quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Recusando diálogo com Moscou, UE perde contato com a realidade, diz eurodeputado

A recusa da União Europeia em dialogar com a Rússia sobre a situação na Ucrânia demonstra que a Comissão Europeia perdeu completamente o contato com a realidade, afirmou o eurodeputado francês Thierry Mariani, do partido Reunião Nacional, à Sputnik.

Para Mariani, o que a União Europeia tenta fazer, ao definir os parâmetros de um acordo de paz sem falar com Moscou, mostra novamente sua total perda de ligação com a realidade.

"Na geopolítica, como na diplomacia, o princípio é o mesmo: não se pode negociar falando sozinho, nem construir a paz se proibindo de conversar com uma das partes", explicou ele.

O eurodeputado também acusou Bruxelas de se isolar ao priorizar ideologia em vez de pragmatismo.

"A Europa poderia ter sido mediadora. Tinha a história, a posição e a legitimidade. Mas escolheu o dogma em vez do bom senso. E perdeu a única oportunidade que importava: tornar-se a principal arquiteta do mundo", acrescentou o deputado.

As críticas surgem após a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reiterar em 23 de novembro que o bloco se opõe a qualquer mudança nas fronteiras da Ucrânia e não apoiará medidas que possam enfraquecer as Forças Armadas ucranianas. Em resposta, o vice-chanceler russo Aleksandr Grushko afirmou que a posição europeia exclui a possibilidade de alcançar a paz, assim como o papel da Europa em futuras negociações.

<><> União Europeia está perdendo poder e não pode financiar a Ucrânia sem os EUA, diz analista turco

A economia da União Europeia (UE) sofreu graves prejuízos devido às sanções contra a Rússia e perdeu parte da sua capacidade de produção, por isso Bruxelas já não pode financiar a Ucrânia sem o apoio dos EUA, disse em entrevista à Sputnik o economista turco Serhat Latifoglu.

Anteriormente, o ex-chefe da missão da OSCE na Rússia, Gyorgy Varga, afirmou em conversa com a Sputnik que a Europa está perdendo influência no mundo, submetendo toda a política ao conflito ucraniano.

De acordo com Latifoglu, a UE já não pode financiar sozinha a guerra na Ucrânia sem o apoio dos EUA.

"A economia da União Europeia sofreu enormes perdas. Por causa das sanções contra a Rússia, ela perdeu seriamente sua capacidade de produção", enfatizou o especialista.

O interlocutor da agência observou que o fim do conflito na Ucrânia está próximo. Segundo sua avaliação, as tentativas da liderança ucraniana de prolongar as negociações estão perdendo sentido.

A administração dos Estados Unidos apresentou recentemente um plano para a resolução do conflito ucraniano, observando que o trabalho de coordenação com as partes ainda está em andamento.

<><> UE vê semana crucial para negociações de paz entre EUA e Ucrânia após encontros difíceis

A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, afirmou que esta pode ser uma semana crucial para as negociações sobre a Ucrânia, após encontros difíceis, mas produtivos entre EUA e Kiev. A UE aguarda resultados e se reúne hoje com ministros ucranianos em Bruxelas.

Os próximos dias podem ser decisivos para as negociações sobre a Ucrânia, afirmou nesta segunda-feira (1º) a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas.

"Esta pode ser uma semana crucial para a diplomacia. Ouvimos ontem que as conversas nos Estados Unidos foram difíceis, mas produtivas", disse Kallas ao chegar ao Conselho de Assuntos Externos em Bruxelas.

A autoridade afirmou que a UE ainda não sabe o resultado das negociações entre EUA e Ucrânia na Flórida, mas acrescentou que se reunirá nesta segunda-feira com o ministro da Defesa ucraniano, Denis Shmygal, e com o ministro das Relações Exteriores, Andrei Sibiga.

No domingo (30), ocorreram negociações entre EUA e Ucrânia na Flórida. A delegação norte-americana foi chefiada pelo secretário de Estado Marco Rubio, e a delegação ucraniana foi liderada pelo secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional (CSDN), Rustem Umerov.

