segunda-feira, 25 de março de 2024

O prejuízo econômico da pirataria e do contrabando no Brasil: R$160 bilhões são perdidos anualmente

A batalha contra a pirataria é um desafio persistente em nossa sociedade, e a reprodução não autorizada de produtos, o uso inadequado de propriedade intelectual e a violação dos direitos autorais de obras intelectuais representam sérios problemas para o país. Anualmente, a pirataria e o contrabando causam um prejuízo econômico estimado em R$ 160 bilhões ao Brasil. Diante desse cenário, torna-se imperativo adotar medidas efetivas de combate à pirataria para mitigar as consequências prejudiciais dessa prática.

A importância do combate à pirataria reside em diversos aspectos. Essa prática está profundamente enraizada nos hábitos da população, abrangendo desde jogos eletrônicos até roupas e acessórios, caracterizados pelo atrativo de preços mais baixos. No entanto, é crucial modificar esses comportamentos, uma vez que a pirataria prejudica toda a sociedade. Além de impactar negativamente o comércio legítimo, a pirataria contribui para: Diminuição da arrecadação de impostos; Redução na criação de empregos; Estímulo ao crime organizado; Oferta de produtos de baixa qualidade, podendo resultar em acidentes, intoxicações e outros problemas para os consumidores.

Assim, embora a pirataria muitas vezes possa parecer inofensiva, suas consequências são graves. Combater essa prática torna-se um papel fundamental para as empresas legalizadas que fornecem produtos originais. Diante desse cenário, quais são as principais estratégias de combate à pirataria?

Um dos principais motivos pelos quais os consumidores optam por produtos pirateados é o preço mais acessível. Portanto, uma medida crucial no combate à pirataria é a realização de campanhas de conscientização do consumidor em conjunto com a orientação sobre como identificar produtos falsificados, pois ao se apresentar a situação de maneira abrangente e destacar os problemas dessa prática, é possível educar os consumidores para que abandonem esse hábito.

Outra estratégia adotada são as ações governamentais de combate à pirataria, O Conselho Nacional de Combate à Pirataria - CNCP, desempenha um papel extremamente relevante na abordagem desse desafio, sua responsabilidade envolve a aplicação de métodos e o desenvolvimento de diretrizes para combater a pirataria, a sonegação fiscal e as violações à propriedade intelectual. Dessa forma, o CNCP contribui propondo ações repressivas, educativas e econômicas que abrangem toda a sociedade nesse contexto.

Por último e não menos importante, outra prática essencial é a de combinação de medidas administrativas, como o reforço das fiscalizações nas alfândegas, medidas judiciais, relacionadas às esferas criminal e cível para fortalecer o combate à pirataria e ações policiais na repressão destes crimes.

O DEIC, que corresponde ao Departamento Estadual de Investigações Criminais, é um órgão de execução da Polícia Civil do estado de São Paulo. Enquanto unidade de inteligência policial, desempenha um papel crucial em diversas áreas, como cibernética, patrimônio, fraudes, violência, narcotráfico, propriedade intelectual, direitos de personalidade e privacidade, além de abordar questões relacionadas à lavagem ou ocultação de ativos ilícitos.

Sua principal missão é conduzir atividades de polícia judiciária para investigar crimes com autoria conhecida e desconhecida. Além disso, é responsável por planejar e realizar ações estratégicas visando reprimir o crime organizado no Estado de São Paulo.

Recentemente, em uma dessas ações, realizaram a apreensão de mais de 30 mil bolsas falsificadas em depósito na Rua Augusta no centro de São Paulo. De acordo com o delegado Wagner Carrasco, elas estavam armazenadas em um depósito no subsolo de um prédio e abasteciam lojas do comércio popular. Para retirá-las do local foi necessário o uso de uma van e dois caminhões ficaram lotados com as mercadorias.

Segundo informações da polícia, o indivíduo responsável por esse armazenamento foi identificado, conduzido até o DEIC, interrogado, prestou esclarecimentos e enfrentará acusações por crime contra a propriedade industrial. Esse crime tem impactos negativos no setor comercial, a venda de produtos desse tipo em estabelecimentos afeta aqueles que operam legalmente, especialmente no que diz respeito à concorrência desleal, e com relação à questão tributária, declara o delegado.

Ações conjuntas de combate à pirataria realizadas pela Polícia Civil do Estado de São Paulo através do DEIC e pela Prefeitura Municipal de São Paulo focam na comercialização de produtos contrafeitos que além dos problemas relacionados à violação de propriedade intelectual e sonegação de impostos, apresentam sérios riscos para os consumidores.

Desta feita, temos que a pirataria acarreta prejuízos para todos os envolvidos: o consumidor, exposto a produtos de qualidade questionável; a indústria, que enfrenta queda nas vendas e redução nos investimentos e empregos; os comerciantes e importadores que operam dentro da legalidade, sofrendo com a concorrência desleal; e os governos, que experimentam uma diminuição na arrecadação. A única entidade beneficiada é o crime organizado, que obtém lucros substanciais por meio do comércio ilegal no Brasil, existindo ainda informações indicando que a comercialização desse tipo e a prática de pirataria podem financiar outros delitos, alguns de natureza mais grave.

