BAHIA 2050: GOVERNO DO ESTADO PROSPECTA
CENÁRIOS PARA PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO
Em sintonia com o
Governo Federal que, após a sanção do PPA Participativo 2024-2027, volta sua
atenção para a construção de uma visão estratégica de longo prazo, o Governo da
Bahia vai atualizar o seu Plano de Desenvolvimento Integrado – PDI, expandindo
o horizonte do planejamento do ano de 2035 para 2050, como previsto no Programa
de Governo Participativo – PGP do governador Jerônimo Rodrigues. O trabalho
realizado pela Secretaria do Planejamento – Seplan, em parceria com o Programa
das Nações Unidas – PNUD da ONU, ao longo dos últimos 12 meses, foi apresentado
pela Macroplan, consultoria contratada que presta serviços a diversos estados e
municípios, além da União, em evento realizado nessa sexta-feira (26), com a
participação de gestores e técnicos da Seplan.
O secretário estadual
do Planejamento, Cláudio Peixoto, revela que pelo seu caráter estratégico, o
planejamento de longo prazo do estado, representado pelo Plano de
Desenvolvimento Integrado – Bahia 2035, é o instrumento que orienta todos os
demais processos da Seplan, culminando na elaboração da trilogia legal: PPA –
Plano Plurianual, LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias – Lei de Diretrizes e
LOA – Lei Orçamentária Anual, além da sua capacidade de influenciar os planos
setoriais elaborados pelas demais secretarias e as ações de governo nas
diversas áreas.
“O nosso horizonte
está sendo ampliado, porque 2035 já chegou, diante desse contexto no
pós-pandemia, marcado por guerras, mudanças climáticas e transformações
tecnológicas. Antecipar os cenários, a partir de uma análise aprofundada das
tendências e incertezas, nos permite ter uma assertividade maior na formulação
e no monitoramento das políticas públicas, facilitando possíveis correções de
rotas. Além de sinalizar o caminho que deve ser percorrido para
potencializarmos o desenvolvimento e a inclusão social, inserindo uma nova
Bahia no mundo ao explorar as oportunidades e nossas potencialidades”, revela
Peixoto, pontuando como exemplo, a fábrica da BYD, a expansão dos mercados
consumidores para os produtos da agricultura familiar e o papel de liderança na
geração de energia limpa.
Uma série de produtos
foram elaborados para apoiar o planejamento estratégico a cargo da Seplan no
estado, que serão utilizados como insumos no processo de atualização do Plano
de Desenvolvimento Integrado – PDI, incluindo a produção de ferramentas tecnológicas,
a exemplo de um BI – Business Intelligence, relatórios, estudos, mapas e
indicadores, desenvolvidos a partir de um conjunto de entrevistas, oficinas com
grupos focais e consultas a especialistas que embasaram a construção de
diagnósticos estratégicos, a prospecção de cenários e tendências e análises de
dados relacionados com as políticas públicas implementadas nas diversas regiões
do estado.
Para o diretor da
Macroplan, Gustavo Morelli, o trabalho realizado aponta o direcionamento a ser
seguido, tendo como norte o cenário focalizado. “A Bahia é um estado que tem
uma oportunidade grande de crescimento nos próximos anos, desde que se organize
um processo coordenado de desenvolvimento que articule os investimentos
privados, com a ação do governo do estado na construção do futuro que se
imagina a partir do que já foi produzido como parte do processo de atualização
do PDI”, avalia.
PRÉVIA DA INFLAÇÃO DE JANEIRO É DE 0,35%
NA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR
Em janeiro, o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou
em 0,35% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Desacelerou (aumentou menos) em relação ao
verificado em dezembro de 2023 (que havia sido 0,45%) e foi o mais baixo para
um mês de janeiro, na RMS, em seis anos, desde 2018 (quando havia ficado em
0,12%). Ainda assim ficou ligeiramente acima do índice registrado no Brasil
como um todo (0,31%).
