quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Alguns dos maiores erros da Segunda Guerra Mundial

Aqui estão alguns dos maiores erros para cada combatente importante:

•        Grã-Bretanha:

- Apaziguamento em Munique, 1938. Os soviéticos haviam oferecido uma aliança militar para ajudar a defender a Tchecoslováquia, mas os britânicos e os franceses recusaram. A Polônia não estava a bordo, mas suas objeções poderiam ser superadas se as potências ocidentais estivessem determinadas. Além disso, os tchecos tinham fortes posições defensáveis no Sudentland, de modo que uma guerra em 1938 colocaria os alemães em um conflito de três frentes: os soviéticos no leste, os britânicos e franceses no oeste e os tchecos no sul.

Argumentou-se que o intervalo entre Munique e a erupção da guerra no ano seguinte deu à Grã-Bretanha mais tempo para se rearmar. No entanto, também deu à Alemanha mais tempo para se rearmar, o que, na melhor das hipóteses, foi apenas uma pausa para respirar, e uma perda considerando o quão pior a situação da Alemanha teria sido em 1938 se tivesse que lutar em três frentes.

•        Polônia:

- Recusar estupidamente as ofertas da aliança militar soviética e ajudar a diminuir qualquer chance de aliança militar entre as potências ocidentais e a URSS durante a crise de Sudetenland. Isso tudo apesar de os soviéticos serem o único poder militar que poderia fisicamente ajudar a Polônia em uma guerra com a Alemanha. Os poloneses confiaram nos britânicos e nos franceses, e os dois cruzaram os braços enquanto Hitler fazia um estrago na Polônia.

* França:

-  Apostando todas as fichas no inflexível Plano Dyle, no qual eles confiavam na Linha Maginot para proteger seu flanco sul, enquanto comprometiam suas forças móveis para avançar na Bélgica e na Holanda, onde esperavam o principal esforço alemão. Os alemães, em vez disso, empenharam-se em um ataque central através das Ardenas, entre a Linha Maginot, ao sul, e os Países Baixos, ao norte, onde a França havia comprometido seus exércitos móveis. A França foi pega de surpresa e nunca teve a chance de se recuperar.

* Itália:

- Envolver-se na guerra. Eles não tinham nenhum negócio lá, pois não estavam prontos para ajudar seus aliados ou mesmo se defender.

* União Soviética:

- Ter ignorado numerosos avisos de várias fontes sobre uma invasão alemã iminente no verão de 1941. Stalin simplesmente não queria acreditar que um ataque alemão estava chegando, e penalizou aqueles que tentavam avisá-lo, ignorando avisos dizendo se tratar de tentativas britânicas de provocar hostilidades entre alemães e soviéticos, alarmismo ou até mesmo traição. Psicoticamente, ele proibiu até medidas mínimas, como colocar as forças soviéticas em alerta. Mesmo depois que os alemães atacaram, passaram-se horas em descrença ilusória, com ordens para prender os oficiais que relatavam estar sob ataque dos alemães e até proibindo alguns deles de devolverem fogo.

A situação seria ruim para os soviéticos, mesmo que estivessem em alerta para um ataque alemão, mas não precisava ter sido tão catastroficamente ruim quanto foi, por conta do seu despreparo.

•        Alemanha:

- A declaração de guerra não provocada de Hitler contra os Estados Unidos, comparando o PIB dos principais combatentes.

Havia pouca vantagem em travar uma guerra contra os EUA, já que a Alemanha não tinha meios de atacá-los seriamente e levar a guerra até eles, a não ser através de submarinos. Mas os EUA, com sua imensa capacidade industrial e significativa margem de mão-de-obra, tinham os meios para levar a guerra à Alemanha, além de ajudar os inimigos da Alemanha a fazê-lo.

•        Japão:

- Declarar guerra aos EUA em primeiro lugar e a maneira como eles a declararam. Eles não entendiam aquele país e como ele reagiria. Não foi apenas Davi brigando com Golias - foi Davi brigando com Golias sem ter nem mesmo um estilingue.

* Estados Unidos:

- Oos EUA tiveram a sorte de não cometer nenhum grande erro estratégico. Comparado aos outros combatentes, as coisas tinham uma tendência a terminar muito bem para os EUA. Mesmo no nível tático, a sorte tendia a favor dos Estados Unidos na maioria das vezes. Por exemplo: a Batalha de Midway, quando um vôo de bombardeiros dos EUA teve a maior sorte de todos os combatentes aéreos da história e pegou os porta-aviões japoneses no pior momento possível e imaginável, e assim virou a maré da guerra em milagrosos 5 minutos. Ou a Batalha do Golfo de Leyte, quando o almirante japonês Kurita teria as forças dos EUA praticamente indefesas e à sua mercê, se ele tivesse continuado com o ataque, mas perdeu a coragem e recuou, arrancando assim a derrota das garras da vitória.

