Conheça as
melhores maneiras de obter proteína para o seu dia a dia
A
proteína é um componente muito importante de uma dieta adequada. Talvez você
esteja familiarizado com o papel que ela desempenha ao ajudá-lo a desenvolver
músculos e a se sentir saciado após uma refeição, mas isso não é tudo o que ela
pode fazer.
“A proteína desempenha um papel crucial em
nossa fisiologia”, diz Jessica Corwin, nutricionista registrada líder da
Corewell Health, um grupo de hospitais em Michigan, nos Estados Unidos. Os
alimentos ricos em proteínas fornecem aminoácidos que o corpo usa para
construir e reparar tecidos, fortalecer o sistema imunológico e até mesmo
ajudar a regular os hormônios.
A
dose diária recomendada é baseada em seu peso corporal: cerca de 0,36 gramas
para cada quilo que você pesa. Isso equivale a cerca de 54 gramas de proteína
por dia para uma pessoa de 68 Kg.
Mas
nem sempre é fácil obter proteína suficiente, especialmente se você estiver
tentando seguir uma dieta baseada em vegetais. Pessoas diferentes também
precisam de quantidades diferentes de proteína, dependendo de seu gênero,
estado de saúde, nível de atividade e idade.
Então,
quais são as melhores fontes de proteína? Veja, a seguir, o que os
especialistas dizem.
• Quais
alimentos são ricos em proteínas?
A
carne magra e não processada é uma fonte óbvia de proteína saudável para muitas
pessoas.
“As
proteínas da mais alta qualidade são aquelas que são completas”, afirma Sharon
Collison, instrutora de nutrição clínica da Universidade de Delaware, nos
Estados Unidos. Isso significa que elas têm todos os nove aminoácidos
“essenciais” que você precisa obter dos alimentos.
A
John Hopkins Medicine (importante universidade e hospital em Baltimore,
Maryland, nos Estados Unidos) diz que a maioria das carnes – bovina, de aves,
suína e de peixe – tem em média cerca de sete gramas de proteína por 28 gramas.
Outras formas de frutos do mar, como carne de caranguejo, camarão e lagosta,
estão logo atrás, com seis gramas por 28 gramas.
Mas
os benefícios para a saúde dessas formas de proteína podem variar – “carnes
magras”, como aves e suínos, fornecem mais nutrientes, como ferro e zinco,
enquanto os peixes fornecem mais ácidos graxos ômega 3, benéficos para o
coração.
E
não se esqueça dos ovos. Eles também são “uma fonte de proteína completa”, diz
a Harvard Health Publishing. Eles têm 6 gramas de proteína por cada 28 gramas.
• Quais
são as melhores fontes de proteína de origem vegetal?
Mas
obter o tipo certo de proteína pode ser um desafio em uma dieta baseada em
vegetais. Embora várias proteínas vegetais contenham todos os nove aminoácidos
essenciais, alguns especialistas dizem que eles nem sempre estão presentes em
quantidades adequadas em uma porção padrão.
“Se
você é vegetariano ou vegano, realmente precisa se esforçar para escolher
alimentos e porções que atendam a essas metas de proteína”, afirma Collison.
Uma
salada não será suficiente, a menos que você coma muito: uma xícara de folhas
verdes tem apenas 2 gramas de proteína por xícara, de acordo com as
classificações da Johns Hopkins. A quinoa tem uma classificação mais alta, com
sete gramas para um terço de uma xícara.
Mas
as lentilhas e os feijões estão repletos delas. De acordo com a Johns Hopkins,
as lentilhas têm uma quantidade alta de 6,3 gramas a cada 100 gramas, sendo que
uma xícara de 200 gramas de lentilhas possui mais de 12 gramas de proteína.
As
nozes e as sementes de girassol têm cerca de cinco gramas por onça. As
lentilhas e os feijões – lima, rim, carioquinha, preto e canelini – são
repletos de energia proteica, com sete a nove gramas por meia xícara.
“O
feijão é uma fonte de energia incrível”, diz Hope Barkoukis, presidente do
Departamento de Nutrição da Case Western Reserve University.
• Por que
a variedade é melhor quando se trata de proteína
Então,
você deve comer ovos ou tomar shakes de proteína para se abastecer de proteína?
Não é bem assim.
Apesar
da proliferação de suplementos de proteína no mercado, os especialistas dizem
que eles podem não ser necessários se você estiver fazendo uma dieta completa:
“A proteína está em todos os grupos de alimentos, exceto nas frutas”, explica
Natalie Webb, nutricionista que trabalhou com jogadores da NBA em seus regimes
de dieta.
Os
alimentos integrais geralmente são mais saudáveis do que um produto embalado
que você pode comprar na prateleira, mesmo que você esteja querendo aumentar a
ingestão de proteínas. “Se estiver tomando apenas um suplemento – apenas
proteína ou apenas aminoácidos – você só obterá aquele nutriente”, diz Webb.
