Lula mantém favoritismo apesar da perda de
popularidade
O filósofo e general chinês Sun Tzu (544-496
a.C.) foi um estrategista militar do Rei Hu Lu, que escreveu A Arte da
Guerra, um tratado militar no século IV a.C. O primeiro imperador da China
unificada, Qin Shi Huang, inspirou-se na obra para pôr fim ao Período dos
Reinos Combatentes. O livro foi introduzido no Japão por volta do ano de 760,
sendo adotado pelos daimyos (senhores feudais) Oda Nobunaga (1534-1532) e
Toyotomi Hideyoshi (1537-1598) e pelo shogun Tokugawa Ieyasu (1543-1516).
O famoso almirante Togo Heihachiro, que
liderou a vitória do Japão na Guerra contra a Rússia, de 1904 e 1905, era ávido
leitor de Sun Tzu. Mao Tsé-Tung atribuiu parte da sua vitória sobre Chiang
Kai-shek e o Kuomintang em 1949 à Arte da Guerra. O livro também foi adotado
por Vo Nguyen Giap na Guerra do Vietnã, depois de traduzido por Ho Chi Min. Não
por acaso os generais Norman Schwarzkopf e Colin Powell puseram em prática os
princípios de Sun Tzu na Guerra do Golfo: engano, velocidade e ataque aos pontos
fracos do inimigo. O livro é estudado nas academias militares norte-americanas.
Dos ensinamentos da obra de Sun Tzu, talvez o
que mais se aplique ao atual momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva se encontra seja aquele no qual o estrategista chinês afirma:
"Derrotar o inimigo em cem batalhas não é a excelência suprema; a
excelência suprema consiste em vencer o inimigo sem ser preciso lutar". É
o que mostra a pesquisa Genial/Quaest sobre os cenários eleitorais de 2026, na
qual Lula aparece em empate técnico com Bolsonaro, 44% a 40% de intenções de
votos. Entretanto, o ex-presidente está inelegível.
Num cenário em que a popularidade de Lula
está em queda, a pesquisa preserva uma expectativa de poder sem a qual o líder
petista seria um pato manco. Para 62% dos entrevistados, Lula não deveria
disputar a reeleição, um aumento de 10 pontos percentuais em relação à pesquisa
realizada em janeiro.
A vantagem de Lula se ancora no sentimento de
rejeição a Bolsonaro: 44% têm mais medo da sua volta ao poder, contra 41% que
temem a continuidade do governo Lula. O mesmo sentimento que decidiu o segundo
turno das eleições de 2022.
A realidade é que a eleição está aberta. A
maioria dos eleitores (80%) ainda não tem um nome preferido para 2026. Na
pesquisa espontânea, apenas três nomes ultrapassaram 1% das menções: Lula (9%),
Bolsonaro (7%) e Tarcísio de Freitas (1%) — mesmo percentual de
"outros" nomes. Na consulta induzida, o adversário mais forte contra
Lula seria o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com
15% das preferências. Supera Michelle Bolsonaro (PL), com 14%, e Eduardo
Bolsonaro (PL), com 4%.
Simulações
No segundo turno, a rigor, todos os possíveis
adversários de Lula se tornam competitivos. Sem Bolsonaro, a vantagem de Lula
contra Michelle Bolsonaro é de seis pontos percentuais (44% x 38%); contra
Tarcísio de Freitas, também (43% x 37%).
De janeiro a março, Tarcísio saiu de 34% para
37%. Lula ficou estável (43%) no período. Sua vantagem era de 9 pontos. A
diferença para Ratinho Jr. é de 7 pontos (42% x 35%). Na simulação entre Lula e
o governador de MG, Romeu Zema, a distância diminuiu um pouco mais: 43% x 31%.
A vantagem de Lula caiu de 17 para 12 pontos. Para Pablo Marçal (44% x 35%),
está em 9 pontos; Eduardo Bolsonaro (45% x 34%), 10 pontos. Para Caiado,
diminuiu 5 pontos (44% x 30%), ou seja, caiu para 14 pontos.
A verdade é que a desaprovação ao governo tem
impactado a imagem de Lula. Sua rejeição chegou a 55%, um aumento de 10 pp
desde dezembro passado. Mas é salvo pelo gongo: nas simulações de segundo turno
contra qualquer candidato, há entre 14% e 18% que desaprovam o governo, mas
ainda preferem votar em Lula. Entre 17% e 32% preferem anular ou se abster.
