Por que o
Brasil é uma "mina de ouro" para casas de apostas
Entre
as décadas de 1930 e 1940, o Brasil era como um paraíso dos cassinos. Mais de
70 casas funcionavam no país, e os jogos de azar faziam parte da cultura
nacional. No dia 30 de abril de 1946, entretanto, essa realidade mudou
abruptamente. Pelo menos de forma legal. Sob o argumento de que esse mercado
feria a “tradição moral, jurídica e religiosa” do brasileiro, o então
presidente Eurico Gaspar Dutra assinou um decreto proibindo a prática.
Quase
80 anos depois, o cenário é outro. Mesmo diante de um Congresso considerado
conservador, o Brasil reabriu as portas para o mundo das apostas, legalizadas
em 2018, com a Lei 13.756. Desde então, o país vive um novo “boom” desse
mercado, agora de apostas online.
O
setor deve ser regulamentado e fiscalizado a partir de janeiro de 2025. O
Ministério da Fazenda já tem 182 pedidos de empresas interessadas em obter
licença para operar no país, de acordo com o Sistema de Gestão de Apostas.
Somente entre setembro e o primeiro dia de outubro, foram 70 novos pedidos.
O
interesse é de empresas nacionais e multinacionais da área, como MGM Grand e
Caesars Palace, que atuam no mercado de cassinos físicos em Las Vegas, nos
Estados Unidos.
Na
outra ponta, as apostas online estão fincando raízes na rotina da população.
Uma pesquisa do Instituto DataSenado, publicada nesta terça-feira (01/10),
mostra que 13% dos brasileiros com 16 anos ou mais, cerca de 22 milhões de
pessoas, declararam ter participado de “bets” no último mês.
Outro
levantamento da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) já havia
mostrado que 63% de quem aposta no país compromete a renda para jogar. Já um
levantamento do Banco Central (BC) revelou que inscritos no Bolsa Família
teriam direcionado cerca de R$ 3 milhões para as bets apenas via Pix em agosto.
Esse
último estudo vem sofrendo contestação, porém todos esses dados são termômetro
da nova onda que já posiciona o Brasil, de acordo com a empresa especializada
em análise de dados Comscore, como o terceiro mercado mundial em consumo de
casas de apostas, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Pesquisadores
e integrantes do setor creditam a atratividade do mercado de apostas brasileiro
a uma série de fatores, entre eles o apelo a uma paixão nacional, o futebol; o
atraso em regulamentar a área; a possibilidade turística para cassinos físicos;
o tamanho da população economicamente ativa; e a desigualdade social existente
no país.
“O
Brasil não é só um mercado interessante, ele é considerado uma das joias da
coroa do mercado de aposta mundial, principalmente se levarmos em consideração
que o país está sem jogo legalizado há quase 80 anos”, defende Magno José,
presidente do Instituto Brasileiro Jogo Legal (IJL).
• Sites
deverão sair do ar em dez dias
Nesta
terça-feira (01/10), o Ministério da Fazenda publicou uma lista com todas as
empresas de bets e apostas aptas a operar no Brasil até dezembro. A lista
inclui 89 empresas com respectivamente 193 bets (marcas) que vão continuar
operando no país. O governo federal também solicitou informações aos estados,
que registraram seis empresas com respectivamente seis bets.
Todos
os outros sites que não foram incluídos na lista não poderão mais divulgar
ofertas e serão proibidos no país. Eles permanecerão no ar por dez dias, para
facilitar o pedido de devolução do dinheiro de apostadores. A partir de 11 de
outubro, eles começarão a ser derrubados, com auxílio da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel).
Aqueles
que não pediram autorização de licença ao ministério passarão a ser
classificados como ilegais. Quem solicitou atuar no Brasil, mas não estava
funcionando ainda, deverá aguardar até 2025. Até lá, a pasta analisará todos os
pedidos de licenciamento.
"A
medida proporciona mais segurança para a sociedade e para as empresas que
querem operar adequadamente no Brasil. Com isso, protegemos a saúde mental e
financeira dos jogadores", ressaltou Regis Dudena, secretário de Prêmios e
Apostas do ministério, em nota.
• O peso
da falta de regulamentação
A
lei de 2018 previa uma regulamentação para o setor de apostas entre dois a no
máximo quatro anos, mas apenas em fevereiro de 2023 o país começou a
estabelecer as regras de funcionamento das bets esportivas e jogos similares.
Para
tanto foi criada uma agenda regulatória, que incluiu a publicação de 11
portarias até setembro deste ano com normas para licenciamento, marketing,
fiscalização, entre outras.