No entanto, como o objetivo é listar um erro para cada combatente, o pior erro para os EUA foi o fracasso de Eisenhower em guiar as tropas em Montgomery e garantir que elas libertassem a Antuérpia e limpassem o estuário de Scheldt dos alemães o mais rápido possível, e deixar o porto para os aliados. A maior dor de cabeça dos Aliados Ocidentais após o Dia D foi a falta de instalações portuárias adequadas na Europa para lidar com os suprimentos necessários para sustentar a movimentação de seus exércitos no noroeste da Europa. Enquanto Patton gritava por combustível e suprimentos e Montgomery fazia o mesmo, os suprimentos estavam se acumulando na Inglaterra, e os navios de suprimentos estavam presos no Canal Inglês, aguardando a chance de descarregar. As coisas ficaram tão ruins que às vezes os navios retornavam aos EUA sem descarregar, a fim de transportar outra carga - que eles novamente não podiam descarregar na Europa. Havia divisões inteiras na Grã-Bretanha e nos EUA prontos para partir, mas isso não podia ser chamado porque Ike não poderia supri-los se chegassem à Europa. Somente o porto de Antuérpia tinha condições de lidar adequadamente com esses suprimentos, mas Montgomery hesitou em limpar o estuário dos alemães, e Eisenhower não ajudou muito.

* China:

- O fracasso ou recusa do governo nacionalista/Koumintang de utilizar contra o Japão a ajuda militar dos EUA que fluía após a entrada da América na guerra. Em vez disso, Chiang Kai-shek achou melhor armazená-lo para uso futuro contra os comunistas de Mao, que ele considerava uma ameaça maior ao seu regime. Esta foi a continuação de uma política expressa como "primeiro a pacificação interna, depois resistência externa", ou como Chiang Kai-shek colocou: "os japoneses são uma doença da pele, os comunistas são uma doença do coração". Como resultado, os japoneses tiveram mais facilidade na China do que teriam encontrado com uma resistência mais determinada do KMT. Os comunistas de Mao ganharam prestígio e legitimidade como os únicos chineses a enfrentar agressivamente o invasor estrangeiro, enquanto o prestígio e legitimidade do KMT declinaram. E quando o confronto entre o KMT e os comunistas finalmente chegou após a guerra, os comunistas venceram, ajudados em grande parte pelo maior prestígio, legitimidade e experiência prática adquirida no combate aos japoneses.

 

       Por que Albert Einstein não apoiou o seu próprio país, a Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial?

 

1.       Embora Albert Einstein tenha nascido na Alemanha, desde tenra idade ele não considerava a Alemanha "seu país". A seu pedido, ele foi desnaturalizado aos 16 anos e tornou-se cidadão suíço em 1901.

2.       Ele permaneceu um cidadão suíço quando a Royal Prussian Academy of Sciences o contratou em 1913, e como estrangeiro não foi convocado na Primeira Guerra Mundial.

3.       Em 1922, Einstein recebeu o Prêmio Nobel e a Alemanha reivindicou o então bastante popular professor de Berlim para a nação alemã.

4.       Dois anos depois, Einstein cedeu e, com a condição de permanecer cidadão suíço, concordou com o pedido alemão. Até onde podemos saber, sua viagem à América Latina em 1925 foi a única viagem em que fez uso de seu passaporte alemão; antes e depois viajou com o passaporte suíço.

5.       Quando, em 1933, os nazistas assumiram o controle e começaram imediatamente a reduzir os direitos civis, Einstein solicitou sua liberação das posições que ocupava em Berlim, bem como da cidadania alemã. O último ainda não foi concedido.

6.       Em 1934, Einstein foi expulso pelo governo nazista. A Alemanha definitivamente não era mais "o país dele".

 

       Por que os nazistas idolatraram cabelos loiros e olhos azuis quando os líderes nazistas não eram nada assim?

 

Os nazistas não achavam que os alemães fossem arianos puros. Eles supunham, com razão, que os alemães eram um povo mestiço (só não imaginavam o quanto e estavam bem errados quanto aos detalhes históricos dessa formação genética). Para os nazistas, o mais próximo (mas não exatamente idêntico e totalmente puro) exemplar do povo ariano nos tempos modernos era o da raça nórdica (hoje, claro, sabemos bem que os nórdicos são uma mistura de povos antigos vários assim como todos os outros europeus). Num estudo feito por (pseudo-)cientistas nazistas durante os anos 30, os alemães foram estimados como tendo apenas 55% de origem nórdica, mesmo assim um dos percentuais maiores ainda existentes no mundo moderno, segundo eles pensavam. Germânicos do sul, como Hitler, por exemplo, eram considerados alemães fortemente miscigenados com a suposta raça alpina.