O IPCA-15 funciona
como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados
entre 15 de dezembro de 2023 e 14 de janeiro. A prévia da inflação de janeiro
na RM Salvador (0,35%) foi apenas a 7ª mais alta entre os 11 locais
pesquisados. Os valores mais elevados foram registrados nas regiões
metropolitanas de Belo Horizonte/MG (0,88%), Fortaleza/CE (0,69%) e Belém/PA
(0,63%). Brasília foi a única área a ter deflação (-0,41%).
Com esse resultado o
IPCA-15 da RM Salvador tem alta acumulada de 3,97% nos 12 meses encerrados em
janeiro. Ficou abaixo do acumulado no ano de 2023 (4,24%) e foi o 3o menor
índice entre os locais pesquisados, acima apenas da RM Recife/PE (3,31%) e do
município do Goiânia/GO (3,86%). No país como um todo, o IPCA-15 acumula alta
de 4,47% nos 12 meses encerrados em janeiro. O quadro a seguir mostra os
resultados do IPCA-15 de janeiro de 2024 para o Brasil e cada uma das áreas
pesquisadas.
O IPCA-15 (prévia da
inflação) de janeiro na Região Metropolitana de Salvador (0,35%) foi resultado
de aumentos nos preços de quatro dos nove grupos de produtos e serviços que
formam o índice. Quatro grupos tiveram deflação (queda média dos preços) e vestuário
mostrou estabilidade (variação de 0,00%).Depois de fechar o ano de 2023 em
queda acumulada de -2,20%, alimentação e bebidas teve um segundo aumento mensal
consecutivo e o maior, dentre os grupos, na prévia da inflação de janeiro
(1,60%). Por isso exerceu a principal pressão de alta no custo de vida na RM
Salvador, nos primeiros 15 dias do mês.
Frutas (9,04%) como a
banana-prata (13,36%); cereais (8,74%) como o arroz (7,07%); legumes (8,01%)
como a cebola (14,23%) e carnes (2,48%) como o chã de dentro (4,85%), todos
bastante consumidos no dia a dia, foram os alimentos que mais puxaram para cima
o IPCA-15 de janeiro. O grupo despesas pessoais (1,34%) teve o segundo maior
aumento no mês e deu a segunda principal contribuição para a prévia da inflação
na RMS, puxado com mais força por serviços pessoais (1,26%) como os serviços
bancários (1,95%) e cabeleireiros e barbeiros (2,43%).
Por outro lado, dentre
os quatro grupos de produtos e serviços pesquisados que tiveram quedas médias
dos preços, habitação (-0,79%) e transportes (-0,69%) foram os que mais
recuaram e exerceram as principais influências no sentido de conter a prévia da
inflação de janeiro na RM Salvador. Eles haviam sido justamente os que mais
puxaram o IPCA-15 para cima no acumulado no ano de 2023.
A energia elétrica
(-3,89%) deu a maior contribuição individual para baixo no IPCA-15 de janeiro,
seguida pelas passagens aéreas (-15,18%), item que mostrou a maior queda de
preços no mês, na Região Metropolitana de Salvador. Ainda no grupo transportes,
a gasolina (-1,26%) também exerceu influência importante para baixo,
entretanto, o conserto de automóvel (2,32%) teve aumento significativo e foi o
item que, individualmente, mais contribuiu para a alta do IPCA-15 de janeiro,
na RM Salvador.
• PRÉVIA DA INFLAÇÃO NO BRASIL TEM ALTA DE
0,31% NOS PREÇOS EM JANEIRO, PUXADOS PELOS ALIMENTOS
O Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação
oficial do país — registrou uma alta de 0,31% nos preços em janeiro, informou
nesta sexta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). O índice teve uma leve desaceleração de 0,09 ponto percentual (p.p.) na
comparação com o mês anterior, quando teve alta de 0,40% para dezembro. Em
janeiro de 2023, o IPCA-15 foi de 0,55%.
