terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Mastopexia: o que é e quanto custa cirurgia que dá firmeza às mamas

Ao longo da vida, o corpo feminino passa por inúmeras transformações que podem alterar a forma e a firmeza dos seios, impactando diretamente a relação da mulher com a própria imagem. Nesse sentido, a mastopexia, também conhecida como "lifting de mamas", tem ganhado popularidade para recuperar a sustentação e a harmonia mamária.

A mastopexia é uma cirurgia plástica indicada para levantar, reposicionar e remodelar o formato dos seios, corrigindo a queda natural causada por gravidez, amamentação, oscilações de peso, envelhecimento ou fatores genéticos, de acordo com Chreichi L. Oliveira, cirurgiã plástica especialista em procedimentos estéticos mamários.

"O procedimento consiste em remover o excesso de pele, remodelar o tecido interno da mama, reposicionar as aréolas e promover um formato mais jovem, firme e harmonioso", explica à CNN Brasil.

Em alguns casos, a mastopexia pode ser associada à colocação de próteses de silicone quando a paciente deseja aumentar o volume ou quando há perda significativa de tecido mamário.

<><> Quando a mastopexia é indicada?

A cirurgia é uma opção tanto para mulheres que desejam apenas levantar e reposicionar a mama com o próprio tecido, quanto para aquelas que desejam, além disso, adicionar prótese de silicone para recuperar ou aumentar o volume. A indicação varia conforme o desejo da paciente e o diagnóstico clínico feito em consulta.

"O importante é que a cirurgia seja personalizada. Avaliamos formato, volume, qualidade da pele, tipo de flacidez e expectativa da paciente para definir se haverá necessidade de prótese ou não", afirma Chreichi.

Segundo a cirurgiã plástica, a mastopexia é indicada para mulheres que apresentam:

•        Ptose mamária (queda dos seios) em qualquer grau;

•        Flacidez após gravidez e amamentação;

•        Perda de peso;

•        Assimetria mamária causada por excesso ou sobra de pele;

•        Desejo de recuperar um formato mais jovem e elevado das mamas.

<><> Quais são os cuidados pré e pós-operatórios?

Como qualquer cirurgia, a mastopexia requer cuidados pré e pós-operatórios. Antes do procedimento, é importante realizar uma avaliação com cirurgião plástico especializado, exames laboratoriais e cardiológicos, ajustar medicações e suspender anticoagulantes conforme orientação, manter peso estável e boa hidratação.

Caso a paciente seja tabagista, é importante suspender o cigarro e a nicotina por, pelo menos, quatro a seis meses antes e até dois a três meses depois da cirurgia, segundo Chreichi. Isso porque o tabagismo ativo aumenta o risco de necrose e má cicatrização.

Depois da cirurgia, os cuidados incluem o uso de sutiã cirúrgico por cerca de 90 dias; evitar esforços, impactos e movimentação intensa dos braços nas primeiras semanas; dormir de barriga para cima; manter o cuidado rigoroso com curativos, higienização e cicatrização, e fazer uso de medicações para o alívio da dor, conforme indicação médica.

Acompanhamento e reabilitação com fisioterapeuta especializado em pós-operatório de cirurgia plástica também são necessários, assim como a drenagem linfática com profissional qualificado, conforme liberação médica.

O retorno às atividades físicas leves pode ocorrer por volta de 30 dias, dependendo de cada caso. "O resultado final costuma aparecer entre três e seis meses, com melhora contínua da cicatriz de 12 a 18 meses", afirma.

<><> Quando o procedimento é contraindicado?

Segundo a cirurgiã plástica, a mastopexia é contraindicada ou merece avaliação especial nos seguintes casos:

•        Tabagismo ativo;

•        Doenças descompensadas: anemia, diabetes, hipertensão, doenças da tireoide, entre outras;

•        Pacientes com expectativa estética irreal;

•        Mulheres que pretendem engravidar em curto prazo.

"Cada caso deve ser avaliado individualmente, pois muitas vezes não há uma contraindicação absoluta, mas sim necessidade de preparo adequado", ressalta Chreichi.

