sábado, 3 de fevereiro de 2024

EUA: funcionário da Casa Branca admite preocupações com estado mental de Biden

Outros colegas já admitiram por diversas vezes que também estão preocupados com a deterioração das habilidades cognitivas do presidente dos EUA, Joe Biden, que busca a reeleição neste ano. Outra questão é com relação a impopularidade da vice-presidente, Kamala Harris, apagada em praticamente todo o mandato.

A declaração foi dada pelo analista de cibersegurança da Casa Branca, Charlie Kraiger, em uma entrevista com câmera oculta gravada pelo jornalista James O'Keefe, que estava disfarçado. Segundo Kraiger, o presidente democrata, que completou 81 anos, está "desacelerando" e ainda teve sérias discussões com o partido para retirar Harris da chapa de 2024.

"Acho que eles precisam se livrar dele ou dela, mas não acho que vão fazer isso", disse Kraiger a O'Keefe. Questionado se os funcionários da Casa Branca poderiam falar publicamente sobre a aptidão de Biden e Harris para buscar outro mandato, ele acrescentou: "Não, não, têm que seguir a linha".

·        Estado mental de Biden

Conforme o analista de cibersegurança, há uma preocupação generalizada na Casa Branca com o estado mental de Biden, que também é compartilhada até no Partido Democrata. "Eles sabem disso; é claro que sabem. Mas é a imagem e, tipo, o escândalo, acho que sentem que não valeria a pena. Estou apenas te dizendo o que ouvi. Isso faz sentido? Não, mas é o que ouvi."

Após as revelações, Kraiger, que trabalha no Escritório Executivo da Casa Branca como analista de cibersegurança e oficial de assuntos exteriores, precisou bloquear a conta no Linkedin. Na entrevista, disse que gerencia a segurança das redes de computadores do Departamento de Estado dos EUA e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, sigla em inglês).

·        Gravidade do declínio mental

Mesmo com as preocupações sobre a gravidade do declínio mental de Joe Biden por funcionários da Casa Branca, Charlie Kraiger acredita que o apoio para um segundo mandato aconteceu porque nunca, “na história moderna”, um presidente foi impedido de disputar a reeleição. Já com relação a Kamala Harris, há temor no desgaste em retirá-la da chapa.

"Ela não é popular, mas você não pode remover a primeira mulher negra a ser vice-presidente da chapa presidencial. Que tipo de mensagem você vai enviar para os eleitores afro-americanos?", questionou. Segundo ele, Harris sequer conseguiu manter os funcionários negros em seu gabinete, já que eles saíram “em massa”.

O'Keefe se revelou no final da entrevista, perguntando a Kraiger como um oficial de segurança da Casa Branca acabou se encontrando com um famoso jornalista de câmera oculta. "Estamos conduzindo uma boa operação de cibersegurança", insistiu o funcionário. O'Keefe respondeu: "Obviamente não, porque você está se encontrando comigo. Você não fez sua pesquisa? Que tipo de espetáculo de palhaços vocês estão dirigindo na Casa Branca?", finalizou.

 

Ø  EUA compram petróleo da Venezuela por falta de energia da Rússia, diz American Petroleum Institute

 

As refinarias de petróleo dos EUA precisam comprar petróleo da Venezuela, devido às sanções de Washington que proíbem o uso da energia da Rússia, aumentando a pressão sobre o setor, disse Mike Sommers, chefe do American Petroleum Institute (API), em entrevista à consultora S&P Global.

"Abandonamos voluntariamente o petróleo russo, precisamos obtê-lo de algum lugar, por isso as refinarias americanas começaram novamente a olhar para a produção venezuelana", disse o chefe da associação, que reúne 600 empresas do setor de petróleo e gás do país.

Para Sommers, o esforço da administração Biden para impor um limite de preço ao petróleo russo era bem intencionado, mas acabou sendo malsucedido. "Já está provado que não está funcionando", ele manteve.

Segundo ele, que já atuou como conselheiro do ex-presidente dos EUA George W. Bush, as refinarias americanas continuarão dependentes do petróleo pesado importado, uma vez que a atual infraestrutura de processamento foi originalmente criada para esses tipos de energia.

A última refinaria construída nos Estados Unidos foi em 1976, e "é muito difícil para as empresas obterem licenças não só para a construção de novas instalações, mas também para a conversão das existentes", informou ele. Ao todo, 134 empresas operam atualmente, disse:

"É muito caro reequipar essas refinarias, então acho que você verá as refinarias americanas procurando petróleo em todo o mundo", acrescentou. "É um ambiente desafiador para as refinarias, com certeza [...] dado que a demanda por gasolina está aumentando, não seria bom que nenhuma delas fechasse".

