sábado, 3 de fevereiro de 2024

O cristianismo copiou outras religiões?

Usando a linguagem de hoje, o Cristianismo foi um "spin off" do judaísmo, uma corrente revisionista do judaísmo até então praticado.

Jesus se propôs a "reler" as escrituras e retomar seu sentido original, em contraposição às leis criadas pelos judeus que não estavam nas escrituras, mais de seiscentas, e que Jesus dizia serem leis dos homens, que preferiam segui-las às Leis de Deus.

Na essência o Cristianismo é o Judaísmo revisado, à luz do Novo Testamento, deixado pelo testemunho da vida do Cristo.

Não é exatamente uma cópia, Jesus não queria copiar, mas "atualizar" o judaísmo, mas como sabemos, isso não foi bem aceito por uma boa parcela dos judeus, e os poderosos de então deram um jeito de crucificá-lo. Ele se apresentou, e foi apresentado por seus seguidores, como o Messias, o Salvador dos Judeus, o que incomodou a muitos. Essa é principal diferença para com o Judaísmo: a crença no Messias, que veio para os Cristão, mas está por vir para os Judeus.

Mas seus ensinamentos permaneceram, graças ao Espírito Santo, conforme acreditam os Cristãos. Daí veio o Cristianismo.

Aliás, os primeiros "cristão" não se julgavam "cristãos", mas judeus, seguidores de Jesus, que era (e ainda é) reconhecido como um Mestre ou Rabino até por outros rabinos. O nome "cristianismo" só veio a aparecer tempos depois da morte (e ressurreição) de Cristo:

25 Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo. 26 Quando o encontrou, levou-o para Antioquia. Ali permaneceram com a igreja um ano inteiro, ensinando a muitas pessoas. Foi em Antioquia que os discípulos foram chamados de cristãos pela primeira vez. Atos 11.1-30

 

       Qual o dia mais importante para a Igreja Católica?

 

Ao contrário do que muitos pensam, não é o Natal, 25 de dezembro, onde se comemora o nascimento de Jesus (e onde os não praticamentes se preocupam mais com comidas e troca de presentes).

O período litúrgico mais importante é a Pascoa, a morte e ressurreição de Nosso Senhor, cujo ápice se dá justamente na ressurreição, símbolo da vitória sobre o mal e a morte, que é celebrada no Domingo de Páscoa.

Além de ser a principal celebração do ano litúrgico cristão, é também a mais antiga e importante festa cristã.

Páscoa ou Domingo da Ressurreição é uma festividade religiosa … que celebra a ressurreição de Jesus ocorrida ao terceiro dia após sua crucificação no Calvário.

A Páscoa cristã está ligada à Páscoa judaica pela data e também por muitos dos seus simbolismos centrais.

Difere muito do protestantismo cristão norte-americano, onde o Dia de Ação de Graças tem muitas vezes um peso maior até que o Natal.

 

       Por que a Igreja Romana decidiu não escolher os evangelhos de Tomé e Barnabé entre outros, quando compilou a Bíblia?

 

Porque são apócrifos, ou seja, tem origem e motivação duvidosa.

Desde o século II d.C. ideias gnósticas vindas principalmente do Egito (Maçonaria e Rosacruz são irmandades gnósticas) tentam envolver a Igreja em erro. Estes evangelhos citados e vários outros não cumprem os quesitos necessários para serem considerados "Sagradas Escrituras", bem como outros livros contemporâneos aos do Novo Testamento são importantes para a tradição e Magistério da Igreja, mas não atingiram o grau de confiança suficiente para serem reconhecidos no cânon.

Importante salientar que a Igreja Católica nunca tirou qualquer livro da "Biblia". Pelo contrário, todo o novo testamento foi escrito por católicos para católicos.

O que ocorreu foi o envolvimento de alguns destes católicos com heresias gnósticas produzindo livros incoerentes com as revelações de Cristo aos apóstolos e sua proposta de vida cristã.

