quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Quais são suas razões para acreditar ou não acreditar no dilúvio descrito na bíblia?

O dilúvio bíblico teria ocorrido em toda a Terra.

Não existem provas geológicas de que tal tenha acontecido alguma vez em toda a história da humanidade.

Mas, embora a a estória da Arca de Noé não tenha acontecido como está na bíblia, há uma ponta de verdade nessa estória.

A versão da bíblia é uma cópia quase descaradamente literal de uma das passagens do Épico de Gilgamesh (séc. 23 antes do Cristo) e essa passagem é baseada numa lenda que, por sua vez, se baseou num acontecimento real.

Foi uma inundação do rio Eufrates, cerca de 200 quilómetros a sudoeste da actual Baghdad. Todas as primaveras o Eufrates inundava. Mas segundo a arqueologia, por volta do ano 2900 a.C., houve uma tempestade que durou 6 dias e o rio subiu mais quase 7 metros acima do nível normal da inundação. Morreu muita gente e um dos sobreviventes foi um rei sumério chamado Ziusudra, que fretou uma barca comercial, a enchei de comida e animais e conseguiu escapar. Tudo isto se converteu numa lenda, temperada com outros detalhes.

Mais nada!!!

Não foi uma inundação global. Apenas uma grande, grande inundação local que depois foi decorada com detalhes de mitologia.

 

       Como Noé domava os animais na arca que ele construiu?

 

Se a mitologia fosse verdade, não seria mitologia. Bem, mas considerando ser essa uma "coisa" que aconteceu em algum momento, é latente que Noé não teria quaisquer condições de adestrar, amansar ou mesmo frear a fome de um predador que está do lado da sua presa. Além disso, se por algum motivo maluco Noé conseguisse tal façanha, o gás metano dentro da embarcação seria outro problema grave. Depois, a alimentação para todos os presentes, doenças, etc.

 

       Quais são as evidências do dilúvio (bíblico)?

 

Nenhuma.

E isso é tão certo e verdadeiro, que se você pegar "geólogos diluvistas", você não vai encontrar dois deles concordando, por exemplo, sobre qual camada geológica representaria a lama que teria coberto o mundo no dilúvio.

Alguns afirmam que a deposição de fósseis em camadas é uma das provas do dilúvio, só que quando você tem uma catástrofe que envolve um dilúvio, os corpos dos animais não se separam em camadas, mas formam uma bagunça. Aliás, este foi um dos problemas notados por Leonardo Da Vinci, quando subiu uma montanha na Itália e apontaram para ele que as conchas que estavam lá tinham sido depositadas pelo dilúvio. Se fosse o caso, então elas não poderiam estar organizadas em camadas.

Outro problema acontece com os que alegam que todas as camadas geológicas são resultado da deposição do dilúvio, que é o fato que algumas destas camadas tem areia de deserto, que nunca viu água durante milhares de anos, a ponto de as poucas chuvas que caíram deixaram marcas fossilizadas.

E não só marcas de chuva, mas trilhas de pegadas de animais. Que animal é esse que consegue caminhar no fundo do depósito de água turbulenta do dilúvio e deixar uma trilha? Quer dizer, ele estava morto afogado e também estava caminhando tranquilamente, ou fugindo de um predador para salvar a própria pele? Não dá para fazer as duas coisas, ou você está morto afogado e não deixa pegadas, ou então você não está debaixo d'água, e não tem dilúvio, e você está procurando comida ou fugindo de um predador. E deixando pegadas.

 

       Existe alguma lógica científica na história da Arca de Noé?

 

Qualquer pessoa que passou mais de dois minutos dentro de um prédio de confinamento de porcos/aves em uma fazenda sabe que toda a história sobre a Arca de Noé só pode ser literalmente um conto de fadas com fundo moral.

É por isso que no parque temático de Ken Ham a arca está cheia com animais animatrônicos, e não com bichos reais. Em poucos dias, o ar da arca falsa se tornaria mortal devido à amônia acumulada.

Isso é o que acontece em chiqueiros de porcos. Os criadores gastam muito dinheiro em sistemas de ventilação e equipamentos de manuseio de esterco.

Se os chiqueiros não tiverem grandes exaustores para ventilação, os porcos morrem rapidamente.

 

       Por que as notícias da arca de Noé são falsas?

 

Relatos de inundações semelhantes ao dilúvio bíblico são mais antigos que a própria Torá, o que sugere possíveis bases históricas. Mas os especialistas discordam sobre a veracidade dos eventos e a localização exata da tal arca, enquanto os criacionistas perpetuam a busca.

O debate destaca a complexidade entre a fé religiosa, interpretações literais e métodos científicos na busca por relíquias bíblicas. A propósito, a história da arca um relato bíblico. Não há evidências científicas que o comprovem. De acordo com a Bíblia Matusalém foi o homem mais longevo (969 anos). Parece crível?

 

       O "Grande Dilúvio" descrito na Bíblia ocorreu em alguma parte do mundo específica ou no planeta todo?

 

Ocorreu no planeta todo.

E a ciência vem fornecendo evidências.

Em 2014 foi divulgada na prestigiada revista Science (posteriormente também pela Revista Galileu) a descoberta científica feita por um grupo de pesquisadores liderados pelo geofísico Steve Jacobsen, da Universidade Northwestern, sobre um oceano subterrâneo escondido a 660 km abaixo da crosta terrestre, na zona de transição do manto, e armazenado num tipo de mineral "esponjoso" chamado ringwoodite. O ringwoodite, que tem a propriedade de absorver a água em 1,5% do seu peso devido à sua estrutura cristalina, pode armazenar tanta água que estima-se que a zona de transição, entre 410 e 660 Km, possa conter 3 vezes os oceanos da Terra!

