União Europeia busca unidade na primeira
resposta às tarifas de Trump
Países da União Europeia tentarão apresentar
um frente unida nos próximos dias contra as tarifas impostas pelo presidente
dos Estados Unidos, Donald Trump. A expectativa é de que aprovem, já na próxima
quarta-feira, um primeiro conjunto de medidas de retaliação sobre até US$ 28
bilhões em importações americanas — de fio dental a diamantes.
Caso confirmada, a medida colocará a UE ao
lado de China e Canadá na aplicação de tarifas retaliatórias contra os Estados
Unidos, sinalizando uma escalada precoce no que muitos temem ser uma guerra
comercial global. O resultado pode ser o encarecimento de produtos para bilhões
de consumidores e o risco de recessão para economias do mundo todo.
O bloco de 27 países enfrenta tarifas de 25%
sobre aço, alumínio e automóveis, além de tarifas “recíprocas” de 20% para
praticamente todos os outros bens, a partir de quarta-feira.
As tarifas de Trump cobrem cerca de 70% das
exportações da UE para os EUA — um total de 532 bilhões de euros (US$ 585
bilhões) no ano passado. A expectativa é de que os próximos alvos incluam
cobre, produtos farmacêuticos, semicondutores e madeira.
A Comissão Europeia, responsável por
coordenar a política comercial do bloco, apresentará aos membros, na noite de
segunda-feira, uma lista de produtos americanos que poderão receber tarifas
adicionais. A lista, como esperado, foca nos setores atingidos pelas tarifas
sobre aço e alumínio, evitando responder diretamente às tarifas recíprocas mais
amplas.
Entre os produtos americanos listados estão
carnes, cereais, vinhos, madeira, roupas, além de goma de mascar, fio dental,
aspiradores de pó e papel higiênico.
Um item específico, no entanto, tem causado
polêmica: o bourbon. A Comissão propôs uma tarifa de 50%, o que provocou uma
ameaça de Trump: um contra-ataque com tarifa de 200% sobre bebidas alcoólicas
europeias, caso a UE leve a proposta adiante.
Exportadores de vinho como França e Itália
expressaram preocupação. A UE, cuja economia depende fortemente do livre
comércio, quer garantir amplo apoio interno às medidas, a fim de pressionar
Trump a negociar.
Na segunda-feira, Luxemburgo sediará a
primeira reunião política em nível europeu desde o anúncio das tarifas,
reunindo ministros responsáveis por comércio dos 27 países. A meta é emitir uma
mensagem unificada: o desejo de negociar com Washington a remoção das tarifas,
mas também a disposição de retaliar caso isso fracasse.
“Nosso maior medo após o Brexit era o risco
de acordos bilaterais e quebra de unidade, mas durante três ou quatro anos de
negociações isso não aconteceu. Agora é uma situação diferente, mas todos veem
interesse numa política comercial comum”, disse um diplomata europeu.
<><> Contra-tarifas
Dentro da UE, há uma diversidade de opiniões
sobre a melhor resposta. A França defende que a UE vá além das tarifas e o
presidente Emmanuel Macron sugeriu que empresas europeias suspendam
investimentos nos EUA até que “as coisas se esclareçam”.
A Irlanda, que destina quase um terço de suas
exportações aos EUA, pediu uma resposta “ponderada e equilibrada”. Já a Itália,
terceira maior exportadora do bloco para os EUA, questiona se a UE deve
retaliar de forma alguma.
“É um equilíbrio difícil. Medidas muito
brandas não levam os EUA à mesa de negociações, mas ações muito duras podem
provocar uma escalada”, avaliou outro diplomata.
As negociações com Washington, até agora, não
deram resultado. O chefe de comércio da UE, Maros Sefcovic, descreveu o
encontro de duas horas com representantes americanos na sexta-feira como
“franco”, ao afirmar que as tarifas dos EUA são “prejudiciais e
injustificadas”.
As contra-tarifas iniciais serão submetidas a
votação na quarta-feira. A aprovação é praticamente certa, exceto no improvável
cenário em que uma maioria qualificada — 15 países representando 65% da
população da UE — se oponha.
