Autoexílio
nos EUA põe fim a ‘esconde-esconde’ de Dudu Bananinha com STF
O autoexílio de Eduardo Bolsonaro nos Estados
Unidos não vai permitir a ele demonstrar uma vez mais toda sua habilidade em
fugir de notificações judiciais do STF.
Com Eduardo fora do Brasil, afinal, muito
longe do alcance de oficiais de Justiça e sem endereço conhecido, não resta
outra alternativa aos ministros a não ser mandar notificá-lo por meio de edital
a respeito de ações de que é alvo. Esse tipo de procedimento judicial é adotado
quando, por alguma razão, não é possível localizar a pessoa a ser intimada.
Cristiano Zanin aplicou esse entendimento no
último dia 28. O ministro é relator de uma queixa-crime movida pela
comentarista Vanessa Moreira contra Eduardo Bolsonaro por difamação e injúria,
após ter sido acusada por ele de receber dinheiro para criticar Jair Bolsonaro.
Zanin havia mandado intimar Eduardo em 8 de
novembro, mas o STF não conseguiu essa façanha pessoalmente. Agora, cinco meses
depois, o ministro apontou ser “notória” a informação que ele “se encontra, no
momento, por prazo indeterminado, em território estrangeiro, em endereço não
especificado” e determinou que seja notificado por edital a responder às
acusações.
Quando Eduardo vivia no Brasil, mesmo com
gabinete na Câmara, era tarefa das mais difíceis colher uma assinatura dele em
uma intimação judicial. Como ele não estava no exterior em endereço
desconhecido, no entanto, insistia-se por mais tempo em localizá-lo.
A cantora Daniela Mercury que o diga. Ela
processou Eduardo Bolsonaro em julho de 2022, por difamação, por ter espalhado
um vídeo atribuindo a ela declarações falsas sobre Jesus Cristo. Kassio Nunes
Marques mandou notificá-lo em fevereiro de 2023.
Depois de muitas tentativas frustradas, o
ministro atendeu a um pedido dos advogados da artista e determinou a
notificação por edital — só em maio de 2024, quase dois anos depois de a
queixa-crime ser protocolada. Eduardo, mesmo assim, não apresentou defesa até
agora. Os advogados de Daniela estão preocupados com a prescrição.
• Deputado
bolsonarista entra armado com fuzil na Câmara e vira alvo de representação
O deputado federal bolsonarista Delegado
Caveira (PL-PA) se tornou alvo de uma representação protocolada na Câmara após
ter ingressado armado com um fuzil calibre 5.56 mm e uma pistola calibre .40
nas dependências da Casa. A representação foi apresentada na sexta-feira (3)
pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), que solicita medidas urgentes, incluindo
busca e apreensão das armas em poder do parlamentar.
Segundo a denúncia, o armamento foi exibido
de forma ostensiva dentro do gabinete de Delegado Caveira, sem qualquer
autorização prévia da Polícia Legislativa, conforme prevê o Ato da Mesa nº
103/2019. A presença de armas de uso restrito nas dependências do Congresso
Nacional sem o devido acautelamento viola o Regimento Interno da Câmara, além
de representar risco à segurança institucional, argumenta Correia.
“Quem entra armado num lugar de palavras
revela que seus maiores inimigos são o raciocínio, o diálogo e a paz”, escreveu
o petista na representação, que acusa o colega de promover um “atentado à ordem
e à integridade física de parlamentares, servidores e visitantes”.
O próprio Delegado Caveira admitiu ter levado
as armas, afirmando que é “policial civil licenciado” e se sente “alvo de
ameaças”. No entanto, a legislação interna da Câmara proíbe o porte de armas,
salvo em casos excepcionais e mediante autorização expressa – o que não
ocorreu, segundo o documento.
Correia pede que o presidente da Câmara, Hugo
Motta (Republicanos-PB), determine à Polícia Legislativa a apreensão imediata
das armas, bem como que a Corregedoria Parlamentar abra investigação para
eventual envio do caso ao Conselho de Ética e ao Ministério Público.
