Cuidado! Alimentos comuns no mercado são
mais viciantes que cigarro
Pode não parecer, mas
os alimentos ultraprocessados, comuns no nosso dia a dia, podem ser fatais para
a saúde.
Eles são considerados
os mais prejudiciais quando consumidos em excesso, têm sido objeto de estudo no
Brasil e em todo o mundo devido à sua associação com o surgimento de até 34
tipos diferentes de câncer.
O consumo desenfreado
desses alimentos não é surpreendente, dada sua alta concentração de açúcares e
ingredientes hiperpalatáveis. Quem nunca se viu tentado a comer apenas um
biscoito e acabou devorando o pacote inteiro?
De fato, resistir a
esse tipo de alimento é uma tarefa difícil, como indicam pesquisas. Uma análise
abrangente de 281 estudos realizados em 36 países revelou que os alimentos
ultraprocessados podem ser tão viciantes quanto o tabaco.
Eles podem levar até
mesmo a sintomas de abstinência e casos mais graves, inclusive morte.
Esses alimentos são
formulados com componentes que estimulam o cérebro a desejar mais, graças às
altas doses de açúcares e gorduras saturadas.
É notável que
alimentos naturais ricos em carboidratos, como batata e arroz, contêm pouca
gordura, enquanto fontes de gorduras saudáveis, como abacate e nozes, contêm
mínimos carboidratos.
Agora, imagine
alimentos que combinam altos teores de gordura e carboidratos, adicionados de
aditivos destinados a intensificar ainda mais o aroma, sabor e textura. É isso
que está por trás dos excessos alimentares.
Diante desse panorama,
aprimorar a rotulagem, regular o marketing e promover o acesso a alimentos in
natura e diminuir os alimentos ultraprocessados são estratégias cruciais para a
população.
• Como driblar os alimentos
ultraprocessados?
Evitar os alimentos
ultraprocessados pode ser difícil, mas existem algumas dicas que funcionam.
Por exemplo, reserve
um tempo para planejar suas refeições, algo para evitar comer os processados
por conveniência. Ainda, ajuda a incluir variedades como legumes, frutas, grãos
integrais, proteínas magras e laticínios com baixo teor de gordura.
E, claro, preparar
suas refeições em casa permite controlar os ingredientes e evitar aditivos
prejudiciais.
Além disso, ao ir ao
supermercado, foque nas seções de alimentos frescos, evitando as áreas de
alimentos ultraprocessados e embalados. Como diz o ditado, “longe dos olhos,
longe do coração”.
Enquanto isso, ter uma
consciência sobre as compras é algo essencial. Ao escolher produtos embalados,
verifique os rótulos e opte por aqueles com ingredientes mínimos e conhecidos.
Evite alimentos com uma longa lista de aditivos, conservantes e ingredientes
artificiais.
Sempre que possível,
opte por alimentos integrais. Mesmo aqueles que parecem comuns, como arroz,
podem ser prejudiciais em grandes quantidades. Procure sempre pelos grãos.
No dia a dia, tente
evitar fast food, que também se encaixa no conceito de alimentos ultraprocessados.
E se for comer, procure porções menores do que o costume, para não exagerar.
• Tenha cuidado com as informações
Por outro lado, apesar
de ser importante conscientizar sobre os alimentos ultraprocessados, é
fundamental ter equilíbrio.
Além de ter boas
escolhas, também é essencial não cair no que é conhecido como “terrorismo
nutricional”.
Essa prática costuma
demonizar certos grupos alimentares, promovendo uma abordagem extremista que
pode levar a sentimentos de culpa, ansiedade e até mesmo distúrbios
alimentares.
Em vez disso, é
importante cultivar uma relação saudável e compassiva com a comida,
reconhecendo que a alimentação vai além de simplesmente nutrir o corpo.
Permitir-se comer algo
processado ocasionalmente e desfrutar de alimentos que trazem prazer é parte
integrante de uma alimentação equilibrada. Além disso, se privar pode tornar a
dieta insustentável a longo prazo e levar a episódios de compulsão alimentar.
Em vez de adotar uma
mentalidade de “tudo ou nada”, é mais benéfico concentrar-se em escolhas
alimentares consistentemente saudáveis no dia a dia, enquanto ainda se permite
flexibilidade e moderação.
Isso pode incluir
desfrutar de uma sobremesa ocasional, compartilhar uma refeição ultraprocesada
com amigos ou familiares e apreciar alimentos que significam algo.
Além disso, é
importante lembrar que cada pessoa é única e tem necessidades e preferências
individuais quando se trata de alimentação. O que funciona para uma pessoa pode
não funcionar para outra, e é fundamental respeitar essa diversidade.
O importante mesmo é
ter uma alimentação saudável, livre de excessos, de maneira equilibrada, com
moderação e, acima de tudo, consciência. Dessa forma, você não cairá em vícios
e conseguirá aproveitar de tudo.
Fonte: Metrópoles
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