<><> Quanto custa uma mastopexia?

De acordo com uma pesquisa feita pela internet pela CNN Brasil em sites de clínicas de cirurgias plásticas, o valor de uma mastopexia varia entre R$ 13 mil e R$ 45 mil. A variação pode ocorrer de acordo com o local onde a cirurgia é realizada e se será feita a colocação de prótese ou não.

•        Reconstrução mamária: quando ela é indicada e como é feita após o câncer

Foi durante o banho que a empresária Carla Andrea de Almeida Meleck, de 59 anos, percebeu que havia algo de errado em seu seio. Ao procurar um mastologista veio o diagnostico: câncer de mama.

O tratamento indicado foi a cirurgia para a retirada da mama, seguido de quimioterapia e radioterapia.

“Na consulta para definir o tratamento e a cirurgia, eu só dizia ao médico que queria tirar aquilo de mim. Ele me explicava que planejaria a cirurgia de retirada da mama junto com a reconstrução, mas naquele momento eu nem conseguia pensar nisso”, recorda a empresária.

A reconstrução mamária é um dos passos mais importantes na recuperação física e emocional de mulheres que enfrentaram o câncer de mama. O procedimento pode ser realizado logo após a retirada do tumor ou em um segundo momento, dependendo do tipo de câncer, do tratamento adotado e do estado de saúde da paciente. No caso de Carla as duas cirurgias foram feitas simultaneamente.

“Com o tempo, percebi que a reconstrução da mama passou a ter um significado muito maior do que eu imaginava. Era uma forma de me sentir inteira novamente, de retomar o controle da minha vida, apesar do câncer. A vida seguia e onze meses após a cirurgia, meu filho se casou e eu pude entrar com ele na igreja — reconstruída, me sentindo bonita, inteira e feliz”, acrescenta Carla.

Mais do que uma questão estética, a cirurgia de reconstrução mamária tem um papel fundamental na autoestima e na retomada da rotina após o diagnóstico.

De acordo com o mastologista Guilherme Novita existem diferentes técnicas para reconstruir a mama. As mais comuns envolvem o uso de próteses de silicone ou tecidos do próprio corpo, retirados do abdômen, costas ou coxas.

“Lembrar que nas técnicas de reconstrução a gente também tem as mamoplastias oncológicas ou chamadas de oncoplastia, que é um princípio parecido com aqueles de quando você faz uma plástica de redução de mama. Aqui no caso você tira a região do tumor e usa o tecido que sobrou você faz um remodelamento para deixar a mama menor mais levantada e simétrica fazendo isso obviamente dos dois lados. Para quem olha vai parecer que essa paciente fez uma plástica de redução de mamas, mas na verdade ela fez também a retirada de um tumor”, detalha o mastologista da Oncoclínicas.

A decisão sobre o método mais adequado leva em consideração fatores como o tipo de tumor, tamanho e estado de saúde do paciente. Fatores que também são avaliados para definir se a reconstrução será feita no mesmo momento da retirada do tumor ou se uma nova cirurgia será feita após outros tratamentos como de radioterapia, por exemplo.

“Durante um tempo, houve questões acerca da segurança da reconstrução da mama simultânea com a mastectomia. Porém, estudos comprovam a eficácia do procedimento desde que seja feita a ressecção do tumor com uma margem de segurança ampla, mas é muito importante avaliar todos os aspectos sistêmicos, funcionais, principalmente psicológicos nas mulheres por conta do câncer”, diz Josué Montedonio, cirurgião plástico.

A reconstrução mamária é um direito garantido por lei no Brasil desde 2013, tanto na rede pública quanto na privada. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o procedimento gratuitamente.

Em julho deste ano, o direito foi ampliado e passou a abranger todas as mulheres que sofrerem mutilação total ou parcial da mama, independentemente da causa. A lei 15.171 diz ainda que todas “têm direito a cirurgia plástica reconstrutiva, respeitada a autonomia da mulher para, plenamente esclarecida, decidir livremente pela execução do procedimento”.

 

Fonte: CNN Brasil

 

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