 

       Estudo mostra que avisos antipirataria podem na verdade desencadear mais pirataria

 

Pesquisadores da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, descobriram que aquelas clássicas mensagens ameaçadoras de aviso contra a pirataria, podem, na verdade, estimular as pessoas a piratear. Mais especificamente, os homens.

Na pesquisa, foi definida pirataria como o ato de baixar conteúdo digital por meios não autorizados. Enquanto que as mulheres tendem geralmente a responder de forma propositiva as mensagens anti-pirataria (não fazendo o download de nada), os homens, por outro lado, baixavam ainda mais.

Para Kate Whitman,  economista comportamental da Universidade de Portsmouth e uma das autoras do estudo, esse já era um comportamento esperado.

"Já sabemos que existem muitas diferenças de gênero na pirataria, já que os homens tendem a piratear mais do que as mulheres - eles acham que é mais aceitável e de baixo risco. O que queríamos examinar nesta pesquisa é se as mensagens para combater a pirataria tinham um efeito diferente em homens e mulheres."

Os pesquisadores analisaram o comportamento de 962 adultos por meio de três tipos de mensagens anti-pirataria diferentes: uma mais calma, e com um tom mais educacional e social, e duas ameaçadoras, alertando para consequências legais e de segurança da pirataria digital.

A mensagem mais “fofa”, digamos, não teve nenhum efeito perceptível nos níveis de pirataria, mas o jogo muda nas mensagens mais agressivas, com cada gênero respondendo de forma substancialmente diferente. Enquanto que as mensagens ameaçadoras apresentaram uma queda de 52% nas taxas de download para as mulheres, nos homens elas tiveram um aumento de 18%.

"A pesquisa mostra que mensagens anti-pirataria podem inadvertidamente aumentar a pirataria, o que é um fenômeno conhecido como reatância psicológica", diz Whitman em comunicado à imprensa.

O efeito da reatância psicológica é um fenômeno na qual as pessoas tendem a apresentar comportamentos mais resistentes quando sentem sua liberdade sendo ameaçada de alguma forma. A pesquisa explica que do ponto de vista da psicologia evolutiva, homens geralmente têm uma reação mais forte quando sua liberdade é ameaçada e, portanto, costumam fazer o contrário.

Para os pesquisadores, o estudo mostra a necessidade de se utilizar abordagens personalizadas para cada gênero, já que homens e mulheres processam as informações e mensagens de maneiras diferentes.

"Claramente, há uma necessidade de uma abordagem personalizada na mensagem anti-pirataria, mas se as mensagens não puderem ser direcionadas com precisão para gêneros específicos, é melhor evitá-las porque podem fazer a pirataria disparar."

 

       Polícia suspeita que bicheiro subornou para reaver máquina de cigarro

 

A Corregedoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro suspeita que a máquina de fabricação de cigarros que desapareceu da Cidade da Polícia tenha sido devolvida ao grupo do bicheiro Adilson Coutinho Oliveira Filho, o Adilsinho, mediante pagamento de propina.

O equipamento foi apreendido em julho de 2022 em uma fábrica ilegal de cigarros, em Duque de Caxias, cidade na Baixada Fluminense onde o grupo de Adilsinho atua. A máquina, que pesa 5 toneladas, tem 6 metros e consegue produzir 2,5 mil cigarros por minuto, estava guardada no depósito de bens apreendidos da Delegacia de Cargas, de onde desapareceu.

Como a coluna mostrou nesta sexta-feira (22/3), pelo menos dois policiais são alvo da investigação da Corregedoria da Polícia Civil.

A máquina desapareceu em fevereiro de 2023 da Cidade da Polícia. A corporação disse à imprensa só ter percebido o sumiço quatro meses depois, e somente cinco meses após descobrir o desaparecimento foi aberta uma investigação. O caso foi revelado pelos jornalistas Adriana Cruz, Leslie Leitão e Gabriela Moreira.

•        Policiais são suspeitos de roubar máquina de cigarros de 5 toneladas

A máquina, que pesa cinco toneladas e mede seis metros, desapareceu em fevereiro de 2023 da Cidade da Polícia, e a corporação só deu conta depois de quatro meses. A corregedoria ainda demorou cinco meses após a descoberta do sumiço para instaurar investigação. O caso foi revelado pelos jornalistas Adriana Cruz, Leslie Leitão e Gabriela Moreira.

O equipamento foi apreendido em julho de 2022, em uma fábrica de cigarros ilegal, em Duque de Caxias, cidade na Baixa Fluminense, e consegue produzir 2,5 mil cigarros por minuto.

Por determinação da 3ª Vara do Trabalho de Caxias, o equipamento, que estava na parte dos fundos da Cidade da Polícia, no depósito de bens apreendidos da Delegacia de Cargas, foi posto à venda em um leilão, em fevereiro de 2023, e parte do valor iria para projetos sociais.

 

Fonte: Agencia Estado/Superinteressante

 

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