Qual foi o papel da URSS na 2ª Guerra
Mundial, que Putin hoje usa politicamente?
Ivanov,
Pyotr, Victor. Ou nomes de lugares, como Bashkiria ou Chechênia. E ainda
provocações de guerra, como "os russos estiveram aqui e sempre venceram os
alemães".
Essas
foram coisas que a equipe do arquiteto britânico Norman Foster encontrou
pichadas em algumas paredes internas do Reichstag — a icônica sede do
Parlamento alemão, em Berlim — em
1995, poucos anos após a reunificação do país.
Haviam
sido escritas por soldados soviéticos quando da
chegada do Exército Vermelho à capital alemã, em um dos últimos episódios
da 2ª Guerra Mundial.
Iniciada
pelo nazismo alemão na década de
1930, a guerra terminou — pelo menos na Europa — no Dia da Vitória, em 8 de maio de 1945, há exatos 80 anos,
deixando 85 milhões de mortos no mundo todo, segundo estimativas.
Foster,
que projetava a famosa cúpula de vidro do prédio, hoje visitada por cerca de 3
milhões de pessoas todos os anos, logo manifestou o desejo de manter os
escritos ali, do mesmo jeito, reforçando a postura de autoconfissão adotada
pela Alemanha depois do conflito.
Começou
então um debate. De um lado, grupos políticos representados no Parlamento
pediam que os textos fossem apagados por serem, ainda mais fora do contexto da
guerra, puros ataques de ódio. Algumas pichações diziam coisas como "morte
aos alemães".
De
outro lado, havia um desejo coletivo em mantê-las como "cicatrizes"
da guerra, e, como Foster fazia questão de enfatizar, ele havia vencido a
competição internacional lançada pela execução do projeto muito por seu plano
de manter evidentes alguns símbolos do período que permaneciam no Parlamento
alemão.
Hoje, é
possível ver as pichações no saguão do Reichstag, embora a tensão sobre elas
nunca tenha desaparecido de fato.
"Tudo
permanece ainda no ar de alguma forma", observa Mark Kramer, um dos
principais pesquisadores do tema e que, hoje, dirige um projeto de pesquisa
sobre a Guerra Fria no Davis Center, na Universidade Harvard, nos Estados
Unidos.
Para
além da Alemanha, mas também da Itália fascista, do Japão, ou mesmo dos Estados
Unidos, ele considera que é preciso discutir com mais profundidade o papel da
União Soviética (URSS) no maior conflito da história.
"Teria
sido melhor não só para a história da Rússia, mas para o futuro do país, se os
líderes russos tivessem permitido — e encorajado — uma discussão mais profunda
sobre isso".
·
Do pacto de não agressão à invasão nazista
Estudos
no Ocidente destacam que o conflito iniciou-se em setembro de 1939, quando a
Alemanha nazista invadiu a Polônia, forçando o então primeiro-ministro
britânico, Neville Chamberlain, a declarar guerra ao país em um discurso
transmitido pelo rádio, estimulando a França a fazer o mesmo.
Mas
alguns pesquisadores — como Kramer — apontam o mês de agosto, na verdade, como
definitivo para o rumo que tudo iria tomar.
Na
Rússia, por sua vez, essa história é contada com outro nome: Grande Guerra
Patriótica. E em outra temporalidade, com a participação soviética começando
somente em junho de 1941, quando o Exército alemão (Wehrmacht, como era chamado
na sua fase nazista) invadiu a URSS, e terminando com a "vitória
soviética". A data é um dos feriados nacionais mais relevantes na Rússia.
Não é
trivial que, em 2025, em que se lembra os 80 anos da guerra, o Kremlin, sede do
governo russo, tenha anunciado voluntariamente um cessar-fogo na Ucrânia.
Se há
um consenso historiográfico hoje, é de que a invasão soviética da Alemanha e a
tomada de Berlim determinaram o fim da guerra tal como ele se deu: com a
capitulação nazista e a vitória das forças aliadas, lideradas por Reino Unido,
Estados Unidos e a URSS. Esses dois últimos depois polarizariam o mundo na
Guerra Fria e dividiriam a Alemanha.