"O porte de armas de fogo de uso
restrito nas dependências da Câmara, além de violar as normas de segurança da
Casa, configura afronta à Mesa e todos os Deputados, sendo incompatível com o
regular funcionamento da Casa Legislativa sob a égide do Estado Democrático de
Direito", pontua o petista.
O que aconteceu
O vídeo em que o deputado Delegado Correia
aparece armado em seu gabinete na Câmara foi compartilhado nas redes sociais
pelo vereador Zezinho Lima (PL-PA), de Belém.
“Somos armamentistas. Defendemos o porte de
arma para o cidadão de bem. Ele, no Congresso Nacional, e eu, na Câmara
Municipal de Belém", diz a publicação.
Após o caso viralizar, Delegado Correia ainda
debochou nas redes sociais, voltando a publicar a imagem em que empunha um
fuzil na Câmara: "Doa a quem
doer", escreveu.
• Quem
é o deputado bolsonarista que entrou armado com fuzil na Câmara
O deputado Delegado Caveira (PL-PA), aliado
do ex-presidente Jair Bolsonaro, virou alvo de uma representação na Câmara dos
Deputados após entrar com um fuzil nas dependências da casa, na última
sexta-feira (3). Apesar do absurdo e de ter violado o Regimento da Câmara, o
parlamentar está comemorando a repercussão do caso. "O homem tá ESTOURADO
[sic].Nacionalmente. Doa a quem doer!", postou nas redes sociais.
O parlamentar é um típico bolsonarista, é um
ferrenho defensor de armas e antipetista. Publica conteúdos de ataque ao
presidente Lula e muita desinformação, por exemplo, numa de suas publicações
diz que a Débora foi condenada a 14 anos por ter escrito "perdeu
mané" com um batom, quando na verdade ela foi condenada por cinco crimes.
Apesar de ser conhecido por Delegado Caveira,
seu nome é Lenildo Mendes dos Santos Sertão. Ele escolheu seu nome de
parlamentar influenciado por uma história em quadrinho (HQ). Trata-se de uma
referência a um personagem de HQs da Marvel Comics, mais especificamente das
histórias do personagem Punisher – conhecido por combater o crime de forma bem
violenta.
Nascido em 27 de abril de 1979 em Rio Verde,
em Goiás, iniciou sua carreira como soldado no Exército Brasileiro e, depois,
na Polícia Militar do estado (PMGO). Foi só em 2011 que começou sua atuação no
Pará, na Polícia Civil.
<><> Carreira política
Eleito em 2022, se tornou deputado federal
pelo Partido Liberal (PL), com 106.349 votos. É conhecido por atuar muito em
propostas que se correlacionam com temas como segurança pública e combate ao
crime organizado, como o Projeto de Lei (PL) de nº 2435/24, autoriza o delegado
de polícia a apresentar diretamente ao Poder Judiciário medida cautelar,
protetiva de urgência e recursos relacionados à investigação sob sua
responsabilidade.
Antes, Lenildo, ou Delegado Caveira, atuou
primeiro na política como vereador de São Félix do Xingu (PA) em 2016, tendo
atuado pelo Partido Social Cristão (PSC). Em 2018, virou deputado estadual do
Partido Progressistas (PP).
<><> Controvérsias e histórico
Delegado Caveira possui um histórico de
controvérsias no mundo jurídico e político, tendo sido denunciado por
improbidade administrativa ao receber salários como vereador e delegado ao
mesmo tempo, em 2019.
Ele também tem acusações de fraude eleitoral
durante as eleições de 2022, tendo se autodeclarado pardo – situação na qual
acarretou questionamentos de abuso de poder e ações judiciais que pedem sua
cassação.
<><> Entenda o caso do deputado
que entrou na Câmara com um fuzil
O parlamentar entrou nas dependências do
Congresso Nacional portando um fuzil de calibre 5.56 mm e uma pistola calibre
.40.
Em representação, o deputado Rogério Correia
(PT-MG) solicita medidas urgentes, incluindo busca e apreensão das armas em
poder do parlamentar. Segundo a denúncia, o armamento foi exibido de forma
ostensiva dentro do gabinete de Delegado Caveira, sem qualquer autorização
prévia da Polícia Legislativa, conforme prevê o Ato da Mesa nº 103/2019.
