Rússia
encontra evidências de tráfico de órgãos de soldados ucranianos realizado em
2022
Documentos
apontam a realização de práticas de transporte ilegal de órgãos de soldados
ucranianos ainda em 2022, quando foi iniciada a operação militar especial russa
no país. O caso teria acontecido na República Popular de Lugansk (RPL), quando
era controlada por Kiev.
As
autoridades da RPL descobriram uma série de documentos e evidências que apontam
para o tráfico de órgãos de soldados ucranianos na região, que até o final de
junho de 2022 era controlada pela Ucrânia. Os crimes ocorreram em maio do mesmo
ano, quando Kiev ainda dominava o território.
"Nos
territórios libertados, obtivemos documentos que evidenciam que o transplante
de órgãos na Ucrânia era praticado amplamente", declarou uma representante
das autoridades de Lugansk à Sputnik.
Além
disso, a fonte informou que as autoridades também encontraram formulários para
transplante de órgãos e tecidos humanos, assinados por soldados ucranianos em
2022, com a mesma escrita e o mesmo selo nos campos de assinatura.
"Órgãos
como o fígado e os rins podiam ser extraídos localmente, na ambulância mesmo,
colocados em recipientes e levados para um transplante posterior",
explicou. Um médico anônimo, que trabalhava em um hospital da região durante os
confrontos da primavera de 2022, disse à Sputnik que os corpos tinham sinais de
terem sido abertos.
De acordo
com o profissional, nesse período vários grupos de médicos estrangeiros
frequentemente chegavam ao hospital em ambulâncias, acompanhados por guardas
armados em veículos blindados.
Em junho
de 2023, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da
Rússia, Maria Zakharova, declarou que a Ucrânia aprovou, em 16 de dezembro de
2021, uma lei em que a realização do transplante deixou de exigir o
consentimento notarial do doador vivo ou de seus familiares.
·
Rússia não tem planos de implantar armas
nucleares em território de outros Estados
A Rússia
não pretende colocar as suas armas nucleares no território de outros países,
além daquela já localizada em Belarus, disse nesta quinta-feira (1º) o
vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov.
Quando
questionado por repórteres se a Rússia pretendia mover armas nucleares para
outros Estados, Ryabkov foi categórico: "Não, não planejamos."
Segundo
ele, a Rússia demonstra a máxima responsabilidade na implantação de armas
nucleares em Belarus.
Anteriormente,
o presidente russo Vladimir Putin disse em março de 2023 que Moscou e Minsk
tinham concordado em implantar armas nucleares táticas em Belarus. O presidente
russo sublinhou que a Rússia não violaria as suas obrigações internacionais e
faria o que os EUA têm feito há décadas, ao implantar as suas armas nucleares
táticas na Europa.
Para além
disso, a autoridade também afirmou que a Rússia respeita o fato de as
discussões internas sobre a adesão da Arábia Saudita ao grupo BRICS (Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul) ainda estarem em curso no reino.
"Respeitamos
a necessidade dos colegas em Riad continuarem as discussões internas. Não nos
aprofundamos na natureza dessas discussões, porque o BRICS, por sua natureza, é
uma organização que nega e rejeita qualquer formato que envolva impor algo a alguém,
para não mencionar ditadura", disse Ryabkov aos repórteres.
Esta
declaração surge em meio a relatos divulgados pelo jornal The Telegraph, que
sugerem que os EUA planejam instalar bombas gravitacionais B61-12 na base de
Lakenheath, no Reino Unido, pela primeira vez em 15 anos.
Ø
'Estado falido': ex-embaixador ucraniano
fala com a Sputnik sobre a situação de Kiev
A perda de
material de guerra no valor de bilhões de dólares ilustra que a Ucrânia
"se tornou um Estado falido devido à corrupção", disse o
ex-embaixador e denunciante ucraniano Andrei Telizhenko à Sputnik.
Este
problema piorou desde que o Ocidente começou a interferir nos assuntos
nacionais, observou ele.