Vladimir Putin, atual presidente
russo, se envolveu desde sempre nesse processo de interpretação da presença
soviética no conflito. Se às vezes esse esforço mirou os públicos internos, não
raro ele o fez para fora da Rússia — delimitando que, se não fosse pela URSS, Adolf Hitler não teria sido
derrotado, por exemplo.
"Mas
isso também é uma estratégia para as pretensões dele na Ucrânia", aponta
Oleksa Drachewych, professor de história da Western University, no Canadá.
Em
2020, recorda Drachewych, Putin escreveu um artigo dizendo, entre
outras coisas, que foi a Polônia quem começou a guerra quando se aliou aos
nazistas, e que países como França e Inglaterra abandonaram seus aliados na
Europa Oriental "à sua própria sorte".
Putin
também disse que foi a URSS que assumiu a tarefa de criar a "coalizão
anti-Hitler" que se sairia vitoriosa em 1945.
"Mas
ele ignorou a colaboração soviética com os nazistas na invasão de ambos à
Polônia e o simples fato de que o Exército Vermelho raramente é visto como
'libertador' nesses países", prossegue Drachewych, antes de concluir:
"Quando Putin usa a palavra 'desnazificação' para justificar a invasão da
Ucrânia, agora, ele só atualiza o mesmo argumento sobre a 2ª Guerra. É uma
estratégia".
O fato
é: no dia 23 de agosto de 1939, os nazistas assinaram um acordo de não agressão
com a URSS, então liderada por Josef Stalin havia já há quase
duas décadas.
Foi o
chamado Pacto Molotov-Ribbentrop, usando os
sobrenomes de ministros dos países à época, com faces distintas. Uma delas, que
logo se tornou pública, dizia basicamente que um país não poderia atacar o
outro.
A
outra, secreta, "dividia esferas de influência de cada um: enquanto
Letônia e Estônia, entre outros países, ficariam sob guarida soviética, houve
uma divisão específica da Polônia – que, no final, daria início formal à
guerra", diz Kramer.
Por
Polônia entendia-se, na época, além do atual território polonês, também as
atuais Ucrânia e Bielorrússia. É por isso que muitas leituras contemporâneas da
invasão russa ao território ucraniano, iniciada em 2022, se ligam diretamente à
narrativa de Putin sobre a Grande Guerra Patriótica.
"Foi
uma jogada geopolítica de curto prazo", diz Marco Lemonte, pesquisador da
Università degli Studi di Macerata, na Itália, e que estudou o "problema
da nacionalidade soviética" durante seu mestrado em história pela
Universidade de São Paulo (USP).
"Havia
insegurança estratégica e isolamento diplomático da URSS, além da teimosia de
Stalin em desconsiderar o potencial de agressividade da Alemanha nazista,
apesar da retórica sobre a necessidade buscar um 'espaço-vital' para a Alemanha
nos territórios soviéticos."
Dias
após o tratado, a Alemanha invadiu, de fato, a Polônia "alemã", que
não era assim reconhecida pelo resto da Europa. Então, pouquíssimo tempo depois
da declaração britânica de guerra, a França fez o mesmo, seguindo um acordo de
defesa que mantinha com o país.
"Mas
nenhum deles se colocou na ofensiva em relação à URSS. Na Inglaterra, não à
toa, isso foi bastante controverso, porque parecia uma carta branca aos
soviéticos", prossegue Kramer.
Enquanto
isso, o Exército Vermelho fazia valer sua parte do acordo, avançando por áreas
da "Polônia soviética" sem encontrar resistência armada, ao contrário
dos alemães.
Para a
URSS, aquela era uma conquista vital, porque recolocava sob sua égide um
território que ela almejava desde que tinha se tornado uma federação.
Internamente, a ação militar foi chamada de "reunificação dos povos
fraternos da Ucrânia e da Bielorrúsia".
