sexta-feira, 1 de março de 2024

Diabetes emocional não existe

Diabetes emocional é um termo utilizado por algumas pessoas para se referirem a um quadro de diabetes diagnosticado após algum problema emocional. Essa denominação, no entanto, não é utilizada na medicina, uma vez que problemas emocionais não podem desencadear a doença. Assim sendo, diabetes emocional não existe. Apesar de o estresse não causar diabetes, é importante destacar que eventos estressantes podem afetar a glicemia de diferentes formas.

>>> Resumo sobre diabetes emocional

  • Diabetes emocional não existe, sendo uma denominação popular sem valor médico.
  • Problemas emocionais podem alterar a glicemia de um indivíduo, porém não causam o diabetes.
  • A Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda a classificação do diabetes, de acordo com a etiopatogenia, em: diabetes tipo 1 (DM1), diabetes tipo 2 (DM2), diabetes gestacional (DMG) e outros tipos.
  • O tratamento do diabetes objetiva manter os níveis de glicose no sangue normais.

>>> Diabetes emocional

Diabetes emocional é uma denominação utilizada por algumas pessoas para um quadro diabetes diagnosticado após algum problema emocional. Entretanto, é importante destacar que não existe diabetes emocional, pois eventos traumáticos e situações de estresse por si só não são capazes de levar ao desenvolvimento de um quadro de diabetes.

Em um caso de diabetes descoberto após grande situação de estresse, deve-se considerar todo o histórico de vida do paciente. Um paciente obeso e sedentário, por exemplo, apresentaria risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2, e o evento estressante em sua vida pode ter sido apenas o gatilho para a manifestação da doença, mas não a sua causa.

Apesar de o estresse sozinho não ser responsável pelo desenvolvimento de diabetes, é fundamental explicar que situações estressantes podem afetar os níveis de glicose no sangue de um indivíduo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o estresse pode afetar a glicemia de duas formas.

O primeiro ponto a ser destacado é que pessoas estressadas podem não se alimentar adequadamente, não realizar atividades físicas ou até mesmo abusar de álcool. O segundo ponto destacado pela Sociedade são os hormônios de estresse, que podem alterar a glicemia diretamente. O estresse mental em diabetes tipo 1 pode provocar o aumento ou a queda da glicemia, enquanto em diabetes tipo 2 pode apenas aumentar os níveis. Em casos de estresse físico, como doenças ou cirurgias, a glicemia pode subir nos dois tipos.

·        Diabetes e seus tipos

Diabetes ou diabetes mellitus é uma doença crônica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de glicose no sangue, uma situação conhecida como hiperglicemia. O diabetes está relacionado com uma deficiência na produção do hormônio insulina e/ou uma incapacidade da insulina de atuar adequadamente no organismo.

A insulina é um hormônio produzido no pâncreas e sua ação consiste em garantir que a glicose entre nas células para que possa ser utilizada em diferentes atividades celulares. Problemas que afetam a atividade normal desse hormônio fazem com que a glicose permaneça no sangue, o que pode levar a sérios problemas de saúde, como comprometimento de rins, nervos, olhos e até mesmo do coração.

A adoção de hábitos de vida saudáveis é fundamental para se manter os níveis de glicose no sangue normais.

Existem diferentes tipos de diabetes, sendo recomendada pela Sociedade Brasileira de Diabetes a classificação, de acordo com a etiopatogenia, em:

  • Diabetes tipo 1: decorre de uma ação do próprio sistema imunológico do indivíduo, na qual seus anticorpos atacam as células produtoras de insulina. De acordo com o Ministério da Saúde, ocorre em 5-10% dos diabéticos. Esse é o tipo mais comum em crianças e adolescentes.
  • Diabetes tipo 2: instala-se de maneira mais lenta, e, nesses pacientes, há a produção de insulina, mas sua ação está comprometida, um quadro conhecido como resistência insulínica. O organismo passa então a produzir mais insulina, de modo a manter os níveis normais. Quando o organismo não consegue mais manter os níveis adequados, surge um quadro de diabetes. Esse tipo de diabetes está associado à obesidade e ao envelhecimento. De acordo com o Ministério da Saúde, o diabetes tipo 2 ocorre em cerca de 90% dos diabéticos.
  • Diabetes gestacional: como o nome sugere, está associado à gravidez e pode ser ou não transitório. Alguns fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes gestacional são sobrepeso, obesidade, gestação em idade avançada, hipertensão e histórico familiar de diabetes.
  • Outros tipos de diabetes: estão relacionados a diferentes problemas, como problemas genéticos, doenças do pâncreas exócrino, uso de alguns medicamentos e doenças endócrinas.

