CORRUPÇÃO COMO MODELO DA DIREITA : Os 18
prefeitos presos de Santa Catarina - quem são e de quais partidos
Na última sexta-feira
(26), o prefeito bolsonarista de Ponte Alta do Norte (SC), Ari Baguio
(PL), foi preso no âmbito da operação
Limpeza Urbana do Grupo de Atuação Especial de
Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de Santa Catarina. Baguio é suspeito de operar um esquema de corrupção
nos contratos dos serviços de limpeza urbana na pequena
cidade de 3,2 mil habitantes no Meio-Oeste Catarinense.
Poucos dias antes,
Elias Costa, prefeito de Barra Velha (SC), também do PL, legenda de Jair Bolsonaro, foi preso no âmbito de outra operação contra ilicitudes e
corrupção em fraudes e licitações.
Com as duas novas
prisões, já são, ao todo, 18 prefeitos presos em Santa Catarina, em
sua maioria bolsonaristas e de direita, detidos em operações
anticorrupção desde novembro de 2022. A maior parte dos mandatários
municipais catarinenses foi presa, assim como Baguio, por suspeita de esquemas
ilícitos em contratos de limpeza urbana em cidades do interior do estado -
sendo que alguns deles já foram soltos.
O partido campeão de
prefeitos catarinenses presos é o MDB, com 5 mandatários municipais que
foram parar atrás das grades. PL, legenda de Bolsonaro, e PP, que já
foi a sigla do ex-presidente, somam 4 prefeitos detidos. Há, ainda, chefes do
Executivo de cidades de Santa Catarina filiados ao PSD, Podemos,
Republicanos e Patriota - todos partidos de direita.
·
A lista completa
Confira, abaixo, a
lista completa de prefeitos de Santa Catarina que foram presos entre novembro
de 2022 e janeiro de 2024, em ordem alfabética, com nome do mandatário, cidade
e partido.
# Adilson Lisczkovski
Cidade: Major Vieira
Partido: Patriota
# Adriano Poffo
Cidade: Ibirama
Partido: MDB
# Alfredo Cezar Dreher
Cidade: Bela Vista do
Toldo
Partido: Podemos
# Antônio Ceron
Cidade: Lages
Partido: PSD
# Antônio Rodrigues
Cidade: Balneário
Barra do Sul
Partido: PP
# Armindo Sesar Tassi
Cidade: Massaranduba
Partido: MDB
# Ari Bagúio
Cidade: Ponte Alta do
Norte
Partido: PL
# Deyvisonn de Souza
Cidade: Pescaria Brava
Partido: MDB
# Douglas Elias Costa
Cidade: Barra Velha
Partido: PL
# Felipe Voigt
Cidade: Schroeder
Partido: MDB
# Joares Ponticelli
Cidade: Tubarão
Partido: PP
# Luiz Antonio
Chiodini
Cidade: Guaramirim
Partido: PP
# Luiz Carlos Tamanini
Cidade: Corupá
Partido: MDB
# Luiz Divonsir
Shimoguiri
Cidade: Três Barras
Partido: PSD
# Luiz Henrique Saliba
Cidade: Papanduva
Partido: PP
# Marlon Neuber
Cidade: Itapoá
Partido: PL
# Patrick Corrêa
Cidade: Imaruí
Partido: Republicanos
# Vicente Corrêa Costa
Cidade: Capivari de
Baixo
Partido: PL
Ø
Para conter bolsonarismo, PT avalia abrir
mão de candidatos próprios no Nordeste
Em uma tentativa de
conter o avanço bolsonarista no Nordeste, o PT adotou uma estratégia pragmática
e avalia abrir mão de lançar candidatos próprios em capitais para apoiar nomes
com mais potencial de vitória, segundo apurou a CNN.
O caso mais
emblemático é Salvador, maior colégio eleitoral nordestino e que nesta
quarta-feira recebeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início de
seu giro pela região.
Depois de meses de
impasses, o partido decidiu em dezembro encerrar o debate interno e apoiar o
vice-governador Geraldo Jr (MDB) na capital baiana.
A estratégia visa
reunir forças para enfrentar o atual prefeito, Bruno Reis (União Brasil),
aliado do ex-prefeito ACM Neto e João Roma (PL), ex-ministro da Cidadania de
Bolsonaro.
Em Recife, onde
Bolsonaro apresentou o nome do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, o PT
negocia com o PSB o apoio à reeleição de João Campos (PSB) e a indicação de seu
vice na chapa.
A expectativa na
sigla, segundo fontes, é que Campos concorra ao governo em 2026 se vencer o
pleito e assim abra para caminho para o PT governar a capital.
Em Fortaleza, o PT
adiou a decisão sobre a eleição municipal para fevereiro enquanto espera um
entendimento entre os grupos dos irmãos Cid Gomes, que deve ir para o PSB, e
Ciro Gomes (PDT).
