, as fezes se tornam mais secas e difíceis de eliminar, aumentando a
constipação e o esforço para evacuar. Isso pode agravar a pressão sobre as
veias do reto, piorando os sintomas das hemorroidas.
<><> Alimentos picantes e temperos
fortes
16. Pimentas (vermelha,
jalapeño, etc.)
17. Alimentos com curry e outros temperos fortes
18. Molhos picantes
(como molho de pimenta)
19. Comidas com alho e
cebola em grande quantidade
20. Alimentos
excessivamente condimentados (como pratos indianos ou mexicanos)
Alimentos muito picantes
ou com temperos fortes podem irritar o trato digestivo, causando inflamação no
estômago e intestinos. Essa irritação pode se espalhar para a região anal,
tornando o processo de evacuação ainda mais doloroso e desconfortável.
Para quem sofre de
hemorroidas, o consumo de alimentos picantes pode resultar em uma sensação de
queimação, além de contribuir para o agravamento das hemorroidas externas,
devido à irritação da mucosa intestinal e retal.
<><> Laticínios e alimentos com
lactose
21. Leite integral
22. Queijos amarelos e
cremosos
23. Iogurtes adoçados
24. Manteiga e
margarina
25. Soros de leite e
outros derivados de leite não fermentados
Muitos indivíduos têm
dificuldade para digerir a lactose, um açúcar presente no leite e em seus
derivados. Quando a lactose não é adequadamente digerida, pode causar inchaço,
gases e prisão de ventre.
Como a digestão fica
comprometida, as fezes podem se tornar mais duras, o que leva ao esforço
durante a evacuação. Esse esforço é um dos principais fatores que agravam as
hemorroidas.
Optar por versões sem
lactose ou por alternativas vegetais, como leites de amêndoas ou soja, pode ser
uma solução mais amigável para quem sofre de hemorroidas.
<><> Dicas Práticas
Evitar esses alimentos
não significa precisar cortar tudo de uma vez. A chave é fazer substituições
inteligentes e progressivas.
Por exemplo, substituir
alimentos processados por opções integrais, reduzir a ingestão de cafeína e
temperos fortes e optar por fontes de proteína mais magras pode ajudar a
melhorar a digestão e aliviar os sintomas das hemorroidas.
Manter uma dieta
balanceada, rica em fibras, hidratação adequada e alimentos anti-inflamatórios,
como frutas, vegetais e grãos integrais, pode fazer uma diferença significativa
na sua saúde intestinal e no bem-estar geral.
<><> Como
melhorar a alimentação para prevenir hemorroidas
Manter uma alimentação
equilibrada é fundamental para a prevenção e o alívio das hemorroidas. Para
isso, alguns alimentos podem ser seus grandes aliados na luta contra o
agravamento dessa condição.
A inclusão de fibras na
dieta é essencial, pois elas ajudam a manter o intestino funcionando
corretamente, evitando a constipação e o esforço excessivo durante as
evacuações.
Alimentos ricos em
fibras, como frutas (maçãs, peras, bananas), vegetais (cenouras, espinafre,
abobrinha) e grãos integrais (aveia, arroz integral, quinoa) devem ser consumidos
regularmente. Além disso, a ingestão de leguminosas como feijões, lentilhas
e grão-de-bico também é
excelente para o trânsito intestinal.
Manter-se bem hidratado
também é crucial. A água ajuda a amolecer as fezes e facilita sua eliminação,
prevenindo a prisão de ventre. A recomendação é beber pelo menos 2 litros de
água por dia, além de incluir alimentos com alto teor de água, como melancia, pepino e tomates.
Além disso, probióticos
encontrados em alimentos como iogurte natural e kefir podem auxiliar no
equilíbrio da flora intestinal, contribuindo para uma digestão mais saudável e
eficiente.
Fazer essas escolhas
alimentares simples pode fazer toda a diferença na prevenção e no controle das
hemorroidas, trazendo mais conforto e saúde ao seu dia a dia.
Evitar os 25 alimentos
que pioram as hemorroidas é um passo importante para controlar os sintomas e
prevenir o agravamento dessa condição. Ao adotar uma alimentação rica em
fibras, hidratação e alimentos naturais, é possível melhorar o trânsito
intestinal e reduzir a inflamação.
Implementar essas
mudanças pode proporcionar alívio significativo. Se necessário, consulte um
médico ou nutricionista para um plano alimentar personalizado que atenda às
suas necessidades específicas e auxilie no tratamento das hemorroidas.
Fonte: CNN
Brasil/SaudeLab
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