Tarcísio continua desconhecido por 42% dos
eleitores; Ratinho, por 51%; Zema, por 61%; e Caiado, por 63%. Isso significa
que o piso do adversário no segundo turno estará em torno de 30% dos votos.
Segundo a pesquisa, Tarcísio (15%) e Michelle (14%) seriam os melhores nomes
para substituir Bolsonaro na disputa com Lula. Marçal (11%) aparece em
terceiro, junto com Ratinho Jr. (9%).
E o Sun Tzu com isso? De todos os possíveis
adversários de Lula, aquele que tem mais a perder é Tarcísio de Freitas, com
uma reeleição ao Palácio dos Bandeirantes ao alcance das mãos, ao contrário de
Ratinho Jr., Zema e Caiado, que estão no segundo mandato. Com sua "sombra
de futuro" maior do que a de qualquer outro, Tarcísio é o adversário a ser
dissuadido por Lula, sem luta.
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Lula lidera em todos os
cenários e vence qualquer candidato, diz Datafolha
Pesquisa Datafolha divulgada neste
sábado (5) aponta que, além de ter conseguido melhorar seus
índices de aprovação, o
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva venceria
qualquer candidato se as eleições presidenciais fossem hoje.
Segundo
o levantamento, Lula derrotaria todos os nomes da direita e extrema direita que
são cotados para concorrer ao Palácio do Planalto em 2026. O presidente, que
está em seu terceiro mandato, também venceria a disputa se Jair Bolsonaro fosse
candidato. O ex-presidente, contudo, está inelegível até 2030 e não
poderá participar da eleição.
>>>> Confira abaixo todos os
cenários eleitorais simulados pela pesquisa Datafolha:
<><> Cenário 1
- Lula
(PT): 36%
- Jair
Bolsonaro (PL): 30%
- Ciro
Gomes (PDT): 12%
- Pablo
Marçal (PRTB): 7%
- Eduardo
Leite (PSDB): 5%
- Em
branco/nulo/nenhum: 9%
- Não
sabem: 2%
<><> Cenário 2
- Lula
(PT): 35%
- Tarcísio
de Freitas (Republicanos): 15%
- Ciro
Gomes (PDT): 11%
- Pablo
Marçal (PRTB): 11%
- Ratinho
Junior (PSD): 5%
- Eduardo
Leite (PSDB): 3%
- Romeu
Zema (Novo): 3%
- Ronaldo
Caiado (União Brasil): 2%
- Em
branco/nulo/nenhum: 11%
- Não
sabem: 3%
<><> Cenário 3
- Lula
(PT): 35%
- Ciro
Gomes (PDT): 12%
- Eduardo
Bolsonaro (PL): 11%
- Pablo
Marçal (PRTB): 10%
- Ratinho
Junior (PSD): 6%
- Romeu
Zema (Novo): 4%
- Eduardo
Leite (PSDB): 4%
- Ronaldo
Caiado (União Brasil): 3%
- Em
branco/nulo/nenhum: 12%
- Não
sabem: 3%
<><> Cenário 4
- Lula
(PT): 35%
- Michelle
Bolsonaro (PL): 15%
- Ciro
Gomes (PDT): 12%
- Pablo
Marçal (PRTB): 10%
- Ratinho
Junior (PSD): 5%
- Romeu
Zema (Novo): 4%
- Eduardo
Leite (PSDB): 3%
- Ronaldo
Caiado (União Brasil): 3%
- Em
branco/nulo/nenhum: 10%
- Não
sabem: 2%
<><> Cenário 5
- Lula
(PT): 43%
- Tarcísio
de Freitas (Republicanos): 24%
- Pablo
Marçal (PRTB): 15%
- Em
branco/nulo/nenhum: 16%
- Não
sabem: 2%
<><> Pesquisa espontânea (quando
os nomes dos candidatos não são citados)
- Lula
(PT): 20%
- Jair
Bolsonaro (PL): 14%
- Tarcísio
de Freitas (Republicanos): 1%
- Ciro
Gomes (PDT): 1%
- “No
atual”: 1%
- Vota
no PT/candidato do PT: 1%
- Não
vota: 1%
- Não
sabe: 52%
- Outras
respostas: 4%
- Em
branco/nulo/nenhum: 6%
>>> Aprovação do governo Lula sobe 5
pontos
A aprovação do governo Lula subiu
cinco pontos percentuais entre fevereiro e abril, segundo nova
pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta sexta-feira (5). O
índice de brasileiros que avaliam a gestão como ótima ou boa passou de 24%
para 29%, interrompendo uma trajetória de queda observada desde o início
do ano.