Segundo o Dr. Jacobsen a descoberta sugere inclusive que a água existente na superfície da Terra deve ter se originado do seu interior ao invés de ter sido trazida por meteoritos congelados e isso se harmoniza perfeitamente com o relato bíblico sobre o dilúvio em Gênesis 7:11 que diz que "naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram" sugerindo a origem das águas do dilúvio simultaneamente a partir da chuva e de uma atividade geológica que teria sido responsável por "romper as fontes do abismo", isto é, trazer as águas do oceano subterrâneo para a superfície causando uma inundação global. Com o tempo essas águas poderiam ter retornado para o oceano subterrâneo por processos naturais.

A pesquisa foi feita utilizando dados do USArray, uma rede de sismógrafos americana, que mede as vibrações de terremotos e os pesquisadores se basearam no estudo de uma região que se estende no subsolo dos Estados Unidos.

No Brasil foi descoberto o Aquífero de Alter do Chão - outro megaoceano abaixo da terra que contém cerca de 80% de toda a água da floresta amazônica e que se estende pelas bacias do Marajó, Amazonas, Solimões e Acre.

A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) que puderam comprovar as suspeitas de um reservatório de água no lugar, desde 1950, quando técnicos da Petrobrás encontraram os primeiros vestígios.

Este aquífero possui reservas hídricas estimadas preliminarmente em 162.520 km³, sendo a maior que se tem conhecimento no planeta pois são mais de 150 quatrilhões de litros de água. Uma quantidade de água tão absurda que seria capaz de abastecer todo o planeta por 250 anos!

No final de 2013, foram descobertos vários aquíferos de grandes proporções na África, Austrália, China e também na América do Norte. Aquíferos esses que possuíam, no conjunto, um volume de 500.000 km³ de água.

Existem mais de 100 aquíferos espalhados pelo mundo e, em 2015, foi mapeada sua distribuição global conhecida até então, estimando-se que esses aquíferos somavam 23,4 milhões de km³ de água. O suficiente para cobrir toda a superfície da Terra com uma camada de 180 metros de profundidade, segundo concluiu o estudo canadense publicado na revista científica "Nature Geoscience".

Recentemente um estudo apontou que há 3,2 bilhões de anos, antes do surgimento da vida, o nosso planeta já foi completamente coberto de água confirmando aquilo que é dito em Gênesis 1:2 e II Pedro 3:5.

Essa água excedente que não vemos mais é a água armazenada na zona de transição do manto da Terra e nos aquíferos que vem sendo descobertos nas últimas décadas.

Logo, não é fisicamente impossível ter havido o dilúvio.

A quantidade de água necessária para o dilúvio, considerando o diâmetro da Terra no equador de 12.756,8 km e a altura do Monte Everest 8.848 m, seria de 4,525•10²¹ L (quatro sextilhões de litros de água). E a quantidade total de água na superfície do planeta terra somando todos os oceanos, mares, lagos, pântanos, gelo, reserva atmosférica, umidade do solo e neve, é de 1,3495•10²¹ litros.

Somando a quantidade que dispomos (1,3495 sextilhões) à quantidade dos aquíferos subterrâneos (0,0234 sextilhões), obtemos 1,3729 sextilhões de litros que ainda é 3,35 menos do que o necessário para o dilúvio.

Mas a capacidade de retenção de água na zona de transição do manto foi estimada em aproximadamente 3 vezes os oceanos da Terra (3 × 1,3249×10²¹L = 3,9747×10²¹L).

Somando 1,3729×10²¹L + 3,9747×10²¹L = 5,3476×10²¹L (um pouco mais do que o dilúvio exige).

Portanto, além da água da superfície e da atmosfera, a água restante necessária para promover o dilúvio pode ter vindo dos aquíferos subterrâneos que, a exemplo do aquífero de ringwoodite e do aquífero brasileiro, vêm sendo descobertos recentemente e teriam capacidade de fornecer tranquilamente água mais do que suficiente para uma inundação global.

Quantos mais desses oceanos subterrâneos podem ainda estar ocultos aos nossos olhos?

Quanto tempo mais levarão os incrédulos para crer na Palavra de Deus à medida que as evidências científicas vão se acumulando em favor dela?

 

       De acordo com a Bíblia, a humanidade está na Terra há cerca de 5.000 anos. Como posso estar errado?

 

Geralmente as pessoas utilizam as genealogias bíblicas para estabelecerem um calculo da idade da Terra. Então alguns estudiosos defendam que segundo a Bíblia a terra teria cerca de 7 mil anos. Porém, devemos considerar que as genealogias registradas na Bíblia não possuem o propósito de estabelecer uma idade para a terra. O objetivo principal das genealogias é informar o estabelecimento uma linhagem.

Entendendo dessa forma, é fácil percebermos que as genealogias muito provavelmente estão considerando apenas as referências principais dentro dessa linhagem. Alguns intérpretes consideram que isso seria algo parecido com dinastias. Isso significa que é possível que nelas estejam citados apenas os personagens mais relevantes de uma determinada linhagem.

Isso significa que em alguns casos quando uma determinada genealogia diz que A gerou B, não necessariamente implica numa relação de pai para filho, mas simplesmente de ancestral. Um desses casos pode ser identificado quando comparamos Mateus 1:8 com 2 Reis 8:25; 11:2; 14:1-21, ou outras referências do Livro de Cronicas.

 

Fonte: Quora

 

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