O
governo federal havia estabelecido que a partir de janeiro iria banir as
empresas que não tivessem a licença de operação concedida, mas pesquisas
apontando o dano financeiro e de saúde na população, bem como investigações
sobre lavagem de dinheiro envolvendo o mundo das bets e influenciadores
digitais, anteciparam a medida.
Representantes
do setor, Magno José, defendem que a ausência de regulamentação foi o que
catapultou o Brasil no mercado internacional de jogos de azar. Ele estima que
haja mais de 2 mil sites em funcionamento. Para José, os recursos que poderiam
ter sido investidos na compra de outorgas e gerar tributos ao Estado acabaram
direcionados para publicidade e marketing, o que tornou o mercado selvagem e
nocivo, além de permeado por sites ilegais.
De
acordo com o professor do Departamento de Sociologia e Metodologia e Ciências
Sociais da Universidade Federal Fluminense (UFF) Marcelo Pereira de Mello, a
ausência de regras no mínimo facilitou uma corrida para abrir empresas da área.
“Uma regulamentação frouxa e a falta de experiência da gestão pública serviram
como estímulo para a criação de muitas empresas de fundo de quintal”, afirma.
• O
interesse político
O
Brasil vive historicamente uma relação de amor e ódio com os jogos de azar.
Tanto que a proibição de Dutra, em 1946, não foi a única a ocorrer no país. Por
outro lado, a inexistência dos cassinos online nunca limitou totalmente os
jogos de azar, que permaneceram ocorrendo por vias lícitas ou ilícitas, seja na
loteria federal ou com o jogo do bicho.
De
acordo Mello, do ponto de vista sociocultural não há nada que faça o brasileiro
ser mais propenso a jogar em comparação a outros mercados mundiais. “Aqui se
joga como em qualquer outro país. Os jogos de aposta são uma tradição das
sociedades humanas, de maneira geral”, diz.
Autor
do livro Criminalização dos Jogos de Azar - A História Social dos Jogos de Azar
no Rio de Janeiro, Mello ressalta inclusive que o Brasil sempre viu os jogos de
azar pela perspectiva conservadora. Contudo, ele lembra também que esse tipo de
negócio sempre esteve vinculado a políticos.
“Pode
parecer um paradoxo, mas isso é explicado por outra característica da política
brasileira, que é o fisiologismo. Houve uma intensa atuação de lobbies
relacionados a apostas, com promessas de favorecimento a diversos grupos dentro
do Congresso Nacional”, acrescenta.
• Paixão
nacional como motor
Outro
fator apontado como importante nessa equação é a paixão do brasileiro por
futebol, já que as apostas em eventos esportivos representam parte
significativa desse mercado. Empresas do setor começaram a realizar propaganda
em diversos eventos desde 2018 e patrocinam pelo menos 30 clubes das séries A e
B do Campeonato Brasileiro, incluindo Flamengo e Corinthians.
“É
um mercado novo, que explora uma paixão nacional. As pessoas podem pensar que
aquilo não é um jogo de azar, mas de conhecimento técnico sobre o esporte, o
time, os jogadores”, afirma Mello. De acordo com José, 80% dos apostadores
brasileiros são considerados recreativos, ou seja, que apostam em pequenas
quantias. “É aquela coisa de mandar no grupo de amigos que apostei no time que
ganhou”, diz.
Daniel
Dias, professor da FGV Direito Rio de Janeiro, lembra, contudo, que faltam
dados comparativos com outros países para cravar se a paixão do brasileiro por
futebol move mais apostas do que em outros países onde acontece o mesmo
fenômeno.
“Independentemente
disso, é uma novidade, e tudo o que é novo atrai atenção. Além disso, o mundo
das bets está entrando com muita publicidade agressiva”, diz Dias.
Com
a regulamentação do mercado, as bets vão precisar ter sede no Brasil e
licenciamento para seguir patrocinando os times de futebol e outros eventos
esportivos. Em outros países, como no Reino Unido, o patrocínio das casas de
apostas foi proibido de ser estampado nas camisas dos clubes a partir de 2026.
“A
gente vê grandes jogadores de futebol, da seleção, vinculando suas imagens às
apostas esportivas. Além disso, a gente tem anúncio em tudo quanto é canto, num
ambiente sem categorização de idade”, afirma Rodrigo Machado, psiquiatra e
coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria
da Universidade de São Paulo (USP).
• Espaços
físicos em locais paradisíacos
Em
1920, o então presidente Epitácio Pessoa chegou a liberar os cassinos, mas só
em balneários, para fomentar o turismo e custear o saneamento básico no
interior. Mas tanto os estados quanto o Governo Federal fecharam vários dos
hotéis-cassinos, que só voltaram a ser estimulados a partir de 1930, durante o
governo de Getúlio Vargas.
