sábado, 3 de fevereiro de 2024

Rússia encontra evidências de tráfico de órgãos de soldados ucranianos realizado em 2022

Documentos apontam a realização de práticas de transporte ilegal de órgãos de soldados ucranianos ainda em 2022, quando foi iniciada a operação militar especial russa no país. O caso teria acontecido na República Popular de Lugansk (RPL), quando era controlada por Kiev.

As autoridades da RPL descobriram uma série de documentos e evidências que apontam para o tráfico de órgãos de soldados ucranianos na região, que até o final de junho de 2022 era controlada pela Ucrânia. Os crimes ocorreram em maio do mesmo ano, quando Kiev ainda dominava o território.

"Nos territórios libertados, obtivemos documentos que evidenciam que o transplante de órgãos na Ucrânia era praticado amplamente", declarou uma representante das autoridades de Lugansk à Sputnik.

Além disso, a fonte informou que as autoridades também encontraram formulários para transplante de órgãos e tecidos humanos, assinados por soldados ucranianos em 2022, com a mesma escrita e o mesmo selo nos campos de assinatura.

"Órgãos como o fígado e os rins podiam ser extraídos localmente, na ambulância mesmo, colocados em recipientes e levados para um transplante posterior", explicou. Um médico anônimo, que trabalhava em um hospital da região durante os confrontos da primavera de 2022, disse à Sputnik que os corpos tinham sinais de terem sido abertos.

De acordo com o profissional, nesse período vários grupos de médicos estrangeiros frequentemente chegavam ao hospital em ambulâncias, acompanhados por guardas armados em veículos blindados.

Em junho de 2023, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, declarou que a Ucrânia aprovou, em 16 de dezembro de 2021, uma lei em que a realização do transplante deixou de exigir o consentimento notarial do doador vivo ou de seus familiares.

·        Rússia não tem planos de implantar armas nucleares em território de outros Estados

A Rússia não pretende colocar as suas armas nucleares no território de outros países, além daquela já localizada em Belarus, disse nesta quinta-feira (1º) o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov.

Quando questionado por repórteres se a Rússia pretendia mover armas nucleares para outros Estados, Ryabkov foi categórico: "Não, não planejamos."

Segundo ele, a Rússia demonstra a máxima responsabilidade na implantação de armas nucleares em Belarus.

Anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin disse em março de 2023 que Moscou e Minsk tinham concordado em implantar armas nucleares táticas em Belarus. O presidente russo sublinhou que a Rússia não violaria as suas obrigações internacionais e faria o que os EUA têm feito há décadas, ao implantar as suas armas nucleares táticas na Europa.

Para além disso, a autoridade também afirmou que a Rússia respeita o fato de as discussões internas sobre a adesão da Arábia Saudita ao grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ainda estarem em curso no reino.

"Respeitamos a necessidade dos colegas em Riad continuarem as discussões internas. Não nos aprofundamos na natureza dessas discussões, porque o BRICS, por sua natureza, é uma organização que nega e rejeita qualquer formato que envolva impor algo a alguém, para não mencionar ditadura", disse Ryabkov aos repórteres.

Esta declaração surge em meio a relatos divulgados pelo jornal The Telegraph, que sugerem que os EUA planejam instalar bombas gravitacionais B61-12 na base de Lakenheath, no Reino Unido, pela primeira vez em 15 anos.

 

Ø  'Estado falido': ex-embaixador ucraniano fala com a Sputnik sobre a situação de Kiev

 

A perda de material de guerra no valor de bilhões de dólares ilustra que a Ucrânia "se tornou um Estado falido devido à corrupção", disse o ex-embaixador e denunciante ucraniano Andrei Telizhenko à Sputnik.

Este problema piorou desde que o Ocidente começou a interferir nos assuntos nacionais, observou ele.

A Ucrânia é um "Estado falido" que está sendo vendido para o "Estado paralelo" através da corrupção, afirmou Telizhenko à Sputnik.

A corrupção em Kiev está prosperando, e a situação só está piorando, completou.

Este problema sempre existiu na Ucrânia, mas cresceu exponencialmente desde que o Ocidente começou a interferir nos assuntos do país, explicou.

"Toda esta parcela de US$ 40 milhões [R$ 196 milhões] é um pequeno exemplo. A Ucrânia tornou-se um Estado falido devido à corrupção, sendo vendida às pessoas dentro do país, aos seus aliados ocidentais, e a população sofre com esta situação", explicou Telizhenko.

Segundo o especialista, apesar de toda a ajuda enviada à Ucrânia, que ascendeu a mais de US$ 200 bilhões (R$ 983 bilhões), suas próprias Forças Armadas estão mal preparadas.

"As pessoas continuam a arrecadar dinheiro para comprar kits de primeiros socorros e drones para os soldados", disse o funcionário.

O especialista acrescentou que "o regime de Kiev, com a ajuda do estado profundo de Washington, rouba material de guerra".

Na sua opinião, erradicar a corrupção exigirá mais do que a destituição do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky.

Telizhenko sugeriu que talvez a situação esteja se aproximando de um ponto em que haja uma mudança de governo, uma mudança política em Washington e que cheguem ao poder pessoas como o ex-chefe da Casa Branca, Donald Trump, que garantiu que o conflito pode terminar em 24 horas sob sua presidência.

"O objetivo final para a Ucrânia é ter um novo governo nacional e ver que governo vem de Washington, e talvez isso dê alguma estabilidade ao mundo", concluiu.

Anteriormente, sabia-se que a Ucrânia e os Estados Unidos assinaram memorandos de cooperação para investigar casos de uso indevido de fundos fornecidos por Washington a Kiev, informou a Procuradoria Especializada Anticorrupção da Ucrânia.