É assim
até hoje: há alguns anos, o governo russo chamou a invasão à Polônia, em 1939,
de "campanha de libertação" e disse que os povos da Bielorrússia e da
Ucrânia receberam os soldados do Exército Vermelho "com júbilo" na
ocasião.
Para
Mark Kramer, na mesma linha de Drachewych, o papel da União Soviética na 2ª
Guerra Mundial é tão marcado por mitos que eles foram se tornando ferramentas
políticas para os líderes russos.
Um dos
mais "bizarros", aponta ele, é a afirmação de Putin hoje de que a
culpa pelo início da guerra foi da Polônia. "Eles [poloneses] conspiraram
com Hitler. Isso é claro. Está documentado", disse Putin, por exemplo, em
2019.
No dia
22 de setembro de 1939 — quase três semanas após o início formal da guerra, com
a entrada alemã na Polônia —, os militares da Alemanha e da URSS se encontraram
em Brest (que hoje faz parte da Bielorrússia), onde ficava o limite geográfico
do Pacto Molotov-Ribbentrop.
Não foi
um encontro amigável em um primeiro momento, porque, pelo acordo, a cidade
estava na esfera soviética de influência, embora tivesse sido tomada pelos
alemães. Os dois Exércitos negociaram por dois dias até uma transferência ser
ratificada em uma grande parada militar pelas ruas de Brest. A cidade vive
dessa memória desde então.
Foi a
partir dali que a URSS passou a se impor sobre outras áreas do acordo e se
consolidar como potência no seu hemisfério de influência. Primeiro, foram
países bálticos: Estônia, Letônia e Lituânia. Depois, passou para a futura
"Cortina de Ferro", como Romênia e Tchecoslováquia (que unia as
atuais República Tcheca e a Eslováquia).
À
medida que ia ganhando territórios, a URSS avançava nos limites do pacto — mas
não sem encontrar obstáculos. Um deles, pouco lembrado, foi na Finlândia, que
os soviéticos tentaram anexar entre 1939 e 1940.
Foram
três meses de guerra e um total de 126 mil soldados do Exército Vermelho mortos
até Stalin aceitar um acordo de paz com o país em troca de um pedaço de terra.
"Mas é fato que, em dois anos de colaboração com os nazistas, a URSS
cresceu muito, em tamanho e em poder", concorda Drachewych.
Nesse
ínterim, a Alemanha avançava sobre a Europa. Já tinha conquistado parte da
França e dominava países como Bélgica, Luxemburgo e os Países Baixos quando
decidiu avançar, enfim, em direção à URSS.
Segundo
historiadores, a decisão foi tomada por Hitler em julho de 1940, pressionado
por antigos nazistas, ainda da época de Munique, de onde ele tinha ascendido, e
que viam no imenso regime comunista vizinho à Europa um risco iminente ao
projeto de domínio alemão sobre o continente.
Meses
depois, sorrateiramente, começava o que Kramer chama de a "maior invasão
militar da história", conhecida sob a alcunha de "Operação
Barbarossa".
·
Tal como Napoleão
O
ataque da Wehrmacht começou no dia 22 de junho de 1941, e planejava ser o mais
rápido possível. "Os nazistas queriam aniquilar logo o que eles chamavam
de 'governo judeu-comunista'", explica Lemonte.
Kramer
concorda: "E queriam que fosse incursão rápida, de um jeito que não
tivessem que recuar".
Segundo
dados oficiais, cerca de 3 milhões de soldados alemães cruzaram a fronteira da
URSS, apoiados por outros 650 mil oficiais de exércitos de vários países, como
Finlândia, Romênia, Itália e Croácia.
Lemonte
ressalta que os alemães tiveram sucesso no início, "na medida em que
conseguiram cortar o acesso a comida e água e não foram deixando outra opção
aos soviéticos que não a rendição".
O
próprio Putin, no artigo escrito em 2020, revirou lembranças dolorosas daquele
episódio. Ele contou ter perdido um irmão, Vitya, no Cerco a Leningrado (hoje
São Petersburgo), quando forças alemãs e finlandesas impediram que pessoas na
cidade acessassem comida e água por cerca de 900 dias.