A Ucrânia
é um "Estado falido" que está sendo vendido para o "Estado
paralelo" através da corrupção, afirmou Telizhenko à Sputnik.
A
corrupção em Kiev está prosperando, e a situação só está piorando, completou.
Este
problema sempre existiu na Ucrânia, mas cresceu exponencialmente desde que o
Ocidente começou a interferir nos assuntos do país, explicou.
"Toda
esta parcela de US$ 40 milhões [R$ 196 milhões] é um pequeno exemplo. A Ucrânia
tornou-se um Estado falido devido à corrupção, sendo vendida às pessoas dentro
do país, aos seus aliados ocidentais, e a população sofre com esta
situação", explicou Telizhenko.
Segundo o
especialista, apesar de toda a ajuda enviada à Ucrânia, que ascendeu a mais de
US$ 200 bilhões (R$ 983 bilhões), suas próprias Forças Armadas estão mal
preparadas.
"As
pessoas continuam a arrecadar dinheiro para comprar kits de primeiros socorros
e drones para os soldados", disse o funcionário.
O
especialista acrescentou que "o regime de Kiev, com a ajuda do estado
profundo de Washington, rouba material de guerra".
Na sua
opinião, erradicar a corrupção exigirá mais do que a destituição do presidente
ucraniano, Vladimir Zelensky.
Telizhenko
sugeriu que talvez a situação esteja se aproximando de um ponto em que haja uma
mudança de governo, uma mudança política em Washington e que cheguem ao poder
pessoas como o ex-chefe da Casa Branca, Donald Trump, que garantiu que o
conflito pode terminar em 24 horas sob sua presidência.
"O
objetivo final para a Ucrânia é ter um novo governo nacional e ver que governo
vem de Washington, e talvez isso dê alguma estabilidade ao mundo",
concluiu.
Anteriormente,
sabia-se que a Ucrânia e os Estados Unidos assinaram memorandos de cooperação
para investigar casos de uso indevido de fundos fornecidos por Washington a
Kiev, informou a Procuradoria Especializada Anticorrupção da Ucrânia.
O Gabinete
do Inspetor-Geral do Departamento de Defesa disse que o Pentágono não conseguiu
rastrear adequadamente mais de mil milhões de dólares em armas enviadas para a
Ucrânia.
Por sua
vez, o senador norte-americano James David Vance instou seus colegas
republicanos a rejeitarem qualquer nova ajuda à Ucrânia, observando que "a
corrupção está fora de controle".
·
Político francês afirma que bilhões a serem
enviados a Kiev pela UE sairão do 'bolso dos franceses'
O novo
pacote de ajuda de € 50 bilhões de euros (R$ 267,4 bilhões) da União Europeia
para a Ucrânia custará à França, segundo o deputado francês Thierry Mariani, €
8 bilhões em dinheiro dos contribuintes.
Nesta
quinta-feira (1º), os líderes dos 27 países da União Europeia selaram um acordo
para alocar € 50 bilhões como parte da assistência macrofinanceira à Ucrânia
durante os próximos quatro anos.
"Outros
50 bilhões [de euros] para a Ucrânia (17 em doações mais 33 em empréstimos que
nunca serão reembolsados). Será que os franceses percebem que terão que pagar 8
bilhões [de euros], uma vez que contribuímos com 16% das despesas da UE? Oito
bilhões com os quais nossos agricultores sonhariam", escreveu Mariani na
rede social X.
Nas
últimas semanas, agricultores franceses têm protestado bloqueando estradas e
despejando estrume e resíduos em frente a edifícios governamentais em todo o
país. Os agricultores exigem o reconhecimento da importância da sua profissão e
denunciam políticas agrícolas do governo, que, segundo eles, os tornam não
competitivos em relação ao mercado.
Em
particular, eles se opõem à importação de produtos agrícolas, às restrições ao
uso de água para irrigação, ao aumento dos preços do diesel, às medidas
restritivas para proteger o meio-ambiente e aos crescentes impostos e encargos
financeiros.