Os Concilios Ecumênicos de Hipona, Cartago e Trento foram convocados pelo papa reinante justamente para combater livros e ideias alheias a Cristo que estavam contaminando a Igreja e, em todos concilios, se manteve a mesma coleção de 73 livros que se mantém até hoje.

Quem quiser entender melhor sobre estes livros e inclusive muitos outros desde o ministério de Cristo na Terra até o século IV d.C. há uma obra preservada que relata com grande riqueza de detalhes a História da Igreja Católica, a vida apostólica e magisterial dos apóstolos e pais da Igreja desde o chamado dos apóstolos por Cristo (narrado na bíblia) até o ano de 324 d.C. quando foi publicada "História Eclesiástica" de Eusébio de Cesareia. Nesta obra, iniciada em 311 d.C. apresenta uma pesquisa documental minunciosa sobre em torno de sete gerações de intelectuais que publicaram livros e prepararam discipulos para Cristo. Toda a obra é ricamente documentada com obras de referência preservadas até hoje e muitas obras raras em seu tempo que foram perdidas ao longo dos séculos.

A Editora Paulus publicou todos volumes da História Eclesiástica de Eusébio de Cesareia em lingua portuguesa em um único tomo da Coleção Patrística. Advirto que é quase impossível terminar a leitura desta obra sem professar com amor a fé católica. Muitos teólogos protestantes se convertem ao catolicismo romano ao estudar a Coleção Patrística, entendendo que encontrou a Verdade Revelada por Cristo. Isto é lindo e profundo!

 

       Os católicos usam vassoura atrás da porta, acendem velas, achando que Deus vai fazer o que?

 

É importante salientar que há uma certa discrepância entre o que a Doutrina Católica consolidada na Tradição, Magistério e Sagradas Escrituras traz como direção de vida e espiritualidade do que a maioria das pessoas efetivamente fazem em sua vida privada.

Para a Igreja e quem realmente tem compromisso com ela, é inconcebível qualquer forma de idolatria, que é a atribuição de poder divino a objetos ou entidades, o que inclui a maioria das superstições como colocar a vassoura atrás da porta na esperança que este ato promova mudança prática no curso das coisas. Isto é veementemente proibido, desaconselhável e considerado pecado mortal, ou seja, tipo de pecado que afasta o pecador da Graça Divina, devendo ser confessado o mais rápido possível sob risco de morrer sem assistência Divina.

Entretanto, há práticas que não são idolatras, pois não há "concorrência" ou subordinação de Deus em suas práticas. Pelo contrário, o uso de certos objetos ou ritos considerados sacramentais aproximam o fiel do convívio Divino e da Santidade.

Por exemplo, o uso de velas e incenso são usados na tradição católica desde o tempo apostólico como herança direta da tradição judaica, que foi vivenciada pelo próprio Jesus Cristo e seus apóstolos. Em Êxodo 25:31-40 mostra a tradição judaica do uso de velas, enquanto Levítico 16:12-13 mostra u uso de incenso. Ambos são considerados sacramentais presentes nos ritos católicos de tradição Romana bem como nas tradições orientais, sendo importante instrumentos de aproximação do fiel à sacralidade de sua relação com a Santíssima Trindade.

 

       Existem religiões que se contradizem?

 

Há 3 principais tradições religiosas no mundo.

•        As deistas, que creditam a formação do universo a um deus não criado, eterno, a quem devemos culto e homenagens.

•        As tradições orientais, não deistas, que acreditam no ciclo interminável de reencarnações e renascimentos. Budistas e jainistas indianos se inserem nessas tradições.

•        E há as tradições animistas, que cultuam os elementos da natureza e alguns espíritos como divindades. O candomblé brasileiro e o xintoismo japonês se inserem nessas tradições.

Esse é um panorama macro.

As tradições deistas se multiplicaram.

As tradições orientais não deistas idem.

As tradições animistas idem.

O que todas as tradições buscam?