Desde meados de novembro, os Estados Unidos vêm promovendo uma nova proposta de paz para a Ucrânia e enviaram negociadores a Genebra no domingo para conversas. Veículos de imprensa noticiaram que o plano de paz original, com 28 pontos, foi posteriormente revisado para 19 pontos, eliminando algumas das propostas iniciais, como a redução das Forças Armadas ucranianas, a diminuição da ajuda militar norte-americana e a proibição da presença militar estrangeira na Ucrânia, bem como o reconhecimento da Crimeia e de Donbass como territórios legítimos da Rússia.

No dia 21 de novembro, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que o novo plano de paz de Trump poderia servir de base para um acordo final na Ucrânia.

¨      Jornal revela por que Polônia é inútil para os EUA em seus esforços para terminar o conflito ucraniano

A recusa do presidente polonês, Karol Nawrocki, em se encontrar com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, após sua visita a Moscou causou duras críticas no país, escreve o jornal Mysl Polska.

"Esta é uma decisão muito ruim, que mostra que o Gabinete do Presidente carece de uma visão realista para terminar o conflito militar na Ucrânia, que lá continuam sonhando com sua vitória. Orbán é amigo da Polônia, [o ucraniano Vladimir] Zelensky é inimigo. Esta é a realidade", escreve em um comentário ao artigo um dos usuários poloneses.

De acordo com o jornal, as visões russófobas do presidente polonês o tornam inútil nos esforços para pôr fim ao conflito na Ucrânia.

"O seu entorno, seus especialistas e ele mesmo são um ajuntamento de russófobos convictos, incapazes de qualquer flexibilidade mental em relação ao conflito. […] O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, tem razão, ao acreditar que a Polônia, juntamente com os países escandinavos e Bálticos, está sofrendo de uma forma aguda de russofobia e é inútil para os Estados Unidos em seus esforços para pôr fim ao conflito militar", destaca a mídia.

reunião do presidente russo, Vladimir Putin, com Viktor Orbán ocorreu na sexta-feira (28). As conversações no Kremlin duraram quase quatro horas. Os líderes discutiram as relações bilaterais e a situação em torno da Ucrânia. Como observou o presidente russo, as relações com a Hungria continuam a desenvolver-se apesar de todas as dificuldades.

¨      Crise de corrupção na Ucrânia é apenas um sintoma da degradação política interna, diz analista

O escândalo de corrupção emergente na Ucrânia é apenas um sintoma superficial da degradação política interna, que terminará com a derrubada de Vladimir Zelensky e o triunfo militar russo, disse o analista militar britânico Alexander Mercouris em seu canal do YouTube.

"Isto [o escândalo de corrupção] não é apenas uma crise para Zelensky, mas também um sintoma de uma crise mais ampla que toda a Ucrânia está enfrentando. Em primeiro lugar, a saída de Yermak poderia ser uma fuga voluntária e pessoal da arena política. [...] Yermak pode ter começado a se preocupar com o fato de os russos em breve se aproximarem de Kiev, e, por isso, ele não quis ficar lá e usou esta maneira de sair", disse Mercouris.

A decomposição da elite interna, segundo o especialista, se intensificou devido ao sucesso das Forças Armadas russas no campo de batalha, bem como ao desejo marcado nos Estados Unidos por uma solução pacífica.

"A principal coisa a entender é que esta crise de corrupção não poderia ter acontecido se não houvesse condições mais amplas para o seu surgimento - se não parecesse que a linha de frente na Ucrânia está a semanas do colapso completo e se não houvesse sinais claros de que os EUA tinham chegado à importante conclusão de que Kiev já perdeu", acrescentou Mercouris.

De acordo com a análise, a combinação desses fatores deixa a sociedade ucraniana sem escolha a não ser derrubar o chefe ilegítimo do regime de Kiev que levou o Estado ao colapso completo.

Zelensky na sexta-feira (28) informou que o chefe de seu escritório, Andrei Yermak renunciou. Antes disso, ele alegou que estavam sendo realizadas buscas na casa de Yermak, observando que as ações investigativas foram realizadas no âmbito da investigação.

¨      Zelensky não poderia estar fora dos esquemas de corrupção, acredita analista

O líder ucraniano Vladimir Zelensky não poderia estar fora dos esquemas de corrupção revelados recentemente no país, afirmou o cientista político polonês Marek Miskiewicz, em entrevista à Sputnik.