Agora,
com o mercado online efervescente, há a expectativa de que o país também volte
a aceitar os espaços físicos de apostas. E ter um litoral vasto é considerado
um ativo interessante para a eventual instalação de cassinos físicos.
O
Congresso discute um projeto de lei para regulamentar o jogo do bicho, a
corrida de cavalo e os cassinos. O texto do PL 2.234, de 2022, é uma versão do
PL 442, que tramitava desde 1991 e foi aprovado na Câmara dos Deputados em
2022. O documento está em tramitação no Senado, com última movimentação no
início de agosto deste ano.
Representantes
de empresas com atuação em Las Vegas, como o presidente da Caesars Sportsbook
no Brasil, André Feldman, têm realizado encontros com senadores e integrantes
da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda.
Segundo
a ferramenta Agenda Transparente, da Agência Fiquem Sabendo, Feldman realizou
pelo menos três encontros com representantes do Executivo e Legislativo desde
2023. A última delas no dia 4 de setembro, com o senador Rogério Carvalho
(PT/SE) e integrantes do MF. Já Alex Pariente, vice-presidente sênior do Hard
Rock International para hoteis e cassinos, encontrou-se em maio com
representantes do MF.
“Estamos
num país que tem muitas belezas naturais, então, se forem aprovados os cassinos
presenciais, é um mercado fantástico para instalar resorts e cassinos e
fomentar o jogo de azar presencialmente”, lamenta Machado.
• Desigualdade
social como pano de fundo
A
pesquisa do DataSenado mostra que o perfil principal de apostadores no Brasil
são pessoas do sexo masculino, entre 16 e 39 anos, que ganham até dois
salários-mínimos. Entre as pessoas que apostaram, cerca de 58% estão com
dívidas em atraso há mais de 90 dias.
Os
dados corroboram as pesquisas já divulgadas pela SBCV e o Banco Central sobre o
perfil de quem está se tornando consumidor nesse mercado. Para os pesquisadores
entrevistados pela DW, são estatísticas que revelam o papel da desigualdade
social na proliferação das bets.
“A
camada social mais pobre é mais vulnerável a esse tipo de atividade, pois são
pessoas que muitas vezes estão endividadas ou querendo fazer uma grana extra,
que estão com a corda no pescoço”, afirma Dias.
Mello
ressalta também as desigualdades educacionais como fato. “No Brasil, os mais
pobres são também os que têm menos escolaridade formal. Essas empresas prometem
enriquecimento, mudança de padrão de vida a uma população desesperançada.
Então, a expectativa de ascensão social se dá por esse meio”, diz.
• Regularização
das bets: o que já mudou e quais os próximos passos para apostadores e empresas
O
Ministério da Fazenda divulgou nesta terça-feira, 1º de outubro, uma lista com
as empresas de apostas online que pediram à pasta autorização para operar no
País. Desde esta data, apenas as bets que constam da lista estão autorizadas a
operar no Brasil. As demais estão vetadas de oferecer apostas e permanecerão no
ar até o dia 10 deste mês para que os clientes possam fazer a retirada dos seus
valores. Mesmo após esse prazo, as empresas estão obrigadas a devolver as
quantias, independentemente de estar fora do ar.
No
total, são 193 marcas de 89 empresas autorizadas a operar nacionalmente. Além
delas, há mais seis casas de apostas autorizadas pelos Estados do Paraná e do
Maranhão a operar no limite de seus territórios.
O
mercado regulado desse tipo de apostas no Brasil só começa a valer mesmo no dia
1º de janeiro de 2025. Por ora, para as empresas autorizadas, nada muda, já que
elas poderão continuar a oferecer as apostas para os clientes assim como já
estavam fazendo, até que a Secretaria de Apostas e Prêmios do Ministério da
Fazenda dê a resposta sobre quais terão a "autorização definitiva".
Já
para as que não estão na lista acima, a situação muda. Além de não poderem
oferecer as apostas e serem obrigadas a manter os seus sites abertos até o dia
10 para que os clientes possam solicitar a retirada dos valores que têm
depositados, elas terão os domínios de internet derrubado pela Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações). É o que acontece atualmente com o X, ex-Twitter,
proibido de operar no Brasil.
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Entenda o que ocorre com as empresas autorizadas
A
lista divulgada pelo Ministério da Fazenda funciona, na prática, como uma
autorização prévia. Até o dia 31 de dezembro deste ano, aquelas que entraram
com pedido até o dia 20 de agosto têm a garantia de que terão os seus processos
analisados. As demais, não.
