EUA:
funcionário da Casa Branca admite preocupações com estado mental de Biden
Outros
colegas já admitiram por diversas vezes que também estão preocupados com a
deterioração das habilidades cognitivas do presidente dos EUA, Joe Biden, que
busca a reeleição neste ano. Outra questão é com relação a impopularidade da
vice-presidente, Kamala Harris, apagada em praticamente todo o mandato.
A
declaração foi dada pelo analista de cibersegurança da Casa Branca, Charlie
Kraiger, em uma entrevista com câmera oculta gravada pelo jornalista James
O'Keefe, que estava disfarçado. Segundo Kraiger, o presidente democrata, que
completou 81 anos, está "desacelerando" e ainda teve sérias
discussões com o partido para retirar Harris da chapa de 2024.
"Acho
que eles precisam se livrar dele ou dela, mas não acho que vão fazer
isso", disse Kraiger a O'Keefe. Questionado se os funcionários da Casa
Branca poderiam falar publicamente sobre a aptidão de Biden e Harris para
buscar outro mandato, ele acrescentou: "Não, não, têm que seguir a
linha".
·
Estado mental de Biden
Conforme o
analista de cibersegurança, há uma preocupação generalizada na Casa Branca com
o estado mental de Biden, que também é compartilhada até no Partido Democrata.
"Eles sabem disso; é claro que sabem. Mas é a imagem e, tipo, o escândalo,
acho que sentem que não valeria a pena. Estou apenas te dizendo o que ouvi.
Isso faz sentido? Não, mas é o que ouvi."
Após as
revelações, Kraiger, que trabalha no Escritório Executivo da Casa Branca como
analista de cibersegurança e oficial de assuntos exteriores, precisou bloquear
a conta no Linkedin. Na entrevista, disse que gerencia a segurança das redes de
computadores do Departamento de Estado dos EUA e da Agência dos Estados Unidos
para o Desenvolvimento Internacional (USAID, sigla em inglês).
·
Gravidade do declínio mental
Mesmo com
as preocupações sobre a gravidade do declínio mental de Joe Biden por
funcionários da Casa Branca, Charlie Kraiger acredita que o apoio para um
segundo mandato aconteceu porque nunca, “na história moderna”, um presidente
foi impedido de disputar a reeleição. Já com relação a Kamala Harris, há temor
no desgaste em retirá-la da chapa.
"Ela
não é popular, mas você não pode remover a primeira mulher negra a ser
vice-presidente da chapa presidencial. Que tipo de mensagem você vai enviar
para os eleitores afro-americanos?", questionou. Segundo ele, Harris
sequer conseguiu manter os funcionários negros em seu gabinete, já que eles
saíram “em massa”.
O'Keefe se
revelou no final da entrevista, perguntando a Kraiger como um oficial de
segurança da Casa Branca acabou se encontrando com um famoso jornalista de
câmera oculta. "Estamos conduzindo uma boa operação de
cibersegurança", insistiu o funcionário. O'Keefe respondeu:
"Obviamente não, porque você está se encontrando comigo. Você não fez sua
pesquisa? Que tipo de espetáculo de palhaços vocês estão dirigindo na Casa
Branca?", finalizou.
Ø
EUA compram petróleo da Venezuela por falta
de energia da Rússia, diz American Petroleum Institute
As
refinarias de petróleo dos EUA precisam comprar petróleo da Venezuela, devido
às sanções de Washington que proíbem o uso da energia da Rússia, aumentando a
pressão sobre o setor, disse Mike Sommers, chefe do American Petroleum
Institute (API), em entrevista à consultora S&P Global.
"Abandonamos
voluntariamente o petróleo russo, precisamos obtê-lo de algum lugar, por isso
as refinarias americanas começaram novamente a olhar para a produção
venezuelana", disse o chefe da associação, que reúne 600 empresas do setor
de petróleo e gás do país.
Para
Sommers, o esforço da administração Biden para impor um limite de preço ao
petróleo russo era bem intencionado, mas acabou sendo malsucedido. "Já
está provado que não está funcionando", ele manteve.
Segundo
ele, que já atuou como conselheiro do ex-presidente dos EUA George W. Bush, as
refinarias americanas continuarão dependentes do petróleo pesado importado, uma
vez que a atual infraestrutura de processamento foi originalmente criada para
esses tipos de energia.
A última
refinaria construída nos Estados Unidos foi em 1976, e "é muito difícil
para as empresas obterem licenças não só para a construção de novas
instalações, mas também para a conversão das existentes", informou ele. Ao
todo, 134 empresas operam atualmente, disse:
"É
muito caro reequipar essas refinarias, então acho que você verá as refinarias
americanas procurando petróleo em todo o mundo", acrescentou. "É um
ambiente desafiador para as refinarias, com certeza [...] dado que a demanda
por gasolina está aumentando, não seria bom que nenhuma delas fechasse".