A presença de armas de uso restrito nas
dependências do Congresso Nacional sem o devido acautelamento viola o Regimento
Interno da Câmara, além de representar risco à segurança institucional,
argumenta Correia.
• Bolsonarista
Gilvan da Federal terá mandato suspenso a pedido da Direção da Câmara
O deputado federal bolsonarista Gilvan da
Federal (PL-ES), uma das figuras mais agressivas e bizarras do parlamento
brasileiro, deve ter o mandato suspenso após um novo episódio de quebra de
decoro no qual ofendeu a ministra da Secretaria de Relações Institucionais da
Presidência da República, Gleisi Hoffmann.
Num cenário totalmente incomum, o pedido para
afastá-lo do mandato veio da própria Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, com
a anuência e a concordância do presidente da Casa, Hugo Motta
(Republicanos-PB). Nem mesmo aliados de seu partido e do Centrão, que
habitualmente passam pano para arroubos de figuras da extrema direita,
defenderam-no.
Extremista permanentemente grosseiro, sem
modos e de comportamento agressivo o tempo todo, Gilvan, que é motivo de piadas
no Congresso pelo ridículo hábito de andar com a bandeira nacional pendurada no
ombro, desferiu ataques misóginos e ofensivos contra a ministra da SRI,
gratuitamente, durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara,
na terça-feira (29).
“Na Odebrecht tinha uma planilha de pagamento
de propinas para políticos, eu citei aqui o nome de 'lindinho', de 'amante',
que deveria ser uma prostituta do caramba e teve um deputado aqui que se
revoltou, ou seja, a carapuça serviu”, disse Gilvan, num comentário totalmente
desconexo em relação à matéria que era discutida na comissão. Seu rompante
grotesco foi uma reação ao embate que teve minutos antes com o deputado
Lindbergh Farias (PT-RJ), companheiro de Gleisi, que o chamou de
“desqualificado” depois de um novo show escatológico do bolsonarista.
<><> Baixeza bolsonarista chegou
ao limite e Câmara reagiu
Em toda a História do Brasil o Congresso
Nacional jamais se deparou com um nível tão baixo de falas, comentários, gestos
e ações como agora. O bolsonarismo, que ganhou musculatura nas duas últimas
legislaturas, recebeu pela primeira vez uma reação direta da Mesa Diretora da
Câmara.
Sim, a direção da Casa, num ato absolutamente
raro e incomum, após ser notificada de ofício sobre o ocorrido pela
Corregedoria da Câmara, apresentou um documento referente ao episódio,
classificado como “um comportamento incompatível com a dignidade do mandato”,
no qual exige a suspensão cautelar do mandato de Gilvan da Federal. A análise
do caso deverá ser feita em três dias úteis pela Comissão de Ética da Câmara e,
caso não ocorra no prazo, a suspensão irá diretamente para votação em plenário.
“As falas excederam o direito constitucional
à liberdade de expressão, caracterizando abuso das prerrogativas parlamentares,
além de, repise-se, ofenderem a dignidade da Câmara dos Deputados, de seus
membros e de outras autoridades públicas”, diz o pedido de suspensão da Mesa
Diretora da Câmara dos Deputados.
Um processo de cassação de Gilvan deve ser
aberto na Comissão de Ética da Câmara agora. Se permanecer suspenso de forma
preventiva e por prazo indeterminado, o bolsonarista pode ficar até seis meses
fora do mandato e assistir à própria cassação num futuro próximo.
<><> A estratégia de Gilvan da
Federal contra a suspensão de seu mandato
Alvo de um pedido da Mesa Diretora para ter o
mandato suspenso, o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) sabe que dificilmente
escapará de uma punição, mas tentará diminuir o tempo em que ficará afastado da
Câmara.
Segundo aliados, Gilvan já foi avisado de que
não passará impune pelo Conselho de Ética, onde a Mesa Diretora protocolou o
requerimento pedindo seis meses de suspensão de mandato, assinado pelo
presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Interlocutores do deputado dizem, entretanto,
que ele já tem uma estratégia. Com a certeza de punição, ele tentará ao menos
diminuir o tempo em que terá de ficar afastado da Câmara.
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Fonte: IstoÉ/Fórum/Metrópoles

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