·
O desafio do PT no Nordeste
Salvador: apoia o
candidato do MDB, Geraldo Reis
Recife: tendência de
apoiar reeleição de João Campos
Fortaleza: indefinido
(depende de acordo com o PDT e dos irmãos Cid e Ciro Gomes)
Maceió: pode ter
candidato próprio ou apoiar nome indicado por Renan Calheiros
São Luís: deve apoiar
nome do PSB indicado por Flávio Dino
Aracaju: vai lançar
candidato
Natal: deve ter
candidato próprio
João Pessoa: deve ter
candidato próprio
Teresina: deve ter
candidato próprio
Ø
Ramagem: Candidatura subiu no telhado e
pode cair junto com Bolsonaro, que o colocou lá
O deputado Alexandre Ramagem é o
candidato do PL de Bolsonaro à prefeitura do
Rio este ano. Ou melhor, era. Depois da explosão do escândalo da Abin — já
chamado de Abingate, tal seu poder de destruição —, a candidatura Ramagem
subiu no telhado e dificilmente se manterá.
O caminho natural será
um processo que poderá levar Ramagem não à prefeitura mas a uma condenação
criminal, já que até de furtar computadores e celulares da
Abin encontrados em seu poder ele é acusado.
O escândalo da
espionagem de 30 mil pessoas, entre elas os ministros do STF Alexandre de
Moraes e Gilmar Mendes, além de jornalistas e políticos, vai dominar o
noticiário por um bom tempo.
Entre as linhas de
investigação estaria a utilização da Abin para prejudicar os processos que
envolvem o senador Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas, com vastas provas
já levantadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, no momento anuladas,
mas que vão tomar novos rumos com abertura de nova investigação pelo MP.
A aposta do
ex-presidente Bolsonaro na candidatura de Ramagem para a prefeitura do Rio
mostra duas coisas:
- em seu domicílio eleitoral Bolsonaro não se vê com força
suficiente para eleger um dos filhos, que seriam seus candidatos
naturais;
- a camaradagem com Ramagem, que o acompanha desde as
eleições de 2018 como chefe de sua segurança, até os dias de hoje,
passando pela direção da Abin.
Bolsonaro vai manter o
deputado Ramagem por perto — como antes mantinha seu ex-ajudante de ordens, o
tenente-coronel Mauro Cid — até o momento em que perceber que a proximidade do
fogo pode queimá-lo.
Nesse momento Ramagem
será lançado do telhado, como aconteceu antes a Mauro Cid, Bebianno, Paulo
Marinho e o general Santos Cruz.
·
Romário
Quem deve estar
acompanhando o escândalo da Abin e os problemas de Ramagem da praia, entre uma
partida de futevôlei e outra, é o senador Romário. O sonho do Baixinho
é a prefeitura do Rio, mas ele se elegeu pelo PL, partido que Bolsonaro ainda
controla, e que tem Ramagem como candidato.
A queda de Ramagem
coloca Romário como o candidato natural do PL, que vai ganhar o jogo da
candidatura sem ter que entrar em campo nem sujar o uniforme, apenas deixando o
adversário se perder em campo.
Pelo que se vê dos
primeiros vazamentos do Abingate, o fogo que está queimando Ramagem e já o
colocou no telhado pode se alastrar a seu padrinho político, Jair Bolsonaro,
que é, no fundo, como Nixon no Watergate, o chefe de todo o esquema.
Ø
Advogado de Bolsonaro crava vitória de
Boulos em São Paulo
Ex-secretário de
Comunicação de Jair Bolsonaro e atual advogado do ex-presidente, Fabio Wajngarten concorda com as pesquisas de intenções de voto que colocam
o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) como favorito na disputa pela prefeitura de São
Paulo.
Um dos homens mais
próximos de Bolsonaro, que já sinalizou que deve apoiar o atual prefeito da
capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), nas eleições municipais deste ano,
Wajngarten parece discordar de seu ex-chefe.
Em publicação feita no
X (antigo Twitter) neste sábado (27), Wajngarten disparou contra aliados de
Nunes que estariam cogitando em indicar uma vice mulher para a chapa do atual
prefeito.
"Aliados ou
Inimigos?? Vão conseguir eleger o Invasor de Terras", disparou o advogado,
fazendo referência a Boulos, que é chamado de "invasor" por
bolsonaristas pelo fato de liderar o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
(MTST), que ocupa apenas terrenos e prédios vazios que não cumprem função
social.
·
Chapa Boulos e Marta
Guilherme Boulos (PSOL) teve um almoço
no dia 13 de janeiro com Marta Suplicy,
ex-prefeita de São Paulo que se filiará ao PT em fevereiro e que concordou em
ser sua vice na eleição municipal.
O deputado falou com a
imprensa ao deixar o compromisso e afirmou que o maior desafio das Eleições
2024 é "enfrentar e derrotar o bolsonarismo na cidade de São
Paulo".
Para vencer
uma candidatura bolsonarista, o parlamentar defende que
seja reeditada uma frente democrática e discutido o futuro da
cidade de São Paulo.
"Essa é uma
aliança que está se construindo, que não é uma aliança que vai olhar para o
passado, é uma aliança que se constrói a partir de um compromisso de presente e
de futuro", disse.
Boulos lidera todas as
pesquisas de intenções de voto para a prefeitura de São Paulo divulgadas até o
momento.
Fonte: Fórum/CNN
Brasil
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