sábado, 27 de abril de 2024

Diminuir calorias pode prolongar a vida, aponta novo estudo

Um novo estudo aponta que restringir calorias cada vez mais pode prolongar a vida. Pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, realizaram a pesquisa por dois anos e descobriram que a restrição calórica em humanos diminuiu o processo de envelhecimento genético.

Na pesquisa, publicada na revista Aging Cell, descobriram que, inicialmente, a restrição calórica acelerou o encurtamento dos telômeros – elementos protetores do DNA nas extremidades dos cromossomos. O encurtamento dos telômeros acelera a morte celular e causa, consequentemente, o envelhecimento. Foram utilizados primeiro ratos para o estudo.

No entanto, depois de um ano, a restrição de calorias começou a retardar o processo. Ao final de dois anos, o grupo dos animais com restrição calórica causou encurtamento dos telômeros menor do que grupos de alimentação sem restrições.

•        Resultado similar em humanos

Posteriormente, o estudo foi realizado com 175 participantes humanos. Todos eles tinham entre 21 e 50 anos e eram saudáveis. Dois terços dos participantes comprometeram-se com uma restrição calórica de 25% durante dois anos e o restante continuou com a sua dieta normal.

Os participantes ainda foram instruídos a realizarem exercício moderado durante 30 minutos, pelo menos cinco vezes por semana. Eles forneceram refeições aos participantes do grupo de restrição calórica durante os primeiros 27 dias para ajudá-los na seleção dos alimentos e no tamanho das porções, a fim de garantir a ingestão adequada de nutrientes essenciais durante todo o estudo.

Durante o primeiro ano, os participantes que restringiram a ingestão calórica perderam peso e os telômeros mais rapidamente do que o grupo de alimentação “normal”. Durante o segundo ano do estudo, no entanto, os participantes em restrição calórica perderam telômeros mais lentamente do que o outro grupo.

“Há muitas razões pelas quais a restrição calórica pode prolongar a expectativa de vida humana, e o tema ainda está em estudo”, disse Waylon Hastings, autor principal do artigo.

“Um mecanismo primário através do qual a vida é prolongada está relacionado ao metabolismo de uma célula. Quando a energia é consumida dentro de uma célula, os resíduos desse processo causam estresse oxidativo que pode danificar o DNA e de outra forma quebrar a célula. Quando as células de uma pessoa consomem menos energia devido à restrição calórica, entretanto, há menos resíduos e a célula não se decompõe tão rapidamente”, pontuou ele.

Idan Shalev, professor que liderou a pesquisa, por sua vez, disse que o estudo de dois anos não foi longo o suficiente para tirar conclusões firmes sobre o efeito da restrição calórica no comprimento dos telômeros.

“Esta pesquisa mostra a complexidade de como a restrição calórica afeta a perda de telômeros”, disse ele em comunicado à imprensa. “Nós levantamos a hipótese de que a perda de telômeros seria mais lenta entre pessoas com restrição calórica. Em vez disso, descobrimos que as pessoas com restrição calórica perderam os telômeros mais rapidamente no início e mais lentamente depois que seu peso se estabilizou.”

A equipe acompanhará o grupo selecionado de pessoas por mais 10 anos para ver o que acontece com o comprimento dos telômeros durante esse período mais longo.

A pesquisa ainda enfatiza que seu resultado é importante para entender como a dieta afeta o envelhecimento celular.

 

       Estudo aponta que dieta pode influenciar na eficácia de vacina da gripe

 

Uma mudança em sua dieta dias antes de tomar a vacina da gripe pode ser benéfico para a resposta de seu sistema imunológico, de acordo com um novo estudo, realizado pelo St. Jude Children’s Research Hospital, localizado em Memphis, Tennessee, nos EUA.

A pesquisa conduzida por Dr. Shultz-Cherry indicou que uma alimentação com baixo teor de gordura antes da vacina ser aplicada, ajuda ainda mais o corpo no combate ao vírus da gripe.

Em outras palavras, alimentos como leite desnatado, carnes magras, como frango, grãos integrais, frutas e vegetais frescos são as melhores opções.

Diante de uma alimentação mais saudável, o sistema imunológico se torna mais preparado para receber o “treinamento” proporcionado pelas vacinas. Assim que aplicadas, elas induzem as células de defesa do corpo a reconhecer e combater o material viral.

Focando em pessoas com obesidade, o estudo utilizou 20 ratos acima do peso para administrar a vacina da gripe, no qual metade dos roedores foram submetidos a uma dieta com baixo teor de gordura antes de receberem o antiviral.

Cerca de um mês depois, os animais foram expostos à gripe. Os dez ratos que seguiram uma alimentação mais saudável sobreviveram, enquanto o restante, que seguiu em uma dieta gordurosa, morreu.

Curiosamente, quando os pesquisadores colocaram um grupo diferente de ratos em dieta após serem vacinados, os resultados não foram tão eficazes. Apenas dois dos ratos que seguiram a dieta sobreviveram, os 18 ratos restantes morreram.

“A perda de peso pode afetar a eficácia da vacina, mas o momento da perda de peso faz uma grande diferença”, disse o Dr. Schultz-Cherry à New Scientist.

No entanto, o pesquisador ainda afirma que há um longo caminho a percorrer antes de assumir que o mesmo acontecerá com os seres humanos.

“Os ratos, por exemplo, vivem apenas cerca de dois anos. Isso significa que um mês para um rato equivaleria a anos para um ser humano”, explicou Schultz-Cherry.

 

Fonte: CNN Brasil

 

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