sábado, 20 de abril de 2024

Malafaia sobe o tom e parece querer ser preso junto com Bolsonaro

Na linha do ex-presidente Collor, que apelou ao povo que comparecesse a uma manifestação em sua defesa no caso de seu impeachment ("Não me deixem só!"), o pastor Silas Malafaia, dia a dia, sobe o tom contra o STF, especialmente o ministro Alexandre de Moraes.

Percebendo que todos os caminhos dos processos na Justiça levam Bolsonaro para a cadeia, Malafaia parece querer fazer companhia ao ex-presidente e provoca Alexandre de Moraes para ir para a Papuda também.

Como o ministro tem mais o que fazer e o ignora solenemente, o pastor sobe o tom, ficando cada vez mais agressivo, sentindo falta talvez da enquadrada que lhe deu o jornalista Ricardo Boechat.

No dia da manifestação em favor de Bolsonaro na Avenida Paulista em fevereiro, Malafaia já havia feito críticas ao Judiciário.

Agora, segundo a Folha, Malafaia afirma que o discurso em São Paulo com críticas ao tribunal foi "água com açúcar" perto do que fará no próximo domingo, no evento marcado estrategicamente na praia de Copacabana.

"Em São Paulo meu discurso foi água com açúcar", diz o religioso. Na ocasião, ele criticou Alexandre de Moraes e disse que era "uma vergonha" e "uma afronta" declarações do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, afirmando que "nós derrotamos o bolsonarismo".

•        Bolsofaia ou Malanaro

Na mesma linha vai o ex-presidente Jair Bolsonaro, que convoca seus apoiadores para uma manifestação em defesa da democracia e do Estado democrático de Direito e da liberdade de expressão. Tudo o que seria abolido no Brasil, caso o golpe que ele tentou dar tivesse êxito.

Se não vivêssemos num Estado democrático de Direito, Bolsonaro já estaria preso há muito tempo e não respondendo em liberdade aos inúmeros processos em que é investigado.

Se não tivéssemos liberdade de expressão, Bolsonaro e Malafaia não estariam criticando a "falta de liberdade de expressão", porque seriam censurados — e presos, torturados e até mortos, como na ditadura militar 1964-1985 de que são saudosos.

O que pretendem é pegar carona no foguete de Elon Musk, que teve interesses contrariados no Brasil, e na extrema direita mundial para convulsionar o mundo e oferecerem um governo ditatorial, policialesco e miliciano como alternativa. Exatamente como agem os grupos milicianos.

Pelos BOs colados em Bolsonaro — organização, planejamento e execução de golpe de Estado frustrado, falsificação de vacinas, roubo de joias, divulgação de medicamentos ineficazes contra a Covid, etc —, só pelo fato de ainda estar em liberdade é prova de que vivemos numa democracia plena, com todos tendo seus direitos respeitados, até aqueles que queriam nos tirar esses direitos, através de um golpe de Estado.

Bolsonaro e Malafaia contam com o jornalismo declaratório da mídia comercial, house organ do Mercado, para continuarem mentindo sem contestação e alimentando seus fanáticos seguidores, muitos deles hoje na Papuda, enquanto a dupla segue dizendo que não têm liberdade de expressão.

O melhor comentário sobre os dois foi feito pelo próprio Malafaia, quando consagrou Bolsonaro candidato.

 Se o mito e seu pastor querem ir para a Papuda juntos, chegará o tempo dos dois, se for feita Justiça.

¨      Bolsonaro vai ficar em um hotel; Michelle e Valdemar Costa Neto em outro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua esposa, Michelle Bolsonaro (PL), pretendem ficar em hotéis diferentes no Rio de Janeiro durante o ato convocado para o próximo domingo (21). Eles reservaram hotéis no bairro de Copacabana, a uma distância de 1,3 quilômetro um do outro, segundo informações da coluna de Lauro Jardim, no Globo.

Bolsonaro ficará hospedado no Pestana Rio Atlântica. Ele chega nesta sexta-feira e deve dormir em sua casa na Barra da Tijuca para, no sábado, seguir para Copacabana para ficar próximo da manifestação.

Michelle, por sua vez, chega no sábado à capital fluminense e, por conta disso, reservou o Fairmont. Segundo aliados, esse seria um dos motivos pelos quais o casal ficará em locais distintos, além de estar cada um com suas equipes.

Curiosamente, ela fica no mesmo hotel que Valdemar Costa Neto, pois ele e Bolsonaro não podem ter contato, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Michelle, de acordo com um interlocutor, “não tem paz quando estão no mesmo hotel”, por conta da grande quantidade de gente que o persegue, principalmente no Rio.

