Museus e igrejas históricas são opções de
lazer para quem visita Salvador
Para muitas pessoas,
Salvador é sinônimo de belas praias e
gastronomia única. Contudo, muitos visitantes que vêm à capital gostam
de explorar a cultura, beleza e história da cidade. E para isso, muitos museus
e igrejas históricas ficam abertos, tornando-se boas opções de lazer na cidade.
Entre as dezenas de
museus da capital baiana, os mais visitados são os do centro histórico. Próximo
de dois cartões postais no bairro do Comércio, fica o museu Cidade da Música da
Bahia, onde abriga diversos estilos musicais que fazem parte da cultura baiana.
O Museu Nacional da
Cultura Afro-brasileira (Muncab), que reabriu há pouco mais de dois meses, é um
espaço onde os visitantes podem conhecer de perto como a cultura africana
influencia diretamente na cultura brasileira, por meio de obras de diversos
artistas. O museu fica localizado próximo ao Elevador Lacerda.
No Pelourinho, é
possível encontrar outro equipamento cultural que tem a cara de Salvador: a
Casa do Carnaval. O espaço traz a história do carnaval de Salvador por meio de
vídeos, fantasias, miniaturas, muita cor e música. Além destes há também, a
Casa do Benin, o Museu de Arte Moderna da Bahia, a Casa do Rio Vermelho, o
Museu Náutico da Bahia e a Fundação Casa de Jorge Amado.
Quem vem para Salvador
fazer um passeio não perde tempo em visitar as diversas igrejas seculares que
compõem a arquitetura da cidade. Da cidade baixa à cidade alta, muitos turistas
gostam de fazer o registro das igrejas católicas locais. Dentre as mais visitadas
estão o Santuário de Santa Dulce dos Pobres, a Basílica do Senhor do Bonfim, a
Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, Igreja de Nossa Senhora do
Rosário dos Pretos e a Igreja e Convento de São Francisco.
Diretamente de Manaus,
Thayná Cavalcante (21) está a passeio pela capital pela 5ª vez. Ela conta os
lugares que já visitou e qual é o seu favorito. “Aqui no Pelourinho, da outra
vez que vim, curti muito o museu afro, a ‘igreja de ouro’ e o Mercado Modelo.
Tem também a casa de Jorge Amado lá no Rio Vermelho. O lugar que mais gosto é
da casa de Jorge, pois eu já conhecia vários livros dele e foi bem legal
conhecer mais da história dele”, afirmou.
Registrando a entrada
da Casa do Carnaval estavam as amigas Beatriz Vieira e Ana Flor Oliveira. As
duas são do estado de São Paulo e contam que o que as cativou foi a simpatia e
hospitalidade do povo soteropolitano.
“O que estamos
percebendo aqui em Salvador é que a galera é muito simpática, fala muito e fica
sempre nos perguntando se estamos bem. Achamos a galera muito divertida. Já
fomos no Porto da Bahia e viemos aqui conhecer o Pelourinho, que nunca tínhamos
vindo. É muito lindo e seguro também. Estamos vendo policiamento e até o
momento estamos nos sentindo seguras”, ressaltou.
Além dos museus e das
igrejas, outras opções de lazer na cidade são os parques. Dentre os disponíveis
em Salvador estão: Parque dos Ventos, localizado no bairro da Boca do Rio,
Parque São Bartolomeu, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, Parque da Cidade,
Parque dos Dinossauros e o Food Park, uma boa escolha para levar a família para
um passeio gastronômico na orla da capital baiana.
Prefeito entrega Casa das Histórias de
Salvador e Arquivo Público
A Prefeitura de
Salvador entregou nesta segunda-feira (29), a partir das 16h30, a Casa das
Histórias de Salvador e Arquivo Público, no Comércio (ao lado da Cidade da
Música). A inauguração será realizada pelo prefeito Bruno Reis e pelo
secretário de Cultura e Turismo, Pedro Tourinho, em evento com a presença de
autoridades e gestores municipais.
O projeto do local,
que é o primeiro centro de interpretação do patrimônio da capital baiana,
contou com museografia assinada pela curadora Ana Helena Curti, do consórcio
Memorar, e foi financiado com recursos do Prodetur.
O equipamento
apresenta uma narrativa sobre os quase cinco séculos de Salvador, utilizando
conteúdos digitais e um acervo físico que incluem saberes e fazeres das pessoas
comuns, normalmente não abordados pela história oficial da cidade, ressaltando
a contribuição negra e indígena para a formação da primeira capital do país, de
modo a convidar os visitantes a participarem ativamente da reflexão acerca dos
sentidos da memória e do futuro da capital baiana.