·
Sanções à Rússia: tiro no pé?
Desde o
começo da operação russa na Ucrânia, o Ocidente, liderado pelos países do G7,
massacram a Rússia com sanções econômicas. No entanto, novos clientes e novas
rotas comercias garantem a manutenção do sucesso da exportação russa de
petróleo.
Na
tentativa de enfraquecer Moscou através de uma guerra por procuração usando
Kiev, os países-membros do grupo, nomeadamente Estados Unidos, Canadá, França,
Itália, Japão e Reino Unido, estabeleceram uma série de regras para prejudicar
a exportação do petróleo russo.
No
entanto, mesmo com toda pressão, a Rússia tem evitado com sucesso as sanções à
maior parte das suas exportações, e, atualmente, exporta a commodity além do
limite de US$ 60 (R$ 301) por barril, alcançando valores que chegam a US$ 100
(R$ 502).
·
Sanções à Venezuela: meia-volta volver
Em outubro
do ano passado, os EUA aliviaram temporariamente algumas sanções sobre o
petróleo, gás e ouro venezuelanos. A medida foi adotada depois que o governo de
Nicolás Maduro e a oposição fecharam um acordo sobre as eleições de 2024.
Na semana
passada, a justiça venezuelana impediu a principal a candidata da oposição,
Maria Corina Machado, de concorrer à presidência nas eleições deste ano.
Washington ameaçou retomar as sanções, mas a maioria dos investidores em
títulos manteve as suas apostas de que as sanções permanecerão suspensas.
Ø
Maduro afirma que Venezuela não depende dos
EUA nem de ninguém diante das ameaças de novas sanções
O
presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, respondeu de forma contundente nesta
quarta-feira (31) às ameaças do governo dos Estados Unidos de retomar sanções
unilaterais contra a indústria petrolífera e mineradora do país sul-americano.
Durante
evento realizado na sede principal do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) em
Caracas, Maduro destacou que os venezuelanos, sendo livres e independentes, já
não dependem "nem dos gringos nem de ninguém" para progredir.
"Hoje
há outro mundo, e nosso país deve saber que já nasceu outro mundo, e já não
dependemos nem dos gringos nem de ninguém neste mundo para investir, prosperar,
progredir, avançar e crescer", afirmou o presidente.
Maduro
enfatizou a capacidade do povo venezuelano de enfrentar as dificuldades
econômicas, sociais e políticas, apesar das sanções impostas pelos EUA e União
Europeia e das conspirações de setores extremistas.
Destacou
que, graças ao esforço próprio, o país entra agora em uma fase de superação e
crescimento.
Em
referência à extrema direita venezuelana, identificada como "a oligarquia
dos sobrenomes", Maduro indicou que tentaram desestabilizar o país por
meio de sanções, bloqueios e até mesmo a criação de um Estado paralelo.
No
entanto, graças à institucionalidade venezuelana, esses planos foram derrotados
e "terminaram no lixo da história", segundo ele.
Apesar
dessas conquistas, Maduro alertou que os planos extremistas continuam ativos,
apoiados pelos estadunidenses, que se recusam a respeitar as decisões das
instituições venezuelanas.
Referiu-se
às recentes sentenças do TSJ sobre políticos opositores e destacou que essas
decisões foram tomadas cumprindo a Constituição e o Acordo de Barbados.
O
presidente rejeitou a "chantagem e ultimato" dos EUA e insistiu na
independência judicial da Venezuela.
Além
disso, afirmou que as eleições presidenciais de 2024 ocorrerão,
independentemente das circunstâncias.
Ø
EUA começam primeiros exercícios de risco
da inteligência artificial
O
Pentágono comunicou que foram iniciadas manobras de resposta a potenciais
ataques inimigos com o uso de IA, cuja primeira fase durará até praticamente o
final de fevereiro.
O
Departamento de Defesa dos EUA está conduzindo seu primeiro exercício digital
com foco nos riscos dos sistemas de inteligência artificial generativa,
anunciou o órgão militar.
Nas duas
primeiras atividades do exercício, o Gabinete do Chefe de Inteligência
Artificial e Digital (CDAO, na sigla em inglês) do Departamento de Defesa dos
EUA colaborou com as americanas Conductor AI e BiasBounty.AI, e a australiana
Bugcrowd. A BiasBounty.AI utiliza parceiros de crowdsourcing para ajudar o
Pentágono a produzir novos métodos de auditoria cibernética e simulação de
ataques inimigos, em um processo chamado de Recompensa de Viés de IA.