As medidas entrarão em vigor em duas etapas:
uma parte menor no dia 15 de abril e o restante um mês depois.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von
der Leyen, também terá reuniões na segunda e terça-feira com executivos dos
setores de aço, automóveis e farmacêutico, para avaliar o impacto das tarifas e
definir os próximos passos.
¨
Europa se prepara para
lidar com a China sem obedecer ao Tio Sam
Em março, diplomatas europeus ficaram
perplexos ao serem convocados por autoridades dos EUA para explicar por que
operadores de satélites públicos e privados haviam publicado imagens de locais
no Mar Vermelho.
A União Europeia não considerava essas
imagens sensíveis — eram do tipo rotineiro, publicadas por agências em todo o
mundo diariamente. Mas, segundo fontes próximas ao episódio, o governo de
Donald Trump insistia que as imagens colocavam em risco a segurança nacional
dos Estados Unidos.
Depois que a revista The Atlantic publicou
a reportagem “Signal-gate”, revelando que altos funcionários dos EUA usaram um
aplicativo de mensagens para planejar ataques militares contra alvos houthis na
região, os europeus entenderam o alarde americano — embora continuassem
sustentando que as imagens eram inocentes.
O episódio ilustra o quanto a Europa está
desconectada do pensamento oficial de Washington. Desde a volta de Trump ao
poder, o bloco tem sido alvo constante — atingido por tarifas, alvo de
reivindicações territoriais expansionistas e do discurso anti-“woke” do
gabinete presidencial.
Num cenário em que um simples deslize verbal
pode resultar em protestos diplomáticos, tarifas ou coisa pior, os oficiais
europeus passaram a adotar o silêncio. Uma fonte em Bruxelas chamou isso de
“estratégia gambá… mantenha a cabeça baixa e torça para não ser notado”.
Essa nova postura está moldando a forma como
a UE se relaciona com outros países, como ficou evidente na visita do
comissário europeu de Comércio, Maros Sefcovic, à China na semana passada.
O eslovaco passou três dias em Pequim, onde
se reuniu com o vice-premiê He Lifeng, o ministro do Comércio Wang Wentao e a
ministra da Alfândega Sun Meijun. Ele discursou na Câmara de Comércio da UE na
China, mas, com exceção de alguns tuítes, quase nada foi divulgado.
Não houve comunicações oficiais durante a
viagem. Uma coletiva de imprensa planejada para o sábado foi cancelada por
ordem da liderança da Comissão Europeia, que também vetou a publicação do
discurso à entidade empresarial. Um breve resumo da visita só veio à tona na
segunda-feira, após os chineses já terem divulgado o seu próprio.
Autoridades explicaram que essa dinâmica
reflete um novo pragmatismo, que agora define a estratégia do bloco com relação
à China e também como isso será comunicado.
Desde que Ursula von der Leyen declarou, há
dois anos, que a UE precisava “reduzir riscos” nas relações com a China, sua
administração vinha seguindo de perto a linha adotada por Joe Biden.
Havia convergência entre Washington e
Bruxelas sobre os desafios impostos por Pequim: ambos se preocupavam com a
aproximação da China com a Rússia na guerra da Ucrânia; com políticas
econômicas que resultam em excesso de exportações; com questões de direitos
humanos e com a crescente influência chinesa em países de terceiro mundo.
A diferença estava nas respostas.
“Quando dizemos que queremos reduzir riscos
sem romper laços, estamos falando sério, mas não sabemos se eles estão. Eles
talvez enxerguem um futuro em que seja possível prescindir da China”, disse um
funcionário europeu antes da eleição americana.
Ainda assim, na tentativa de reeleger Biden,
a Comissão Europeia espelhou algumas das políticas americanas em relação à
China.
Em 2023, por exemplo, houve reclamações
internas sobre a estratégia de segurança econômica de Von der Leyen, com partes
supostamente copiadas do ex-conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan.
