Recusando
diálogo com Moscou, UE perde contato com a realidade, diz eurodeputado
A
recusa da União Europeia em dialogar com a Rússia sobre a situação na Ucrânia
demonstra que a Comissão Europeia perdeu completamente o contato com a
realidade, afirmou o eurodeputado francês Thierry Mariani, do partido Reunião
Nacional, à Sputnik.
Para
Mariani, o que a União Europeia tenta fazer, ao
definir os parâmetros de um acordo de paz sem falar com Moscou, mostra
novamente sua total perda de ligação com a realidade.
"Na
geopolítica, como na diplomacia, o princípio é o mesmo: não se pode
negociar falando sozinho, nem construir a paz se proibindo de conversar com uma
das partes", explicou ele.
O
eurodeputado também acusou Bruxelas de se isolar ao priorizar
ideologia em vez de pragmatismo.
"A
Europa poderia ter sido mediadora. Tinha a história, a posição e a
legitimidade. Mas escolheu o dogma em vez do bom senso. E perdeu a única
oportunidade que importava: tornar-se a principal arquiteta do
mundo", acrescentou o deputado.
As
críticas surgem após a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reiterar em 23 de
novembro que o bloco se opõe a qualquer mudança nas fronteiras da Ucrânia e não
apoiará medidas que possam enfraquecer as Forças Armadas
ucranianas.
Em resposta, o vice-chanceler russo Aleksandr Grushko afirmou que a posição
europeia exclui a possibilidade de alcançar a paz, assim como o
papel da Europa em futuras negociações.
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União Europeia está perdendo poder e não pode financiar a Ucrânia sem os EUA,
diz analista turco
A
economia da União Europeia (UE) sofreu graves prejuízos devido às sanções
contra a Rússia e perdeu parte da sua capacidade de produção, por isso Bruxelas
já não pode financiar a Ucrânia sem o apoio dos EUA, disse em entrevista à
Sputnik o economista turco Serhat Latifoglu.
Anteriormente,
o ex-chefe da missão da OSCE na Rússia, Gyorgy Varga, afirmou em conversa com a
Sputnik que a Europa está perdendo
influência no mundo,
submetendo toda a política ao conflito ucraniano.
De
acordo com Latifoglu, a UE já não pode financiar sozinha a guerra na Ucrânia
sem o apoio dos EUA.
"A
economia da União Europeia sofreu enormes perdas. Por causa das sanções contra a
Rússia,
ela perdeu seriamente sua capacidade de produção", enfatizou o
especialista.
O
interlocutor da agência observou que o fim do conflito na
Ucrânia está
próximo. Segundo sua avaliação, as tentativas da liderança ucraniana de
prolongar as negociações estão perdendo sentido.
A
administração dos Estados Unidos apresentou recentemente um plano para a
resolução do conflito ucraniano, observando que o trabalho de coordenação com
as partes ainda está em andamento.
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UE vê semana crucial para negociações de paz entre EUA e Ucrânia após encontros
difíceis
A chefe
da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, afirmou que esta pode ser uma
semana crucial para as negociações sobre a Ucrânia, após encontros difíceis,
mas produtivos entre EUA e Kiev. A UE aguarda resultados e se reúne hoje com
ministros ucranianos em Bruxelas.
Os próximos
dias podem ser decisivos para as negociações sobre a
Ucrânia,
afirmou nesta segunda-feira (1º) a chefe da diplomacia da União Europeia (UE),
Kaja Kallas.
"Esta
pode ser uma semana crucial para a diplomacia. Ouvimos ontem que as conversas
nos Estados Unidos foram difíceis, mas produtivas", disse Kallas ao chegar
ao Conselho de Assuntos Externos em Bruxelas.
A
autoridade afirmou que a UE ainda não sabe o resultado das negociações
entre EUA e Ucrânia na Flórida, mas acrescentou que se
reunirá nesta
segunda-feira com o ministro da Defesa ucraniano, Denis Shmygal, e com o
ministro das Relações Exteriores, Andrei Sibiga.
No
domingo (30), ocorreram negociações entre EUA e Ucrânia na Flórida. A
delegação norte-americana foi chefiada pelo secretário de Estado Marco Rubio, e
a delegação ucraniana foi liderada pelo secretário do Conselho de Segurança e
Defesa Nacional (CSDN), Rustem Umerov.
