Mastopexia:
o que é e quanto custa cirurgia que dá firmeza às mamas
Ao
longo da vida, o corpo feminino passa por inúmeras transformações que podem
alterar a forma e a firmeza dos seios, impactando diretamente a relação da
mulher com a própria imagem. Nesse sentido, a mastopexia, também conhecida como
"lifting de mamas", tem ganhado popularidade para recuperar a
sustentação e a harmonia mamária.
A
mastopexia é uma cirurgia plástica indicada para levantar, reposicionar e
remodelar o formato dos seios, corrigindo a queda natural causada por gravidez,
amamentação, oscilações de peso, envelhecimento ou fatores genéticos, de acordo
com Chreichi L. Oliveira, cirurgiã plástica especialista em procedimentos
estéticos mamários.
"O
procedimento consiste em remover o excesso de pele, remodelar o tecido interno
da mama, reposicionar as aréolas e promover um formato mais jovem, firme e
harmonioso", explica à CNN Brasil.
Em
alguns casos, a mastopexia pode ser associada à colocação de próteses de
silicone quando a paciente deseja aumentar o volume ou quando há perda
significativa de tecido mamário.
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Quando a mastopexia é indicada?
A
cirurgia é uma opção tanto para mulheres que desejam apenas levantar e
reposicionar a mama com o próprio tecido, quanto para aquelas que desejam, além
disso, adicionar prótese de silicone para recuperar ou aumentar o volume. A
indicação varia conforme o desejo da paciente e o diagnóstico clínico feito em
consulta.
"O
importante é que a cirurgia seja personalizada. Avaliamos formato, volume,
qualidade da pele, tipo de flacidez e expectativa da paciente para definir se
haverá necessidade de prótese ou não", afirma Chreichi.
Segundo
a cirurgiã plástica, a mastopexia é indicada para mulheres que apresentam:
• Ptose mamária (queda dos seios) em
qualquer grau;
• Flacidez após gravidez e amamentação;
• Perda de peso;
• Assimetria mamária causada por excesso
ou sobra de pele;
• Desejo de recuperar um formato mais
jovem e elevado das mamas.
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Quais são os cuidados pré e pós-operatórios?
Como
qualquer cirurgia, a mastopexia requer cuidados pré e pós-operatórios. Antes do
procedimento, é importante realizar uma avaliação com cirurgião plástico
especializado, exames laboratoriais e cardiológicos, ajustar medicações e
suspender anticoagulantes conforme orientação, manter peso estável e boa
hidratação.
Caso a
paciente seja tabagista, é importante suspender o cigarro e a nicotina por,
pelo menos, quatro a seis meses antes e até dois a três meses depois da
cirurgia, segundo Chreichi. Isso porque o tabagismo ativo aumenta o risco de
necrose e má cicatrização.
Depois
da cirurgia, os cuidados incluem o uso de sutiã cirúrgico por cerca de 90 dias;
evitar esforços, impactos e movimentação intensa dos braços nas primeiras
semanas; dormir de barriga para cima; manter o cuidado rigoroso com curativos,
higienização e cicatrização, e fazer uso de medicações para o alívio da dor,
conforme indicação médica.
Acompanhamento
e reabilitação com fisioterapeuta especializado em pós-operatório de cirurgia
plástica também são necessários, assim como a drenagem linfática com
profissional qualificado, conforme liberação médica.
O
retorno às atividades físicas leves pode ocorrer por volta de 30 dias,
dependendo de cada caso. "O resultado final costuma aparecer entre três e
seis meses, com melhora contínua da cicatriz de 12 a 18 meses", afirma.
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Quando o procedimento é contraindicado?
Segundo
a cirurgiã plástica, a mastopexia é contraindicada ou merece avaliação especial
nos seguintes casos:
• Tabagismo ativo;
• Doenças descompensadas: anemia,
diabetes, hipertensão, doenças da tireoide, entre outras;
• Pacientes com expectativa estética
irreal;
• Mulheres que pretendem engravidar em
curto prazo.
"Cada
caso deve ser avaliado individualmente, pois muitas vezes não há uma
contraindicação absoluta, mas sim necessidade de preparo adequado",
ressalta Chreichi.
