Bolsonaro
dá chilique na UTI e discute com oficial de Justiça para não ser intimado
Internado
no caríssimo Hospital DF Star, Jair Bolsonaro (PL) parece ter superado todos os
limites do ridículo na tarde desta quarta-feira (23). O ex-presidente discutiu
com a oficial de justiça que foi intimá-lo dentro da UTI após ele realizar uma
live na noite anterior no local. A servidora do STF, que tem apenas a
incumbência de entregar o papel para que o réu assine, começou a ser
questionada sobre pormenores e detalhes da ação penal na qual o líder
extremista figura como chefe do bando que tentou dar um golpe de Estado no
Brasil.
Constrangedora
é o mínimo que se pode falar sobre a cena. A representante do Judiciário apenas
tentar explicar que está ali para que o réu tome ciência da intimação, mas
Bolsonaro começa a falar coisas desconexas e ligadas a partes distintas da
investigação conduzida contra ele. A certa altura, avisado por alguém que sua
pressão está subindo, já que o ex-presidente está com vários aparelhos de
monitoramento pelo corpo, ele passa a gritar de forma descontrolada. O papelão
impagável e inacreditável se arrasta por mais de 11 minutos.
• Oficial de justiça não ‘afinou’ com
extremistas para intimar Bolsonaro na UTI
Após
realizar uma live no quarto de UTI onde está internado no Hospital DF Star, em
Brasília, na noite de terça-feira (22), Jair Bolsonaro (PL) recebeu a visita,
na tarde desta quarta (23), de uma oficial de justiça, que foi ao local para
intimá-lo em relação à ação penal que ele enfrenta no STF por tentativa de
golpe de Estado. Seu comportamento farsesco, assim como a palhaçada que vem
engendrando de dentro da unidade de saúde, foram o suficiente para que o
relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes, considerasse o
ex-presidente perfeitamente apto a receber notificações judiciais. Na tal
transmissão, o filho 03 do antigo ocupante do Palácio do Planalto chegou
inclusive a ameaçar os ministros do Supremo.
Mas se
engana quem acha que a tarefa de intimar Bolsonaro foi algo simples de se
realizar. A servidora do Judiciário que compareceu ao DF Star teve que jogar
duro com a caterva de fanáticos que perambula pelo setor onde o líder de
extrema direita está internado após uma cirurgia abdominal, realizada há 10
dias. Esses integrantes da tropa de choque do ex-presidente deram início a um
princípio de escândalo e lançaram bravatas contra a oficial de justiça, que não
teria se intimidado em momento algum. Segundo o próprio Jair Bolsonaro, falando
a um colunista do portal Metrópoles, a funcionária pública teria até colocado o
pé na porta para entrar no quarto, impedindo que ela se fechasse e então
ficasse impossibilitada de cumprir com a intimação.
Em tom
de reclamação, mesmo diante do circo que está promovendo dentro de um hospital
e após uma cirurgia que seria grave e complexa, Bolsonaro atacou outra vez
Moraes, ainda que sem citá-lo. “Assinei depois de 15 minutos. A oficial de
Justiça botou o pé na porta da UTI e entrou para que eu assinasse. A oficial
confessou que estava cumprindo ordens. Adivinha de quem?”, disse o
ex-presidente ao jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
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STF explicou procedimento
O
Supremo Tribunal Federal emitiu uma nota explicando a intimação de Jair
Bolsonaro realizada num leito de UTI. A Corte frisou que todos os outros
envolvidos no mesmo julgamento já tinham sido intimados entre os dias 11 e 15
deste mês, mas que no período Bolsonaro estava hospitalizado. O STF respeitou o
direito que o réu tem de se recuperar fisicamente após o procedimento cirúrgico
e seguiria aguardando sua alta. No entanto, a live realizada na terça-feira
(22) foi a gota d’água, já que pelo comportamento do ex-presidente é
perfeitamente claro que ele já está bem, fazendo transmissões na internet e
instigando sua matilha de seguidores violentos.
