Por que
Jesus se irritou com os vendilhões no templo?
Há um
pouco de ficção nessa narrativa. Não há quaisquer dúvidas históricas de que o
famoso, primeiro e único Templo de Jerusalém tinha um significado especial,
principalmente, para os Judeus. Herodes o construiu como um tática política
para agradar Júlio César e, também ganhar moral com alguns Judeus
tradicionalistas religiosos, que eram da alta cúpula, ou seja, os Judeus que
tinham dinheiro para comprar cargos sarcedotais e, além de indicar algumas
pessoas para trabalharem no Templo com entretenimentos (músicas, cultos, o
local onde apenas o sumo sarcedote podia entrar, passeios nas demais divisões
do Templo com os turistas que, tinham curiosidades sobre aquela estrutura e
toda a história por trás da religião dos semitas).
Então, o
Templo era um local de comércio que fervilhava na época da páscoa, todos
ganhavam dinheiro, os romanos com a segurança, os judeus que vendiam animais
para o sacrifício e os sarcedotes, a maioria saduceus. Isso pode ser conferido
no livro "Zelota" de Reza Aslan. A fragilidade de uma confirmação
que, de fato, Jesus esteve no Templo e expulsou os vendedores parte somente da
bíblia, todo o resto é uma construção que visa sanar e justificar as muitas
lacunas sobre o motivo da crucificação de Jesus.
Portanto,
temos no livro supracitado, a consideração de que, Jesus era da corrente
Apocalíptica, e, de como o "zelotismo" (zelo pelas coisas de deus)
estava entranhado na crença dos Judeus pobres que, lutavam para ter de volta o
seu território e, claro, as tradições religiosas reparadas. Dessa forma, Jesus
teria entrado no Templo, na páscoa, e expulsado os vendilhões, afrontando os
soldados romanos e interferido diretamente na lucratividade dos envolvidos.
Como resultado, ele foi punido pelo crime de sedição e crucificado como um
indigente baderneiro.
Você acredita que Deus castiga?
Não.
Creio que
nós tratamos disso muito bem sozinhos.
Algumas
pessoas dizem que, se Deus fosse perfeito, o Mundo deveria ser perfeito.. e
tento imaginar o que seria o Mundo perfeito para essas pessoas… algo assim?
Algo cheio
de pequenas nuvens, talvez de algodão doce, e apenas populado por pequenos
anjinhos que são bonzinhos porque Deus os criou assim e acabou?
Seria isso
o "mundo perfeito"? Ou talvez aquele mundo… meio criacionista, meio
testemunha de Jeová..?
Em que
lobos e ovelhas se abraçam.. e ninguém se alimenta?
Desculpem,
mas isso não me parece nada um mundo perfeito. Apenas tolo.
Eu acho
que o Mundo está mais perto da perfeição tal como está, do que em qualquer
dessas imagens.
Pense bem,
no que seria um mundo perfeito… provavelmente seria um mundo sem humanos. Sem
sequer pessoas. Sem interesse. Nada perfeito.
Eu acho
que o mais importante é termos a possibilidade de nos construirmos a nós
próprios… e é nesse sentido que teremos sido criados à Sua semelhança: por
sermos criadores.
É isso que
torna o Mundo realmente perfeito!
Eu não
seria eu sem a revolta que as ditaduras, nazis ou comunistas, me causam. Sem o
pasmo que me causa pessoas apoiarem alguém como Chavez, chegando a dar o seu
nome a uma praça na Amadora… no mesmo momento em que recebemos refugiados das
suas políticas assassinas.
(acabei de
apagar dois parágrafos sobre a indignação que tal me causa)
Mas a
verdade é que, embora prefira ser definido pelo amor, se não fossem os pecados
(erros e assassínios) dessa gente… eu não seria eu.
A
moralidade humana não se aplica a Deus (e isto é um conceito que tem sido
distorcido para não se aplicar aos deuses, às elites que mandam…).