Apesar do avanço, a reprovação do governo
ainda supera a aprovação: 38% classificam a administração como ruim
ou péssima, contra 41% em fevereiro. Já 32% dos entrevistados
consideram a gestão regular, número que se manteve estável.
Os dados mostram que o governo se mantém no
segundo pior patamar de avaliação desde o início do terceiro mandato de Lula.
Em dezembro de 2023, por exemplo, a aprovação era de 35%, contra 34% de
reprovação.
A queda na popularidade ao longo do primeiro
trimestre é atribuída a pressões inflacionárias, principalmente pela alta
nos preços dos alimentos, e problemas de comunicação, como no caso do Pix,
quando surgiram boatos inventados pela extrema direita sobre uma suposta
taxação.
Para tentar conter os danos, o presidente
nomeou o marqueteiro Sidônio Palmeira para chefiar a Secretaria de Comunicação
Social (Secom). A mudança começa a mostrar seus primeiros efeitos agora.
O atual nível de aprovação de Lula é
semelhante ao registrado em 2005, durante a crise do chamado mensalão. Naquele
momento, ele também marcou 28% de avaliação positiva.
Para fins de comparação, em maio de 2021,
Jair Bolsonaro marcava 24% de ótimo ou bom e 45% de ruim ou péssimo, durante
a crise da pandemia de Covid-19.
A recuperação mais significativa foi
observada entre pessoas com ensino superior, cuja aprovação subiu de 18% para
31%. Também houve crescimento entre quem ganha acima de dois salários mínimos.
Entre os que recebem entre 5 e 10 salários, por exemplo, a avaliação positiva
foi de 18% para 31%.
Já entre os mais pobres (até dois salários),
a aprovação se manteve praticamente estável: 30%, contra 29% em fevereiro. No
Nordeste, a taxa de aprovação é de 38%, mantendo a região como o principal
reduto do petista, embora abaixo dos 49% registrados em dezembro.
>>> Aprovação
A pesquisa mostra que, no momento, 49% dos
entrevistados desaprovam o governo Lula, enquanto 48% aprovam, configurando um
empate técnico dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Os
indecisos somam 3%.
A pesquisa Datafolha foi realizada
presencialmente entre os dias 1º e 3 de abril, com 3.054 entrevistados com 16
anos ou mais, em 172 municípios de todo o país. A margem de erro é de dois
pontos percentuais, para mais ou para menos.
¨
Lula e Haddad venceriam
Bolsonaro e Tarcísio em eventual 2º turno, diz Datafolha
O Datafolha divulgou neste sábado (5)
levantamento que traz números sobre o governo Lula e outros que traçam cenários
para a disputa presidencial de 2026.
A pesquisa traz uma boa notícia para o
governo federal: Lula vence com folga em todos os cenários de segundo turno e o
seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também se sairia bem. Claro, com uma
margem mais apertada, mas tanto o presidente quanto o chefe da Fazenda
venceriam o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio
de Freitas.
<><> Confira abaixo os cenários
estimulados pelo Datafolha:
- Lula
49%
- Bolsonaro
40%
- Lula
48%
- Tarcísio
39%
- Lula
50%
- Michelle
38%
- Lula
51%
- Eduardo
Bolsonaro 34%
- Haddad
45%
- Bolsonaro
41%
- Haddad
43%
- Tarcísio
37%
Apesar do bom desempenho do ministro Fernando
Haddad no segundo turno, ele tem desafios para chegar à segunda rodada do
pleito presidencial em 2026. Segundo o Datafolha, ele aparece empatado com Ciro
e Tarcísio:
- Ciro
19%
- Tarcísio
16%
- Haddad
15%
>>>> Quase 70% rejeitam Bolsonaro
como candidato, diz Datafolha
Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal "Folha de
S.Paulo" no sábado (5) aponta que 67% dos entrevistados acreditam que o
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria
desistir de uma candidatura nas eleições de 2026.
O
levantamento ouviu 3.054 pessoas com 16 anos ou mais em 172 municípios, de
terça (1º) até quinta-feira (3). A margem de erro é de 2 pontos percentuais,
para mais ou para menos.
<><>
Veja os números a seguir:
- Deveria abrir
mão e apoiar outro candidato: 67%
- Deveria manter a
candidatura à Presidência: 28%
- Não
sabem: 5%
Atualmente,
Bolsonaro está inelegível. Mesmo assim, ele afirma que irá se registrar como
candidato nas eleições presidenciais do próximo ano.