>>> Diagnóstico e tratamento do diabetes

Para realização do diagnóstico de diabetes, são essenciais exames como glicemia de jejum, hemoglobina glicada e teste oral de tolerância à glicose, também conhecido como exame da curva glicêmica. Após a confirmação do diagnóstico, é fundamental iniciar imediatamente o tratamento, o qual procura manter os níveis normais de glicose no sangue.

O tratamento do diabetes é importante para evitar complicações, tais como danos nos rins e olhos, e baseia-se, principalmente, em adoções de hábitos de vida mais saudáveis. O paciente com diabetes deve melhorar sua dieta, realizar atividades físicas, parar de fumar, controlar o estresse e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Além disso, em alguns casos, é fundamental o uso de medicamentos.

 

Ø  Diabetes mellitus. Saiba mais

 

Diabetes mellitus (ou simplesmente diabetes) é uma doença que se caracteriza por um aumento nas taxas de glicose no sangue, situação conhecida como hiperglicemia. Esse problema é causado por uma deficiência de insulina ou ainda uma resposta diminuída ao hormônio nos tecidos-alvo. As células tornam-se incapazes de utilizar a glicose. Em alguns casos, os níveis de glicose excedem a capacidade do rim de reabsorver esse nutriente, sendo observada a presença de açúcar na urina.

 Diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2

Podemos classificar o diabetes em dois grupos, utilizando como critério a causa da doença:

  • Diabetes mellitus tipo 1 – ocorre como resultado da destruição das células beta do pâncreas pelo próprio sistema imune (distúrbio autoimune). Como essas células se relacionam com a produção de insulina, ocorrerá uma deficiência do hormônio. Geralmente, esse problema surge na infância.
  • Diabetes mellitus tipo 2 – ocorre a produção de insulina pelas células do pâncreas, mas se observa uma resistência insulínica, ou seja, as células-alvo não conseguem responder adequadamente à insulina. É importante destacar que, apesar de possuir relação com a hereditariedade, a diabetes tipo 2 está intimamente relacionada à obesidade e falta de atividades físicas. Diferentemente da tipo 1, ela aparece geralmente em pessoas com mais de 40 anos, mas pode atingir também pessoas mais jovens sedentárias e obesas.

 Sintomas do diabetes mellitus

  • Sede
  • Aumento da produção de urina
  • Fome excessiva
  • Fraqueza

 Diagnóstico do diabetes mellitus

O diagnóstico do diabetes mellitus é realizado por meio de exames laboratoriais. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o resultado é positivo para diabetes em três situações:

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1) glicemia de jejum > 126 mg/dl (jejum de 8 horas);

2) glicemia casual (colhida em qualquer horário do dia, independentemente da última refeição realizada) > 200 mg/dl em paciente com sintomas característicos de diabetes;

3) glicemia > 200 mg/dl duas horas após sobrecarga oral de 75 gramas de glicose.

 Complicações do diabetes mellitus

O diabetes está associado a alguns problemas graves de saúde, tais como problemas cardiovasculares, perda da visão, insuficiência renal e alguns tipos de câncer. Além disso, o diabetes mellitus está relacionado com amputações de membros. Diante disso, fica clara a necessidade de se realizar o tratamento adequado da doença.

 Tratamento do diabetes mellitus

O tratamento da diabetes mellitus visa garantir uma redução nos níveis de glicose no sangue. No caso da diabetes mellitus tipo 1, o tratamento consiste em injeções de insulina. Já o diabetes tipo 2 geralmente é controlado com exercícios físicos e alimentação saudável. Entretanto, vale salientar que algumas pessoas com diabetes tipo 2 necessitam também de insulina.

Durante o tratamento, é importante que o paciente monitore seus níveis glicêmicos para avaliar se estão realmente adequados. É fundamental realizar exames de rotina e consultas médicas regularmente. Essas medidas ajudam a evitar complicações.

 

Fonte: Biologianet

 

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