sábado, 24 de fevereiro de 2024

Testículos criados em laboratório ajudam no combate à infertilidade

Pesquisadores da Universidade Bar-Ilan, em Israel, criaram organoides testiculares (essa é a palavra para um único testículo) cultivados em laboratório que se assemelham muito a testículos reais.

A descoberta proporciona um modelo promissor de investigação que pode avançar a compreensão do desenvolvimento dos órgãos e traduzir-se em aplicações terapêuticas para a infertilidade masculina.

“Os testículos artificiais são um modelo promissor para a investigação básica sobre o desenvolvimento e função dos testículos, que pode ser traduzido em aplicações terapêuticas para distúrbios do desenvolvimento sexual e infertilidade”, disse o autor do estudo, Nitzan Gonen.

Os pesquisadores começaram tentando desenvolver testículos de camundongos neonatais, em vez de embrionários.

Os ratos utilizados no estudo foram geneticamente modificados para permitir aos pesquisadores rastrear a presença e o estado das células de Sertoli, que são essenciais para a formação dos testículos e para a produção e desenvolvimento dos espermatozoides.

A infertilidade masculina é, atualmente, uma condição sobre a qual pouco se sabe sobre os mecanismos genéticos que podem provocar.

A grande semelhança dos organoides com os testículos reais significa que eles podem ser usados para avançar no conhecimento dos mecanismos envolvidos na determinação do sexo e fornecer soluções para a infertilidade masculina.

Por isso, no futuro, os pesquisadores já planejam produzir organoides a partir de amostras humanas.

Um organoide testicular produzido a partir de células humanas poderia, por exemplo, ajudar crianças em tratamento de câncer, o que pode prejudicar sua capacidade de produzir espermatozoides funcionais.

Eles prevêem a colheita de espermatozoides imaturos que são congelados e posteriormente usados para criar um organoide fértil produtor de esperma.

 

       POR QUE GRÁVIDAS NÃO DEVEM COMER FAST FOOD?

 

Durante uma gravidez, é comum que as mulheres grávidas sintam aqueles desejos inexplicáveis que provavelmente só quem já foi mãe vai poder entender. Porém, novos estudos sugerem que as futuras mamães devem pensar duas vezes antes de se aventurar em um fast food ou comer um doce pré-embalado.

O motivo? A pesquisa mostra que os ftalatos, uma classe de produtos químicos associados aos plásticos, podem se espalham dos invólucros, embalagens e até mesmo das luvas de plástico usadas pelos manipuladores da refeição para o alimento. Uma vez consumidos durante a gravidez, esses produtos químicos podem entrar na corrente sanguínea e, através da placenta, entrar na corrente sanguínea fetal — prejudicando seu desenvolvimento.

•        Cuidados com a alimentação

A análise coletou dados do corte de pesquisa Condições que Afetam o Desenvolvimento Neurocognitivo e a Aprendizagem na Primeira Infância (CANDLE), que incluiu 1.031 gestantes nos Estados Unidos matriculadas entre 2006 e 2011.

De acordo com o novo estudo, os ftalatos podem causar estresse oxidativo e uma cascata inflamatória no feto. A literatura médica indica que a exposição a essas substâncias químicas durante a gravidez pode aumentar o risco de baixo peso ao nascer, parto prematuro e distúrbios de saúde mental infantil — como TDAH.

A pesquisa é a primeira feita em mulheres grávidas para mostrar que dietas ricas em alimentos ultraprocessados estão ligadas a maiores exposições a ftalatos, escrevem os autores. “Quando as mães são expostas a este produto químico, ele pode atravessar a placenta e entrar na circulação fetal”, disse Sheela Sathyanarayana,  pesquisadora do Instituto de Pesquisa Infantil de Seattle e autora sênior da pesquisa.

•        Ftalato na gravidez

Os pesquisadores descobriram que os alimentos ultraprocessados compunham de 10% a 60% da dieta das participantes, com uma média de 38,6%. Cada proporção dietética 10% maior de alimentos ultraprocessados foi associada a uma concentração 13% maior de ftalato 2-etilhexil, um dos mais comuns e prejudiciais.

Medidos em amostras de urina, os níveis de ftalato foram coletadas durante o período do segundo trimestre da gravidez. Os alimentos ultraprocessados, segundo os cientistas, são feitos principalmente de substâncias extraídas de alimentos como óleos, açúcar e amido. Porém, foram tão alterados pelo processamento e pela adição de produtos químicos para melhorar sua aparência ou prazo de validade que são difíceis de reconhecer em sua forma original.

Quando se trata de fast food, as luvas usadas por funcionários ou as ferramentas de armazenamento, preparo e serviço são as principais fontes de exposição. Segundo os investigadores, esse é o primeiro estudo a identificar os alimentos ultraprocessados como uma ligação entre a exposição de ftalatos e os problemas socioeconômicos enfrentados pelas mães.

Então, o que as futuras mamães podem fazer agora? Sathyanarayana diz que elas devem tentar ao máximo evitar alimentos ultraprocessados e procurar frutas, vegetais e carnes magras. Dessa forma, mães e futuros filhos podem ultrapassar a gravidez de forma saudável e sem muitos riscos.

 

Fonte: CNN Brasil/Mega Curioso

 

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