Seu chefe de gabinete, Bjoern Seibert,
justificava aos diplomatas que alinhar-se aos EUA era uma forma de ajudar
Biden, mais comprometido com o Atlântico — estratégia que agora pode ter saído
pela culatra.
Na visita a Washington com Sefcovic, Seibert
não conseguiu uma reunião com o novo conselheiro de segurança nacional Mike
Waltz. Funcionários da UE acreditam que foi uma retaliação pelo apoio explícito
a Biden.
“Nos sabotamos”, disse um alto funcionário,
avaliando que a Comissão superestimou a influência da cooperação transatlântica
na eleição americana.
Agora, com Trump tendo rompido relações com a
Europa, a UE precisa enfrentar a China por conta própria — equilibrando os
desafios políticos com a pressão de empresas e países-membros contra guerras
comerciais em duas frentes.
Isso significa, segundo fontes internas, que
os chineses já não podem culpar Washington pelos problemas na relação. Mas isso
não impede que a dinâmica UE-China sofra com os caprichos de Trump.
Rumores em Bruxelas apontam que o presidente
dos EUA estaria prestes a fechar um acordo próprio com a China, deixando a
Europa de fora. O acerto incluiria investimentos chineses bilionários nos EUA,
justo quando a UE tenta negociar os seus.
“Não sabemos no que acreditar, mas nesse
clima tudo parece possível”, disse um funcionário europeu.
Em meio a esse cenário, a Europa tenta
garantir que seus próprios interesses sejam plenamente representados nas
negociações com a China. Durante sua viagem, Sefcovic afirmou estar disposto a
expandir os laços com Pequim, mas exigiu que as queixas europeias fossem
levadas a sério.
“Estamos abertos à cooperação com a China,
desde que seja recíproca e transparente. Se eles não abrirem o mercado,
inevitavelmente fecharemos o nosso”, disse um diplomata presente.
As falas de Sefcovic se alinharam às
declarações feitas por Von der Leyen em discursos recentes, segundo fontes
empresariais. Ela surpreendeu ao afirmar que a UE estava disposta a aprofundar
relações com a China, mesmo mantendo a estratégia de redução de riscos.
“Alguns na Europa podem não gostar dessa nova
realidade mais dura e transacional”, disse Von der Leyen a embaixadores da UE,
em fevereiro. “Mas a Europa precisa lidar com o mundo como ele é.”
O pragmatismo não é exclusivo da Europa. No
fim de semana, Japão e Coreia do Sul concordaram em cooperar mais com a China
para avançar no comércio e nos investimentos — um sinal de que o temor de
Trump, autor de A arte da negociação, está empurrando até rivais
históricos a se reaproximarem.
Refletindo essa “realidade transacional”,
Sefcovic concordou em abrir um diálogo com a China para incentivar
investimentos na cadeia de suprimentos de veículos elétricos da Europa, a fim
de garantir que eles contribuam para a competitividade e os empregos europeus
de longo prazo.
Isso reafirma a posição da Comissão de que os
investimentos devem agregar valor real à economia da UE e, sempre que possível,
promover a transferência de tecnologias essenciais para parceiros europeus.
Mas o resumo da visita também criticou os
“subsídios ilegais” da China, a falta de “igualdade de condições” e o caráter
“desequilibrado” da relação. E confirmou que a UE continuará com as ações
legais contra o comércio desleal. Ainda não está claro, porém, se Sefcovic teve
sucesso.
“Não houve sinais de que a China esteja
disposta a lidar com as preocupações da UE sobre produtos subsidiados. A
mensagem de He Lifeng foi que a China pode ser totalmente autossuficiente e não
precisa da Europa”, escreveu o especialista Noah Barkin em boletim da German
Marshall Fund.
O ex-chefe da diplomacia europeia Josep
Borrell costumava falar em “cacofonia” de vozes da Europa sobre a China — um
ruído que leva à incoerência.
Enquanto Sefcovic realizava sua missão
discreta, essa cacofonia se manifestava em outras frentes. Em Pequim, o
chanceler francês Jean-Noel Barrot pedia ao colega Wang Yi mais pressão sobre a
Rússia e conseguiu adiar tarifas sobre conhaque francês.
