A
direita está pouco se lixando para a igualdade
Desde
2016, a direita política tem crescido em muitas partes do mundo. Do Brexit a
Bolsonaro, e de Trump a Theresa May (mal a conhecíamos), populistas
conservadores e seus aliados desafiaram a democracia liberal e buscaram
estabelecer ou restabelecer formas autocráticas e hierárquicas de sociedade.
E, no
entanto, “a direita” continua sendo uma ideologia política ambígua. Algumas de
suas figuras mais (in)famosas defendem os mercados capitalistas como a única
forma justa de organização econômica. Mas outras expressam ceticismo e até
hostilidade à ideia de sociedade burguesa. Muitos conservadores insistem que
querem conservar a sociedade e manter o status quo. Mas, com a mesma
frequência, a direita exige grandes transformações sociais, incluindo
“contrarrevoluções” e violência massivamente disruptiva.
Um novo
livro de Matt McManus, “The Political Right
and Equality: Turning Back the Tide of Egalitarian Modernity” [A Direita Política
e a Igualdade: Revertendo o Movimento da Modernidade Igualitária], oferece
uma análise cuidadosa da direita e suas múltiplas vertentes. Abrangendo autores
de Edmund Burke a Aleksandr Dugin, e de Martin Heidegger a William F. Buckley,
“The Political Right and Equality” oferece um guia e uma
crítica aprofundados do pensamento de direita, conforme defendido por seus
defensores mais articulados. Ben Burgis, da Jacobin, conversou com
McManus sobre a direita, do passado e do presente.
LEIA A
ENTREVISTA:
·
Uma das funções do livro, mesmo que não seja a intenção
principal, é ser um ótimo curso intensivo sobre um grupo de pensadores
conservadores — e sobre alguns pensadores que seria incorreto nomear como tal.
Você certamente apresenta uma crítica ao longo do livro, mas também é uma
introdução muito útil a esses pensadores. É essencialmente um tour guiado pelo
pensamento de direita (e influente na direita), de Aristóteles a Aleksandr
Dugin. Vamos começar com Aristóteles. Então, como você disse, ele obviamente
não é conservador — isso seria completamente anacrônico. Mas, não por
coincidência, exerce uma enorme influência no conservadorismo, para quem ele é
muito relevante.
MATT
MCMANUS - Sou profundamente influenciado por Aristóteles. Acredito que há
muitas coisas interessantes em sua abordagem da virtude, da ética e das
capacidades humanas com as quais a esquerda precisa aprender. Portanto, o que critico
é a visão de mundo aristotélica, como a chamo, que teve uma profunda influência
em muitas figuras conservadoras. E a base da visão de mundo aristotélica é a
noção de que a sociedade consiste em níveis ordenados e precisamos reconhecer
que todos têm um papel a desempenhar dentro da sociedade, e que cada nível
precisa dos outros.
“Ao
longo dos séculos, essa ideia de conceber a sociedade como um todo orgânico,
constituído de níveis diferenciados definidos pela natureza, realmente evolui e
se transmuta de muitas maneiras interessantes, mas permanece bastante
constante.”
Mas não
é de forma alguma verdade que todas as classes sociais tenham o mesmo tipo de
dignidade ou status atribuído a elas. Aristóteles é muito explícito sobre isso,
enfatizando que as mulheres possuem uma razão deliberativa limitada, o que
significa que elas não têm direito aos mesmos direitos e privilégios políticos
que os homens. Ao longo dos séculos, essa ideia de conceber a sociedade como um
todo orgânico, constituído por classes diferenciadas estabelecidas pela
natureza, evolui e se transmuta de muitas maneiras interessantes, mas permanece
bastante constante.
·
Mesmo esta breve pincelada estaria incompleta sem Edmund
Burke. Então, fale-me sobre Burke.
MM - Bem,
Burke é um pensador muito interessante. Rompo com a leitura convencional de
Burke como uma espécie de pragmático ou tradicionalista. Na verdade, acho que
há algumas coisas bastante radicais que ele tem a dizer, que são inovadoras e
contribuem para a história das ideias — mas nada com que eu concorde.
