quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

“Operação vazou” e “família Bolsonaro fugiu com celulares”, diz deputado

A saída mais do que suspeita de Jair Bolsonaro (PL) e de seus filhos da casa onde estão hospedados em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, ainda de madrugada, às 5h, momentos antes da Polícia Federal chegar ao local para cumprir mandados de busca e apreensão, sob o pretexto de “irem pescar”, gera muito burburinho em Brasília.

Como a atitude do clã do ex-presidente gerou dúvidas sobre a manutenção do sigilo da operação, autorizada em despacho judicial pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, quem veio a público falar sobre o fato foi o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que disse ter informações concretas de que o ocorrido foi uma fuga, para que os integrantes da família se livrassem de seus celulares.

“Pessoal, o advogado do Bolsonaro, aquele Fábio Wajngarten, diz que o Bolsonaro no meio da operação da Polícia Federal, com toda a família, todos os três filhos, tinham saído pra pescar às 5h da manhã de barco... Que bonitinho. Só que isso é mentira... É mentira! As informações que nos chegam é que Bolsonaro foi avisado da operação um pouco antes, e eles não sabiam o que vinha na operação da Polícia Federal, podia ter prisão de algum dos seus filhos, e eles fugiram como covardes de barco, destino incerto... Os celulares deles aí devem estar com os peixes... Eu não sei onde eles pararam depois de tudo isso... Mas essa é a verdade, essa história não se sustenta em pé”, disse o parlamentar.

De fato, como disse Lindbergh, o advogado e ex-chefe da Secom no último governo, Fábio Wajngarten, foi o único dos pesos-pesados do bolsonarismo a vir a público dar satisfação sobre a saída estranha do clã, ainda na madrugada, que evitou o encontro com os federais.

       Bolsonaro previu operação da PF em mensagem cifrada no Twitter

Na última quarta-feira (24), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) havia dito que os seus apoiadores deveriam apoiá-lo porque as próximas semanas seriam "decisivas".

O inelegível disse que "vivemos momentos difíceis" e de "muitas dores e incertezas".

O tuíte foi feito alguns dias depois da busca e apreensão realizada contra o deputado carioca Carlos Jordy (PL), antes da operação na casa de Alexandre Ramagem (PL) e Carlos Bolsonaro.

Hoje, os momentos difíceis e as semanas decisivas chegaram, afinal, o filho de Bolsonaro e sua mansão foram alvos da Polícia Federal na investigação do Abingate.

O caso levantou suspeitas: teria alguém da Polícia Federal ou do Supremo vazado a informação da operação contra Carlos para a família?

Segundo o Globo, Bolsonaro e seus filhos estavam pescando de barco quando a Polícia Federal bateu na mansão do clã em Angra dos Reis (RJ). Eles teriam saído por volta das 5h da manhã e não estavam na residência durante o cumprimento do mandado judicial, mais um motivo de suspeita para um possível vazamento da operação.

 

Ø  Contestando as mentiras dos bolsonaristas, clã Bolsonaro saiu para o mar após saber de operação, dizem fontes

 

Fontes ligadas à operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta segunda-feira (29/1) afirmaram ao Metrópoles que, ao contrário do que dizem os bolsonaristas, o clã Bolsonaro não saiu para navegar e pescar às 5h sem saber de nada, e sim deixou a casa de veraneio da família após ter conhecimento da operação.

O Metrópoles apurou que a PF tem informações de que o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), assim como o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e os demais filhos Flávio (PL-RJ) e Eduardo (PL-SP), estavam em casa em Angra dos Reis por volta de 6h, quando as buscas na Câmara do Rio e no condomínio Vivendas da Barra, que fica na capital e onde Carlos e Bolsonaro têm casas, começaram. Nessa hora, teriam sido avisados que o vereador era alvo das autoridades.

Como não encontraram Carlos em nenhum dos endereços (sua casa ou se gabinete na Câmara do Rio), a PF decidiu mandar viaturas descaracterizadas para a chamada Costa Verde do litoral Fluminense. Por volta de 6h30, equipes chegavam na casa que a ex-família presidencial tem na localidade Mambucaba (RJ). Pouco antes, pai e filhos saíram em um barco e um jet ski, indicam as fontes da PF.

Passadas três horas, o deputado federal Eduardo Bolsonaro voltou sozinho até a casa, de jet ski, para sondar o que esta acontecendo. Foi somente uma hora depois que voltaram Carlos, Flavio e Jair. Nesse momento, o celular de Carlos e três computadores foram apreendidos.

Carlos foi convidado a prestar depoimento, mas se negou. Deve ser ouvido nos proximos três dias, quando pretende ter acesso aos autos.

 

Ø  A MENTIRA CRIADA: Advogado reclama de fake news e diz que Bolsonaro saiu “para pescar”

 

Aliado próximo da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o advogado Fabio Wajngarten se pronunciou nas redes sociais na manhã desta segunda-feira (29/1) sobre a operação da Polícia Federal (PF) que tem como um dos alvos o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do político do PL.

O advogado afirmou que o ex-presidente saiu às 5h da manhã para pescar “com filhos e amigos bem antes de qualquer notícia” e, dessa forma, negou qualquer tipo de fuga da família em meio à operação da PF. Bolsonaro e ao menos dois dos filhos deixaram, nesta manhã, a casa de praia da família, em Angra dos Reis, antes da chegada da polícia.

Wajngarten também falou que não foi encontrado “computador de quem quer que seja na residência ou gabinete do vereador”. A PF cumpre buscas nos endereços ligados ao filho de Bolsonaro.