As
práticas aperfeiçoadas durante o exercício serão usadas para identificar
ameaças desconhecidas em grandes modelos de linguagem, incluindo chatbots, que
são treinados com diversos dados de texto para fornecer os resultados ou
decisões mais prováveis dos usuários, dependendo do contexto da implantação,
indica o comunicado do Pentágono.
"A
equipe [do CDAO] está entusiasmada por liderar essas Recompensas de Viés de IA,
pois estamos fortemente comprometidos em garantir que os sistemas habilitados
para IA do Departamento [de Defesa] e os contextos em que são executados sejam
seguros, protegidos, confiáveis e livres de preconceitos", declarou o dr.
Matthew Johnson, diretor interino de IA Responsável do CDAO.
O
Pentágono escreveu que o exercício "incentiva o envolvimento do
público" sem requisitos de codificação para detectar, mitigar e controlar
os riscos de IA, e prometeu recompensas monetárias de acordo com o desempenho
avaliado pelo consórcio ConductorAI-Bugcrowd.
A primeira
fase do exercício começou na segunda-feira (29) e será concluída em 27 de
fevereiro, sendo que a segunda fase ainda não foi anunciada.
Espera-se
que o governo dos EUA utilize os resultados do exercício para análises
adicionais, práticas recomendadas, estudos e recomendações de políticas.
"Dado
o foco atual do Departamento [de Defesa] nos riscos associados a [grandes
modelos de linguagem], o CDAO está monitorando ativamente essa área; o
resultado da Recompensa de Viés de IA pode ter um impacto poderoso nas futuras
políticas e adoção de IA [no Pentágono]", comentou Craig Martell, diretor
do CDAO.
Ø
Irã e Iraque pressionam grupo aliado a
parar ações após 'cruzar linha vermelha' com ataques
Um dos
grupos aliados de Teerã e Bagdá, que liderou dezenas de ataques contra forças
dos Estados Unidos desde outubro, foi pressionado a anunciar a suspensão de
suas ações.
O grupo
Kataib Hezbollah anunciou na terça-feira (31) que pararia todos os ataques às
forças dos EUA, alegando que não queria embaraçar o governo iraquiano e fazendo
raras notas públicas sobre os desacordos com o Irã e o seu chamado "Eixo
da Resistência".
A mídia
diz que o Iraque e o Irã acreditam que o grupo "cruzou a linha
vermelha" e por isso foi pressionado por integrantes dos dois países.
Temendo
uma retaliação em grande escala do Exército norte-americano, Teerã declarou
publicamente que não estava envolvido e, em particular, transmitiu mensagens ao
Kataib Hezbollah para que se retirasse, disseram fontes à agência Reuters.
Quatro
fontes, incluindo um político xiita, um oficial iraquiano e uma pessoa que se
reuniu com facções radicais nos últimos dias, disseram que matar tropas dos EUA
na Jordânia, um país árabe vizinho e aliado próximo de Washington, foi um passo
longe demais, diz a mídia.
Também
ontem (31), Washington apontou o Kataib Hezbollah como o autor do ataque de
domingo (28) com drones na fronteira entre a Jordânia e a Síria. A ação deixou
três soldados norte-americanos mortos e feriu dezenas de outros. O governo
Biden prometeu retaliação "com força".
"Isso
é resultado de pressão interna e da vontade do nosso vizinho [Irã] de diminuir
a escalada", disse um político xiita familiarizado com o assunto, citado
pela mídia.
O anúncio
do grupo teria sido o sinal mais claro de que Teerã e grupos iraquianos
influentes querem evitar um conflito regional ligado à guerra na Faixa de Gaza,
disseram analistas e políticos, traçando um limite após dezenas de ataques às
forças dos EUA desde outubro.
"Foi
um verdadeiro esforço de equipe, incluindo a participação do vizinho",
disse outra fonte, acrescentando que outras facções iraquianas também se
comprometeram a parar os ataques, mas poderiam retomá-los se houvesse uma
resposta enérgica dos EUA. "Se os EUA crescerem nos próximos dias, isso
poderá mudar as coisas", complementou a fonte.
No
entanto, o comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na
sigla em inglês), Hossein Salami, lembrou a Washington que nenhuma das ameaças
contra o Irã ficará sem resposta, embora a República Islâmica não esteja à
procura de uma guerra: "Não deixaremos nenhuma ameaça ficar sem resposta.
Não procuramos a guerra, mas também não temos medo da guerra", afirmou
Salami conforme noticiado.
Fonte:
Sputnik Brasil
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