•        Tentar explicar a presença humana no universo, a vida, a morte, a origem e o futuro.

•        As tradições não deistas focam em um suposto ciclo eterno de mortes e renascimentos. Não há a necessidade de um deus organizando o processo.

•        Nas tradições animistas, os elementos (terra, água, fogo, montanhas, rios e florestas) são divindades, que, junto com espíritos ancestrais, protegem e velam pelos humanos.

É importante perceber que, com o passar das eras, as tradições religiosas se intercambiaram.

Elementos de uma tradição podem ser observados em outras.

Há um sincretismo, uma interconexão.

As crenças nunca permanecem "puras".

O exemplo mais bem acabado é o do Brasil.

Milhões de cristãos vão à praia no ano novo, celebrar uma divindade africana, Iemanjá. Vestem-se de branco, alguns levam flores e presentes.

E, em muitos terreiros de candomblé, se vc olhar o altar, junto com os orixás africanos estarão imagens de santos cristãos.

Na Índia, por volta dos anos 1970, surgiu um movimento interessante, a partir de um guru chamado Osho.

Ele propôs um movimento religioso sem deus. Baseado na busca da espiritualidade pessoal em que cada pessoa busca a iluminação através do silêncio e da observação da sua consciência.

Essa "observação da consciência" é a chamada meditação.

Osho escreveu mais de 600 livros, abordando temas como a paz e a serenidade, o desapego aos bens materiais e as relações afetivas e sexuais sem os elementos neuróticos das culturas cristãs.

Há milhares de centros de estudo "oshanos" no Brasil e no mundo.

Parece que a filosofia do Osho está muito mais apropriada ao mundo atual.

Temos sim necessidade de espiritualidade. Mas não de deuses.

Há boas técnicas para se alcançar a paz e a serenidade, sem nenhuma necessidade das religiões.

No YouTube há muitos livros do Osho no formato audiobooks.

Recomendo.

É uma maneira bem inovadora de pensar a espiritualidade.

Sem as neuras da religião.

 

       Existe alguma evidência científica de que a fé conseguiu curar doenças?

 

Quantas vezes tu viu deus segurar um avião em queda livre? quantas vezes tu viu deus proteger uma criança indefesa de um pedófilo? quantas vezes tu viu deus fazer chover comida em países que a fome mata mais que covid? o cristianismo e outras religiões são apenas evolução dos primeiros deuses, oração é apenas uma tradução moderna para a palavra ritual, os antigos povos faziam rituais em troca de benefícios dos deuses, e assim como hoje em dia 99% desses pedidos não eram atendidos, e se fossem atendidos eles faziam um sacrifício animal ou humano, hoje as pessoas fazem o mesmo, mas de forma diferente, alguns carregam cruzes por grandes distancias, para pagar o pedido que foi realizado, é o ato de pagar algo com o sofrimento ou seja, sacrifício, antes do homem saber o que era uma chuva, ou trovão, eles atribuíam estes acontecimentos naturais aos deuses que eles mesmos inventavam, chuva forte de acordo com a crença antiga, era os deuses zangados, a seca era um castigo de deus, etc, milagres não existem, não acontece, o homem que sempre atribui atos naturais aos deuses que ele mesmo inventou, assim os indianos atribuem coisas naturais aos deuses deles, os cristãos fazem o mesmo, se maria se curou de uma doença, logo foi deus, os deuses de hoje em dia, não tem muita diferença dos primeiros deuses, até hoje nenhum teste de fé sério curou doença alguma, nenhum aleijado voltou a andar, nenhum cego voltou a ver, você também pode testar em casa, utilize sua fé, tente curar doenças, e verá que é um livro de contos de fadas para adultos, deus já teve muitas oportunidades de fazer seus milagres e ficou calado, fazendo o que ele sabe fazer muito bem, não existir e deixar a humanidade se foder, acreditar em milagres em um mundo desses é um problema sério que precisa ser tratado.

 

Fonte: Quora

 

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