“Em
virtude da internação do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi determinado que se
aguardasse uma data adequada em que pudesse, normalmente, receber o oficial de
Justiça. A divulgação de live realizada pelo ex-presidente na data de ontem
(22/4) demonstrou a possibilidade de ser citado e intimado hoje (23/4)”,
afirmou o STF em comunicado.
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Bolsonaro é desmentido por oficial de Justiça na UTI
O
ex-presidente Jair Bolsonaro foi desmentido pela oficial de Justiça que o fez
assinar a intimação e citação do Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da
ação penal em que se tornou réu por tentativa de golpe de Estado, nesta
quarta-feira (23).
A
entrega da intimação ocorreu diretamente no leito da UTI (Unidade de Terapia
Intensiva) do hospital DF Star, em Brasília, por determinação do ministro
Alexandre de Moraes.
A
autorização judicial para procurá-lo no hospital ocorreu após Bolsonaro
participar de uma transmissão ao vivo, na terça-feira (22), diretamente de seu
quarto na UTI, onde conversou com os filhos, os deputados Eduardo e Carlos
Bolsonaro, tendo o primeiro, inclusive, feito ameaças abertas a “outros
ministros” da Corte. Segundo o STF, a live comprovou que o ex-presidente tinha
condições de receber a citação. A servidora pública entregou o documento ao
ex-presidente no hospital, e ele assinou às 12h47 da quarta-feira (23),
confirmando ciência da citação.
Bolsonaro
tentou intimidar a oficial de Justiça, fazendo questionamentos sobre as
investigações acerca da tentativa de golpe de Estado e exigindo que ela
verbalizasse o nome de Alexandre de Moraes, que determinou a intimação. O
ex-presidente chegou a surtar e berrar com pessoas que estavam na UTI.
Em dado
momento, Bolsonaro afirmou que "tudo no Supremo é secreto" e que não
teve acesso "a grande parte dos autos". A oficial de Justiça, de
maneira direta, então, desmentiu o ex-presidente.
"Mas
esse mandado aqui não está em segredo de Justiça. O ministro tirou o sigilo dos
autos", disse a servidora pública.
• Bolsonaro aparece em tom mórbido em
vídeo de Silas Malafaia após chilique com oficial de Justiça
Horas
após dar um chilique e discutir com a oficial de Justiça, enviada à Unidade de
Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, para notificá-lo
de intimação assinada por Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), Jair Bolsonaro (PL) apareceu em tom mórbido - e demonstrando irritação -
em vídeo com seu guru, Silas Malafaia.
Malafaia
esteve na capital federal para visitar o amigo e chegou ao hospital logo após o
ex-presidente receber a visita da oficial de Justiça.
A
intimação aconteceu após Bolsonaro dar entrevista ao SBT, na segunda-feira (21)
à noite, e participar de uma live para sortear um capacete de grafeno na noite
de terça-feira (22) dentro da UTI do Hospital.
Além de
Michelle e do filho, Carlos, Bolsonaro transformou a UTI em uma espécie de
quartel general, onde distribui vídeos e publicações nas redes incitando ódio
de extremistas - inclusive contra o papa Francisco, que está sendo velado no
Vaticano - e ataques a autoridades.
Ao
receber a oficial de Justiça, que tem apenas a incumbência de entregar o papel
para que o réu assine, o ex-presidente começou a discursar sobre detalhes da
ação penal e, alertado de que a pressão subiu, deu um chilique no quarto do
hospital. Tudo registrado e divulgado em vídeo nas redes.
Ao
receber Malafaia, no entanto, o ex-presidente ficou em silêncio e fez uma cara
de "pessoa que está extremamente enferma" no vídeo em que o pastor
chama Moraes de "desgraçado".
"O
artigo 244 diz que se uma pessoa tá gravemente enferma, morte ou dentro de
templo religioso, não se pode intimar. Aí vem dizer, não, mas ele tá dando
entrevista", iniciou Malafaia no vídeo, apontando para o ex-presidente.