O
levantamento também perguntou aos entrevistados quem Bolsonaro deveria apoiar
caso não seja candidato. Confira a seguir:
- Michelle
Bolsonaro (PL): 23%
- Tarcísio de
Freitas (Republicanos): 21%
- Eduardo
Bolsonaro (PL): 14%
- Pablo Marçal
(PRTB): 11%
- Ratinho Junior
(PSD): 7%
- Ronaldo Caiado
(União Brasil): 4%
- Romeu Zema
(Novo): 4%
- Nenhum: 9%
- Não
sabem: 7%
>>>> Moro 'passa pano' para
Bolsonaro ao lançar Caiado à presidência
O
senador Sergio Moro (União-PR) marcou presença
no evento de lançamento da
pré-candidatura do
governador de Goiás, Ronaldo Caiado
(União),
à presidência da República nas eleições de 2026. Durante o ato, no entanto, o
ex-juiz da Lava Jato evitou comentar a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, seu antigo aliado
político.
Ao ser
questionado por um jornalista sobre o fato de Bolsonaro ter se
tornado réu no
Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, Moro se
esquivou da resposta: "Hoje é dia da candidatura do Caiado",
limitou-se a dizer.
Ministro
da Justiça no governo Bolsonaro entre 2019 e 2020, Moro saiu do cargo em meio a
divergências com o então presidente, mas desde então manteve-se em silêncio
sobre diversas ações do ex-mandatário.
No
mesmo evento, o senador afirmou esperar uma “união” da direita e centro-direita
em torno do nome de Ronaldo Caiado para a disputa presidencial, sinalizando que
descarta qualquer apoio a Bolsonaro.
<><>
Caiado candidato
Nesta
sexta-feira (4), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), lançou
sua pré-candidatura à presidência da República em um evento realizado em
Salvador (BA). O que poucos sabem é que, caso consiga se viabilizar como
candidato, esta não será sua primeira tentativa de chegar ao Palácio do
Planalto.
Ele
também foi candidato em 1989, a primeira eleição presidencial após o fim da
ditadura civil-militar. E a transição democrática trouxe para a pauta do dia a
reforma agrária, que foi tema de um plano nacional lançado pelo governo de José
Sarney, que projetava sua realização dentro dos parâmetros do Estatuto da
Terra, com a desapropriação sendo o principal instrumento do processo. A reação
não tardou.
Em maio
de 1985, surgiu a União Democrática Ruralista (UDR), definida pelo CPDOC
da Fundação Getúlio Vargas (FGV) como "expressão da radicalização
patronal rural contra a reforma agrária e como espaço de aglutinação das
insatisfações da 'classe rural". O seu principal mote foi a defesa da
"intocabilidade do regime de propriedade existente". O site da
Fundação lembra também que entre as características da associação estavam a
"defesa intransigente do monopólio fundiário e o uso da violência como
principal instrumento de pressão contra a reforma agrária e as lutas por
terra".
Em
meados de 1987, a entidade dispunha de sedes em 15 estados da federação, um
total de 40 regionais e mais de 40 mil associados, contando com vultosos
recursos. E a figura de Ronaldo Caiado, principal articulador e primeiro
presidente da entidade, era a referência mais significativa para a compreensão
da natureza da UDR.
"Médico,
fazendeiro, pertencente a uma tradicional família de políticos do estado de
Goiás, foi o principal defensor da autonomia da entidade como condição primeira
para mobilização, mentor dos leilões de gado como fonte da arrecadação de
recursos e partidário da violência como o instrumento mais eficaz no
enfrentamento das ocupações de terra, que começavam a ganhar importância como
forma de luta", diz o site.
¨
Flávio Bolsonaro faz
post desesperado e insinua abandono de seu pai
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou as
redes sociais para fazer uma publicação dramática e um tanto desesperada. Em
tom fúnebre, ele insinua que o seu pai foi abandonado.
"E você, vai abandonar o Bolsonaro
agora? Depois de tudo que ele já sofreu por nós, o mínimo que podemos fazer é
estar ao seu lado", questiona Flávio Bolsonaro em tom dramático.
Na sequência, ele convoca as pessoas que
ainda estão com o seu pai a comparecerem ao ato que está marcado para o domingo
(6), onde, novamente, bolsonaristas vão pedir anistia para os criminosos do 8
de janeiro.
Fonte: Correio Braziliense/Fórum

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