Colônia do Rio Vermelho traz dignidade
para pescadores e mais conforto
Um dos espaços mais
tradicionais para trato e comercialização de pescado em Salvador, a Colônia de
Pescadores do Rio Vermelho, situada ao lado da Vila Caramuru, no Largo da
Mariquita, foi inaugurada nesta terça-feira (30) após a conclusão das obras de
reconstrução realizadas pela Prefeitura. A nova estrutura foi entregue pelo
prefeito Bruno Reis ao lado de lideranças do município, e vai proporcionar mais
segurança e dignidade para os cerca de 60 trabalhadores que atuam no local,
além de conforto para os clientes.
“Este era um sonho
antigo da colônia do Largo da Mariquita, que está se tornando realidade hoje,
às vésperas dos festejos de Iemanjá, onde vamos agradecer à Rainha do Mar. Os
pescadores agora têm uma nova sede, garantindo que as mercadorias sejam vendidas
sem nenhum prejuízo. Temos locais para armazenamento, onde eles podem guardar
os seus objetos de trabalho em segurança. E temos, ainda, quiosques específicos
para venda do pescado, trazendo conforto também para milhares de pessoas que
vêm aqui diariamente para comprar os mais diversos produtos”, disse Bruno Reis.
Com investimento de
R$720 mil, a intervenção teve projeto elaborado pela Fundação Mário Leal
Ferreira (FMLF), ouvindo demandas dos próprios pescadores. Entre as novidades,
o imóvel ganhou equipamentos adequados para abrigar os motores das embarcações
e outros itens de trabalho. Além disso, ganhou área de convivência, já que a
colônia é também um importante espaço de lazer para a comunidade.
Presidente da FMLF,
Tânia Scofield disse que o diálogo com os pescadores foi essencial para o
projeto: “Conversamos muito sobre o que era melhor para eles. Tanto, que eles
tinham uma cozinha aqui, que era muito precária, e nós construímos uma nova
cozinha por demanda deles. Temos também um espaço de bate-papo, bem sombreado e
ventilado. Porque a colônia não é só um imóvel para guardar material, nos
finais de semana as famílias vêm para cá, trabalhando ou curtindo, para
conviver”, disse.
Também foram
implantados quatro boxes com espaços para freezers, bancadas para o tratamento
do pescado e balcões para comercialização. Ainda foram implantados sanitários
masculino e feminino, inclusive adaptados para pessoas com deficiência. A obra
priorizou o atendimento às normas de acessibilidade, que passaram a ter rampa
de acesso à praia para as embarcações, e toda a área externa ganhou piso
intertravado e placas de concreto. As intervenções foram executadas pela
Superintendência de Obras Públicas (Sucop).
Presidente da colônia,
Almir Albergaria lembrou que os pescadores atuam há 40 anos no local, sempre
mantendo o imóvel com recursos próprios. “Nunca tivemos ajuda de órgão nenhum,
mas agora, graças a Deus, fomos atendidos pela Prefeitura. A colônia foi demolida
e reconstruída do zero, com várias melhorias. Tínhamos duas peixarias aqui e
negociamos para quatro, para oferecer mais trabalho para as pessoas”, afirmou.
“Essa colônia aqui não
é só para vender peixe, ela é tipo uma instituição de recuperação de pessoas. A
gente trabalha muito o lado social. A gente traz para cá pessoas que estão sem
opção de vida, não têm profissão. Aqui, a gente ensina elas a pescar e a pessoa
começa a tomar conta da vida dela, trabalhando como pescador”, completou
Albergaria.
Antes, a tradicional
Colônia de Pescadores do Rio Vermelho não atendia às exigências de salubridade,
higiene e soluções de tratamento de esgoto e água, além de não contar com
condições adequadas de armazenamento e comercialização do pescado. O lugar também
sofria constantemente com os efeitos da maré, inclusive com inundação das
instalações.
Paulo Sérgio de Jesus
tem 51 anos e é pescador há 40. Ele comemorou a instalação dos boxes para venda
de produtos. “Ficou uma coisa mais atraente, entendeu? Fica mais à vista do
público que passa por aqui, representa melhor o nosso trabalho e a nossa cultura
como pescador. Graças a Deus, a gente está sendo mais valorizado e reconhecido,
né? Era o que a gente mais precisava nesse momento”, disse.
“Aqueles que pescam
todos os dias no mar, muitas vezes ficam com uma dificuldade de escoar o
pescado. E, agora, a gente está aqui com quatro boxes pra repassar diretamente
para a mesa do cliente o produtos, o que é muito melhor”, completou Paulo
Sérgio.
Fonte: Tribuna da
Bahia
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