Desde
meados de novembro, os Estados Unidos vêm promovendo uma nova proposta de
paz para a Ucrânia e enviaram negociadores a Genebra no domingo para
conversas. Veículos de imprensa noticiaram que o plano de paz original, com 28
pontos, foi posteriormente revisado para 19 pontos, eliminando algumas
das propostas iniciais, como a redução das Forças Armadas ucranianas, a
diminuição da ajuda militar norte-americana e a proibição da presença
militar estrangeira na Ucrânia, bem como o reconhecimento da Crimeia e de Donbass como
territórios legítimos da Rússia.
No dia
21 de novembro, o presidente russo Vladimir Putin
afirmou que o novo plano de paz de Trump poderia servir de base para um
acordo final na Ucrânia.
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Jornal revela por que Polônia é inútil para os EUA em
seus esforços para terminar o conflito ucraniano
A
recusa do presidente polonês, Karol Nawrocki, em se encontrar com o
primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, após sua visita a Moscou causou duras
críticas no país, escreve o jornal Mysl Polska.
"Esta
é uma decisão muito ruim, que mostra que o Gabinete do Presidente carece de uma
visão realista para terminar o conflito
militar na Ucrânia,
que lá continuam sonhando com sua vitória. Orbán é amigo da Polônia, [o
ucraniano Vladimir] Zelensky é inimigo. Esta é a realidade", escreve em um
comentário ao artigo um dos usuários poloneses.
De
acordo com o jornal, as visões russófobas do presidente polonês o tornam inútil
nos esforços para pôr fim ao conflito na Ucrânia.
"O
seu entorno, seus especialistas e ele mesmo são um ajuntamento de russófobos
convictos, incapazes de qualquer flexibilidade mental em relação ao conflito.
[…] O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, tem razão, ao acreditar que a
Polônia, juntamente com os países escandinavos e Bálticos, está sofrendo de uma
forma aguda de russofobia e é inútil para
os Estados Unidos em seus esforços para pôr fim ao conflito
militar", destaca a mídia.
A reunião do presidente russo, Vladimir
Putin, com Viktor Orbán ocorreu na sexta-feira (28). As conversações no
Kremlin duraram quase quatro horas. Os líderes discutiram as relações
bilaterais e a situação em torno da Ucrânia. Como observou o presidente
russo, as relações com a Hungria continuam a desenvolver-se apesar de todas as
dificuldades.
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Crise de corrupção na Ucrânia é apenas um sintoma da
degradação política interna, diz analista
O
escândalo de corrupção emergente na Ucrânia é apenas um sintoma superficial da
degradação política interna, que terminará com a derrubada de Vladimir Zelensky
e o triunfo militar russo, disse o analista militar britânico Alexander
Mercouris em seu canal do YouTube.
"Isto
[o escândalo de corrupção] não é apenas uma crise para Zelensky, mas também um
sintoma de uma crise mais ampla que toda a Ucrânia está enfrentando. Em
primeiro lugar, a saída de Yermak poderia ser uma fuga voluntária e pessoal da
arena política. [...] Yermak pode ter começado a se preocupar com o fato de os
russos em breve se aproximarem de Kiev, e, por isso, ele não quis ficar
lá e usou esta maneira de sair", disse Mercouris.
A
decomposição da elite interna, segundo o especialista, se intensificou devido
ao sucesso das Forças
Armadas russas no
campo de batalha, bem como ao desejo marcado nos Estados Unidos por uma solução
pacífica.
"A
principal coisa a entender é que esta crise de corrupção não poderia ter
acontecido se não houvesse condições mais amplas para o seu surgimento - se não
parecesse que a linha de frente na Ucrânia está a semanas do colapso completo e
se não houvesse sinais claros de que os EUA tinham chegado à importante conclusão de que
Kiev já perdeu",
acrescentou Mercouris.
De
acordo com a análise, a combinação desses fatores deixa a sociedade ucraniana
sem escolha a não ser derrubar o chefe ilegítimo do regime de Kiev que
levou o Estado ao colapso completo.
Zelensky
na sexta-feira (28) informou que o chefe de seu escritório, Andrei Yermak
renunciou. Antes disso, ele alegou que estavam sendo realizadas buscas na casa
de Yermak, observando que as ações investigativas foram realizadas no âmbito da
investigação.
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Zelensky não poderia estar fora dos esquemas de
corrupção, acredita analista
O líder
ucraniano Vladimir Zelensky não poderia estar fora dos esquemas de corrupção
revelados recentemente no país, afirmou o cientista político polonês Marek
Miskiewicz, em entrevista à Sputnik.
