Com ‘carreatas fantasmas’ Bolsonaro virou alvo
de chacota em Aracaju
A passagem de Jair
Bolsonaro por Aracaju, Sergipe, viralizou de forma negativa nas redes sociais.
No estado desde sexta (26) para compromissos políticos, o ex-presidente
realizou carretas na capital para reunir apoiadores. No entanto, um internauta
o encontrou em uma dessas empreitadas sendo acompanhado por poucas pessoas.
“A carreta do mito
chegando. Estou esperando… Um carro, dois carros, e o mito aqui em cima da
caminhonete”, ironizou o homem, que não se identificou na publicação.
A realidade, no
entanto, é outra nas redes sociais de Bolsonaro. A equipe do ex-presidente
postou um vídeo dele sendo recebido por uma multidão logo no aeroporto de
Aracaju. Porém, conforme mostra o relato do usuário, a multidão se dissipou no
decorrer do dia ao ponto de sobrarem apenas dois carros atrás do político.
De acordo com o jornal
Metrópoles, Jair Bolsonaro foi ao estado para se aproximar de lideranças da
região. Ele participou de uma carreata até os Arcos da Orla da Praia de Atalaia
e seguiu para a sede do PL da capital.
No sábado (27/4),
Bolsonaro também teve encontro com lideranças políticas nordestinas.
• Caso das Joias: Mauro Cid revela que
seguia orientação de Bolsonaro
O ex-ajudante de
ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, prestou, nesta
sexta-feira (26), novo depoimento à Polícia Federal (PF). Ele foi ouvido por
videoconferência entre Brasília e Miami, nos Estados Unidos, por quase duas
horas.
Na oportunidade, Cid
revelou detalhes a respeito de um esquema de venda das joias recebidas por
Bolsonaro em viagens oficiais enquanto era presidente.
O militar contou que
trocou mensagens com um potencial comprador das joias e declarou que seguia as
orientações de Bolsonaro.
Cid afirmou, ainda,
que chegou a ir pessoalmente a uma loja nos Estados Unidos para negociar um
relógio de luxo, avaliado em R$ 350 mil na época.
A questão é que os
presentes recebidos por presidentes em viagens oficiais pertencem ao Estado e
não podem ser comercializados.
Cid foi preso há cerca
de um mês por desrespeitar termos do acordo de delação premiada. Agora, ele
espera decisão sobre um novo pedido de liberdade, que está nas mãos de
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
O pai de Mauro Cid,
general Lourena Cid, também é alvo das investigações. Ele é apontado como
envolvido no esquema das joias.
O militar estava, à
época, no comando da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e
Investimentos (Apex) em Miami, nos Estados Unidos. Funcionários do órgão
denunciaram que Lourena Cid guardava presentes recebidos por Bolsonaro em seu
escritório.
Entretanto, ao
investigar a sede estadunidense da Apex, a Polícia Federal e o FBI observaram
que não há registros do circuito interno de monitoramento da época.
Policiais federais
investigam nos EUA
Agentes da Polícia
Federal estão nos Estados Unidos conduzindo a fase final das investigações
relacionadas à venda das joias. A equipe é composta por um delegado e um
agente.
Os policiais fizeram
diligências em cidades como Miami, na Flórida; Wilson Grove, na Pensilvânia; e
Nova York.
Durante a colaboração
internacional, documentos e informações bancárias dos suspeitos foram enviados
ao Brasil.
Os policiais
brasileiros são acompanhados por agentes especiais da polícia dos Estados
Unidos e usam a estrutura do FBI, a agência federal de investigação local.
• Bolsonaro e Tarcísio fecham acordo para
eleição de 2026
O ex-presidente Jair
Bolsonaro e o governador Tarcísio de Freitas selaram um acordo para a eleição
ao Senado em São Paulo em 2026, quando duas vagas estarão em disputa.
O acerto entre os
dois, segundo apurou a coluna, prevê que um dos nomes da chapa ao Senado será
indicado por Bolsonaro, e o outro, pelo atual governador paulista.
Hoje, o ex-presidente
tem dito que a tendência seria indicar o deputado federal Eduardo Bolsonaro
(PL-SP), seu filho 03, como candidato a senador por São Paulo.
Já Tarcísio, de acordo
com aliados, tende a indicar para a chapa ao Senado seu atual secretário de
Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP), que é deputado federal licenciado.
• Aliados aconselham Bolsonaro a
pressionar Tarcísio e lançar Michelle à Presidência
Em reuniões realizadas
nesta semana, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu conselhos de aliados
para direcionar gestos à sua esposa, Michelle Bolsonaro, e ao governador de
Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), como possíveis opções para a corrida presidencial
de 2026 em detrimento ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas
(Republicanos).
Segundo a jornalista
Bela Megale, o ex-presidente ouviu as sugestões sem emitir comentários.
A estratégia visa
pressionar Tarcísio a demonstrar maior apoio ao bolsonarismo à extrema-direita.