Com os resultados, o
IPCA-15 acumulou 4,47% na janela de 12 meses. O índice de dezembro ficou abaixo
da expectativa do mercado financeiro, que esperava alta de 0,47% no mês. Mas
números dos núcleos de inflação chamaram atenção dos especialistas. Dos nove
grupos pesquisados pelo IBGE, sete tiveram alta em janeiro. O destaque absoluto
foi o grupo de Alimentação e bebidas, que subiu 1,53% no mês. Houve uma forte
aceleração contra o mês anterior (0,54%), o que trouxe impacto no índice geral
de 0,32 ponto percentual (p.p.).
A Alimentação no
domicílio, subgrupo que mede os preços de alimentos in natura, teve uma alta
expressiva no mês, de 2,04%, contra 0,55% em dezembro. Batata-inglesa (25,95%),
tomate (11,19%), arroz (5,85%), frutas (5,45%) e carnes (0,94%) foram os
destaques de alta. Já a Alimentação fora do domicílio teve uma desaceleração,
de 0,53% em dezembro para 0,24% neste mês. A refeição subiu 0,32%, enquanto o
lanche teve alta de 0,16%.
Veja abaixo a variação
dos grupos em janeiro
• Alimentação e bebidas: 1,53%;
• Habitação: 0,33%;
• Artigos de residência: 0,26%;
• Vestuário: 0,22%;
• Transportes: -1,13%;
• Saúde e cuidados pessoais: 0,56%;
• Despesas pessoais: 0,56%;
• Educação: 0,39%;
• Comunicação: -0,03%.
O grupo Transportes
registrou deflação em janeiro, com alívio no preço das passagens aéreas e
combustíveis. O grupo registrou queda de 1,13% no mês, e teve contribuição
negativa no índice geral, de -0,24 p.p. As passagens aéreas, que haviam sido o
destaque positivo do mês anterior, registraram o maior impacto deflacionário no
IPCA-15. Com recuo de 15,24% no mês, tiveram impacto negativo de -0,16 p.p. no
índice.
Os combustíveis,
subgrupo que ajudou a elevação de preços nos últimos meses, também teve um
recuo importante, de 0,63%. Caíram os preços do etanol (-2,23%), do óleo diesel
(-1,72%) e da gasolina (-0,43%). Apenas o gás veicular registrou alta, de
2,34%. Nos demais grupos, há destaque em Saúde e cuidados pessoais (0,56%), que
teve alta novamente influenciada pelo plano de saúde (0,77%). Itens de higiene
pessoal (0,58%) também subiram, com influência do desodorante (1,57%), do
produto para pele (1,13%) e do perfume (0,65%).
Já em Habitação
(0,33%), houve baixa da energia elétrica residencial (-0,14%). Segundo o IBGE,
foram incorporadas alterações nas alíquotas de ICMS em Recife (1,56%),
Fortaleza (-0,18%) e Salvador (-3,89%), desde 1º de janeiro, além de
apropriação residual do reajuste de -1,41% nas tarifas de uma das concessionárias
pesquisadas em Porto Alegre (0,32%), vigente desde novembro.
O resultado cheio do
IPCA-15 veio bem abaixo do que o mercado esperava, mas dentro das aberturas há
sinais de alerta. Laiz Carvalho, economista para Brasil do banco BNP Paribas,
reforça que a alta na alimentação já era esperada, mas houve surpresa positiva
no grupo de Transportes. Acontece que, nos núcleos de inflação usados pelo
Banco Central para balizar a taxa básica de juros, há “resultados mistos”.
“A média dos cinco
núcleos do BC veio em 0,33%, um pouco mais baixo do que a expectativa, mas os
Serviços Subjacentes vieram bem mais altos, com alta de 0,68%. É muito cedo
para falar de uma reversão de tendência [do ciclo de quedas de juros], mas é um
ponto de atenção para o IPCA de janeiro”, diz.
“É um sinal de alerta,
pois estamos com um mercado de trabalho resiliente, atividade econômica via
demanda ainda positiva. É um resultado geral baixo, mas com esse risco no setor
de serviços”, prossegue. Laiz não acredita que os resultados possam alterar o
racional do BC para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana
que vem. O banco espera um novo corte de 0,5 ponto percentual na Selic, levando
a taxa básica de juros a 11,25% ao ano
Fonte: Bahia Econômica
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