Não só:
"Aquele foi o lugar em que minha mãe milagrosamente lutou para sobreviver,
e que meu pai, apesar de não estar listado [no Exército], lutou voluntariamente
para defender sua cidade".
À
medida que iam avançando sobre o território soviético, os alemães passaram a
empregar métodos parecidos aos dos campos de concentração nazistas pelas
comunidades judaicas do país. Chefes da Schutzstaffel (SS), a polícia nazista,
foram deslocados ao front para promover fuzilamentos, e, em
outubro de 1941, Hitler começou a enviar judeus de outros países para áreas
ocupadas da URSS.
Um mês
antes, o Exército Vermelho havia começado uma reação. "Os soldados
pareciam estar vencidos, mas se recuperaram e, então, reconquistaram alguns
locais estratégicos", diz Kramer, citando cidades como Smolensk e Dnipro,
hoje na Ucrânia.
Em
dezembro daquele ano, o Exército alemão chegou até as portas da capital,
Moscou, mas não conseguiu entrar: "Estava completamente exausto", diz
Lemonte.
Estudos
mostram como que parte essencial do plano era liquidar os soviéticos o quanto
antes. Mas isso não aconteceu. À medida que o Exército Vermelho se reerguia, os
alemães foram ficando sem remédios, comida e, tal como havia acontecido com
Napoleão Bonaparte, no século 19, sucumbiram ao frio.
Para
Lemonte, é por isso que a participação soviética na guerra foi tão decisiva:
"A URSS enfrentou o grosso do Exército nazista na frente oriental e foi
responsável por importantes vitórias, como em Stalingrado e Kursk, que marcaram
a virada da guerra".
Além do
planejamento estratégico, especialistas apontam ainda elementos como a
superioridade dos tanques soviéticos e, principalmente, o espírito dos soldados
do país imbuídos pela força da narrativa oficial.
"Stalin
foi muito astuto ao chamá-los à defesa da 'Mãe Rússia', e não do seu próprio
regime. Isso deu aos oficiais ordinários uma razão para lutar até a
morte", prossegue Drachewych.
A
Operação Barbarossa durou até o fim da guerra. Mais do que isso, determinou o
fim dela.
·
Uma bandeira sobre o Reichstag
Na
metade de 1942, a Alemanha nazista havia conseguido dominar quase toda a
Europa. Hitler ampliava sua escala e, naquele ano, invadiu a Tunísia, enquanto
o regime aliado de Vichy, na França, mantinha o controle sobre o Marrocos e a
Argélia, no norte da África.
Então,
em novembro, os soviéticos começaram o que seria, sem dúvida, o começo da
derrocada, reconquistando Stalingrado (hoje Volgogrado), "o que havia sido
uma vitória psicológica de Hitler, porque era a cidade nomeada por
Stalin", diz Drachewych.
"Foi
um choque para os nazistas e para o país. A vitória soviética em Stalingrado
destruiu um pouco da fé de que a Alemanha podia vencer a guerra",
completa.
Para a
URSS, foi um caminho sem volta — e que só acabaria três anos depois, em Berlim.
No
começo de 1944, o Exército Vermelho já havia expulsado a Wehrmacht de quase
todo seu território — exceto Minsk, capital da hoje Bielorrúsia —, mas Stalin
não estava disposto a parar. Em junho, enquanto os Aliados entravam na Europa
pela Normandia, na França, tropas soviéticas cruzavam a fronteira alemã com a
Polônia em direção a Berlim. Virou uma corrida.
Historiadores
discordam nesse ponto. Enquanto alguns reforçam como Stalin queria apenas
chegar a Berlim antes dos Aliados e fincar a bandeira soviética no topo do
Reichstag — a fotografia feita na ocasião que abre essa reportagem não foi
feita por acaso —, outros citam indícios de que a URSS estava envolvida na
chamada Operação Guarda-Costas, um plano das forças aliadas para enganar os
nazistas sobre a data e o local do início do desembarque na Normadia, o chamado
Dia D.