Portanto,
a maneira como concebo o burkeanismo baseia-se fortemente na teoria da estética
que ele expõe em seus primeiros trabalhos. Fundamentalmente, o burkeanismo é um
projeto que tenta sublimar o poder social ou as instituições sociais em
autoridade. E este é um projeto extraordinário que ele expõe de forma muito
explícita em “Reflexões sobre a Revolução na França”, onde afirma:
sempre que se coloca um homem acima do outro, é muito importante que se
atribuam qualidades ou capacidades sublimes a essa pessoa, porque se ela não
parece possuir esse tipo de qualidades sublimes, será muito difícil para as
pessoas se considerarem subordinadas a esse indivíduo.
E o
fascinante em Burke é que ele nunca diz que a pessoa precisa possuir essas
qualidades sublimes em si mesmas, certo? No entanto, se você eliminar as
qualidades sublimes — ou o que Burke chama de “todas as ilusões agradáveis” que
facilitam a subordinação — o que resta é a anarquia.
·
Vamos pular todo o século XIX, tanto por uma questão de
tempo quanto para evitar a grande discussão sobre Nietzsche…
MM - Já
recebo ódio suficiente em meus e-mails sobre isso.
·
Em vez disso, ficaremos nas Ilhas Britânicas e
visitaremos T.S. Eliot, o que foi uma parte muito interessante do livro para
mim, porque eu nunca tinha pensado na obra dele em termos de política. Era
simplesmente uma poesia legal, né?
MM - Só
quero deixar claro que considero T.S. Eliot um poeta brilhante. Ele também
estaria entre os cinco melhores para mim, especialmente por “Prufrock” e
“Quarta-feira de Cinzas”. Mas o que mais me inspira são seus escritos de não
ficção, em especial “Ideia de uma Sociedade Cristã” e “Notas
a Definição de Cultura”, onde ele realmente expõe seu programa político.
Vale a
pena notar que Eliot teve um efeito destacado em gerações de conservadores,
principalmente em Roger Scruton. Scruton afirma que ninguém na esquerda jamais
atingiu o nível de profundidade de análise que T.S. Eliot era capaz. Ao que eu
humildemente pergunto: bem, e quanto a Liev Tolstói?
De
qualquer forma, resumindo, Eliot percebe a cultura moderna do século XX como se
movendo em muitas direções demóticas das quais ele não gosta, se referindo a
“demótica” em muitos sentidos. Sim, há o advento da democracia política. Ele é
muito crítico em relação a isso. Mas uma das coisas que também é singular em
Eliot é que ele apresenta a ideia de que é possível ver elementos da sociedade
democrática em coisas como o mercado ou a sociedade de mercado também.
Bem,
isso pode parecer uma ideia estranha vinda de uma perspectiva de esquerda, onde
muitos de nós somos muito críticos do capitalismo por ele não ser
suficientemente democrático. Mas, do ponto de vista de Eliot, a onipresença do
mercado em esferas como a cultura resultou na mercantilização da arte e da
cultura, e o resultado tem sido uma corrida para o menor denominador comum
quando se trata de coisas como a produção de filmes, livros, jornalismo e,
claro, poesia. E ele acredita que realmente precisamos lutar contra isso de
alguma forma.
·
Você aponta que, nas piores mãos, o pós-liberalismo nada
mais é do que uma preocupação reacionária convencional com a perversidade,
disfarçada de apropriações da retórica populista liberal e de esquerda. Um bom
exemplo disso pode ser visto na afirmação de Rusty Reno, quando escreve: “A
luta de classes, uma guerra contra os fracos, é exemplificada pela campanha
pelo casamento gay. O casamento se tornou mais uma opção plástica e ilimitada
para a classe alta.” Em uma das minhas passagens favoritas do livro, você
escreve: “A única resposta é achar graça ao pensar que o maior problema que os
pobres enfrentam é a perspectiva de um homem se casar com outro homem e não ser
pobre”.
