sábado, 27 de abril de 2024

Preservação da caatinga é prioridade no Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste

O Dia Nacional da Caatinga é celebrado neste domingo (28) e a Sudene reforça a importância de reconhecer o bioma como patrimônio nacional na Constituição. A preservação do único bioma exclusivamente brasileiro está presente no Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), elaborado pela Autarquia e aprovado por seu Conselho Deliberativo, que institui metas a serem seguidas pelo governo federal nos próximos quatro anos, apostando na regionalização do Plano Plurianual (PPA).

Para o superintendente Danilo Cabral, “a caatinga tem uma enorme potencialidade, a partir da sua biodiversidade, que pode gerar muitas oportunidades para o país, em especial para a sua população. Se a gente quiser viabilizar o bioma e garantir cidadania aos mais de 20 milhões de brasileiros que estão lá, a gente precisa garantir recursos para isso também”. Ele defende que a aprovação da proposta de emenda constitucional PEC 503/2010, incluindo a caatinga na Constituição, é uma forma de viabilizar a atração de investimentos para o bioma, inclusive com a criação do Fundo da Caatinga.

Com base no diagnóstico elaborado através de uma extensa análise dos indicadores socioeconômicos da região, o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste, produziu uma avaliação estratégica sobre os principais desafios da Região. O plano pretende dar densidade econômica a uma estrutura produtiva sustentável no amplo território da região, de modo a aproveitar a sua biodiversidade, especialmente a da caatinga.

Segundo o engenheiro Renato Arruda, que atua na Coordenação de Planos e Projetos da Sudene, a caatinga está inserida de forma transversal no PRDNE. “O bioma é considerado tanto no que diz respeito ao seu potencial econômico, com a geração de toda a bioeconomia associada à região, mas também no seu potencial de desenvolvimento social e de preservação da cultura, por exemplo, dos povos indígenas, dos povos tradicionais. Além da importância da biodiversidade”, afirma.

A Sudene, nessa linha, firmou parceria com as universidades federais de Pernambuco e do Vale do São Francisco para a criação do programa Impacta Bioeconomia. O objetivo é unir o desenvolvimento sustentável e a inovação para estimular a economia regional com base em práticas que valorizem a sustentabilidade ambiental. Une pesquisadores das universidades participantes para detectar novas formas de utilizar plantas nativas dos biomas presentes no Nordeste.

Nas diretrizes do PRDNE, mais especificamente no eixo Meio Ambiente, a ideia é estimular estratégias e tecnologias de adaptação às mudanças climáticas, assim como a valorização da bioeconomia dos biomas caatinga, cerrado e da mata atlântica, os três presentes no Nordeste, com um extenso monitoramento das condições ambientais.

“A gente tem como meta aumentar a área das unidades de conservação do bioma”, pontua Renato Arruda sobre as políticas traçadas pelo PRDNE. Segundo o engenheiro, a Sudene acaba de iniciar um processo de articulação com o Ministério do Meio Ambiente para desenvolver os planos estaduais de combate à desertificação, em parceria com os governos estaduais.

O PRDNE também indica a necessidade de pesquisa e desenvolvimento para a conservação do bioma, em alinhamento com políticas de promoção verde. A meta é a criação e ampliação das Unidades de Conservação nos biomas e, na caatinga, a expectativa é ampliar a área protegida por Unidades de Conservação de 9,1% (2022) para 10,2%, até 2027.

 

•        Expansão da malha ferroviária amplia demanda por engenheiros na Bahia

 

A retomada das grandes obras de infraestrutura pelo Governo Federal aumenta as expectativas de crescimento da economia e impacta diretamente o setor da construção. Na Bahia, as obras previstas para a malha ferroviária têm aumentado a demanda de trabalho na área da Engenharia.

Recentemente, a Infra S.A anunciou que vai investir cerca de R$ 365 milhões na construção de um trecho de aproximadamente 140 quilômetros da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Já foi aberta a proposta de edital para contratação de serviços de engenheiros nos lotes 5FB e 5FC.

A projeção é de que 70% das obras do trecho II, que conecta Caetité a Barreiras, sejam concluídas ainda neste ano de 2024. Ele é considerado de grande importância para o transporte de cargas e consequentemente para o desenvolvimento regional.

A obra, capitaneada pela Infra S.A., prevê que sobre o Rio São Francisco passe uma ponte ferroviária, que quando for colocada em operação deve ser considerada a maior e mais importante da América Latina.

“Ainda existem algumas pequenas dificuldades em relação ao trecho II da Fiol. Porém, o projeto de realização já está totalmente traçado e definido. Não creio que haja mais alterações nem obstáculos em sua realização, tanto arqueológicos como ambientais”, diz o engenheiro civil especialista em ferrovia e consultor em logística de transportes, Rafael Vasconcellos.

“Quanto à ponte, a parte principal já está pronta. Penso que só falta colocar a grade ferroviária, lastro, trilho e dormente, que formam a chamada superestrutura. Costuma ser uma coisa rápida”, acrescenta.

Todas as obras são acompanhadas pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia no Estado da Bahia (Crea-BA). "A ampliação da malha ferroviária na Bahia é urgente e fundamental para o desenvolvimento do estado, gerando empregos e impulsionando a economia local”, afirma o presidente do Conselho, Joseval Carqueija.

As obras de ampliação da malha ferroviária baiana devem trazer imensos benefícios a diversos segmentos da sociedade, principalmente ao setor agrícola local, sendo que a ferrovia é parte dos corredores de exportação.

“Os ganhos para o setor agrícola devem ser grandes, principalmente se maiores investimentos portuários forem somados às obras da malha ferroviária. Entre a Ilha de Itaparica e o continente dentro da Bahia de Todos os Santos, por exemplo, existe uma região extremamente promissora para a criação de portos de alto calado, grandes carregamentos e armadores”, comenta Rafael, destacando a importância do Porto de Enseada.

 

Fonte: Ascom Sudene/A Tarde

 

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