·        Sanções à Rússia: tiro no pé?

Desde o começo da operação russa na Ucrânia, o Ocidente, liderado pelos países do G7, massacram a Rússia com sanções econômicas. No entanto, novos clientes e novas rotas comercias garantem a manutenção do sucesso da exportação russa de petróleo.

Na tentativa de enfraquecer Moscou através de uma guerra por procuração usando Kiev, os países-membros do grupo, nomeadamente Estados Unidos, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido, estabeleceram uma série de regras para prejudicar a exportação do petróleo russo.

No entanto, mesmo com toda pressão, a Rússia tem evitado com sucesso as sanções à maior parte das suas exportações, e, atualmente, exporta a commodity além do limite de US$ 60 (R$ 301) por barril, alcançando valores que chegam a US$ 100 (R$ 502).

·        Sanções à Venezuela: meia-volta volver

Em outubro do ano passado, os EUA aliviaram temporariamente algumas sanções sobre o petróleo, gás e ouro venezuelanos. A medida foi adotada depois que o governo de Nicolás Maduro e a oposição fecharam um acordo sobre as eleições de 2024.

Na semana passada, a justiça venezuelana impediu a principal a candidata da oposição, Maria Corina Machado, de concorrer à presidência nas eleições deste ano. Washington ameaçou retomar as sanções, mas a maioria dos investidores em títulos manteve as suas apostas de que as sanções permanecerão suspensas.

 

Ø  Maduro afirma que Venezuela não depende dos EUA nem de ninguém diante das ameaças de novas sanções

 

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, respondeu de forma contundente nesta quarta-feira (31) às ameaças do governo dos Estados Unidos de retomar sanções unilaterais contra a indústria petrolífera e mineradora do país sul-americano.

Durante evento realizado na sede principal do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) em Caracas, Maduro destacou que os venezuelanos, sendo livres e independentes, já não dependem "nem dos gringos nem de ninguém" para progredir.

"Hoje há outro mundo, e nosso país deve saber que já nasceu outro mundo, e já não dependemos nem dos gringos nem de ninguém neste mundo para investir, prosperar, progredir, avançar e crescer", afirmou o presidente.

Maduro enfatizou a capacidade do povo venezuelano de enfrentar as dificuldades econômicas, sociais e políticas, apesar das sanções impostas pelos EUA e União Europeia e das conspirações de setores extremistas.

Destacou que, graças ao esforço próprio, o país entra agora em uma fase de superação e crescimento.

Em referência à extrema direita venezuelana, identificada como "a oligarquia dos sobrenomes", Maduro indicou que tentaram desestabilizar o país por meio de sanções, bloqueios e até mesmo a criação de um Estado paralelo.

No entanto, graças à institucionalidade venezuelana, esses planos foram derrotados e "terminaram no lixo da história", segundo ele.

Apesar dessas conquistas, Maduro alertou que os planos extremistas continuam ativos, apoiados pelos estadunidenses, que se recusam a respeitar as decisões das instituições venezuelanas.

Referiu-se às recentes sentenças do TSJ sobre políticos opositores e destacou que essas decisões foram tomadas cumprindo a Constituição e o Acordo de Barbados.

O presidente rejeitou a "chantagem e ultimato" dos EUA e insistiu na independência judicial da Venezuela.

Além disso, afirmou que as eleições presidenciais de 2024 ocorrerão, independentemente das circunstâncias.

 

Ø  EUA começam primeiros exercícios de risco da inteligência artificial

 

O Pentágono comunicou que foram iniciadas manobras de resposta a potenciais ataques inimigos com o uso de IA, cuja primeira fase durará até praticamente o final de fevereiro.

O Departamento de Defesa dos EUA está conduzindo seu primeiro exercício digital com foco nos riscos dos sistemas de inteligência artificial generativa, anunciou o órgão militar.

Nas duas primeiras atividades do exercício, o Gabinete do Chefe de Inteligência Artificial e Digital (CDAO, na sigla em inglês) do Departamento de Defesa dos EUA colaborou com as americanas Conductor AI e BiasBounty.AI, e a australiana Bugcrowd. A BiasBounty.AI utiliza parceiros de crowdsourcing para ajudar o Pentágono a produzir novos métodos de auditoria cibernética e simulação de ataques inimigos, em um processo chamado de Recompensa de Viés de IA.

