Preço médio do gás de cozinha sobe para R$140 reais na Bahia
O ano de 2024 mal começou e o gás de cozinha na
Bahia já tem novo reajuste. A Acelen, empresa que administra a Refinaria
Mataripe, informou, terça (2), um reajuste entre 8,23% e 9,95% do Gás
Liquefeito de Petróleo (GLP) para as distribuidoras de gás de cozinha no
estado. A mudança equivale a um aumento entre R$5 e R$8 para os
consumidores.
De acordo com o presidente do Sindicato dos
Revendedores de Gás do Estado da Bahia, o maior preço registrado no ano passado
foi R$130 e com o novo reajuste, o preço médio passa a ser R$140. Em Salvador,
a depender da região onde o gás de cozinha é vendido pode haver uma variação no
valor. "Na região da Suburbana e de Cajazeiras, o preço geralmente é
menor. Regiões da orla, como Rio Vermelho, Boca do Rio, Pituba e algumas
regiões da Cidade Baixa, o preço é um pouco maior", explicou o presidente
da instituição.
O gerente da distribuidora da Nacionalgás, no
bairro da Baixa de Quintas, não alterou o valor do botijão de 13kg. “Mais um
reajuste de outros que virão e o dinheiro está cada dia mais difícil de
conseguir. Conheço os meus clientes e sei que a reclamação que eles fazem é
válida, até porque eu também sou consumidor, sei bem onde o meu bolso aperta.
Irei manter o mesmo valor do ano passado, sendo R$130 a vista e com juros da
máquina caso comprem no cartão.”, comentou o gerente.
Em nota, a Acelen informou que o novo preço é de
acordo com o valor do mercado internacional. “Os preços dos produtos da
Refinaria de Mataripe seguem critérios de mercado que levam em consideração
variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, a
cotação do dólar e o frete, podendo variar para cima ou para baixo.”
A empresa ressalta que possui uma política de
preços transparente, amparada por critérios técnicos, em consonância com as
práticas internacionais de mercado.
Ø Aumento da
produção do gás natural, tendência é de redução do preço, diz Alckmin
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta terça-feira,
2, que o aumento da produção deverá resultar na redução do preço do gás
natural. O Ministério de Minas e Energia e a Petrobras estão trabalhando em
parceira para estimular a produção, que pode praticamente dobrar em até quatro
anos, segundo Alckmin.
Apenas o Gasoduto Rota 3 de Itaboraí (RJ), que deve
entrar em operação neste ano, deverá proporcionar um salto de um terço na
produção, disse o vice-presidente, em entrevista ao programa WW, da CNN Brasil.
O Rota 3 tem capacidade de 15 milhões de metros cúbicos de gás natural por ano,
enquanto a produção atual é de 45 milhões de metros cúbicos por ano, segundo
Alckmin
O preço da molécula no País chega a US$ 11 por
milhão de BTUs, muito acima dos US$ 3 a US$ 4 praticados nos Estados Unidos. A
diferença decorre dos altos custos de produção local, de acordo com o
vice-presidente. No Brasil, a commodity é retirada do pré-sal, o que dificulta
a operação.
Além do aumento da produção nacional, Alckmin
também defendeu o uso mais intenso do Gasoduto Brasil-Bolívia. "Há uma
capacidade bem maior a ser explorada que podemos usar para trazer gás por um
valor menor", afirmou.
Fonte: Tribuna da Bahia/Agencia Estado
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