MM - Quando
você lê o livro do Rusty, ele realmente se esforça muito para fazer toda essa
coisa de populismo reacionário funcionar. Vou me datar aqui, mas o tempo todo
que li, fiquei pensando em Meninas Malvadas. Tipo, pare de tentar
emplacar a ideia de que “homofobia é luta de classes”. Isso nunca vai
acontecer. Deixe morrer.
“O que
os pós-liberais querem fazer é rejeitar o liberalismo, manter algumas de suas
instituições e ideias, mas realmente retornar a algo que é consideravelmente
mais antiquado.”
Pelo
menos faça o que Patrick Deneen faz, que é vincular seu conservadorismo social
a um programa econômico genuíno que lhe dê um pouco de credibilidade na rua
quando o assunto é se importar com as classes mais baixas. Mas Rusty fica
sentado ali, tipo: “Vamos nos preocupar com essa coisa de ‘você é pobre’ mais
tarde. A primeira coisa que vou fazer por você agora é reverter uma
decisão da suprema corte sobre união homoafetiva.”
·
Pessoas como Patrick Deneen descrevem sua política como
pós-liberalismo. É um termo engraçado porque o pós-liberalismo faz parecer que
você, sei lá, sublimou o liberalismo, que você o atravessou, absorveu o melhor
dele e o transcendeu, foi além dele. Enquanto muitas dessas coisas soam mais
como um pré-liberalismo revivido. Por exemplo, opor-se à sociedade de mercado
por ser muito atomizada, mas também opor-se ao socialismo, e também achar que a
Igreja deveria decidir quais métodos contraceptivos você pode usar. Não parece
haver nada de “pós” nisso.
MM - Quer
dizer, eles são pós-liberais da mesma forma que Peter Lawler, que os
influenciou, era um conservador pós-moderno. Ele pretendia
rejeitar a modernidade, não transcendê-la. E, em geral, o que os pós-liberais
querem fazer é rejeitar o liberalismo, manter algumas de suas instituições e
seus insights, mas, na verdade, voltar a algo consideravelmente mais antiquado.
E quero
deixar bem claro: acho que Patrick Deneen, depois da morte de Roger Scruton, é
provavelmente o maior filósofo conservador anglo-estadunidense. Ele é um cara
muito perspicaz. É muito culto e leva a esquerda e Karl Marx mais a sério do
que 99% dos conservadores por aí. Mas é só isso.
·
A última figura sobre a qual você fala no livro é
Aleksandr Dugin. Não sou alguém cujo instinto é preencher a lacuna com a
palavra “fascista”. Acho que muitas vezes é meio preguiçoso intelectualmente.
Mas lendo as seções sobre Dugin, é tipo, tá, tudo bem. Se a bota servir…
MM - Concordo
plenamente com você. Anos estudando a direita me fizeram perceber que ela é tão
diversa, senão potencialmente mais, do que a esquerda em muitos aspectos. Digo
potencialmente mais porque a direita, onde quer que tenha surgido, tem se
baseado fortemente em condições culturais e nacionalistas relativas e
específicas para tentar argumentar a favor da manutenção ou expansão de vários
tipos de poder social de maneiras hierarquicamente organizadas. É um
alinhamento político muito diverso e se mostra diferente onde quer que você vá.
O fascismo é apenas uma espécie de pensamento de direita e tem permutações
muito específicas. Mas às vezes é justificado. E no caso de Dugin, acho
absolutamente justificado chamá-lo de fascista.
Minha
definição de fascismo se baseia fortemente em Roger Griffin, que essencialmente
argumenta que precisamos entender o fascismo como uma forma do que ele chama de
“ultranacionalismo palingenético”. O que isso significa, em termos simples, é
que os fascistas projetam esse mito ou ideal da ultranação, que geralmente não
se conforma às fronteiras nacionais específicas, pelas quais se sentem
limitados. A ultranação dá sentido e vitalidade à vida, e supostamente eleva as
pessoas comuns acima de sua própria existência mundana, permitindo-lhes
participar de algo que é maior do que elas. Palingenêsese refere-se a essa
ideia de renascimento ou ressurgimento.