Recentemente, Bolsonaro expressou descontentamento com o secretário de governo
do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), reiterando sua recusa em aceitá-lo
como vice em futuras eleições.
Nos bastidores, o
governador de São Paulo atribui a má relação com Kassab à ambição excessiva
deste por prefeituras, e sugere que o mesmo deveria fazer gestos em direção a
Bolsonaro.
Durante a manifestação
no Rio de Janeiro no último domingo (21), Bolsonaro mencionou Tarcísio
nominalmente, mesmo com a ausência do governador no evento.
“Quem é Tarcísio de
Freitas? Um jovem militar formado na mesma academia que a minha, a das Agulhas
Negras. E o Tarcísio de Freitas carioca, torcedor do Flamengo, se candidatou em
São Paulo e ganhou”, afirmou o ex-presidente.
Uma pesquisa realizada
pela USP com o público presente na manifestação mostrou que o governador de São
Paulo é o nome preferido para concorrer ao Executivo em 2026, considerando que
o ex-presidente está inelegível. Bolsonaro mantém a convicção de que poderá
recuperar sua elegibilidade, apesar de considerações judiciais em contrário.
Na ocasião, 54% dos
entrevistados responderam que o melhor candidato para representa a
extrema-direita seria Tarcísio, enquanto Michelle aparece em segundo lugar, com
23% e Romeu Zema, governador de Minas Gerais, empata com o general Braga Netto
com 4%.
• Tarcísio agora quer “fluencímetro” nas
escolas
Além da fala polêmica
de que substituiria professores pelo ChatGPT, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também disse que vai implementar uma ferramenta de
inteligência artificial apelidada de “fluencímetro” nas escolas
estaduais com o objetivo de “avaliar a fluência de leitura” de alunos do 2º ao
5º ano da rede estadual. A “nova IA” foi anunciada nesta quarta-feira (24) pelo
governador com a participação do secretário da Educação, Renato Feder, no
evento Bett Brasil, em São Paulo.
Utilizando o
“fluencímetro”, o estudante faz a leitura de um texto que é gravada e
posteriormente avaliada pela inteligência artificial. O professor recebe uma
comparação entre o texto original e a leitura realizada pelo aluno e a leitura
é então “avaliada”.
A IA levaria em
consideração a fluência e o tempo da fala da criança, estipulando níveis. De
acordo com a Secretaria de Educação, as primeiras avaliações serão aplicadas
nesta semana para os alunos do 4º e 5º ano, e na próxima semana para os alunos
do 2º e 3º ano.
A previsão de despesas
do governo para o edital de licitação é de R$ 17,28 milhões. Desse total, já
foram desembolsados R$ 6 milhões especificamente para o “fluencímetro”. A
plataforma Elefante Letrado, que já é utilizada nas escolas
estaduais, vai abarcar o novo recurso. Segundo a secretaria, a mesma está
acessível para 560 mil alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental,
matriculados nas 1.389 escolas da rede de ensino de São Paulo.
<><< As
polêmicas de Tarcísio na educação
·
Governo Tarcísio sugeriu “ChatGPT nas
escolas” ao invés de professores
Na semana
passada, Tarcísio disse que ia substituir professores pelo ChatGPT na
produção de aulas digitais. Estas aulas são
usadas por docentes e cerca de 3,5 milhões de alunos de todas as escolas da
rede estadual paulista. O material didático era produzido até então por
professores chamados curriculistas, especialistas na elaboração
desse tipo de conteúdo. Daqui em diante, esses docentes serão responsáveis
apenas por "avaliar a aula gerada [pela inteligência artificial] e
realizar os ajustes necessários para que ela se enquadre aos padrões
pedagógicos".
Segundo documento que
a Folha teve acesso, o ChatGPT vai gerar a "primeira versão da aula com
base nos temas pré-definidos e referências concedidas pela secretaria". A
seguir, os professores deverão editar e encaminhar o material para uma equipe
que fará a revisão. A Secretaria de Educação confirmou em nota o uso da
ferramenta para produzir as aulas digitais do terceiro bimestre dos anos finais
do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano) e do ensino médio. Com a polêmica, o
Ministério Público (MP) cobrou explicações do governador.
·
Governo Tarcísio recusou livros didáticos
do MEC e anunciou “material pedagógico próprio”
Em agosto de 2023,
Tarcísio decidiu que sua gestão não ia participar do Programa Nacional do Livro
Didático (PNLD), por meio do qual os livros didáticos são comprados com verbas
do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDC) do Ministério da Educação
(MEC). A decisão implicaria que mais de 1,4 milhão de alunos não receberiam
livros didáticos impressos no ano que vem, o que significaria que mais de
10 milhões de livros deixarão de ser distribuídos. Com a repercussão, o governador recuou rapidamente.
Fonte:
DCM/Fórum/Metrópoles/Agencia Estado
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