De acordo com o especialista, nos últimos tempos, grandes escândalos de corrupção acontecem um após o outro, envolvendo os mais altos funcionários ucranianos.

"Com muita frequência, descartar o que está acontecendo como mera coincidência é um erro. Isso significa que o sistema corrupto de governo da Ucrânia não mudou. Significa que o princípio corrupto de governança, liderado pelo presidente, permanece o mesmo", afirmou Miskiewicz.

O analista acrescentou que Zelensky dispõe de amplíssimos poderes para nomeações no governo, mas ainda assim teria escolhido figuras controversas.

"Zelensky tem praticamente poder absoluto em matéria de política de pessoal. Mesmo assim, nomeou para cargos estatais pessoas desonestas. Surge a pergunta: por que faria isso se ele próprio não estivesse envolvido?", questionou Miskiewicz.

Ele também destacou que os esquemas de corrupção ocorreram em níveis onde não poderia haver decisões sem o aval pessoal do próprio líder.

Segundo o cientista político, mesmo que Zelensky não tenha participado diretamente das irregularidades, poderia ter atuado por meio de sua esposa.

"Ela possui vários negócios — do setor de entretenimento ao pesqueiro — com empresas na Itália, no Chipre e em Belize. É um verdadeiro 'Klondike' [jogo de construção e administração] para operações obscuras", afirmou.

As suspeitas se intensificaram após o Escritório Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU, na sigla em ucraniano) divulgar fotos de maletas repletas de cédulas estrangeiras apreendidas durante buscas, além de áudios nos quais aparecem personagens identificados como Tenor, Rocket e Carlson, este último supostamente o empresário e aliado de Zelensky Timur Mindich.

As investigações já resultaram em acusações formais a sete integrantes de uma suposta organização criminosa ligada ao setor energético, incluindo Mindich e o ex-vice-primeiro-ministro Aleksei Chernyshov. O Parlamento ucraniano também aprovou a demissão de German Galuschenko, citado no caso, do cargo de ministro da Justiça, além de afastar Svetlana Grinchuk do Ministério da Energia. Zelensky, por sua vez, impôs sanções contra Mindich e seu financiador Aleksandr Tsukerman, enquanto o país enfrenta crescente pressão interna e externa para demonstrar que está combatendo a corrupção de forma eficaz.

<><> Zelensky está à beira do abismo após fracassos no front e escândalo de corrupção, diz jornal

O atual líder ucraniano Vladimir Zelensky está à beira do colapso devido ao escândalo de corrupção e aos problemas na linha de frente, escreve o jornal britânico The Times.

O jornal destaca que a posição de Zelensky se tornou extremamente instável devido à saída do ex-chefe de seu gabinete, Andrei Yermak, e ao agravamento da situação para o Exército ucraniano no front.

"Agora, a questão é se Zelensky pode sobreviver ao inevitável revés de perder o seu conselheiro mais confiável e se esse fato será suficiente para satisfazer os deputados da oposição e o público ucraniano em geral", ressalta a publicação.

Conforme acrescenta a matéria, Zelensky pode perder aliados políticos no parlamento ucraniano por causa do escândalo de corrupção.

Além disso, o jornal enfatiza que as dificuldades de Zelensky foram agravadas pelos recentes êxitos das forças russas no front. Assim, conclui o artigo, todos estes fatores estão criando um ar de incerteza sobre o futuro político do país.

Na última sexta-feira (28), o Escritório Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU, na sigla em inglês) e a Procuradoria Especializada Anticorrupção realizaram buscas no gabinete de Andrei Yermak em meio ao escândalo de corrupção. Posteriormente, Zelensky assinou um decreto destituindo Yermak do cargo.

Já a revista The American Conservative defendeu que a medida pode levar Kiev a tomar uma posição "mais flexível" nas negociações para resolver o conflito ucraniano. "A saída de Yermak da equipe de negociação aumenta as chances de Kiev adotar uma abordagem mais flexível das negociações", escreveu a mídia.

Conforme a publicação, houve um raro consenso dos dois partidos nos EUA que consideraram Yermak "irritante". Além disso, o texto considera que a equipe do presidente Trump terá menos obstáculos para "manobras geopolíticas" na questão ucraniana.