O Gabinete do Inspetor-Geral do Departamento de Defesa disse que o Pentágono não conseguiu rastrear adequadamente mais de mil milhões de dólares em armas enviadas para a Ucrânia.

Por sua vez, o senador norte-americano James David Vance instou seus colegas republicanos a rejeitarem qualquer nova ajuda à Ucrânia, observando que "a corrupção está fora de controle".

·        Político francês afirma que bilhões a serem enviados a Kiev pela UE sairão do 'bolso dos franceses'

O novo pacote de ajuda de € 50 bilhões de euros (R$ 267,4 bilhões) da União Europeia para a Ucrânia custará à França, segundo o deputado francês Thierry Mariani, € 8 bilhões em dinheiro dos contribuintes.

Nesta quinta-feira (1º), os líderes dos 27 países da União Europeia selaram um acordo para alocar € 50 bilhões como parte da assistência macrofinanceira à Ucrânia durante os próximos quatro anos.

"Outros 50 bilhões [de euros] para a Ucrânia (17 em doações mais 33 em empréstimos que nunca serão reembolsados). Será que os franceses percebem que terão que pagar 8 bilhões [de euros], uma vez que contribuímos com 16% das despesas da UE? Oito bilhões com os quais nossos agricultores sonhariam", escreveu Mariani na rede social X.

Nas últimas semanas, agricultores franceses têm protestado bloqueando estradas e despejando estrume e resíduos em frente a edifícios governamentais em todo o país. Os agricultores exigem o reconhecimento da importância da sua profissão e denunciam políticas agrícolas do governo, que, segundo eles, os tornam não competitivos em relação ao mercado.

Em particular, eles se opõem à importação de produtos agrícolas, às restrições ao uso de água para irrigação, ao aumento dos preços do diesel, às medidas restritivas para proteger o meio-ambiente e aos crescentes impostos e encargos financeiros.

 

Ø  Ministro da Defesa alemão perde paciência em debate sobre suprimento de mísseis Taurus a Kiev

 

Boris Pistorius afirmou não poder ouvir mais sobre o assunto das armas de longo alcance e que Berlim tem "uma parcela de liberdade e responsabilidade" na tomada de decisões.

O ministro da Defesa alemão respondeu irritado a uma pergunta sobre a transferência de mísseis de longo alcance Taurus para a Ucrânia, relatou na quarta-feira (31) o canal alemão N-TV.

"O ministro disse que estava cansado do debate em andamento no país sobre a entrega dos mísseis", disse o canal, citando Boris Pistorius como falando no parlamento alemão.

Pistorius disse que não pode mais ouvir as discussões sobre o assunto porque acredita que a Alemanha não é obrigada a fornecer à Ucrânia tudo o que ela tem e deve manter "uma parcela de liberdade e responsabilidade" na tomada de decisões.

"Dada essa atitude negativa [em relação às entregas dos Taurus], é provável que as expectativas de Kiev sejam ainda mais reduzidas", concluiu a N-TV.

O principal ponto de discórdia em relação ao Taurus é o alcance desses mísseis, que é de 500 km. Até o momento, a Alemanha não forneceu a Kiev armas com essas características, por uma questão de princípio. Os especialistas alemães têm discutido se os mísseis poderiam ser programados de modo que não pudessem ser usados para atingir o território da Rússia.

 

Ø  China diz à Ucrânia para retirar suas empresas da lista de patrocinadores da guerra 'imediatamente'

 

Em uma reunião entre o embaixador da China em Kiev e altos funcionários do governo ucraniano, Pequim alertou a Ucrânia que suas relações bilaterais podem ser prejudicadas pela designação de empresas chinesas como "patrocinadoras internacionais da guerra".

A reunião ocorreu no mês passado, mas foi relatada à Reuters por duas fontes ucranianas importantes com conhecimento do assunto apenas agora.

"O embaixador [Fan Xianrong] disse que tudo isso [a situação da lista negra] pode ter um impacto negativo nas nossas relações", disse uma das fontes, acrescentando que a China não estabeleceu quaisquer condições ou "quadros temporários" para a Ucrânia, mas simplesmente expressou a sua opinião sobre a lista.

Após a divulgação do relatório nesta quinta-feira (1º), mais tarde, Pequim emitiu uma nota oficial exigindo que a Ucrânia remova imediatamente mais de uma dúzia de empresas chinesas da lista dizendo que deseja que Kiev "elimine os impactos negativos".

"A China opõe-se firmemente à inclusão de empresas chinesas na lista relevante e exige que a Ucrânia corrija imediatamente os seus erros e elimine os impactos negativos", disse um porta-voz da chancelaria chinesa à mídia.

O governo ucraniano listou 48 empresas em todo o mundo, incluindo 14 da China, como "patrocinadoras internacionais da guerra", cujas atividades comerciais, segundo ela, auxiliam indiretamente ou contribuem para Rússia.

Com 14, Pequim tem o maior número de empresas na lista negra, seguida pelos Estados Unidos, França e Alemanha, que têm oito, quatro e quatro, respectivamente.

A China informou na terça-feira (31) que o vice-ministro das Relações Exteriores chinês, Sun Weidong, se reuniu com o embaixador da Ucrânia em Pequim e trocou opiniões sobre questões de interesse comum, e que Sun disse que os países deveriam respeitar e tratar uns aos outros com sinceridade.

A mídia ressalta que, embora Pequim seja amplamente vista como aliada de Moscou, a Ucrânia tem tido cuidado para não irritar a segunda maior economia do mundo e apelou repetidamente para a China se juntar aos esforços diplomáticos de Kiev pela paz.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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