A ideia
básica é que nossa grande ultranação foi injustiçada, profanada e humilhada. E
isso se deve, em grande parte, às forças liberais e de esquerda, tanto internas
quanto externas. Estamos absolutamente à beira de cair em um período de
declínio irredimível, mas se nos entregarmos ao movimento fascista, a
ultranação poderá ser restaurada. Nosso povo será novamente enaltecido.
Esmagaremos as forças decadentes, democráticas, de esquerda, comunistas e
liberais que se opõem a nós.
“A
ultra-nação dá significado e vitalidade à vida e supostamente eleva as pessoas
comuns acima de sua própria existência mundana.”
No
livro “Fundamentos da Geopolítica”, de Dugin, o que
realmente transparece é a ideia de que a Rússia está em um período de declínio.
Perdeu seu império para os estadunidenses, que a promoveram e humilharam de
todas as maneiras imagináveis. E o que é pior, a Rússia está, neste exato momento,
internalizando o sistema de valores do inimigo, o liberalismo e o capitalismo.
Ambas
são muito estranhas à maneira como a Rússia organiza as coisas. Essa é uma das
razões pelas quais o país perdeu a fé em si mesmo. E o que precisa fazer é
ressurgir de maneiras importantes, estabelecendo uma União Eurasiática ou
Império Eurasiático, como você quiser chamá-lo, em aliança com várias outras
forças reacionárias e antiliberais ao redor do mundo — incluindo nacionalistas
brancos, fundamentalistas islâmicos, todos os tipos de pessoas boas. E assim
que a União Eurasiática ou o Império Eurasiático alcançarem poder suficiente,
enfrentarão as nações decadentes liberais, socialistas e materialistas do mundo
atlântico. Rios de sangue serão derramados. Todos serão condenados ao inferno.
·
Entre os seus motivos para se interessar pelos detalhes
do pensamento de direita está a necessidade de compreendê-los para argumentar
contra eles de forma eficaz. Mas também é verdade que olhar para o espelho
distorcido de um mundo sem consideração básica pela igualdade humana pode nos
ajudar a refletir um pouco mais sobre o que acreditamos e por que acreditamos,
certo?
MM - Este
projeto me fez respeitar as aptidões intelectuais da direita, mas, no final das
contas, não fiquei mais convencido pelo conservadorismo ou pela direita. Na
verdade, fiquei mais convencido pelo liberalismo e pelo progressismo no final
do livro, porque meu próprio sistema de crenças foi esclarecido por meio desse
confronto de ideias.
Esta é
a discussão que abre o livro: a ideia de que existem pessoas comprovadamente
superiores, de que existem pessoas cujas vidas importam mais e têm maior
significado cósmico do que outras. Acredito que a pessoa mais humilde nas ruas
do Níger ou nas ruas de Los Angeles tem tanto direito de levar uma vida boa
quanto eu, ou como o Rei Charles, ou como Aleksandr Dugin.
Acredito
que deveríamos almejar um mundo onde as pessoas sejam consideradas livres e
iguais. A direita política, na medida em que representa uma barreira a isso, é
algo que precisamos respeitar para compreender, mas, em última análise, algo
que precisamos superar.
¨
Avanço da extrema direita: Nos EUA, o inimigo já foi o
comunismo, nazismo, terrorismo. Agora é
a Diversidade? Por Liliane Rocha
Ao
longo da história, os Estados Unidos já tiveram muitos inimigos e já declararam
muitas guerras. Fictícias ou não, é como se cada governo precisasse colocar um
alvo bem grande nas costas de algo ou alguém. Uma forma de unir o povo, de
desviar a atenção para a eficácia da gestão pública, de justificar com
facilidade qualquer equívoco ou atrocidade, de fazer milhões com a indústria
armamentista, por exemplo.