Porque
grande parte da nossa moralidade vem do fato de não sabermos, não termos como
saber, todas as consequências das nossas ações.
Deus, por
definição, sabe.
Se Deus
existir sabe que esta vida é um momento - o que acontece aqui importa apenas
enquanto nos forma, nos permite construirmos como pessoas.
Mas, acima
de tudo, Deus sabe melhor que nós o que precisamos.
Um pouco
como um pai pode insistir que um filho seja vacinado, por mais medo de agulhas
que o miúdo tenha!
São Paulo
abençoava a fraqueza pois, dizia, "é quando estou fraco que sou
forte."
Esta
necessidade de nos sentirmos fracos, desamparados, para irmos nós ao encontro
de Deus… é muito humana. E pode levar a que pareça um castigo aquilo que é
apenas um chamamento.
Afinal de
contas… se Deus existe, estar com Ele é a melhor coisa do Universo.
E um ser
omnipotente, omnisciente e tudo o mais com certeza arranjaria melhores maneiras
de nos castigar. Se o desejasse.
Por que Deus mandou matar?
Eu também
tinha essas dúvidas quando jovem.
Eu pensava
da seguinte maneira: mesmo que Deus seja apenas uma personagem criada pela
imaginação humana, por que razão Deus permite a existência do mal? Por que
razão ele ordenou genocídios? Por que as pessoas não são capazes de perceber
essa contradição tão óbvia?
Minha
mente começou a se abrir ao ler "Temor e Tremor" de Sören Aabye
Kierkegaard, um filósofo dinamarquês, considerado o primeiro filósofo
existencialista. Kierkegaard me deu uma explicação satisfatória para a
necessidade da religião. Pelo menos foi como eu interpretei o seu livro.
O senso
comum e da moralidade criam constantemente constrangimentos para quem deve
exercer o poder e a autoridade. O desenvolvimento social exige algo superior
que permita ao homem em posição de comando romper os limites da moralidade e do
senso comum. Apenas a religião permite dar esse salto extremamente arriscado e,
muitas vezes, destrutivo. Nós sobrevivemos nos escombros desses desastres.
Mas, ainda
me restava uma dúvida: por que razão é tão difícil para as pessoas perceberem
essa contradição? Se os filósofos sabem disso, por que o homem comum não é
capaz de entender?
Eu comecei
a achar a resposta para essa questão ao ler o livro "O Que é
Ideologia" de Marilena Chauí, em 1982. Na época, eu tinha 29 anos de idade
e esperava o nascimento do meu primeiro filho. Eu tinha uma enorme curiosidade
sobre o assunto, que eu desconhecia totalmente, mas não tinha muito tempo para
leituras. O livro, de pouco mais de cem páginas, me atraiu pela promessa de
esgotar o assunto rapidamente. Não imaginei até onde ele me levaria. O livro me
mostrou o quanto eu era ignorante sobre coisas básicas da filosofia. Isso me
deixou muito incomodado.
Tentando
me aprofundar um pouco mais no assunto, eu comprei o livro "A Dialética
Materialista: Categorias e Leis da Dialética" de Alexandre Cheptulin. Eu
imaginei que esse livro fosse uma espécie de introdução à dialética, dirigida a
pessoas que estavam iniciando a estudar o assunto. Mas, ao tentar ler o livro,
já no primeiro capítulo, eu percebi que não seria fácil.
Como
engenheiro, minha formação era positivista. Eu considerava os modelos
lógico-matemáticos as únicas ferramentas adequadas para a compreensão da
realidade. Os avanços da matemática, principalmente com o desenvolvimento da
teoria da complexidade (que à época era chamada teoria do caos) parecia indicar
que ela tinha respostas para tudo. Portanto, eu não tinha a ideia da
importância da dialética.