 

Ø  A VERDADE DOS FATOS: PF apreende celular de Carlos e 3 computadores em casa de Bolsonaro

 

A Polícia Federal (PF) apreendeu, no fim da manhã desta segunda-feira (29/1), o celular do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) e mais três computadores que estavam em uma casa do pai dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na região de Angra dos Reis (RJ).

Carlos Bolsonaro foi um dos alvos da Operação Vigilância Aproximada, da PF, que apura suposto esquema de uso ilegal de ferramentas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem de adversários políticos.

Logo no começo da manhã, equipes da PF cumpriram mandados de busca na residência de Carlos e no gabinete dele na Câmara dos Vereadores, na capital do Rio de Janeiro. Em seguida, os policiais foram à casa de praia da família, em Angra dos Reis, onde Carlos Bolsonaro estava com outros irmãos e com o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O vereador é suspeito de ter recebido dados da chamada “Abin paralela”. Além de Carlos, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços da assessora do filho de Bolsonaro, Luciana Paula Garcia da Silva Almeida; da assessora de Alexandre Ramagem, Priscila Pereira e Silva; e do militar do Exército cedido para a Abin na gestão de Ramagem, Giancarlo Gomes Rodrigues.

·        Uso político da Abin

Segundo as investigações, a Abin foi utilizada para espionar adversários. Políticos e até ministros do STF teriam sido espionados com o uso do software FirstMile, que permite monitorar a geolocalização de celulares.

De acordo com a PF, policiais que estavam na cúpula da Abin também usavam serviços ilícitos para beneficiar filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A Abin teria sido usada para produzir provas favoráveis a Renan Bolsonaro e relatórios de defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL) em investigação sobre “rachadinhas”.

Na última quinta-feira (25/1), o deputado e ex-diretor-geral da Abin Alexandre Ramagem (PL) foi alvo de buscas em seu apartamento funcional e em seu gabinete na Câmara dos Deputados, em Brasília. As duas operações fazem parte da mesma investigação. Policiais federais suspeitos de envolvimento no esquema de espionagem foram afastados.

 

Ø  PF apreende computador da Abin QUE ESTAVA EM PODER DE Carluxo

 

A Polícia Federal (PF) apreendeu um computador da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em operação que tem entre seus alvos o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), no Rio de Janeiro.

O computador da Abin estava na casa de Giancarlo Gomes Rodrigues, ex-assessor do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem (PL-RJ). A apreensão foi em Salvador (BA).

A PF suspeita de que Carlos recebia dados de um esquema ilegal de espionagem dentro da Abin, na gestão do delegado Alexandre Ramagem. Fontes ligadas à investigação chegaram a dizer que o equipamento estaria em um endereço ligado ao próprio Carlos. Mas houve um recuo em relação a essa informação, que foi desmentida pela própria PF.

O computador da Abin teria sido encontrado na casa de um militar do Exército em Salvador, mas a PF ainda não confirmou a informação. A Abin abriu procedimento interno para apurar o caso.

São cumpridos mandados de busca e apreensão nesta segunda-feira (29/1) mirando o núcleo político beneficiado pela chamada “Abin paralela” de Bolsonaro.

Entre os endereços visitados pela PF, estão a residência de Carlos e o gabinete do vereador na Câmara do Rio de Janeiro, além da casa de praia da família Bolsonaro em Angra dos Reis. Agentes da PF estiveram no gabinete de Carlos entre as 7h e 9h, acompanhados por seguranças da Casa e um assessor parlamentar.

Os alvos da fase da operação desta segunda são o vereador Carlos Bolsonaro e pessoas ligadas a ele. Há mandados de busca para endereços da assessora de Carlos, Luciana Paula Garcia da Silva Almeida; da assessora de Alexandre Ramagem, Priscila Pereira e Silva; e do militar do Exército cedido para a Abin na gestão de Ramagem, Giancarlo Gomes Rodrigues.

As buscas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

 

Ø  Entenda o que de fato foi apreendido pela PF na casa onde estava a família Bolsonaro

 

A Polícia Federal esteve na manhã desta segunda-feira (28) na casa de praia onde Jair Bolsonaro (PF) e seus três filhos passam parte do verão, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, para cumprir mandados de busca e apreensão, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A ação gerou uma avalanche de informação desencontradas sobre o que teria sido levado pelos agentes e em relação ao paradeiro do clã político de extrema direita, que não se encontrava no imóvel.

A jornalista Daniela Lima, da GloboNews e do portal g1, chegou a cravar a informação de que um notebook da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) teria sido encontrado e apreendido na mansão onde Carlos Bolsonaro vive, no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Horas depois, a direção da PF negou essa informação.

Agora, já no início da tarde, surgem confirmações do que, de fato, teria sido apreendido pelos policiais federais no cumprimento desses mandados.

Ainda não ficou confirmado se algo relevante teria sido levado do gabinete de Carlos na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, nem em sua casa na capital fluminense, onde seu pai também tem um imóvel. No entanto, na casa de Angra dos Reis, a PF apreendeu o celular do filho 02 do ex-presidente, assim como três notebooks.

Não há notícias, com base na determinação de Moraes, que os aparelhos de Jair e de seus outros dois filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL -RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) fossem alvos de busca.

Ficou confirmado também nenhum deles estava em casa no momento que os federais chegaram. A versão oficial dos interlocutores da família é de todos "saíram para pescar às 5h" e que estavam no mar quando a casa foi vasculhada pelas autoridades. A história gerou especulações sobre um suposto vazamento, que foi inclusive apontado pelo deputado federal Lindhberg Faria (PT-RJ), que afirmou ter confirmação de que a manobra foi uma fuga do pai e dos filhos, porque eles não saberiam se alguma prisão tinha sido autorizada pelo STF.

 

Fonte: Fórum

 

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