¨      'Conflito impossível de vencer': Ocidente recusa admitir derrota na Ucrânia, alerta analista

O ex-deputado francês Pierre Lellouche afirmou que as potências ocidentais continuam negando a realidade do conflito na Ucrânia que, segundo ele, o Ocidente não consegue vencer, criticando as recentes iniciativas do presidente francês Emmanuel Macron, que considera destinadas sobretudo a atrair atenção política.

Em artigo publicado na revista Valeurs Actuelles, Lellouche apontou para a assistência ao regime de Kiev como parte de uma estratégia ocidental já esgotada e sem perspectivas de vitória.

"A guerra está se desenvolvendo no terreno da pior maneira para Kiev. E neste momento, a França anuncia apoio de longo prazo para a Ucrânia. […] Altos oficiais militares franceses, incluindo o chefe de Estado-Maior General, o general [Fabien] Mandon, preveem um confronto com a Rússia em três ou quatro anos. Mas qual é o ponto dessa precipitação imprudente? A verdade é que a Rússia está se afirmando como líder do mundo pós-ocidental [...] E os europeus terão de pagar um preço por este conflito perdido, que eles não controlam", disse ele.

É por isso que, de acordo com o político, o líder da França e outros chefes de Estado europeus simplesmente não ousam avançar para uma política realista, pois isso significaria imediatamente o colapso de todo o establishment ocidental.

"Daí a negação imprudente: Macron, como a maioria de seus colegas, se recusa a admitir que o jogo na Ucrânia acabou porque é uma derrota - e a [derrota] deles também," conclui Lellouche.

A representante oficial da Chancelaria russa Maria Zakharova afirmou anteriormente que o Ocidente passou a ser parte do conflito ucraniano enviando mercenários para participar de operações militares.

<><> Jornal estadunidense reconhece superioridade das forças russas sobre ucranianas em termos de drones

Os militares ucranianos estão observando com grande preocupação o aumento do poder dos ataques de drones russos nas linhas de abastecimento de Kiev, escreve o jornal The Wall Street Journal.

O jornal elabora que a Rússia supera as Forças Armadas da Ucrânia em número de drones em setores-chave da frente.

"A crescente capacidade da Rússia de atingir as linhas de abastecimento ucranianas com drones é a mudança mais importante na guerra em 2025, dizem combatentes da linha de frente ucranianos e analistas que estudam o conflito — mais significativa do que os ganhos incrementais de território pelas forças russas", ressalta a publicação.

Conforme destaca o material, essa tendência não é um bom presságio para a capacidade da Ucrânia de se manter firme em 2026, a menos que suas forças encontrem uma resposta ao aumento das capacidades da Rússia.

Além disso, o jornal elogia a eficácia da unidade russa Rubikon de novas tecnologias de drones no campo de batalha.

Em agosto de 2024, a partir de uma das unidades de drones, foi criado o centro Rubikon de tecnologias inovadoras de drones. Suas principais áreas de atuação incluem o treinamento de instrutores, recrutados entre os especialistas em drones das unidades militares, bem como a preparação de operadores para missões de combate na zona da operação militar especial na Ucrânia.

Segundo o artigo, as capacidades militares russas em ataques de médio alcance superaram as da Ucrânia.

A matéria especifica que as unidades de drones russos estão bloqueando alvos a uma distância de 40 a 70 quilômetros da linha de frente.

"Anteriormente, para esses efeitos, era necessário usar aeronaves tripuladas", finaliza o material analítico.

Anteriormente, o coronel Sergei Ishtuganov, vice-chefe das Tropas de Sistemas Não Tripulados, um novo ramo militar, anunciou que estas tropas já possuem regimentos regulares.

Segundo Ishtuganov, foi definida a estrutura do novo ramo, nomeado o seu chefe e instituídos os órgãos de comando militar em todos os níveis.

Vale destacar que o ministro da Defesa, Andrei Belousov, propôs a formação dessas tropas em conformidade com as instruções do presidente russo, Vladimir Putin, no final de dezembro do ano passado.

Belousov instou à concentração de esforços na otimização das características táticas e técnicas dos drones, com foco no aumento do alcance operacional, em uma maior autonomia e na resistência a interferências.

O presidente russo Vladimir Putin, por sua vez, determinou a necessidade de garantir a implantação célere e de qualidade dos drones.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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