Ø
Ministro da Defesa alemão perde paciência
em debate sobre suprimento de mísseis Taurus a Kiev
Boris
Pistorius afirmou não poder ouvir mais sobre o assunto das armas de longo
alcance e que Berlim tem "uma parcela de liberdade e
responsabilidade" na tomada de decisões.
O ministro
da Defesa alemão respondeu irritado a uma pergunta sobre a transferência de
mísseis de longo alcance Taurus para a Ucrânia, relatou na quarta-feira (31) o
canal alemão N-TV.
"O
ministro disse que estava cansado do debate em andamento no país sobre a
entrega dos mísseis", disse o canal, citando Boris Pistorius como falando
no parlamento alemão.
Pistorius
disse que não pode mais ouvir as discussões sobre o assunto porque acredita que
a Alemanha não é obrigada a fornecer à Ucrânia tudo o que ela tem e deve manter
"uma parcela de liberdade e responsabilidade" na tomada de decisões.
"Dada
essa atitude negativa [em relação às entregas dos Taurus], é provável que as
expectativas de Kiev sejam ainda mais reduzidas", concluiu a N-TV.
O
principal ponto de discórdia em relação ao Taurus é o alcance desses mísseis,
que é de 500 km. Até o momento, a Alemanha não forneceu a Kiev armas com essas
características, por uma questão de princípio. Os especialistas alemães têm
discutido se os mísseis poderiam ser programados de modo que não pudessem ser
usados para atingir o território da Rússia.
Ø
China diz à Ucrânia para retirar suas
empresas da lista de patrocinadores da guerra 'imediatamente'
Em uma
reunião entre o embaixador da China em Kiev e altos funcionários do governo
ucraniano, Pequim alertou a Ucrânia que suas relações bilaterais podem ser
prejudicadas pela designação de empresas chinesas como "patrocinadoras
internacionais da guerra".
A reunião
ocorreu no mês passado, mas foi relatada à Reuters por duas fontes ucranianas
importantes com conhecimento do assunto apenas agora.
"O
embaixador [Fan Xianrong] disse que tudo isso [a situação da lista negra] pode
ter um impacto negativo nas nossas relações", disse uma das fontes,
acrescentando que a China não estabeleceu quaisquer condições ou "quadros
temporários" para a Ucrânia, mas simplesmente expressou a sua opinião
sobre a lista.
Após a
divulgação do relatório nesta quinta-feira (1º), mais tarde, Pequim emitiu uma
nota oficial exigindo que a Ucrânia remova imediatamente mais de uma dúzia de
empresas chinesas da lista dizendo que deseja que Kiev "elimine os
impactos negativos".
"A
China opõe-se firmemente à inclusão de empresas chinesas na lista relevante e
exige que a Ucrânia corrija imediatamente os seus erros e elimine os impactos
negativos", disse um porta-voz da chancelaria chinesa à mídia.
O governo
ucraniano listou 48 empresas em todo o mundo, incluindo 14 da China, como
"patrocinadoras internacionais da guerra", cujas atividades
comerciais, segundo ela, auxiliam indiretamente ou contribuem para Rússia.
Com 14,
Pequim tem o maior número de empresas na lista negra, seguida pelos Estados
Unidos, França e Alemanha, que têm oito, quatro e quatro, respectivamente.
A China
informou na terça-feira (31) que o vice-ministro das Relações Exteriores
chinês, Sun Weidong, se reuniu com o embaixador da Ucrânia em Pequim e trocou
opiniões sobre questões de interesse comum, e que Sun disse que os países
deveriam respeitar e tratar uns aos outros com sinceridade.
A mídia
ressalta que, embora Pequim seja amplamente vista como aliada de Moscou, a
Ucrânia tem tido cuidado para não irritar a segunda maior economia do mundo e
apelou repetidamente para a China se juntar aos esforços diplomáticos de Kiev
pela paz.
Fonte:
Sputnik Brasil
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