terça-feira, 30 de janeiro de 2024

BAHIA 2050: GOVERNO DO ESTADO PROSPECTA CENÁRIOS PARA PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO

Em sintonia com o Governo Federal que, após a sanção do PPA Participativo 2024-2027, volta sua atenção para a construção de uma visão estratégica de longo prazo, o Governo da Bahia vai atualizar o seu Plano de Desenvolvimento Integrado – PDI, expandindo o horizonte do planejamento do ano de 2035 para 2050, como previsto no Programa de Governo Participativo – PGP do governador Jerônimo Rodrigues. O trabalho realizado pela Secretaria do Planejamento – Seplan, em parceria com o Programa das Nações Unidas – PNUD da ONU, ao longo dos últimos 12 meses, foi apresentado pela Macroplan, consultoria contratada que presta serviços a diversos estados e municípios, além da União, em evento realizado nessa sexta-feira (26), com a participação de gestores e técnicos da Seplan.

O secretário estadual do Planejamento, Cláudio Peixoto, revela que pelo seu caráter estratégico, o planejamento de longo prazo do estado, representado pelo Plano de Desenvolvimento Integrado – Bahia 2035, é o instrumento que orienta todos os demais processos da Seplan, culminando na elaboração da trilogia legal: PPA – Plano Plurianual, LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias – Lei de Diretrizes e LOA – Lei Orçamentária Anual, além da sua capacidade de influenciar os planos setoriais elaborados pelas demais secretarias e as ações de governo nas diversas áreas.

“O nosso horizonte está sendo ampliado, porque 2035 já chegou, diante desse contexto no pós-pandemia, marcado por guerras, mudanças climáticas e transformações tecnológicas. Antecipar os cenários, a partir de uma análise aprofundada das tendências e incertezas, nos permite ter uma assertividade maior na formulação e no monitoramento das políticas públicas, facilitando possíveis correções de rotas. Além de sinalizar o caminho que deve ser percorrido para potencializarmos o desenvolvimento e a inclusão social, inserindo uma nova Bahia no mundo ao explorar as oportunidades e nossas potencialidades”, revela Peixoto, pontuando como exemplo, a fábrica da BYD, a expansão dos mercados consumidores para os produtos da agricultura familiar e o papel de liderança na geração de energia limpa.

Uma série de produtos foram elaborados para apoiar o planejamento estratégico a cargo da Seplan no estado, que serão utilizados como insumos no processo de atualização do Plano de Desenvolvimento Integrado – PDI, incluindo a produção de ferramentas tecnológicas, a exemplo de um BI – Business Intelligence, relatórios, estudos, mapas e indicadores, desenvolvidos a partir de um conjunto de entrevistas, oficinas com grupos focais e consultas a especialistas que embasaram a construção de diagnósticos estratégicos, a prospecção de cenários e tendências e análises de dados relacionados com as políticas públicas implementadas nas diversas regiões do estado.

Para o diretor da Macroplan, Gustavo Morelli, o trabalho realizado aponta o direcionamento a ser seguido, tendo como norte o cenário focalizado. “A Bahia é um estado que tem uma oportunidade grande de crescimento nos próximos anos, desde que se organize um processo coordenado de desenvolvimento que articule os investimentos privados, com a ação do governo do estado na construção do futuro que se imagina a partir do que já foi produzido como parte do processo de atualização do PDI”, avalia.

 

       PRÉVIA DA INFLAÇÃO DE JANEIRO É DE 0,35% NA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR

 

Em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,35% na Região Metropolitana de Salvador (RMS).  Desacelerou (aumentou menos) em relação ao verificado em dezembro de 2023 (que havia sido 0,45%) e foi o mais baixo para um mês de janeiro, na RMS, em seis anos, desde 2018 (quando havia ficado em 0,12%). Ainda assim ficou ligeiramente acima do índice registrado no Brasil como um todo (0,31%).