Mas
os nutrientes “trabalham juntos como uma equipe”. Os nutricionistas dizem que,
se você ingerir bastante proteína, mas economizar em outras fontes de nutrição,
seu corpo simplesmente queimará a proteína em vez de colocá-la para trabalhar
em todas as outras coisas úteis. É por isso que é importante obter proteína
como parte de uma combinação mais ampla.
Barkoukis
concorda. “A variedade é o melhor”, finaliza ela.
• Conheça
a importância das vitaminas do complexo B para a saúde
As
vitaminas do complexo B são um grupo de oito nutrientes essenciais para o bom
funcionamento do corpo humano, sendo as responsáveis por diversos processos
metabólicos, desde a produção de energia até a saúde do sistema nervoso.
Esse
grupo de vitaminas é chamado de hidrossolúvel, ou seja, são solúveis em água, e
por isso não são armazenadas em grande quantidade em nosso organismo, sendo
necessário que sua ingestão seja diária.
A
boa notícia, é que essas vitaminas são facilmente encontradas em alimentos como
carnes, peixes, ovos, grãos de cereais integrais e hortaliças verdes.
“As
vitaminas do complexo B são essenciais em uma grande série de processos
orgânicos, como no metabolismo de células, em especial, no metabolismo de
carboidratos, açúcares, na produção de energia e na saúde neurológica. Essas
vitaminas são hidrossolúveis tornando essencial o consumo regular através da
dieta para garantir as funções adequadas no organismo”, explica Maria Isabel
Correia, especialista em nutrição e coordenadora da Equipe de Terapia
Nutricional Avançada (ETERNA), na Rede Mater Dei de Saúde.
Apesar
de serem chamadas de “complexo B”, cada uma das oito vitaminas desse grupo
possui características e funções específicas no organismo. Abaixo listamos
todas elas e sua importância para a saúde.
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Conheça as 8 vitaminas do complexo B e suas funções
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B1 (Tiamina)
Ajuda
a transformar carboidratos em energia, melhora a função cerebral e muscular, e
contribui para a saúde do sistema nervoso.
Essa
vitamina está presente em cereais integrais, nozes, cortes de carnes magras de
porco, leguminosas (feijão e lentilha) e arroz integral.
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B2 (Riboflavina)
Importante
para a produção de energia, saúde da pele, mucosas e dos olhos. Atua como
antioxidante, ajudando a proteger as células do corpo contra danos oxidativos.
Ela
é encontrada em leites e seus derivados, carnes magras, ovos, amêndoas e
vegetais de folhas verdes, como espinafre e brócolis.
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B3 (Niacina)
Reduz
o colesterol ruim, melhora a circulação sanguínea e promove a saúde do sistema
digestivo e da pele.
A
B3 está presente em carnes magras como frango, peru e peixe, leguminosas, nozes
e grãos integrais.
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B5 (Ácido pantotênico)
Essencial
para o metabolismo de gorduras, proteínas e carboidratos. Auxilia na produção
de hormônios e contribui para a saúde da pele, cabelos e unhas.
Carnes
magras, peixes, ovos, leguminosas, cogumelos e abacate possuem essa vitamina.
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B6 (Piridoxina)
Atua
no sistema nervoso, regulando o humor, melhora a função cerebral e contribui
para a saúde dos ossos e do sistema imunológico. Além disso, ela ajuda na
produção de hemoglobina, que transporta oxigênio no sangue.
Também
está presente em carnes magras, peixes, leguminosas, cereais integrais, bananas
e batatas.
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B7 (Biotina)
Essencial
para o metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. Fortalece cabelos e
unhas e melhora a saúde da pele como um todo.
Pode
ser encontrada na gema do novo, nozes e sementes, peixes, carnes magras,
abacate, couve-flor e levedura de cerveja.
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B9 (Ácido fólico)
Fundamental
para a síntese e reparação do DNA e RNA, sendo importante para o
desenvolvimento do feto. Ela também ajuda na produção de glóbulos vermelhos,
prevenindo anemia.
Assim
como a maioria das vitaminas desse complexo, ela é encontrada em vegetais de
folhas verdes, leguminosas, abacate, grãos, nozes e frutas cítricas.
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B12 (Cobalamina)
É
fundamental para a saúde do sistema cardiovascular e auxilia nas funções do
sistema nervoso. Ela também é importante para o metabolismo e para a produção
de energia. A deficiência dessa vitamina pode aumentar o risco de AVC (Acidente
Vascular Cerebral).
Essa
vitamina está presente em alimentos como peixes e frutos do mar, carnes magras,
leites e ovos.
“Uma
dieta balanceada e variada pode fornecer a maioria das vitaminas do complexo B
de forma adequada, sem necessidade de suplementação na maioria dos casos”,
explica Barbara Liz Taveira dos Reis, preceptora da Especialização de
Nutrologia do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual
(Iamspe).
No
entanto, há casos em que a suplementação com vitaminas do complexo B é
indicada, podendo beneficiar e ser necessária para certos grupos de pacientes e
situações específicas.
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Quando é preciso fazer suplementação de vitaminas do complexo B?