O
inimigo já foi o Comunismo, o Nazismo, o Terrorismo. O comunismo foi visto como
um grande adversário durante a Guerra Fria (1947–1991), tido como uma ameaça à
democracia e ao capitalismo. A União Soviética e seus aliados eram o símbolo
dessa ideologia, e os EUA reagiram com políticas de contenção, guerras e ações
internas.
Já o
nazismo foi o inimigo principal durante a Segunda Guerra Mundial (1939–1945).
Liderados por Adolf Hitler, os nazistas representavam um regime autoritário e
expansionista. Após o ataque japonês a Pearl Harbor, os EUA entraram na guerra
em 1941 e desempenharam um papel decisivo na derrota das potências do Eixo.
O
terrorismo, por sua vez, tornou-se o principal inimigo após os ataques de 11 de
setembro de 2001, perpetrados pela Al-Qaeda. Esses eventos levaram os Estados
Unidos a lançar a “Guerra ao Terror”, com intervenções militares no Afeganistão
e no Iraque, além de ações globais para combater grupos extremistas, como o
Estado Islâmico. A justificativa foi sempre a proteção da segurança nacional e
da ordem internacional.
Recentemente,
em uma conversa entre mim e a Dra. Fernanda Macedo, ela concluiu e eu
concordei, que a guerra do momento, inicialmente simbólica e não bélica,
instaurada por Trump, mesmo antes da posse, é contra a Diversidade. Ao que tudo
indica, a luta por direitos e a igualdade para mulheres, negros, pessoas com
deficiência, LGBTQPIAN+, imigrantes, entre tantos outros, é a grande bandeira
do presidente norte-americano e a nova inimiga da nação.
Durante
o seu discurso de posse em 20 de janeiro de 2025, o presidente Donald Trump
anunciou medidas que impactam diretamente as políticas de Diversidade nos
Estados Unidos. Ele declarou que seu “governo reconheceria oficialmente apenas
dois gêneros: masculino e feminino”.
Além
disso, Trump afirmou que tomaria ações executivas para eliminar os mandatos
federais de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), argumentando que tais
políticas fomentam discriminação e incompetência. Ele ordenou a remoção de
referências a DEI em comunicações governamentais e enfatizou a contratação
baseada exclusivamente no mérito, sem considerar fatores como raça, sexo ou
religião.
O
movimento é ostensivo, grandes empresas americanas como Meta, Microsoft,
McDonald’s e Toyota já afirmaram, em certa medida, um refreamento em suas
políticas de Diversidade. Hoje, ao entrar no site
da Casa Branca,
me deparo com um banner em letras garrafais que dizem “Acabar com a
Discriminação Ilegal e restaurar a oportunidade baseada no mérito”. O que é
mérito? Me pergunto. O mérito dos homens brancos que já ocupam mais de 70% dos
postos de tomada de decisão no primeiro, segundo e terceiro setor em todo o
mundo? O mérito que desconsidera ponto de partida, atrocidades históricas,
algumas delas inclusive incentivadas e exercidas pelo próprio governo dos
Estados Unidos?
Me
parece que querer uma sociedade justa e equânime deveria ser uma premissa
básica de todo e qualquer líder global, sobretudo em uma das maiores nações do
planeta. Neste sentido, o inimigo escolhido pelo governo Trump diz muito mais
sobre ele, do que sobre nós, latinos, negros, LGBTQPIAN+, e todos os outros sob
ataque.
Mais
uma vez, me pergunto: onde falhamos? O que podemos aprender com isso?
Precisamos nos antecipar para evitar que, no futuro, tenhamos um presidente que
tenha a coragem de afirmar abertamente ser contra a Diversidade e a Inclusão,
utilizando até mesmo a máquina pública para promover retrocessos. É crucial
fortalecer as redes de apoio, criando alianças estratégicas entre diferentes
setores da sociedade, como a academia, o empresariado e os líderes
comunitários, para garantir que as políticas públicas de inclusão se mantenham
firmes e eficazes, independentemente das mudanças no cenário político.
Fonte:
Entrevista com Matt McManus – Tradução Pedro Silva, em Jacobin Brasil/Le Monde

Nenhum comentário:
Postar um comentário