Vejam o que uma propaganda da Juventude Hitlerista afirmava:

- "O principal ingrediente do nosso povo é a raça nórdica (55%). Isso não significa que metade do nosso povo é de nórdicos puros. Todas as raças supramencionadas aparecem em misturas em todas as partes da nossa pátria. Entretanto, a circunstância de que a grande maioria do nosso povo é de ascendência nórdica justifica que nós adotemos um posicionamento nórdico ao avaliar nosso caráter e espírito, estrutura corporal e beleza física."

Nem os nazistas conseguiam se enganar sobre a muito óbvia (qualquer um que visite a Alemanha nota logo isto) origem bem miscigenada e grande variedade de traços físicos dos alemães, que, ironicamente, são talvez dos povos menos física e geneticamente homogêneos da Europa.

Por isso mesmo é que o regime nazista, para promover a identificação e multiplicação dos tipos mais arianos (sim, os tolinhos ainda achavam que os traços físicos representavam fielmente a ancestralidade real da pessoa), realizavam concursos de "melhor bebê ariano", prêmios para as "mães mais parideiras" e até mesmo políticas oficiais de, digamos, alcovitagem e produção de reprodutores extraídos das supostamente bem "seletas" e "racialmente corretas" hostes da SS que teriam quantos filhos quisessem com mães solteiras subsidiadas pelo Estado (é, meus caros, engenharia social, tratando humano como bicho, era algo que faziam com seu próprio povo, não só com os "inferiores"). Leiam sobre os Lebensborn (Fonte da Vida): Lebensborn – Wikipédia.

Os nazistas tinham planos bem claros de como fazer o elemento ariano dentro da população americana crescer gradativamente nas gerações seguintes, pois eles consideravam que os componentes de origem puramente ariana não estavam distribuídos igualmente na população germânica, alguns indivíduos tinham herdado bem mais do que outros. A solução? Pegar todos os considerados próximos do ideal ariano (que não tinha a ver só ou mesmo prioritariamente com olhos e cabelos claros, mas com um certo tipo de proporções físicas no rosto e no corpo), fazê-los ter mais filhos do que os menos ostensivamente arianos e, então, só esperar o "milagre" da biologia: o percentual de origem ariana dos alemães iria aumentar cada vez mais até se tornar totalmente dominante nas décadas e seguintes seguintes.

Para os nazistas, a raça ariana, que basicamente não existia mais em nenhum povo em seu estado intocado, era a raça dos indo-europeus arcaicos, uma raça de conquistadores implacáveis, sumamente inteligentes, corajosos, ambiciosos e avançados que haviam civilizado o mundo e transformado as sociedades com a sua força de vontade inarredável. Era na verdade uma espécie de projeção saudosista e anacrônica de tudo que eles pretendiam para a Alemanha do futuro, do alto da sua concepção revanchista de mundo fortemente misturada à combinação doentia de darwinismo social com as ideias de Übermensch sem essa "bobajada" de compaixão cristã difundidas por Nietzsche.

Hoje, por estudos arqueogenéticos na época impossíveis de serem sequer cogitados pelos cientistas do início do século XX, sabemos que aqueles proto-indo-europeus de fato devem ter existido, mas eles não só não viviam no Centro-Norte da Europa, onde os germânicos viviam, e sim nas terras dos tão desprezados povos eslavos e turcos das estepes pôntico-cáspias (que ironia!), como também não parecem ter sido nem de longe um povo de traços marcadamente claros.

Pelo contrário, o que as amostras de DNA antigo sugerem mesmo é um povo de tez só moderadamente despigmentada (ou seja, entre um tom de oliva e moreno claro) e cabelos e olhos majoritariamente castanhos. A criação de um fenótipo bem despigmentado em todos os aspectos (pele, olhos e cabelos) parece ter sido um fenômeno incomumente rápido ocorrido entre a Idade do Bronze Média e a Idade do Ferro Arcaica (ou seja, mais ou menos entre 4500 e 2500 anos atrás), já depois das grandes migrações indo-europeias.

Os "arianos" ou mais tecnicamente proto-indo-europeus de verdade, para desespero dos nazistas obcecados com suas raízes "nórdicas", estavam mais para esse tipo físico aí (pelo menos quanto à pigmentação de pele, cabelo e olhos) do que para o ideal da "raça mestra" da pseudo-ciência nazista.

Ah, para terminar de culminar o tremendo engano dos nazistas, os proto-indo-europeus parecem ter sido mesmo um povo bastante engenhoso, explorador e militarizado, mas civilizado? Não mesmo. Eles parecem, pelo contrário, ter tido o mérito de absorver muito bem os elementos bem mais civilizados das culturas dos locais para onde eles migraram e onde conquistaram novas terras. Nenhuma das civilizações mais antigas do mundo parece ter sido fundada por esses "homens ideais" dos delírios nazistas.

 

Fonte: Quora

 

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