"E
quem disse que ele tá obedecendo a médicos? Ele tá dando entrevista por conta
dele, ele é desobediente como eu também, não aguento ficar dentro do hospital o
tempo todo. Agora, isso é uma vergonha, isso é uma pressa para condenar
Bolsonaro", emendou o pastor midiático.
Em
seguida, Malafaia começou a fazer troça dos ataques a Moraes, incitando a horda
extremista contra o ministro, a quem chamou de "ditador" e
"desgraçado".
"Alexandre
Moraes, eu tenho que te chamar de ditador e tenho dito que você é um cara
desgraçado pelas tuas maldades e perversidades", disparou.
• Michelle tentou barrar oficial de
Justiça; aliados de Bolsonaro querem acionar "Direitos Humanos"
A
visita surpresa da oficial de Justiça à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI)
do hospital DF Star, transformado em QG político por Jair Bolsonaro (PL), segue
reverberando entre aliados do ex-presidente, que elevaram os ataques ao
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao
assinar o documento, Bolsonaro deu início ao prazo em que será julgado pela
primeira turma da corte, tendo cinco dias para apresentar sua defesa prévia.
Dividindo
a guarda do marido com o enteado Carlos Bolsonaro (PL-RJ), Michelle Bolsonaro
(PL) tentou barrar a entrada da oficial de Justiça dizendo que o marido, mesmo
em meio a lives e entrevistas, se recupera de uma cirurgia delicada.
A
ex-primeira-dama ainda questionou se Bolsonaro não poderia assinar a intimação
posteriormente, quando deixasse a UTI, mesmo sem ter previsão para quando isso
pode ocorrer.
“Isso
não depende da minha vontade. Estou aqui só cumprindo ordens. Não posso fazer
nada”, teria respondido a oficial de Justiça, segundo informações de Paulo
Cappelli, no portal Metrópoles.
Em
seguida, a oficial entrou na UTI e foi confrontada por Bolsonaro, que
descarregou seu ódio a Moraes, chegando a gritar com outras pessoas que estavam
no local. Mesmo assim, assinou a intimação e deu início ao prazo para o
julgamento que deve levá-lo à prisão.
O caso
causou revolta entre aliados do ex-presidente. Silas Malafaia chegou a gravar
um vídeo ao lado de Bolsonaro, em tom mórbido, em que chamou Moraes de
"ditador" e "cara desgraçado".
Aliados
próximos do ex-presidente estão estudando medidas sobre o caso. A principal
delas é acionar cortes internacionais de Direitos Humanos para dizer que houve
violação.
Bolsonaro
é um opositor ferrenhos dos direitos humanos e chegou a posar com camiseta que
diz que o tema é "esterco da vagabundagem".
• Bolsonaro tenta atacar Boulos após
intimação na UTI e acaba humilhado: "Vai chorar na Papuda"
O
ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo internado na UTI do Hospital DF Star, foi
intimado por uma oficial de Justiça no âmbito da ação penal do Supremo Tribunal
Federal (STF), na qual é réu por tentativa de golpe de Estado. Após a
intimação, Bolsonaro tentou deslegitimar a Justiça brasileira e atacar o
deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), mas acabou recebendo uma resposta
contundente e humilhante do parlamentar.
Nesta
quarta-feira (23), pelas redes sociais, Bolsonaro resgatou uma antiga
reportagem sobre a dificuldade da Justiça em intimar Boulos em um processo
relacionado à sua atuação contra o despejo de famílias em São Paulo. Na
publicação, insinuou: "Dano ao patrimônio? Isso te lembra o 8 de janeiro?
Isso não se encaixa em golpe de Estado? E a Justiça não o encontrou porque ele
foi líder do MTST ou foi apenas mais uma coincidência?"
Boulos,
então, foi direto na resposta:
"Como
você é burro, Jair! A nossa diferença é que eu respondi processo por estar ao
lado de famílias que estavam sendo despejadas. Você será preso porque tentou
dar um golpe de Estado. Sem falar nas joias. Aliás, para de mimimi e vai chorar
na Papuda!", escreveu o deputado.
