Na mente irracional de um religioso, dizem
que quem não frequenta religião é inimigo de Deus?
Ué, mas se Deus
estabeleceu a religião, quem não vai à religião é inimigo de Deus
racionalmente. Seria irracional o oposto.
O debate gira, então,
em torno sobre o problema de Deus ter fundado uma religião, uma opinião que não
pode ser rapidamente refutada.
Poderia escrever muito
aqui, poderia falar de milagres, da história da providência de Deus na Igreja
etc. Mas usarei um argumento pouco mencionado geralmente: o fato de que o ser
humano é animal social.
No mundo contemporâneo
aceitamos sem perceber a tese de que o ser humano é um átomo, mas não é
verdade. Todos nós crescemos na sociedade, sem família, amigos, não
desenvolvemos linguagem, raciocínio, nada.
Ora, se Deus tende a
fazer o mais conveniente para a salvação, partindo do fato que o homem é animal
é racional, então é conveniente para o homem que Deus institua uma religião
organizada.
E, como é evidente,
desprezar a ação de Deus, ainda mais tendo em vista a salvação, é tornar-se
inimigo de Deus. Se eu fosse inimigo da sua empresa (uma analogia, a Igreja não
é empresa, mas há o fato de serem associações), eu não iria me tornar seu inimigo?
Se Deus é tão misericordioso e nos ensina
a perdoar sempre, por que os pecadores supostamente vão para o inferno
eternamente?
Eu não sei se já
escreveram uma resposta contendo a visão espírita, mas mesmo que já o tenham
feito, eu vou redigir a minha própria resposta.
O inferno não existe,
segundo os próprios espíritos, seres encarregados de nos ensinar sobre o mundo
ao nosso redor e o grande universo contido em nós mesmos.
Com a morte do corpo
físico, o espírito deverá encarar duas possíveis realidades: aquela para a qual
ele desperta para uma vida mansa e está orgulhoso do seu progresso moral e
espiritual na terra ou em outros mundos do universo; ou aquela para a qual ele
rememorará todas as suas transgressões e vilanias, ou ainda a sua inércia
diante das dores dos seus irmãos.
A primeira realidade
pode se dar em cidades espirituais ou retiros, mundos funcionam ao nosso lado,
muitas vezes, mas em vibrações distintas das que podemos captar.
O umbral é o mais
próximo da realidade infernal que conhecemos. É aqui que estão nossos irmãos
transgressores das leis naturais. São casos de irmãos que por diversas razões
assassinaram seus semelhantes, arruinaram as próprias vidas com drogas e vícios
de todos os tipos, ou simplesmente não estenderam a mão em favor dos mais
desfavorecidos, não somente no tocante a dinheiro.
Para cada miséria, uma
esmola.
Uma vez despertados no
umbral, os espíritos desencarnados (mortos) rememoram suas vidas com grande
pesar. Sem os órgãos do corpo físico para aplacar as próprias sensações, estes
sujeitos iniciam uma verdadeira via crucis. No umbral deixa de existir a noção
de tempo e espaço, tamanho o sofrimento das pessoas que ali estão, remoendo
seus arrependimentos.
É possível dormir de
cansaço no umbral, mas o sono não é tranquilo, não é reparador. E, mais uma vez
desperto, os umbralinos novamente se entregam aos arrependimentos. Muito
maquinam a desgraça ainda maior de seus pares no umbral, a fim de oprimirem uns
aos outros.
Certamente é um lugar
horrível para se estar, e apenas espíritos com moral e bem muito evoluídos
podem estar lá para testemunhar a vida em tais zonas.
E por qual razão os
umbralinos estão no umbral? Estão lá por afeição de energia, estão em faixas
vibratórias semelhantes e ali haverão de permanecer até que cesse essa
semelhança.
Chega uma hora que os
nossos irmãos no umbral se arrependem com sinceridade dos delitos, de seus
males, seus preconceitos e então se assimilam a seres de vibração superior,
mais refinada, e por eles são resgatados do umbral.
Uma vez resgatados,
haverão de passar por processos de sanificação do corpo espiritual, aprender e
tornar a encarnar para pôr em prática os aprendizados que obteve durante a vida
no mundo espiritual.
Então, sem rodeios,
Deus não permite que soframos para sempre após a morte do corpo físico, caso
tenhamos agido mal, mas é certo que ao semear vento, a sua colheita será
tempestade. Isso é uma lei básica de ação e reação. Contudo, a tempestade não
será eterna, e chegará a hora que todos nós deixaremos de semear ventos.
É a fé religiosa o que os tolos e os
crédulos usam para justificar sua ignorância?
Há tolos e ignorantes
em todo o lado.
Muitas vezes questões
destas, não digo que seja o caso, são colocadas por pessoas que imaginam que
deus tem de ser uma espécie de amigo invisível.
Ou um criador à imagem
do Géneses.
Ou que para ter fé
têm-se de acreditar no Génesis literalmente.
O que apenas demonstra
uma grande falta de humildade.
Houve milhares de
homens com fé que eram inteligentes.
Como Francis Bacon,
que, para todos os efeitos, estabeleceu o Método Científico tal como o
concebemos hoje.
Ou Issac Newton.
Claro que há casos de
pessoas que se escudam "na sua fé" para justificarem a sua
ignorância.
Mas olhe… nem sempre é
uma fé religiosa.
A menos que entenda a
'fé marxista' como algo religioso. O que faz sentido. E tem a agravante de ir
contra as evidências empíricas em vez de apenas não poder ser provado - como a
maioria das religiões e seguramente a fé Católica.
Astrologia,
Homeopatia, Cristais, Marxismo… ou um pouco de conhecimento cientifico, como na
tirinha acima, são mostras maiores de ignorância!
Fonte: Quora
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