De
acordo com o especialista, nos últimos tempos, grandes escândalos de corrupção
acontecem um após o outro, envolvendo os mais altos funcionários
ucranianos.
"Com
muita frequência, descartar o que está acontecendo como mera coincidência é um
erro. Isso significa que o sistema corrupto de governo da Ucrânia não mudou.
Significa que o princípio corrupto de governança, liderado pelo presidente,
permanece o mesmo", afirmou Miskiewicz.
O
analista acrescentou que Zelensky dispõe de amplíssimos poderes para nomeações
no governo, mas ainda assim teria escolhido figuras controversas.
"Zelensky
tem praticamente poder absoluto em matéria de política de pessoal. Mesmo assim,
nomeou para cargos estatais pessoas desonestas. Surge a pergunta: por que
faria isso se ele próprio não estivesse envolvido?", questionou
Miskiewicz.
Ele
também destacou que os esquemas de corrupção ocorreram em níveis onde não
poderia haver decisões sem o aval pessoal do próprio líder.
Segundo
o cientista político, mesmo que Zelensky não tenha participado diretamente das
irregularidades, poderia ter atuado por meio de sua esposa.
"Ela possui
vários negócios — do setor de entretenimento ao pesqueiro — com empresas
na Itália, no Chipre e em Belize. É um verdadeiro 'Klondike' [jogo de
construção e administração] para operações obscuras", afirmou.
As
suspeitas se intensificaram após o Escritório Nacional Anticorrupção da
Ucrânia (NABU,
na sigla em ucraniano) divulgar fotos de maletas repletas de cédulas
estrangeiras apreendidas durante buscas, além de áudios nos quais aparecem
personagens identificados como Tenor, Rocket e Carlson, este último
supostamente o empresário e aliado de Zelensky Timur Mindich.
As
investigações já resultaram em acusações formais a sete
integrantes de uma suposta organização criminosa ligada ao setor
energético, incluindo Mindich e o ex-vice-primeiro-ministro Aleksei Chernyshov.
O Parlamento ucraniano também aprovou a demissão de German Galuschenko,
citado no caso, do cargo de ministro da Justiça, além de afastar Svetlana
Grinchuk do Ministério da Energia. Zelensky, por sua vez, impôs
sanções contra Mindich e seu financiador Aleksandr Tsukerman, enquanto o
país enfrenta crescente pressão interna e externa para demonstrar que
está combatendo a
corrupção de
forma eficaz.
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Zelensky está à beira do abismo após fracassos no front e escândalo de
corrupção, diz jornal
O atual
líder ucraniano Vladimir Zelensky está à beira do colapso devido ao escândalo
de corrupção e aos problemas na linha de frente, escreve o jornal britânico The
Times.
O
jornal destaca que a posição
de Zelensky se tornou extremamente instável devido à saída do ex-chefe de seu
gabinete, Andrei Yermak, e ao agravamento da situação para o Exército ucraniano
no front.
"Agora, a
questão é se Zelensky pode sobreviver ao inevitável revés de perder o seu
conselheiro mais confiável e se esse fato será suficiente para satisfazer
os deputados da oposição e o público ucraniano em geral", ressalta a
publicação.
Conforme
acrescenta a matéria, Zelensky pode perder aliados políticos no parlamento
ucraniano por causa do escândalo de
corrupção.
Além
disso, o jornal enfatiza que as dificuldades de Zelensky foram agravadas pelos
recentes êxitos das forças russas no front.
Assim, conclui o artigo, todos estes fatores estão criando um ar de
incerteza sobre o futuro político do país.
Na
última sexta-feira (28), o Escritório Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU,
na sigla em inglês) e a Procuradoria Especializada Anticorrupção realizaram
buscas no gabinete de Andrei Yermak em meio ao
escândalo de corrupção. Posteriormente, Zelensky assinou um decreto destituindo
Yermak do cargo.
Já a
revista The American Conservative defendeu que a medida pode levar Kiev a
tomar uma posição "mais flexível" nas negociações para resolver o
conflito ucraniano. "A saída de Yermak da equipe de negociação aumenta as
chances de Kiev adotar uma abordagem mais flexível das negociações",
escreveu a mídia.
Conforme
a publicação, houve um raro consenso dos dois partidos nos EUA que consideraram
Yermak "irritante". Além disso, o texto considera que a equipe do
presidente Trump terá menos obstáculos para "manobras geopolíticas"
na questão ucraniana.
