O que é a síndrome metabólica e suas
consequências
Imagine um conjunto de
condições médicas inter-relacionadas que aumentam significativamente o risco de
desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e outras
complicações de saúde. Essa é a síndrome metabólica.
>>>> Ela é
caracterizada pela presença de pelo menos três dos seguintes fatores de risco:
• obesidade abdominal
• resistência à insulina
• pressão alta
• níveis elevados de triglicerídeos
• níveis baixos de colesterol HDL
(lipoproteína de alta densidade), conhecido como “bom” colesterol.
Embora cada um deles
seja um fator de risco para doenças cardiovasculares, quando uma pessoa tem
três ou mais e é diagnosticada com síndrome metabólica, a chance de desenvolver
uma doença cardiovascular grave aumenta.
Créditos:
ArtemisDiana/istock
Por exemplo, a pressão
arterial elevada é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares.
No entanto, quando combinada com níveis elevados de açúcar no sangue em jejum e
obesidade abdominal, a possibilidade de desenvolver doenças cardiovasculares é
intensificada.
1. Obesidade abdominal
O acúmulo excessivo de
gordura na região abdominal é um dos principais componentes da síndrome
metabólica.
Em outras palavras, a
gordura visceral, que se acumula em torno dos órgãos internos, consequentemente
aumenta o risco de desenvolvimento de resistência à insulina, diabetes tipo 2 e
doenças cardiovasculares.
2. Resistência à
insulina
A resistência à
insulina ocorre quando as células do corpo não respondem adequadamente ao
hormônio insulina, cuja função é facilitar a entrada de glicose nas células
para servir como energia.
Por consequência, isso
leva a níveis elevados de glicose no sangue, que podem eventualmente resultar
em diabetes tipo 2.
3. Pressão alta
A hipertensão
arterial, ou pressão alta, é outra característica comum da síndrome metabólica.
A pressão arterial
elevada coloca uma tensão adicional nos vasos sanguíneos e no coração. Dessa
forma, aumenta o risco de doenças cardiovasculares, como doença arterial
coronariana, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca.
4. Níveis elevados de
triglicerídeos
Os triglicerídeos são
um tipo de gordura presente no sangue, que é armazenada no tecido adiposo para
servir como energia.
Níveis elevados de
triglicerídeos estão associados a um maior risco de aterosclerose. A condição
ocorre quando há placas de gordura nas artérias, de tal forma que causa um
estreitamento e aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
5. Níveis baixos de
colesterol HDL
O colesterol HDL, ou
“bom” colesterol, ajuda a remover o excesso de colesterol das artérias e
transportá-lo de volta ao fígado. Dessa forma, o corpo pode metabolizá-lo e
eliminá-lo.
Assim sendo, níveis
baixos de HDL estão associados a um aumento do risco de doenças
cardiovasculares.
O que causa a síndrome
metabólica?
Os especialistas não
entendem completamente o que causa a síndrome metabólica.
No entanto, vários
fatores estão interligados. A obesidade associada ao sedentarismo contribui
para fatores de risco para síndrome metabólica. Isso inclui colesterol alto,
resistência à insulina e pressão alta.
• Quais as consequências da síndrome
metabólica?
A síndrome metabólica
aumenta significativamente o risco de uma série de complicações de saúde
graves, incluindo:
• Doenças cardiovasculares: a presença de
múltiplos fatores de risco cardiovasculares aumenta o risco de desenvolvimento
de doenças cardíacas, como doença arterial coronariana, angina, ataques
cardíacos e insuficiência cardíaca.
• Diabetes tipo 2: a resistência à
insulina associada à síndrome metabólica pode eventualmente levar ao
desenvolvimento de diabetes tipo 2.
• AVC: a hipertensão arterial e a
aterosclerose aumentam o risco de acidente vascular cerebral (AVC), uma
condição grave que pode resultar em danos cerebrais permanentes ou até mesmo
morte.
• Esteatose hepática não alcoólica: a
síndrome metabólica está associada a um maior risco de desenvolvimento de
esteatose hepática não alcoólica, uma condição na qual o fígado acumula gordura
em excesso.
• Complicações renais: a hipertensão
arterial e o diabetes tipo 2 podem levar a danos nos rins e complicações
renais, incluindo insuficiência renal.
Prevenção e tratamento
• Dieta saudável: consumir uma dieta rica
em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis
pode ajudar a controlar o peso e os níveis de colesterol, glicose e pressão
arterial.
• Exercício físico regular: a atividade
física regular ajuda a reduzir a gordura abdominal, melhorar a sensibilidade à
insulina e, assim, reduzir o risco de doenças cardiovasculares.
• Controle do peso: manter um peso
saudável é fundamental para prevenir e controlar a síndrome metabólica e suas
complicações.
• Parar de fumar: o tabagismo está
associado a um maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e
complicações relacionadas à síndrome metabólica.
• Limitar o consumo de álcool: o consumo
excessivo de álcool pode contribuir para o ganho de peso além de aumentar o
risco de doenças hepáticas e cardiovasculares.
• Tratamento de condições subjacentes: o
tratamento de condições médicas, como hipertensão arterial e diabetes tipo 2, é
essencial para prevenir complicações da síndrome metabólica.
De acordo com o
Ministério da Saúde, perder peso e praticar alguma atividade física são as
melhores formas de prevenir e tratar a Síndrome Metabólica.
Fonte: Catraca Livre
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