sábado, 20 de abril de 2024

Quais são as 3 universidades da América Latina entre as 100 melhores do mundo

Na lista das 100 melhores universidades do mundo, uma delas é brasileira e somente outras duas também são da América Latina.

A lista de 2024 elaborada pela empresa de análise Quacquarelli Symonds (QS) é liderada mundialmente pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA, o MIT), seguido pela Universidade de Cambridge e pela Universidade de Oxford, ambas no Reino Unido.

O ranking QS é um dos mais prestigiados do mundo. O principal fator que ele leva em consideração é a reputação acadêmica, mas inclui também outras métricas como o número de docentes por aluno.

Os avaliadores analisaram mais de 17 milhões de artigos acadêmicos e as opiniões de mais de 240 mil professores e especialistas para elaborar a lista, que é publicada há duas décadas.

Este ano, incorporaram nas suas métricas as oportunidades de emprego proporcionadas pelas instituições acadêmicas e pelas redes internacionais de pesquisas que possuem.

<<< 10 melhores universidades do mundo

  • Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA
  • Universidade de Cambridge, no Reino Unido
  • Universidade de Oxford, no Reino Unido.
  • Universidade de Harvard, nos EUA
  • Universidade de Stanford, nos EUA
  • Imperial College de Londres, no Reino Unido
  • Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH), na Suíça
  • Universidade Nacional de Cingapura (NUS), em Cingapura
  • University College de Londres (UCL), no Reino Unido
  • Universidade da California, em Berkeley, nos EUA

As três universidades latino-americanas entre as 100 melhores do mundo

·        1. Universidade de São Paulo (USP)

A Universidade de São Paulo (USP), fundada em 1934 após a unificação de diversas faculdades já existentes, é hoje a maior e mais prestigiada universidade do Brasil, com mais de 65,7 mil alunos, segundo o levantamento do QS World University Rankings.

A USP, que ocupa o 85º lugar no ranking mundial, é uma universidade pública e gratuita, financiada principalmente pelo Estado de São Paulo, além de um grupo de empresas e parte do orçamento nacional.

A universidade vem subindo posições na lista nos últimos anos, passando do 121º lugar em 2022 para o 85º este ano.

A sua reputação acadêmica é uma das mais elevadas, assim como a sua rede internacional de pesquisa e os seus resultados em termos de colocação profissional.

Em 2023, a USP lançou 50 bolsas de pós-doutorado exclusivas para pesquisadores negros, em um país onde 56% da população se identifica dessa forma, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além disso, aqui no Brasil, há mais de uma década existe o sistema de cotas que reserva metade das vagas para alunos provenientes de escolas públicas, o que tem sido considerado um marco nas mudanças no sistema educacional brasileiro.

·        2. Universidade Nacional Autônoma do México

Alguns lugares abaixo, a Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) ocupa a 93ª posição, tendo também melhorado sua posição nos últimos anos.

Fundada em 1910 como uma universidade nacional, seus quase 160 mil alunos – mais de 4,2 mil deles estrangeiros –, segundo dados do QS World University Rankings, a tornam a maior da América Latina e do mundo.

A UNAM tem três vencedores do prêmio Nobel entre seus ex-alunos.

·        3. Universidade de Buenos Aires

A Universidade de Buenos Aires (UBA), embora tenha caído em um ano do 67º para o 95º lugar, é uma das melhores universidades da América Latina.

Fundada em 1821 na Argentina, é uma universidade pública gratuita onde se formaram cinco ganhadores do prêmio Nobel.

Dos seus mais de 117.000 estudantes, 29.500 são estrangeiros, de acordo com o QS World University Rankings — a maior proporção de estudantes estrangeiros entre as instituições de ensino da região.

A Universidade de Buenos Aires enfrenta uma situação delicada devido à decisão do governo argentino de estender o mesmo orçamento de 2023 para 2024 num país com uma inflação interanual de 276%.

Na semana passada, o conselho superior da universidade declarou emergência orçamental e convocou uma manifestação em defesa da instituição acadêmica para o próximo dia 23 de abril.

 

Ø  Como funciona seleção unificada de universidades para participantes do Enem

 

Neste ano, o Sisu contará com 264.360 vagas, distribuídas entre 127 instituições de educação superior.

·        O que é o Sisu?