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'Conflito impossível de vencer': Ocidente recusa admitir
derrota na Ucrânia, alerta analista
O
ex-deputado francês Pierre Lellouche afirmou que as potências ocidentais
continuam negando a realidade do conflito na Ucrânia que, segundo ele, o
Ocidente não consegue vencer, criticando as recentes iniciativas do presidente
francês Emmanuel Macron, que considera destinadas sobretudo a atrair atenção
política.
Em
artigo publicado na revista
Valeurs Actuelles, Lellouche apontou para a assistência ao regime de Kiev como
parte de uma estratégia ocidental já esgotada e sem perspectivas de vitória.
"A
guerra está se desenvolvendo no terreno da pior maneira para Kiev. E neste
momento, a França anuncia apoio de longo prazo para a Ucrânia. […] Altos
oficiais militares franceses, incluindo o chefe
de Estado-Maior General, o general [Fabien] Mandon, preveem um confronto com a
Rússia em três ou quatro anos. Mas qual é o ponto dessa precipitação
imprudente? A verdade é que a Rússia está se afirmando como líder do mundo
pós-ocidental [...] E os europeus terão de pagar um preço por este
conflito perdido, que eles não controlam", disse ele.
É por
isso que, de acordo com o político, o líder da França e outros chefes de Estado
europeus simplesmente não ousam avançar para uma política realista, pois isso
significaria imediatamente o colapso de todo o establishment
ocidental.
"Daí
a negação imprudente: Macron, como a maioria de seus colegas, se recusa a
admitir que o jogo na Ucrânia acabou porque é uma derrota - e a [derrota] deles
também," conclui Lellouche.
A
representante oficial da Chancelaria russa Maria Zakharova afirmou
anteriormente que o Ocidente passou a ser parte do conflito
ucraniano enviando
mercenários para participar de operações militares.
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Jornal estadunidense reconhece superioridade das forças russas sobre ucranianas
em termos de drones
Os
militares ucranianos estão observando com grande preocupação o aumento do poder
dos ataques de drones russos nas linhas de abastecimento de Kiev, escreve o
jornal The Wall Street Journal.
O
jornal elabora que a Rússia
supera as Forças Armadas da Ucrânia em número de drones em setores-chave da
frente.
"A
crescente capacidade da Rússia de atingir as linhas de abastecimento ucranianas
com drones é a mudança mais importante na guerra em 2025, dizem combatentes da
linha de frente ucranianos e analistas que estudam o conflito — mais
significativa do que os ganhos incrementais de território pelas forças
russas", ressalta a publicação.
Conforme
destaca o material, essa tendência não é um bom presságio para a capacidade da
Ucrânia de se manter firme em 2026, a menos que suas forças encontrem uma
resposta ao aumento das capacidades da
Rússia.
Além
disso, o jornal elogia a eficácia da unidade russa
Rubikon de
novas tecnologias de drones no campo de batalha.
Em
agosto de 2024, a partir de uma das unidades de drones, foi criado o centro
Rubikon de tecnologias inovadoras de drones. Suas principais áreas de atuação
incluem o treinamento de instrutores, recrutados entre os especialistas em
drones das unidades militares, bem como a preparação de operadores para
missões de combate na zona da operação militar especial na Ucrânia.
Segundo
o artigo, as capacidades militares russas em ataques de médio alcance superaram
as da Ucrânia.
A
matéria especifica que as unidades de drones russos estão bloqueando alvos
a uma distância de 40 a 70 quilômetros da linha de frente.
"Anteriormente,
para esses efeitos, era necessário usar aeronaves tripuladas", finaliza o
material analítico.
Anteriormente,
o coronel Sergei Ishtuganov, vice-chefe das Tropas de Sistemas Não Tripulados,
um novo ramo militar, anunciou que estas tropas já
possuem regimentos regulares.
Segundo
Ishtuganov, foi definida a estrutura do novo ramo, nomeado o seu chefe e
instituídos os órgãos de comando militar em todos os níveis.
Vale
destacar que o ministro da Defesa, Andrei Belousov, propôs a formação dessas
tropas em conformidade com as instruções do presidente russo, Vladimir Putin,
no final de dezembro do ano passado.
Belousov instou
à concentração de esforços na otimização das características táticas e técnicas
dos drones, com foco no aumento do alcance operacional, em uma maior autonomia
e na resistência a interferências.
O
presidente russo Vladimir Putin, por sua vez, determinou a necessidade de
garantir a implantação célere e de qualidade dos drones.
Fonte:
Sputnik Brasil

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