“Essa medida nos dá alguns meses de respiro,
com a retomada das vendas duty-free de conhaque e armagnac, essenciais para
várias marcas”, disse Barrot.
Do outro lado da cidade, empresas europeias
se reuniam com Xi Jinping, que apresentou a China como defensora da abertura
econômica, acusando outros países de erguerem “muros altos” e de politizarem e
armarem o comércio.
Em Hainan, ministros europeus atuais e
anteriores também pediam a melhoria das relações bilaterais.
“A Europa precisa acalmar a relação com a
China, que hoje é um parceiro sistêmico”, disse a ex-chanceler espanhola
Arancha Gonzalez. Mas, segundo ela, isso exige flexibilidade de Pequim.
“Se a China realmente quer investir no futuro
da relação com a Europa, ela sabe o que é importante para nós.”
¨
Após tarifaço, o que
mais Trump pode usar como arma econômica para coagir países?
Com a
tinta do mais recente lote de tarifas do presidente dos EUA,
Donald Trump,
ainda fresca, alguns já estão se preparando para o que pode vir a seguir em seu
esforço para forçar os parceiros comerciais a cumprirem suas ordens.
Como
epicentro do mundo financeiro e emissor da moeda de reserva global, os Estados
Unidos têm uma série de alavancas que Trump pode usar para coagir outros
países, desde cartões de crédito até o próprio fornecimento de dólares a bancos
estrangeiros.
Embora
a utilização dessas armas não convencionais tenha um grande custo para os
próprios EUA e possa até mesmo sair pela culatra, os observadores dizem que
esses cenários apocalípticos não devem ser descartados.
Isso
seria particularmente verdadeiro se as tarifas não conseguirem reduzir o
déficit comercial dos EUA com o resto do mundo – um resultado que muitos
economistas consideram plausível, dado o fato de que o quase pleno emprego nos
EUA levou a uma profunda escassez de mão de obra.
A China
retaliou na sexta-feira, fazendo com que as ações dos EUA caíssem ainda mais,
aprofundando a crise.
“Posso
imaginar que o Sr. Trump… fique frustrado e tente implementar ideias malucas,
mesmo que a lógica para elas não exista”, disse Barry Eichengreen, professor de
economia e ciência política da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Acordo
em Mar-a-Lago
O plano
não tão secreto do governo dos EUA é reequilibrar o comércio enfraquecendo o
dólar. Uma maneira de fazer isso seria alistar bancos centrais estrangeiros em
um esforço coordenado para revalorizar suas próprias moedas.
De
acordo com um artigo escrito por Stephen Miran, escolhido por Trump para
presidir seu Conselho de Assessores Econômicos, isso pode acontecer como parte
de um acordo de Mar-a-Lago, uma referência ao Acordo Plaza de 1985, que limitou
o dólar, e ao resort de Trump na Flórida.
O
documento, de novembro, sugeriu que os Estados Unidos usariam a ameaça de
tarifas e a atração do apoio à segurança dos EUA para persuadir os países
estrangeiros a valorizarem suas moedas em relação ao dólar, entre outras
concessões.
Mas os
economistas estão céticos quanto à possibilidade de qualquer acordo desse tipo
ganhar força na Europa ou na China, pois a situação econômica e política é
muito diferente de quatro décadas atrás.
“Acho
que esse é um cenário realmente improvável”, disse Maurice Obstfeld, membro
sênior do Peterson Institute for International Economics.
Obstfeld
argumentou que as tarifas já foram impostas, eliminando seu uso como ameaça, e
que o compromisso dos Estados Unidos com a segurança global foi enfraquecido
por sua ambiguidade em relação à Ucrânia.
Ele
acrescentou que é improvável que os bancos centrais da zona do euro, do Japão e
da Grã-Bretanha cedam a um acordo que os forçaria a aumentar as taxas de juros
e arriscar uma recessão.
E a
economista-chefe do TS Lombard, Freya Beamish, argumentou que a engenharia de
um iuan mais forte também iria contra a necessidade da China de reflacionar sua
economia em dificuldades.