A
compreensão de como a consciência se desenvolve socialmente a partir da ação
humana sobre a natureza é fundamental para entender a sociedade e porque Deus é
necessário. Somente Deus tem o poder de autorizar os homens a usar a ideologia
para fazer com que as pessoas cooperem umas com as outras, em condições de
total desequilíbrio e injustiça. Sem isso, não haveria sociedades complexas.
Deus manda
matar e manda que os poderosos façam outras coisas ainda mais cruéis. Esse é o
mistério da fé.
Se Deus não queria que Adão e Eva
comessem do fruto proibido por que criou a tal árvore? Se o objetivo era apenas
testar sua obediência qual a necessidade disso se Deus é onisciente?
Toda essa
parte de Gênesis é uma grande poesia. O povo Hebreu, no cativeiro da Babilônia
(586 aC) se apropria dos Mitos desses povos e faz uma releitura, a Serpente
geralmente é símbolo de outros povos, e também da medicina. Como em tantos
Mitos, o homem/mulher desobedecem (superam) os deuses, se apropriando da
inteligência (em alguns Mitos se apropria do fogo, ou abre uma caixa do
conhecimento ou dos males).
"Assim,
a história de Adão e Eva, narrada tanto na Bíblia quanto no Alcorão, refere-se
a um suposto casal primordial criado por Deus, os primeiros seres a habitarem o
Planeta, o homem criado do barro e a mulher, sua metade complementar, gerada de
uma costela extraída dele. Mas, na realidade, este seria mais um símbolo
judaico-cristão e islâmico. A palavra ‘Adão’ vem do hebraico Adam, significando
‘ser humano, humanidade’, portanto dificilmente se referiria a um homem
específico."
Acredito
que para a época em que foi escrito, o Mito fazia sentido. Devo admitir que tem
mais coesão que outras lendas, onde a humanidade surge do sangue dos deuses e
que se rebela contra o criador tentando ou conseguindo matá-lo.
De
qualquer forma, a humanidade descobre o conhecimento e ganha a propriedade de
"duvidar" de Deus. Assim perde seu paraíso da ignorância e daí em
diante a busca pelo conhecimento nunca mais parou, o que te propiciou fazer
esse questionamento de agora.
Qual lenda judaica é abominada pelo
cristianismo?
Nas lendas
rabínicas, Lilith é a primeira esposa de Adão, ela assertivamente reivindica a
igualdade com seu parceiro. Lilith é despachada do jardim e uma esposa mais
complacente, Eva, toma seu lugar.
De forma
implícita em Gênesis 2:23 revela essa suposta ex-mulher de Adão:"Esta,
sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada ‘mulher’,
porquanto do ‘homem’ foi extraída”.
Dando a
entender que havia uma mulher que não era ossos dos ossos, nem carne da carne
de Adão. E que Adão não ousava a chamar de "Mulher".
Todos esperam um salvador ao invez de
agirem e fazerem a vida melhor!
- Os
indianos estão esperando por Kalki há 3.700 anos.
- Os
budistas estão esperando por Maitréia há 2.600 anos. -
- Os
judeus esperam pelo Messias há 2500 anos.
- Os
cristãos esperam por Jesus há 2000 anos.
- Sunnah
está esperando pelo Profeta Issa há 1400 anos.
- Os
muçulmanos esperam por um messias da linha de Maomé há 1300 anos.
- Os
xiitas estão esperando por Mandi há 1080 anos.
- Os
Drusos estão esperando por Hamza ibn Ali há 1000 anos.
A maioria
das religiões adota a ideia de um "salvador", e afirma que o mundo
continuará cheio de maldade até que esse salvador chegue e o encha de bondade e
justiça.
Talvez o nosso
problema neste planeta seja que as pessoas esperam que alguém venha resolver
seus problemas em vez de fazê-lo elas mesmas!
(Licença
poética - as pessoas esperam que alguém venha ser bom o suficiente porque elas
em sua maioria não querem ser.)
Fonte:
Quora
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