O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 15 de dezembro de 2023 e 14 de janeiro. A prévia da inflação de janeiro na RM Salvador (0,35%) foi apenas a 7ª mais alta entre os 11 locais pesquisados. Os valores mais elevados foram registrados nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte/MG (0,88%), Fortaleza/CE (0,69%) e Belém/PA (0,63%). Brasília foi a única área a ter deflação (-0,41%).

Com esse resultado o IPCA-15 da RM Salvador tem alta acumulada de 3,97% nos 12 meses encerrados em janeiro. Ficou abaixo do acumulado no ano de 2023 (4,24%) e foi o 3o menor índice entre os locais pesquisados, acima apenas da RM Recife/PE (3,31%) e do município do Goiânia/GO (3,86%). No país como um todo, o IPCA-15 acumula alta de 4,47% nos 12 meses encerrados em janeiro. O quadro a seguir mostra os resultados do IPCA-15 de janeiro de 2024 para o Brasil e cada uma das áreas pesquisadas.

O IPCA-15 (prévia da inflação) de janeiro na Região Metropolitana de Salvador (0,35%) foi resultado de aumentos nos preços de quatro dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. Quatro grupos tiveram deflação (queda média dos preços) e vestuário mostrou estabilidade (variação de 0,00%).Depois de fechar o ano de 2023 em queda acumulada de -2,20%, alimentação e bebidas teve um segundo aumento mensal consecutivo e o maior, dentre os grupos, na prévia da inflação de janeiro (1,60%). Por isso exerceu a principal pressão de alta no custo de vida na RM Salvador, nos primeiros 15 dias do mês.

Frutas (9,04%) como a banana-prata (13,36%); cereais (8,74%) como o arroz (7,07%); legumes (8,01%) como a cebola (14,23%) e carnes (2,48%) como o chã de dentro (4,85%), todos bastante consumidos no dia a dia, foram os alimentos que mais puxaram para cima o IPCA-15 de janeiro. O grupo despesas pessoais (1,34%) teve o segundo maior aumento no mês e deu a segunda principal contribuição para a prévia da inflação na RMS, puxado com mais força por serviços pessoais (1,26%) como os serviços bancários (1,95%) e cabeleireiros e barbeiros (2,43%).

Por outro lado, dentre os quatro grupos de produtos e serviços pesquisados que tiveram quedas médias dos preços, habitação (-0,79%) e transportes (-0,69%) foram os que mais recuaram e exerceram as principais influências no sentido de conter a prévia da inflação de janeiro na RM Salvador. Eles haviam sido justamente os que mais puxaram o IPCA-15 para cima no acumulado no ano de 2023.

A energia elétrica (-3,89%) deu a maior contribuição individual para baixo no IPCA-15 de janeiro, seguida pelas passagens aéreas (-15,18%), item que mostrou a maior queda de preços no mês, na Região Metropolitana de Salvador. Ainda no grupo transportes, a gasolina (-1,26%) também exerceu influência importante para baixo, entretanto, o conserto de automóvel (2,32%) teve aumento significativo e foi o item que, individualmente, mais contribuiu para a alta do IPCA-15 de janeiro, na RM Salvador.

•        PRÉVIA DA INFLAÇÃO NO BRASIL TEM ALTA DE 0,31% NOS PREÇOS EM JANEIRO, PUXADOS PELOS ALIMENTOS

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — registrou uma alta de 0,31% nos preços em janeiro, informou nesta sexta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice teve uma leve desaceleração de 0,09 ponto percentual (p.p.) na comparação com o mês anterior, quando teve alta de 0,40% para dezembro. Em janeiro de 2023, o IPCA-15 foi de 0,55%.

Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 4,47% na janela de 12 meses. O índice de dezembro ficou abaixo da expectativa do mercado financeiro, que esperava alta de 0,47% no mês. Mas números dos núcleos de inflação chamaram atenção dos especialistas. Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, sete tiveram alta em janeiro. O destaque absoluto foi o grupo de Alimentação e bebidas, que subiu 1,53% no mês. Houve uma forte aceleração contra o mês anterior (0,54%), o que trouxe impacto no índice geral de 0,32 ponto percentual (p.p.).

A Alimentação no domicílio, subgrupo que mede os preços de alimentos in natura, teve uma alta expressiva no mês, de 2,04%, contra 0,55% em dezembro. Batata-inglesa (25,95%), tomate (11,19%), arroz (5,85%), frutas (5,45%) e carnes (0,94%) foram os destaques de alta. Já a Alimentação fora do domicílio teve uma desaceleração, de 0,53% em dezembro para 0,24% neste mês. A refeição subiu 0,32%, enquanto o lanche teve alta de 0,16%.

Veja abaixo a variação dos grupos em janeiro

•        Alimentação e bebidas: 1,53%;

•        Habitação: 0,33%;

•        Artigos de residência: 0,26%;

•        Vestuário: 0,22%;

•        Transportes: -1,13%;

•        Saúde e cuidados pessoais: 0,56%;

•        Despesas pessoais: 0,56%;

•        Educação: 0,39%;

•        Comunicação: -0,03%.

O grupo Transportes registrou deflação em janeiro, com alívio no preço das passagens aéreas e combustíveis. O grupo registrou queda de 1,13% no mês, e teve contribuição negativa no índice geral, de -0,24 p.p. As passagens aéreas, que haviam sido o destaque positivo do mês anterior, registraram o maior impacto deflacionário no IPCA-15. Com recuo de 15,24% no mês, tiveram impacto negativo de -0,16 p.p. no índice.

Os combustíveis, subgrupo que ajudou a elevação de preços nos últimos meses, também teve um recuo importante, de 0,63%. Caíram os preços do etanol (-2,23%), do óleo diesel (-1,72%) e da gasolina (-0,43%). Apenas o gás veicular registrou alta, de 2,34%. Nos demais grupos, há destaque em Saúde e cuidados pessoais (0,56%), que teve alta novamente influenciada pelo plano de saúde (0,77%). Itens de higiene pessoal (0,58%) também subiram, com influência do desodorante (1,57%), do produto para pele (1,13%) e do perfume (0,65%).

Já em Habitação (0,33%), houve baixa da energia elétrica residencial (-0,14%). Segundo o IBGE, foram incorporadas alterações nas alíquotas de ICMS em Recife (1,56%), Fortaleza (-0,18%) e Salvador (-3,89%), desde 1º de janeiro, além de apropriação residual do reajuste de -1,41% nas tarifas de uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (0,32%), vigente desde novembro.

O resultado cheio do IPCA-15 veio bem abaixo do que o mercado esperava, mas dentro das aberturas há sinais de alerta. Laiz Carvalho, economista para Brasil do banco BNP Paribas, reforça que a alta na alimentação já era esperada, mas houve surpresa positiva no grupo de Transportes. Acontece que, nos núcleos de inflação usados pelo Banco Central para balizar a taxa básica de juros, há “resultados mistos”.

“A média dos cinco núcleos do BC veio em 0,33%, um pouco mais baixo do que a expectativa, mas os Serviços Subjacentes vieram bem mais altos, com alta de 0,68%. É muito cedo para falar de uma reversão de tendência [do ciclo de quedas de juros], mas é um ponto de atenção para o IPCA de janeiro”, diz.

“É um sinal de alerta, pois estamos com um mercado de trabalho resiliente, atividade econômica via demanda ainda positiva. É um resultado geral baixo, mas com esse risco no setor de serviços”, prossegue. Laiz não acredita que os resultados possam alterar o racional do BC para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana que vem. O banco espera um novo corte de 0,5 ponto percentual na Selic, levando a taxa básica de juros a 11,25% ao ano

 

Fonte: Bahia Econômica

 

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