Quais são suas razões para acreditar ou não
acreditar no dilúvio descrito na bíblia?
O dilúvio bíblico
teria ocorrido em toda a Terra.
Não existem provas
geológicas de que tal tenha acontecido alguma vez em toda a história da
humanidade.
Mas, embora a a
estória da Arca de Noé não tenha acontecido como está na bíblia, há uma ponta
de verdade nessa estória.
A versão da bíblia é
uma cópia quase descaradamente literal de uma das passagens do Épico de
Gilgamesh (séc. 23 antes do Cristo) e essa passagem é baseada numa lenda que,
por sua vez, se baseou num acontecimento real.
Foi uma inundação do
rio Eufrates, cerca de 200 quilómetros a sudoeste da actual Baghdad. Todas as
primaveras o Eufrates inundava. Mas segundo a arqueologia, por volta do ano
2900 a.C., houve uma tempestade que durou 6 dias e o rio subiu mais quase 7 metros
acima do nível normal da inundação. Morreu muita gente e um dos sobreviventes
foi um rei sumério chamado Ziusudra, que fretou uma barca comercial, a enchei
de comida e animais e conseguiu escapar. Tudo isto se converteu numa lenda,
temperada com outros detalhes.
Mais nada!!!
Não foi uma inundação
global. Apenas uma grande, grande inundação local que depois foi decorada com
detalhes de mitologia.
Como Noé domava os animais na arca que
ele construiu?
Se a mitologia fosse
verdade, não seria mitologia. Bem, mas considerando ser essa uma
"coisa" que aconteceu em algum momento, é latente que Noé não teria
quaisquer condições de adestrar, amansar ou mesmo frear a fome de um predador
que está do lado da sua presa. Além disso, se por algum motivo maluco Noé
conseguisse tal façanha, o gás metano dentro da embarcação seria outro problema
grave. Depois, a alimentação para todos os presentes, doenças, etc.
Quais são as evidências do dilúvio
(bíblico)?
Nenhuma.
E isso é tão certo e
verdadeiro, que se você pegar "geólogos diluvistas", você não vai
encontrar dois deles concordando, por exemplo, sobre qual camada geológica
representaria a lama que teria coberto o mundo no dilúvio.
Alguns afirmam que a
deposição de fósseis em camadas é uma das provas do dilúvio, só que quando você
tem uma catástrofe que envolve um dilúvio, os corpos dos animais não se separam
em camadas, mas formam uma bagunça. Aliás, este foi um dos problemas notados
por Leonardo Da Vinci, quando subiu uma montanha na Itália e apontaram para ele
que as conchas que estavam lá tinham sido depositadas pelo dilúvio. Se fosse o
caso, então elas não poderiam estar organizadas em camadas.
Outro problema
acontece com os que alegam que todas as camadas geológicas são resultado da
deposição do dilúvio, que é o fato que algumas destas camadas tem areia de
deserto, que nunca viu água durante milhares de anos, a ponto de as poucas
chuvas que caíram deixaram marcas fossilizadas.
E não só marcas de
chuva, mas trilhas de pegadas de animais. Que animal é esse que consegue
caminhar no fundo do depósito de água turbulenta do dilúvio e deixar uma
trilha? Quer dizer, ele estava morto afogado e também estava caminhando
tranquilamente, ou fugindo de um predador para salvar a própria pele? Não dá
para fazer as duas coisas, ou você está morto afogado e não deixa pegadas, ou
então você não está debaixo d'água, e não tem dilúvio, e você está procurando
comida ou fugindo de um predador. E deixando pegadas.
Existe alguma lógica científica na
história da Arca de Noé?
Qualquer pessoa que
passou mais de dois minutos dentro de um prédio de confinamento de porcos/aves
em uma fazenda sabe que toda a história sobre a Arca de Noé só pode ser
literalmente um conto de fadas com fundo moral.
É por isso que no
parque temático de Ken Ham a arca está cheia com animais animatrônicos, e não
com bichos reais. Em poucos dias, o ar da arca falsa se tornaria mortal devido
à amônia acumulada.
Isso é o que acontece
em chiqueiros de porcos. Os criadores gastam muito dinheiro em sistemas de
ventilação e equipamentos de manuseio de esterco.
Se os chiqueiros não
tiverem grandes exaustores para ventilação, os porcos morrem rapidamente.
Por que as notícias da arca de Noé são
falsas?
Relatos de inundações
semelhantes ao dilúvio bíblico são mais antigos que a própria Torá, o que
sugere possíveis bases históricas. Mas os especialistas discordam sobre a
veracidade dos eventos e a localização exata da tal arca, enquanto os
criacionistas perpetuam a busca.
O debate destaca a
complexidade entre a fé religiosa, interpretações literais e métodos
científicos na busca por relíquias bíblicas. A propósito, a história da arca um
relato bíblico. Não há evidências científicas que o comprovem. De acordo com a
Bíblia Matusalém foi o homem mais longevo (969 anos). Parece crível?
O "Grande Dilúvio" descrito na
Bíblia ocorreu em alguma parte do mundo específica ou no planeta todo?
Ocorreu no planeta
todo.
E a ciência vem
fornecendo evidências.
Em 2014 foi divulgada
na prestigiada revista Science (posteriormente também pela Revista Galileu) a
descoberta científica feita por um grupo de pesquisadores liderados pelo
geofísico Steve Jacobsen, da Universidade Northwestern, sobre um oceano
subterrâneo escondido a 660 km abaixo da crosta terrestre, na zona de transição
do manto, e armazenado num tipo de mineral "esponjoso" chamado
ringwoodite. O ringwoodite, que tem a propriedade de absorver a água em 1,5% do
seu peso devido à sua estrutura cristalina, pode armazenar tanta água que
estima-se que a zona de transição, entre 410 e 660 Km, possa conter 3 vezes os
oceanos da Terra!