As práticas aperfeiçoadas durante o exercício serão usadas para identificar ameaças desconhecidas em grandes modelos de linguagem, incluindo chatbots, que são treinados com diversos dados de texto para fornecer os resultados ou decisões mais prováveis dos usuários, dependendo do contexto da implantação, indica o comunicado do Pentágono.

"A equipe [do CDAO] está entusiasmada por liderar essas Recompensas de Viés de IA, pois estamos fortemente comprometidos em garantir que os sistemas habilitados para IA do Departamento [de Defesa] e os contextos em que são executados sejam seguros, protegidos, confiáveis e livres de preconceitos", declarou o dr. Matthew Johnson, diretor interino de IA Responsável do CDAO.

O Pentágono escreveu que o exercício "incentiva o envolvimento do público" sem requisitos de codificação para detectar, mitigar e controlar os riscos de IA, e prometeu recompensas monetárias de acordo com o desempenho avaliado pelo consórcio ConductorAI-Bugcrowd.

A primeira fase do exercício começou na segunda-feira (29) e será concluída em 27 de fevereiro, sendo que a segunda fase ainda não foi anunciada.

Espera-se que o governo dos EUA utilize os resultados do exercício para análises adicionais, práticas recomendadas, estudos e recomendações de políticas.

"Dado o foco atual do Departamento [de Defesa] nos riscos associados a [grandes modelos de linguagem], o CDAO está monitorando ativamente essa área; o resultado da Recompensa de Viés de IA pode ter um impacto poderoso nas futuras políticas e adoção de IA [no Pentágono]", comentou Craig Martell, diretor do CDAO.

 

Ø  Irã e Iraque pressionam grupo aliado a parar ações após 'cruzar linha vermelha' com ataques

 

Um dos grupos aliados de Teerã e Bagdá, que liderou dezenas de ataques contra forças dos Estados Unidos desde outubro, foi pressionado a anunciar a suspensão de suas ações.

O grupo Kataib Hezbollah anunciou na terça-feira (31) que pararia todos os ataques às forças dos EUA, alegando que não queria embaraçar o governo iraquiano e fazendo raras notas públicas sobre os desacordos com o Irã e o seu chamado "Eixo da Resistência".

A mídia diz que o Iraque e o Irã acreditam que o grupo "cruzou a linha vermelha" e por isso foi pressionado por integrantes dos dois países.

Temendo uma retaliação em grande escala do Exército norte-americano, Teerã declarou publicamente que não estava envolvido e, em particular, transmitiu mensagens ao Kataib Hezbollah para que se retirasse, disseram fontes à agência Reuters.

Quatro fontes, incluindo um político xiita, um oficial iraquiano e uma pessoa que se reuniu com facções radicais nos últimos dias, disseram que matar tropas dos EUA na Jordânia, um país árabe vizinho e aliado próximo de Washington, foi um passo longe demais, diz a mídia.

Também ontem (31), Washington apontou o Kataib Hezbollah como o autor do ataque de domingo (28) com drones na fronteira entre a Jordânia e a Síria. A ação deixou três soldados norte-americanos mortos e feriu dezenas de outros. O governo Biden prometeu retaliação "com força".

"Isso é resultado de pressão interna e da vontade do nosso vizinho [Irã] de diminuir a escalada", disse um político xiita familiarizado com o assunto, citado pela mídia.

O anúncio do grupo teria sido o sinal mais claro de que Teerã e grupos iraquianos influentes querem evitar um conflito regional ligado à guerra na Faixa de Gaza, disseram analistas e políticos, traçando um limite após dezenas de ataques às forças dos EUA desde outubro.

"Foi um verdadeiro esforço de equipe, incluindo a participação do vizinho", disse outra fonte, acrescentando que outras facções iraquianas também se comprometeram a parar os ataques, mas poderiam retomá-los se houvesse uma resposta enérgica dos EUA. "Se os EUA crescerem nos próximos dias, isso poderá mudar as coisas", complementou a fonte.

No entanto, o comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), Hossein Salami, lembrou a Washington que nenhuma das ameaças contra o Irã ficará sem resposta, embora a República Islâmica não esteja à procura de uma guerra: "Não deixaremos nenhuma ameaça ficar sem resposta. Não procuramos a guerra, mas também não temos medo da guerra", afirmou Salami conforme noticiado.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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