O
prazo de 20 de agosto ocorre porque essa foi a data em que o governo federal
estabeleceu o prazo de 150 dias para análise dos documentos, que se encerra no
fina deste ano. Aquelas que apresentaram os pedidos até o dia 17 de setembro,
um total de 112 empresas, também serão analisadas, porém, deverão esperar por
até 150 dias, prazo que expira em meados de fevereiro do ano que vem, um mês
após a entrada em vigor das novas regras.
Mesmo
que uma empresa esteja na lista de "autorização prévia", ela pode vir
a ser considerada ilegal a partir do dia 1º de janeiro de 2025, se o seu
processo não for analisado até o final do ano.
Além
de avaliar os documentos apresentados, as empresas, para conseguirem ser
"aprovadas em definitivo" terão que pagar a outorga de R$ 30 milhões
para começar a funcionar. Além disso, a partir de janeiro, precisam cumprir
todas as regras do mercado regulado, que incluem, entre outras coisas, medidas
de combate à fraude, à lavagem de dinheiro e à publicidade abusiva.
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Cronograma
O
prazo de 20 de agosto ocorre porque essa foi a data em que o governo federal
estabeleceu o prazo de 150 dias para análise dos documentos, que se encerra no
fina deste ano. Aquelas que apresentaram os pedidos até o dia 17 de setembro,
um total de 112 empresas, também serão analisadas, porém, deverão esperar por
até 150 dias, prazo que expira em meados de fevereiro do ano que vem, um mês
após a entrada em vigor das novas regras.
O
Ministério da Fazenda recomenda a quem pediu autorização, mas que ainda não
esteja atuando, a aguardar para iniciar a operação em janeiro.
Novos
pedidos continuam a ser aceitos. Porém, a pasta lembra que todos terão que
esperar o prazo de 150 dias para análise. Veja abaixo um resumo do cronograma.
#
1º de outubro: data de início da suspensão de apostas pelas bets consideradas
irregulares;
#
10 de outubro: fim do prazo para que as bets mantenham os sites no ar para que
os clientes façam os saques:
#
31 de dezembro: fim do prazo para que as empresas que entraram com pedido até o
dia 20 de agosto tenham os seus processos analisados:
#
1º de dezembro de 2025: início da operação das bets que forem consideradas
regulares e proibição de operação daquelas que tenham dado entrada no pedido
mas não tiveram os seus processos analisados por terem entrado com a
solicitação após a data de 20 de agosto.
• Influenciador
é preso suspeito de lavagem de dinheiro e de lucrar R$ 1 milhão por mês com
jogos de azar
O
influenciador digital “GeBe”, de 26 anos, está preso desde segunda-feira, 30,
em Belo Horizonte (MG). Com 2,3 milhões de seguidores no Instagram, ele é
suspeito de cometer quatro crimes: exploração de jogos de azar, lavagem de
dinheiro, falsidade ideológica e sonegação fiscal.
Segundo
a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o influenciador foi preso em um
condomínio de luxo, em Nova Lima, na Região Metropolitana da capital mineira.
Durante a operação, foram apreendidos dois veículos de luxo, avaliados em R$ 4
milhões, além de celulares e computadores.
O
delegado Magno Machado, do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e
Fraudes, revelou que o suspeito faturava
aproximadamente R$ 1 milhão por mês promovendo jogos de azar, como o jogo do
'Tigrinho'.
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Esquema criminoso
De
acordo com o delegado, assim como outros influenciadores, ele atuava como
''garoto-propaganda'' das plataformas de apostas, geralmente hospedadas no
exterior.
"Essas
plataformas firmam contrato com os influencers e pagam comissões baseadas nas
perdas dos jogadores. Quanto mais os apostadores perdem, mais o influenciador
ganha", explicou Machado.
As
investigações começaram no início do ano com o monitoramento dos principais
influenciadores envolvidos em atividades suspeitas, e o investigado estava
sendo acompanhado desde maio.
O
delegado relatou que o suspeito chegou a publicar vídeos em suas redes sociais
confessando a lavagem de dinheiro. "Temos vídeos dele contando dinheiro, e
um interlocutor perguntando o que ele estava fazendo. Ele responde que possui
uma lavanderia para lavar dinheiro", contou o delegado.
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Alerta
Machado
também fez um alerta aos usuários desses jogos ilegais. Segundo ele, em
plataformas legalizadas, a taxa de retorno ao apostador é de mais de 90%, ou
seja, de cada R$ 100 jogados, o apostador pode receber ao menos R$ 90 de volta.
"Já
nos jogos ilegais, a taxa de retorno é de apenas 0,23%, ou seja, de cada R$ 100
apostados, o jogador pode ganhar apenas 23 centavos. O lucro desses
influenciadores está na perda dos apostadores", enfatizou.
Fonte:
DW Brasil/Agencia Estado/Terra
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