Segundo o Dr. Jacobsen
a descoberta sugere inclusive que a água existente na superfície da Terra deve
ter se originado do seu interior ao invés de ter sido trazida por meteoritos
congelados e isso se harmoniza perfeitamente com o relato bíblico sobre o dilúvio
em Gênesis 7:11 que diz que "naquele mesmo dia se romperam todas as fontes
do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram" sugerindo a origem das
águas do dilúvio simultaneamente a partir da chuva e de uma atividade geológica
que teria sido responsável por "romper as fontes do abismo", isto é,
trazer as águas do oceano subterrâneo para a superfície causando uma inundação
global. Com o tempo essas águas poderiam ter retornado para o oceano
subterrâneo por processos naturais.
A pesquisa foi feita
utilizando dados do USArray, uma rede de sismógrafos americana, que mede as
vibrações de terremotos e os pesquisadores se basearam no estudo de uma região
que se estende no subsolo dos Estados Unidos.
No Brasil foi
descoberto o Aquífero de Alter do Chão - outro megaoceano abaixo da terra que
contém cerca de 80% de toda a água da floresta amazônica e que se estende pelas
bacias do Marajó, Amazonas, Solimões e Acre.
A descoberta foi feita
por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) que puderam comprovar
as suspeitas de um reservatório de água no lugar, desde 1950, quando técnicos
da Petrobrás encontraram os primeiros vestígios.
Este aquífero possui
reservas hídricas estimadas preliminarmente em 162.520 km³, sendo a maior que
se tem conhecimento no planeta pois são mais de 150 quatrilhões de litros de
água. Uma quantidade de água tão absurda que seria capaz de abastecer todo o planeta
por 250 anos!
No final de 2013,
foram descobertos vários aquíferos de grandes proporções na África, Austrália,
China e também na América do Norte. Aquíferos esses que possuíam, no conjunto,
um volume de 500.000 km³ de água.
Existem mais de 100
aquíferos espalhados pelo mundo e, em 2015, foi mapeada sua distribuição global
conhecida até então, estimando-se que esses aquíferos somavam 23,4 milhões de
km³ de água. O suficiente para cobrir toda a superfície da Terra com uma camada
de 180 metros de profundidade, segundo concluiu o estudo canadense publicado na
revista científica "Nature Geoscience".
Recentemente um estudo
apontou que há 3,2 bilhões de anos, antes do surgimento da vida, o nosso
planeta já foi completamente coberto de água confirmando aquilo que é dito em
Gênesis 1:2 e II Pedro 3:5.
Essa água excedente
que não vemos mais é a água armazenada na zona de transição do manto da Terra e
nos aquíferos que vem sendo descobertos nas últimas décadas.
Logo, não é
fisicamente impossível ter havido o dilúvio.
A quantidade de água
necessária para o dilúvio, considerando o diâmetro da Terra no equador de
12.756,8 km e a altura do Monte Everest 8.848 m, seria de 4,525•10²¹ L (quatro
sextilhões de litros de água). E a quantidade total de água na superfície do
planeta terra somando todos os oceanos, mares, lagos, pântanos, gelo, reserva
atmosférica, umidade do solo e neve, é de 1,3495•10²¹ litros.
Somando a quantidade
que dispomos (1,3495 sextilhões) à quantidade dos aquíferos subterrâneos
(0,0234 sextilhões), obtemos 1,3729 sextilhões de litros que ainda é 3,35 menos
do que o necessário para o dilúvio.
Mas a capacidade de
retenção de água na zona de transição do manto foi estimada em aproximadamente
3 vezes os oceanos da Terra (3 × 1,3249×10²¹L = 3,9747×10²¹L).
Somando 1,3729×10²¹L +
3,9747×10²¹L = 5,3476×10²¹L (um pouco mais do que o dilúvio exige).
Portanto, além da água
da superfície e da atmosfera, a água restante necessária para promover o
dilúvio pode ter vindo dos aquíferos subterrâneos que, a exemplo do aquífero de
ringwoodite e do aquífero brasileiro, vêm sendo descobertos recentemente e teriam
capacidade de fornecer tranquilamente água mais do que suficiente para uma
inundação global.
Quantos mais desses
oceanos subterrâneos podem ainda estar ocultos aos nossos olhos?
Quanto tempo mais
levarão os incrédulos para crer na Palavra de Deus à medida que as evidências
científicas vão se acumulando em favor dela?
De acordo com a Bíblia, a humanidade está
na Terra há cerca de 5.000 anos. Como posso estar errado?
Geralmente as pessoas
utilizam as genealogias bíblicas para estabelecerem um calculo da idade da
Terra. Então alguns estudiosos defendam que segundo a Bíblia a terra teria
cerca de 7 mil anos. Porém, devemos considerar que as genealogias registradas
na Bíblia não possuem o propósito de estabelecer uma idade para a terra. O
objetivo principal das genealogias é informar o estabelecimento uma linhagem.
Entendendo dessa
forma, é fácil percebermos que as genealogias muito provavelmente estão
considerando apenas as referências principais dentro dessa linhagem. Alguns
intérpretes consideram que isso seria algo parecido com dinastias. Isso
significa que é possível que nelas estejam citados apenas os personagens mais
relevantes de uma determinada linhagem.
Isso significa que em
alguns casos quando uma determinada genealogia diz que A gerou B, não
necessariamente implica numa relação de pai para filho, mas simplesmente de
ancestral. Um desses casos pode ser identificado quando comparamos Mateus 1:8
com 2 Reis 8:25; 11:2; 14:1-21, ou outras referências do Livro de Cronicas.
Fonte: Quora
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