terça-feira, 26 de março de 2024

Demência pode ser diagnosticada precocemente com sinal durante caminhada

Normalmente, os sinais de demência mais fáceis de detectar são a perda de memória e um declínio na fala, mas antes que estes ocorram, algumas pessoas podem notar outros sintomas. Cientistas agora encontraram um sinal de alerta precoce que poderia indiciar um início de demência.

Sinal precoce de demência pode aparecer durante caminhada© piovesempre/istock

Segundo eles, esse sinal está relacionado aos movimentos e mobilidade de uma pessoa e pode ser notado durante uma caminhada.

Os cientistas observaram que esses problemas impactam na marcha, aumentam a instabilidade ou, às vezes, provocam rigidez dos membros.

Também pode haver sinais de dificuldade nas capacidades de coordenação.

De acordo com a Alzheimer’s Research UK, cada pessoa com demência vivencia-a à sua maneira e a doença pode afetar as pessoas de forma diferente – especialmente nas fases iniciais.

Além de uma mudança no movimento e na mobilidade, as pessoas também podem ter problemas para avaliar distâncias (como em escadas) ou perceber as bordas dos objetos e interpretar mal padrões ou reflexos.

Isso também pode evoluir para pessoas andando repetidamente pela casa ou saindo de casa durante o dia ou a noite.

Outros sintomas de demência

•        dificuldade de concentração, planejamento ou organização

•        dificuldade para tomar decisões

•        dificuldade para resolver problemas ou questões

Quando a demência começa a desenvolver-se, as pessoas podem começar a experimentar condições adicionais, e estas podem incluir problemas de sono, uma vez que há uma perturbação no seu relógio biológico.

Ainda segundo a Alzheimer’s Research, uma pessoa com demência pode dormir mais durante o dia e ter dificuldade em dormir à noite, e também pode haver um aumento no comportamento agressivo.

À medida que a demência de uma pessoa progride, ela às vezes pode se comportar de maneira física ou verbalmente agressiva.

 

       Pesquisa aponta 13 hábitos que podem provocar demência

 

Uma pesquisa divulgada pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade de Oxford, no Reino Unido, identificou doze fatores de risco considerados determinantes para o risco de demência. Metade desses fatores, advertem os especialistas, está ligada a hábitos e estilo de vida evitáveis, o que abre uma janela de oportunidade significativa para a prevenção do distúrbio.

Ainda de acordo com o estudo, a redução em apenas 15% no diagnóstico desses fatores já seria o suficiente para evitar “dezenas de milhares de casos” de demência nos últimos anos. Por exemplo, uma diminuição de 15% na prevalência de obesidade poderia ter correspondido a uma redução de aproximadamente 182.100 casos em 2020, destacando a importância crítica da saúde e dos esforços preventivos.

•        Hábitos que ajudam evitar a demência

Os pesquisadores enfatizaram a necessidade de políticas públicas focadas em estratégias preventivas, especialmente na meia-idade. A redução da obesidade, hipertensão e o estímulo à atividade física foram identificados como alvos essenciais. Estes três fatores de risco estão significativamente associados à maior parte dos casos de demência nos Estados Unidos, indicando áreas específicas onde as intervenções podem ter um impacto profundo.

•        O método de estudo e os hábitos associados à demência

A pesquisa utilizou riscos relativos e estimativas de prevalência estabelecidas pelo relatório da comissão Lancet, proporcionando uma base sólida para suas conclusões. Os hábitos identificados como fatores de risco para a demência incluem baixa escolaridade, perda de audição, traumatismo cranioencefálico, hipertensão, consumo excessivo de álcool, obesidade, tabagismo, depressão, isolamento social, inatividade física, diabetes e exposição à poluição do ar.

 

       Problema de saúde comum aumenta o risco de Alzheimer, diz estudo

 

Não é de hoje que fatores como dieta, tabagismo, obesidade e a falta de exercício estão totalmente associados ao aumento de chance de Alzheimer.

Recentemente, a ciência descobriu que um problema de saúde comum também aumenta esse risco: pessoas que sofrem de estresse crônico ou depressão têm maior probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer – a forma mais comum de demência.

De acordo com as evidências, publicadas na revista Alzheimer’s Research and Therapy, pessoas que sofrem de estresse e depressão não apenas tendem a desenvolver Alzheimer como tem quatro vezes mais probabilidade de serem diagnosticadas com a doença.

Para chegar à conclusão, os especialistas analisaram os dados de mais de 44.440 pacientes com idades entre os 18 e os 65 anos que viviam com estresse crônico e/ou depressão. Eles foram acompanhados por oito anos para ver quantos deles foram diagnosticados com Alzheimer. Isto foi comparado com outros 1,3 milhão de pessoas na mesma faixa etária que não sofriam de estresse crônico ou depressão.

Por que este problema de saúde está associado ao Alzheimer?

“O risco ainda é muito pequeno e a causalidade é desconhecida, mas dito isto, a descoberta é importante porque nos permite melhorar os esforços preventivos e compreender as ligações com outros fatores de risco para a demência”, disseram os pesquisadores.

Neste estudo, um paciente foi classificado como vivendo com estresse crônico se estivesse sob estresse sem oportunidade de recuperação por pelo menos seis meses.

O estresse está ligado a vários problemas de saúde. A condição pode levar a problemas como:

•        Pressão alta

•        Doença cardíaca

•        AVC

•        Obesidade

•        Diabetes

•        Sinais de estresse

•        Dores de cabeça ou tonturas

•        Tensão ou dor muscular

•        Problemas de estômago

•        Dor no peito ou batimento cardíaco mais rápido

•        Problemas sexuais

•        Dificuldade de concentração

•        Sentindo-se sobrecarregado

•        Preocupação constante

•        Esquecimento

•        Irritação  e mal humor

•        Dormir muito ou pouco

•        Comer muito ou pouco

•        Evitar certos lugares ou pessoas

•        Beber ou fumar

 

Fonte: Catraca Livre

 

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