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Quanto custa uma mastopexia?
De
acordo com uma pesquisa feita pela internet pela CNN Brasil em sites de
clínicas de cirurgias plásticas, o valor de uma mastopexia varia entre R$ 13
mil e R$ 45 mil. A variação pode ocorrer de acordo com o local onde a cirurgia
é realizada e se será feita a colocação de prótese ou não.
• Reconstrução mamária: quando ela é
indicada e como é feita após o câncer
Foi
durante o banho que a empresária Carla Andrea de Almeida Meleck, de 59 anos,
percebeu que havia algo de errado em seu seio. Ao procurar um mastologista veio
o diagnostico: câncer de mama.
O
tratamento indicado foi a cirurgia para a retirada da mama, seguido de
quimioterapia e radioterapia.
“Na
consulta para definir o tratamento e a cirurgia, eu só dizia ao médico que
queria tirar aquilo de mim. Ele me explicava que planejaria a cirurgia de
retirada da mama junto com a reconstrução, mas naquele momento eu nem conseguia
pensar nisso”, recorda a empresária.
A
reconstrução mamária é um dos passos mais importantes na recuperação física e
emocional de mulheres que enfrentaram o câncer de mama. O procedimento pode ser
realizado logo após a retirada do tumor ou em um segundo momento, dependendo do
tipo de câncer, do tratamento adotado e do estado de saúde da paciente. No caso
de Carla as duas cirurgias foram feitas simultaneamente.
“Com o
tempo, percebi que a reconstrução da mama passou a ter um significado muito
maior do que eu imaginava. Era uma forma de me sentir inteira novamente, de
retomar o controle da minha vida, apesar do câncer. A vida seguia e onze meses
após a cirurgia, meu filho se casou e eu pude entrar com ele na igreja —
reconstruída, me sentindo bonita, inteira e feliz”, acrescenta Carla.
Mais do
que uma questão estética, a cirurgia de reconstrução mamária tem um papel
fundamental na autoestima e na retomada da rotina após o diagnóstico.
De
acordo com o mastologista Guilherme Novita existem diferentes técnicas para
reconstruir a mama. As mais comuns envolvem o uso de próteses de silicone ou
tecidos do próprio corpo, retirados do abdômen, costas ou coxas.
“Lembrar
que nas técnicas de reconstrução a gente também tem as mamoplastias oncológicas
ou chamadas de oncoplastia, que é um princípio parecido com aqueles de quando
você faz uma plástica de redução de mama. Aqui no caso você tira a região do
tumor e usa o tecido que sobrou você faz um remodelamento para deixar a mama
menor mais levantada e simétrica fazendo isso obviamente dos dois lados. Para
quem olha vai parecer que essa paciente fez uma plástica de redução de mamas,
mas na verdade ela fez também a retirada de um tumor”, detalha o mastologista
da Oncoclínicas.
A
decisão sobre o método mais adequado leva em consideração fatores como o tipo
de tumor, tamanho e estado de saúde do paciente. Fatores que também são
avaliados para definir se a reconstrução será feita no mesmo momento da
retirada do tumor ou se uma nova cirurgia será feita após outros tratamentos
como de radioterapia, por exemplo.
“Durante
um tempo, houve questões acerca da segurança da reconstrução da mama simultânea
com a mastectomia. Porém, estudos comprovam a eficácia do procedimento desde
que seja feita a ressecção do tumor com uma margem de segurança ampla, mas é
muito importante avaliar todos os aspectos sistêmicos, funcionais,
principalmente psicológicos nas mulheres por conta do câncer”, diz Josué
Montedonio, cirurgião plástico.
A
reconstrução mamária é um direito garantido por lei no Brasil desde 2013, tanto
na rede pública quanto na privada. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o
procedimento gratuitamente.
Em
julho deste ano, o direito foi ampliado e passou a abranger todas as mulheres
que sofrerem mutilação total ou parcial da mama, independentemente da causa. A
lei 15.171 diz ainda que todas “têm direito a cirurgia plástica reconstrutiva,
respeitada a autonomia da mulher para, plenamente esclarecida, decidir
livremente pela execução do procedimento”.
Fonte:
CNN Brasil

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