Veja
abaixo os casos nos quais a suplementação é indicada.
1. Dieta
inadequada: dietas pobres em nutrientes ou dietas restritivas como vegetarianas
e veganas podem precisar de suplementação, principalmente de vitamina B12, que
é encontrada com mais frequência em produtos de origem animal.
2. Distúrbio
alimentar: pessoas que sofrem de anorexia ou bulimia podem ter deficiência de
vitaminas do complexo B devido à ingestão inadequada de alimentos, como nas
dietas restritivas.
3. Idosos:
o envelhecimento pode reduzir a capacidade do corpo de absorver vitamina B12,
tornando a suplementação muitas vezes necessária.
4. Grávidas
e lactantes: As necessidades de vitaminas do complexo B, especialmente B9
(ácido fólico), aumentam durante a gestação e a lactação. O ácido fólico é
essencial para a prevenção de defeitos do tubo neural no feto.
5. Doenças:
Certas condições de saúde, como anemia perniciosa, doença celíaca, doença de
Crohn e outras condições gastrointestinais, podem afetar a absorção das
vitaminas do complexo B, sendo necessária a suplementação.
6. Estresse:
Situações de estresse crônico podem aumentar a necessidade de vitaminas do
complexo B, que estão envolvidas na função do sistema nervoso e na produção de
energia.
7. Consumo
de álcool: O álcool pode interferir na absorção e na utilização das vitaminas
pelo corpo, levando à necessidade de suplementação.
É
importante ressaltar que o consumo de suplementos vitamínicos deve ser feito
apenas com orientação médica, já que doses acima do recomendado podem trazer
efeitos colaterais.
“É
raro ter excesso dessas vitaminas no corpo por conta de elas serem
hidrossolúveis, mas quando ingeridas em grande quantidade por meio de
suplementos podem causar diarreia, irritabilidade, sobrecarga do rim e danos ao
fígado. Vai depender muito de qual tipo de vitamina está em excesso”,
acrescenta Correia.
• Vitaminas
e minerais essenciais: o que são e quando vale a pena a suplementação?
Diante
da oferta de suplementos de vitaminas e minerais disponível hoje, uma dúvida é
certa: quando é realmente preciso consumir tais produtos?
Como
vitaminas e minerais essenciais destacamos a importância da suplementação da
vitamina D, porque infelizmente é muito comum níveis mais baixos. A vitamina D,
na verdade, é um hormônio que está ligado a diversos fatores no organismo,
desde a prevenção de doenças autoimunes, diabetes, depressão, melhora de
imunidade e prevenção de cânceres; é uma vitamina muito importante, sendo comum
ela se apresentar em níveis insuficientes.
Às
vezes o indicador está acima de 30, que é referência do exame, mas esse não é
um valor considerado ótimo. Como nutricionista integrativa com uma visão
preventiva focada em longevidade, recomendo sempre otimizar os índices de
vitamina D, sendo a suplementação útil, especialmente para quem não consegue
tomar sol com frequência.
Em
seguida, o magnésio, chamado de “mineral mãe” em nutrição, dos mais
importantes, ligado a diversas funções no organismo, incluindo efeito calmante,
gerenciamento do humor, melhora do sono e de quadros de ansiedade, saúde
intestinal, além da importância na saúde óssea. São diversos tipos de magnésio,
com diversas funções, sendo muito comum sua carência, já que o solo é muito
pobre na substância.
Outro
foco de atenção é a vitamina C, que para algumas pessoas é bem difícil atingir
a quantidade adequada, a não ser quem consuma uma quantidade de frutas cítricas
bem alta, então, dependendo do caso, vale a pena complementar.
O
mesmo vale para Ômega 3, uma gordura essencial que não produzimos naturalmente
e muitas vezes não conseguimos obter através da alimentação. Esse nutriente
pode prevenir doenças cardiovasculares, melhorar funções cognitivas e memória,
sendo considerado um nutriente bem completo.
Já
a suplementação de outras vitaminas ou minerais vai depender de um olhar mais
individualizado, caso da vitamina B12, na forma de metil cobalamina, cuja
carência deve ser avaliada no exame de sangue, sempre conciliando com
sintomologia. O mesmo vale para selênio e zinco, que são importantes para a
saúde da tireoide e para o ferro, essencial, com muitas mulheres apresentando
índices baixos, que gera cansaço e dificuldades na realização de atividades
físicas, sendo adequada a suplementação apenas em caso de carência, já que em
excesso é oxidativo.
Lembramos
sempre que toda suplementação deve ser feita com orientação. Às vezes o excesso
de uma determinada vitamina pode depletar outras, desequilibrar ou mesmo causar
sobrecargas no organismo. Tomar suplementos por conta própria pode causar
prejuízos para a saúde, especialmente para quem tenha uma doença prévia e não
saiba. A suplementação ideal é desenvolvida de forma personalizada, com o
acompanhamento de um profissional da área da saúde.
Fonte:
National Geographic Brasil/CNN Brasil
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