Há
documentos que evidenciam, por exemplo, como a URSS tentou convencer os alemães
de que a operação ocorreria a partir da Escandinávia e, em 1944, tentou até
"alertar" os nazistas sobre um desembarque na Noruega.
Eles
contam de uma reunião entre os Aliados e os soviéticos na Escócia, distante do
foco da guerra, para coordenar o projeto. E é fato que, em maio daquele ano, a
URSS e o Reino Unido pediram ajuda militar à Suécia para um possível
desembarque de tropas em seu território.
De
qualquer forma, essa relação foi tensa. "A posterior aliança com Estados
Unidos e Reino Unido foi estratégica e pragmática. Havia desconfianças
ideológicas, mas eles cooperaram militarmente para derrotar o inimigo
comum", diz Lemonte.
"A
URSS, que se preocupava com a interferência do Ocidente contra os bolcheviques
desde a Revolução Russa [em 1917], viu os atritos aumentarem ainda antes da
derrota completa dos nazistas."
Kramer
acrescenta que "foi um período de confronto aberto, nas ruas das
cidades". Não foi à toa que se passaram meses até que as forças aliadas se
encontrassem com parte dos soviéticos, no final de abril, em Torgau, a
136 km da capital alemã, para irem juntas até lá.
·
O fim da guerra
Naquele
começo de maio de 1945, a revista soviética Ogonyk saiu pelas ruas de Moscou
com uma foto icônica: em primeiro plano, na ponta de um adereço do Reichstag,
em Berlim, um soldado segurava uma imensa bandeira soviética no topo da cidade
que, ao fundo, esfumeava destruída.
Outros
dois oficiais surgem na cena: um ajudando o rapaz que segura a bandeira e outro
só observando tudo. A manchete era inequívoca: a guerra acabou.
A
fotografia, feita pelo fotógrafo soviético Yevgeny Khaldei, foi usada como
propaganda pelo regime stalinista, em cartazes pelas ruas e em discursos
políticos.
"O
Exército Vermelho estava obcecado por reconquistar o Reichstag no 1º de maio,
por causa do Dia do Trabalho, ainda que continuasse lutando pelas ruas de
Berlim depois", diz Kramer, e entrou no rol das imagens mais relevantes do
século 20 no Ocidente.
Segundo
dados oficiais, só a captura de Berlim custou a vida de 78,2 mil combatentes
soviéticos, muito embora a resistência nazista fosse pequena e conformada por
grupos diversos — que iam da juventude hitlerista até soldados da SS.
"O
número de baixas foi alto porque o Exército Vermelho estava com pressa. Stalin
tinha um certo medo de que, se não conseguisse vencer a resistência
rapidamente, podia perder a chance de tomar Berlim antes dos Aliados".
Para
Kramer, era essa uma obsessão dos soviéticos: "Houve até uma competição
entre comandantes do Exército Vermelho, estimulada pelo próprio Stalin, por
quem chegaria primeiro a Berlim. Quem conseguisse dominar a cidade primeiro e
hastear a bandeira da vitória sobre o Reichstag, seria logo nomeado 'herói da
União Soviética'".
Nem
todas as coisas que foram pichadas no Reichstag podem ser publicadas hoje. Há
algumas que, por acordos das embaixadas de Rússia e Alemanha, só podem ser
vistas indo até o prédio.
Mas, se
são documento inequívoco do que aconteceu naqueles seis anos de conflito,
também contam do que a URSS e a futura Rússia se tornariam depois: "Ela
saiu da guerra devastada, com enormes perdas humanas e materiais, mas também
fortalecida politicamente. Não à toa se tornou uma potência, estendendo
influência sobre o Leste Europeu e consolidando o bloco socialista na
incipiente Guerra Fria", diz Lemonte.
"Não
só: o que está acontecendo na Ucrânia só existe por causa dessa história",
finaliza Drachewych.
Fonte: BBC News Brasil

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