Mesmo
no Japão, onde o governo interveio repetidamente no mercado de moedas nos
últimos anos para sustentar o iene, as lembranças dos 25 anos de deflação que
só recentemente terminaram podem atenuar qualquer entusiasmo por uma forte
valorização do iene.
<><>
Governo Trump pode usar dólar a seu favor
Se não
for possível chegar a um acordo, o governo de Trump pode se sentir tentado a
usar táticas mais agressivas, como aproveitar o status do dólar como a moeda em
que o mundo negocia, economiza e investe. Isso pode assumir a forma de uma
ameaça de fechar as torneiras do Federal Reserve para os bancos centrais
estrangeiros, o que lhes permite tomar dólares emprestados em troca de
garantias em sua própria moeda, de acordo com Obstfeld e alguns supervisores e
banqueiros centrais.
Essa é
uma fonte essencial de financiamento em tempos de crise, quando os mercados
monetários entram em colapso e os investidores se retraem para a segurança do
dólar.
A
retirada dessa fonte perturbaria um mercado multibilionário de crédito em
dólares fora dos Estados Unidos e atingiria de forma particularmente dura os
bancos do Reino Unido, da zona do euro e do Japão.
É claro
que essas chamadas linhas de swap estão firmemente nas mãos do Fed e Trump
nunca deu sinais de que queria assumir o controle da poderosa instituição
monetária. Mas suas recentes medidas para substituir funcionários
importantes, inclusive em agências reguladoras, deixaram os observadores
inquietos.
“Não é
mais inconcebível que, em uma negociação maior, isso possa servir como uma
ameaça nuclear”, disse Spyros Andreopoulos, fundador da consultoria Thin Ice
Macroeconomics.
Ele
acredita que, com o passar do tempo, esse tipo de ação corroeria o status do
dólar como uma moeda global confiável.
<><>
Cartões de crédito
Os
Estados Unidos têm outro trunfo na manga – seus gigantes do setor de
pagamentos, incluindo as empresas de cartões de crédito Visa e Mastercard.
Embora
o Japão e a China tenham, em graus variados, desenvolvido seus próprios meios eletrônicos
de pagamento, as duas empresas americanas processam dois terços dos pagamentos
com cartão feitos na zona do euro, composta por 20 países.
Os
pagamentos com aplicativos de celular, dominados por empresas americanas como
Apple e Google, representam quase um décimo dos pagamentos de varejo.
Essa
mudança colocou os europeus em desvantagem em um vasto mercado, avaliado em
mais de 113 trilhões de euros (US$ 124,7 trilhões) nos primeiros seis meses do
ano passado.
Se Visa
e Mastercard fossem pressionadas a interromper os serviços, como fizeram na
Rússia logo após a invasão da Ucrânia, os europeus teriam que usar dinheiro ou
transferências bancárias complicadas para fazer compras.
“O fato
de os EUA terem se tornado hostis é um grande revés”, disse Maria Demertzis,
economista-chefe para a Europa do think tank Conference Board.
O Banco
Central Europeu disse que isso expôs a Europa ao risco de “pressão e coerção
econômica” e que um euro digital pode ser uma solução.
Mas os
planos para implantar essa moeda digital ficaram atolados em discussões e podem
levar anos para serem introduzidos.
As
autoridades europeias estão analisando como poderiam responder às ações de
Trump, mas têm receio de desencadear uma nova escalada. Eles poderiam
impor suas próprias tarifas ou recorrer a medidas mais drásticas, como limitar
o acesso dos bancos dos EUA à União Europeia.
Entretanto,
tomar medidas tão radicais pode ser difícil devido à influência internacional
de Wall Street, bem como ao risco de uma reação contra os credores europeus que
fazem negócios nos EUA.
Ainda
assim, alguns executivos de bancos internacionais disseram à Reuters que
estavam preocupados com a ameaça de uma reação negativa da Europa nos próximos
meses.
Fonte: Reuters/O Cafezinho

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