Criado em 2009, o Sisu é uma das políticas de acesso ao ensino superior do Ministério da Educação (MEC), pelo qual as universidades públicas oferecem vagas a estudantes que fizeram o Enem.

A seleção costumava acontecer duas vezes por ano: uma no início do primeiro semestre e a outra no início do segundo semestre. Agora, em 2024, haverá apenas uma seleção, em janeiro.

O processo seletivo é totalmente automatizado e utiliza as notas do Enem para classificar os candidatos.

·        Quem pode participar?

Para concorrer a uma vaga no Sisu 2024, é preciso ter feito o Enem 2023 e ter tirado nota acima de zero na prova de redação.

Quem fez o Enem como "treineiro", ou seja, que ainda não concluiu o ensino médio, não está apto a concorrer.

·        Como se inscrever

As inscrições, que vão de 22 a 25 de janeiro, são gratuitas e devem ser feitas pelo site do Sisu — é preciso ter em mãos o número de inscrição do Enem e a senha cadastrada.

O candidato deve escolher até duas opções de curso, indicando a ordem de preferência, as universidades pretendidas, o turno e modalidade de concorrência (ampla concorrência, cotas ou ações afirmativas).

As opções de curso podem ser alteradas enquanto o período de inscrições estiver aberto — o Sisu considera válida a última opção registrada pelo estudante.

Caso o candidato tenha um desempenho que permita ser selecionado para ambos os cursos, prevalecerá a primeira opção.

·        Como é feita a seleção?

Os candidatos são selecionados com base na nota do Enem, no número de vagas em cada curso e na modalidade de concorrência.

Algumas instituições de ensino exigem uma média e/ou nota mínima em determinada prova do Enem para que o candidato se inscreva em certos cursos.

Um curso de medicina, por exemplo, pode exigir uma média (soma de todas as notas obtidas nas provas do Enem, dividida por cinco) mínima igual ou superior a 560 pontos, e nota mínima de 400 pontos em Ciências da Natureza.

Além disso, as universidades podem dar pesos diferentes às notas das provas do Enem — para um curso de física ou química, pode ser que a nota de Ciências da Natureza tenha mais peso, por exemplo.

Desta forma, a nota do candidato pode variar dependendo do curso para o qual ele está concorrendo.

Enquanto durar o período de inscrição, o estudante pode consultar a sua classificação parcial, calculada com base nas notas dos candidatos inscritos na mesma opção.

Ela pode variar conforme novos candidatos forem se inscrevendo. Por isso, especialistas recomendam que os alunos entrem diversas vezes no site do Sisu durante a janela de inscrições e testem diferentes cenários (diferentes cursos em mais de uma instituição de ensino) com suas notas, para vislumbrarem diferentes possibilidades de ingresso na universidade com sua nota do Enem.

·        O que é a nota de corte?

A nota de corte nada mais é do que a menor nota para ficar entre os selecionados na modalidade de concorrência escolhida de determinado curso.

Ela é calculada conforme o número de vagas e o total de candidatos inscritos.

O estudante pode, portanto, acessar o sistema diariamente para ter uma ideia se a disputa por determinada vaga ainda é viável ou se deve alterar sua opção de curso para aumentar as chances de ser selecionado.

Segundo o MEC, a nota de corte serve apenas como uma referência para auxiliar o candidato a monitorar sua inscrição — e não representa uma garantia de que o estudante será selecionado.

·        Simulador de notas

O MEC disponibiliza um simulador de notas de corte do Sisu online, que permite aos candidatos consultarem as notas de corte de edições anteriores.

·        Resultado

O candidato pode acompanhar sua inscrição e ter acesso às classificações parciais e notas de corte por meio do site ou aplicativo do Sisu, disponível para Android e IOS.

O resultado da primeira chamada será divulgado no dia 30 de janeiro.

Quem não for convocado tem a opção de entrar na lista de espera.

Para isso, deve manifestar interesse entre 30 de janeiro e 7 de fevereiro de 2024.

·        Lista de espera

Para participar da lista de espera, o candidato não pode ter sido selecionado para nenhuma de suas opções de curso.

É importante lembrar que não se trata de um processo automático — os estudantes precisam manifestar interesse em integrar a lista de espera.

No caso da lista de espera, o MEC lembra que a convocação para a matrícula cabe às próprias instituições de ensino.

Desta forma, é importante que os candidatos acompanhem as convocações da lista de espera junto às universidades.

 

Fonte: BBC News Brasil

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