Sudene e CNI discutem estruturação e
adensamento de cadeias produtivas com base na nova política industrial
Mapear as cadeias
produtivas da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento o Nordeste
(Sudene) integrando-as às medidas previstas na Nova Indústria Brasil (NIB) foi
uma das ações debatidas pela autarquia junto à Confederação Nacional da Indústria
(CNI) nesta quarta-feira (31). As instituições estiveram reunidas em Brasília e
discutiram propostas de atuação conjunta para fortalecer o setor produtivo
regional.
A demanda apresentada
pela Sudene foi motivada pela participação da autarquia no processo de
territorialização das ações previstas na Nova Indústria Brasil. “É importante
verificar como o Nordeste está inserido nas missões previstas na política. O
Nordeste tem uma janela de oportunidades que podem ser aproveitadas nesta
conjuntura”, comentou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. A ampliação
da autonomia, a transição ecológica e a modernização do parque industrial
brasileiro são algumas das bases associadas à implementação da NIB.
O superintendente de
Política Industrial da CNI, Fabrício Silveira, recebeu a iniciativa de forma
otimista, explicando que a confederação já iniciou uma análise sobre o tema. “É
um regaste do entendimento regional das dinâmicas intra e intersetoriais, entendendo
como um ponto de destrave na cadeia produtiva significa um impacto positivo em
todo o processo”, disse.
Danilo Cabral também
destacou a iniciativa da Sudene de construção de uma plataforma digital de
dados sobre os aspectos sociais, econômicos e ambientais. Neste sentido, o
superintendente pontuou que a CNI, através do observatório da indústria, também
pode contribuir com a estruturação destes dados. “Integrar esta agenda à
tecnologia para melhorar nossas análises e apresentar o cenário positivo do
Nordeste aos investidores é fundamental”, afirmou o gestor.
O avanço desta agenda
colaborativa será debatida em novos encontros promovidos entre a Sudene e a
CNI, envolvendo representantes do setor produtivo e de outros agentes do
governo.
Também participaram do
encontro desta quarta, pela Sudene, o coordenador-geral de gestão
institucional, Pabllo Brandão e o coordenador de desenvolvimento territorial,
infraestrutura e meio ambiente, José Farias. A CNI também foi representada pela
gerente de política industrial, Samantha Cunha.
• PRESIDENTE DO SEBRAE DIZ QUE MANUTENÇÃO
DA TAXA DE JUROS PREJUDICA ECONOMIA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS
Como já previsto pelo
mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa
básica de Juros (Selic) no patamar de 10,5% ao ano. A decisão foi por
unanimidade do Comitê.
“Temos feito apelos
permanentes para que a taxa de juros seja reduzida. É preciso que os juros
caiam. Todos os índices econômicos estão positivos. Essa manutenção pela
segunda vez é um contraste com todos os outros resultados positivos que o
governo Lula e Geraldo Alckmin apresentam. O país está no rumo certo. A
inflação está controlada, a renda aumentou e a qualidade de vida melhorou, mas
os juros continuam altos”, afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima.
De março de 2021 a
agosto de 2022, o Copom havia elevado a Selic por 12 vezes consecutivas, em um
ciclo de aperto monetário que teve início em meio à alta dos preços de
alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de
2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas. Com o
controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic, interrompidos
pela segunda vez.
Para o presidente do
Sebrae, não há qualquer explicação racional para o fato da taxa de juros ainda
estar acima dos dois dígitos, quando temos uma meta de inflação de 3%.
Ele avalia que já
passou da hora de o país mudar essa política de juros. “A manutenção da Selic
nessas bases prejudica não só o governo, que tenta recuperar a economia. Ao
manter elevados os juros da dívida pública, o BC atinge também os consumidores
e as empresas, principalmente os micro e pequenos negócios, porque o crédito
fica mais caro”, acrescenta.
• ECONOMIA BAIANA CRESCE 3% EM 2024.
OPERAÇÕES DE CRÉDITO DISPARAM NO NORDESTE
A Bahia apresentou um
crescimento de 3% no índice de atividade econômica de janeiro a maio de 2024,
quando comparado com o mesmo período do ano passado, segundo o IBCR-NE do Banco
Central.
A conjuntura econômica
do estado teve como destaque ainda o avanço do volume de vendas do comércio
varejista, que apresentou crescimento de 10,9%. Entre os estados do Nordeste, a
Bahia despontou também com maior saldo de empregos da região, com a criação de
45.138 novos postos de trabalhos formais.
Segundo análise do
Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) divulgada no final
de julho, os dados refletem o crescimento regional, que foi impulsionado pelo
aumento no consumo das famílias, melhoria na oferta de empregos, elevação do rendimento
médio real e processo de desinflação. A demanda por crédito também acompanhou
esse movimento de crescimento econômico.
O Sistema Financeiro
Nordestino registrou um saldo de operações de crédito de R$ 821,1 bilhões em
maio de 2024, o que representa crescimento de 10,6% em comparação ao mesmo mês
do ano anterior. Este aumento foi superior ao observado em âmbito nacional, onde
o crédito cresceu 9,2% no mesmo período.
Para Ana Paula
Medeiros Vieira, Coordenadora de Ciclo de Crédito da Central Sicredi Nordeste,
na instituição financeira cooperativa “os segmentos de Comércio e Serviços
lideraram a procura, representando 89% da carteira de crédito de pessoa
jurídica em maio de 2024, com operações totalizando R$ 1,9 bilhão. Um aumento
de 22% em relação ao ano anterior”.
Fonte: Secom
Sudene/Bahia Econômica
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