• Ex-ministro sanfoneiro vitimiza
Bolsonaro e ameaça com o caos
O
ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, um dos aliados mais próximos do
ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou em vídeo nesta quinta-feira (24), que o
ex-chefe do Executivo sofreu uma piora clínica e atribuiu o fato à atuação da
Justiça. Segundo o ex-ministro sanfoneiro, Bolsonaro foi notificado por um
oficial de Justiça na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que classificou
como “desumano”.
“Acabei
de receber agora a notícia de uma piora clínica do presidente Bolsonaro. Minha
gente, o que estão fazendo com o presidente Bolsonaro é, no mínimo, desumano.
Notificar ele, um oficial de Justiça na UTI, isso nunca foi visto antes no
nosso país”, afirmou Machado no vídeo.
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Pressão psicológica
O
ex-ministro também atribuiu a suposta piora à pressão psicológica decorrente
das ações judiciais contra Bolsonaro, sugerindo que isso estaria afetando sua
saúde.
Na
mesma gravação, Gilson Machado fez um alerta ao que chamou de “forças
contrárias” a Bolsonaro, insinuando que ações contra o ex-presidente poderiam
gerar instabilidade no país. “Agora, vocês estão subestimando o caos. Vocês
estão subestimando o que esse povo conservador do Brasil pode fazer. Vocês não
paguem pra ver”, declarou.
¨
O recado da foto no hospital. Por Oliveiros Marques
Neste
último final de semana, circulou pela internet uma análise sobre uma imagem de
Bolsonaro no hospital, questionando o posicionamento de sondas, o fato de ele
estar se alimentando mesmo com uma sonda, e outras possíveis incongruências
técnicas da área da saúde. A tese, em última análise, é a de que o inelegível
estaria se escondendo em uma UTI para não ser citado no processo que pode
levá-lo à prisão pelos crimes cometidos contra o Estado Democrático de Direito,
que culminaram no 8 de janeiro.
Se ele
está fraudando ou não uma situação médica, isso configuraria mais um crime a
ser investigado: o de obstrução da justiça. Nada que surpreenda — afinal,
sabemos que ele já fraudou cartões de vacinação. Mas essa não foi a parte que
mais me chamou a atenção na divulgação daquela imagem. Daquela horrenda imagem,
diga-se de passagem.
O que
me causou real interesse foi entender o motivo por trás da divulgação. Qual o
ganho político e de imagem que os patrocinadores dessa foto esperavam com sua
circulação? Só uma resposta me veio à mente para justificar tal atitude.
Alguns
dirão que o corpo está sendo utilizado como instrumento de engajamento político
— como li em uma coluna da imprensa. Contudo, penso que o entorno de Bolsonaro
quis mandar um recado para seus aliados e para sua base política. E qual seria
esse recado?
De que
o ex-presidente, além das questões jurídicas que o tornaram inelegível, não tem
condições de saúde para encarar uma campanha eleitoral. O objetivo da
divulgação da imagem foi deixar clara a fragilidade física de quem, até então,
ameaçava levar sua candidatura até o fim. Foi um aviso aos aliados: preparem-se
para outra candidatura, porque desse mato aqui não sairá cachorro.
O
recado foi claro. Esse campo político precisa discutir alternativas. Imagino
que, na cabeça de Michelle e Carlos — de onde talvez tenha partido a ideia de
divulgar tal imagem —, a leitura seja de que não há por que perder tempo nesse
debate. Devem querer poder testar e apresentar um nome da família na chapa
majoritária. E eu apostaria que o desejo do clã recai sobre Michelle, em uma
composição com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Claro
que, para esse movimento avançar — apesar do aparente armistício entre o 02 e
Michelle —, é preciso que o inelegível abra mão do protagonismo. Imagino que
ninguém dará um passo à luz do dia sem o seu “tá ok”. Mas que estão tentando?
Ah, isso estão.
Fonte:
Fórum/Brasil 247

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