Segundo informa o advogado Roberto Bertholdo em sua conta do X, antigo Twitter, a diária do Hotel Fairmont, um 6 estrelas, custa R$ 4.500,00, enquanto ado Hotel Pestana, um 4 estrelas, custa R$ 2.150,00.

 

Ø  Preso por caixa 2, ex-coronel da PM-SP diz que toda a corporação é corrupta

 

Preso e apontado como o chefe de um dos maiores esquemas de corrupção da história da Polícia Militar de São Paulo, o ex-tenente-coronel José Afonso Adriano Filho deu uma entrevista nesta quinta-feira (14) à Folha de S Paulo onde diz que todas as unidades da corporação são corruptas e fazem um esquema de caixa 2 semelhante ao que o levou preso.

“Todas as unidades gestoras e executoras da PM têm caixa 2. Todas as 104. Quem falar que não está mentindo”, disse o ex-coronel em seu primeiro pronunciamento ao público desde que o caso foi revelado, em 2015.

Ele está preso na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, exclusiva para detentos oriundos das forças de segurança. Condenado por peculato em dois processos, foi acusado de cometer fraude em licitações que atenderiam ao comando da corporação. Sua pena supera os 52 anos de prisão.

As acusações que o levaram para trás das grades em 2017 apontam que o então tenente-coronel organizava licitações para o comando da corporação que eram vencidas por empresas que ele mesmo criava. O detento, no entanto, afirma que que os beneficiários do esquema são muitos. Mais precisamente 27 oficiais que recebiam a grana obtida pelas licitações fraudulentas.

O esquema de Adriano funcionou entre 2005 e 2012 e teve a capacidade de desviar mais de R$ 2 milhões para as contas particulares dos oficiais beneficiados. À Folha ele disse que os colegas formavam fila na porta da sua sala no Comando-Geral da PM para receberem os valores em espécie. A movimentação era tanta que o ex-coronel se deu o apelido de “BNDES dos coronéis”.

E o autointitulado “BNDES dos coronéis” também emitia comprovantes da entrega dos valores aos oficiais, conforme demonstrado na entrevista. Os valores repassados estavam em nome da Comercial das Províncias, uma das empresas montadas pelo esquema. Segundo o ex-coronel, seria fácil para a Corregedoria rastrear os repasses. No entanto, o órgão jamais apurou o caso antes que fosse a público.

Quando foi preso, tentou negociar uma delação premiada sem sucesso. Conforme contou nesta jornada, todos os comandantes da PM tinham conhecimento do esquema de corrupção e até parentes dos oficiais pediam alguma grana. Entre eles a esposa do coronel Alvaro Camilo, que à época acumulava os cargos de comandante-geral e subprefeito da Sé. O dinheiro serviria para a compra de ternos a Camilo. O comandante ainda retirava, mensalmente, R$ 5 mil do esquema.

Outro beneficiário apontando pelo ex-coronel Adriano foi o coronel João Cláudio Valério. Ele teria se locupletado com cerca de R$ 600 mil. A grana foi usada por múltiplas razões, inclusive no pagamento de despesas de uma amiga e de um dos filhos do oficial.

Todos os nomes apontados por Adriano disseram que foram investigados e as suspeitas arquivadas logo em seguida. O Ministério Público de São Paulo não respondeu aos questionamentos pertinentes à reportagem. Para Adriano, ficou a sensação de ter sido usado como “boi de piranha”.

 

Ø  Governo Tarcísio sai em defesa de PMs flagrados alterando cena de tiroteio

 

Na última quarta-feira (17), imagens gravadas por moradores de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, e obtidas pelo portal Uol, mostram um grupo de PMs olhando cuidadosamente o chão de uma viela e recolhendo coisas do chão horas após um menino de 7 anos ser baleado na cabeça enquanto ocorria uma operação na comunidade. O advogado que atende a família acusa os agentes de fraude processual, mas para o Governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) está tudo normal. O porta-voz da corporação não viu qualquer irregularidade na cena.

De acordo com testemunhas, por volta das 7h50 de quarta-feira, uma operação da PM transcorria na área onde a criança foi ferida. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou em nota que policiais militares faziam um patrulhamento na comunidade quando teriam sido recebidos a tiros por criminosos. Também disse que “todas as circunstâncias serão apuradas”.

“Os policiais intervieram e os suspeitos fugiram. Após a ação, foi constatado que uma criança estava com um ferimento na cabeça. Ela foi socorrida e transferida ao Hospital Campo Limpo, onde está consciente e sob cuidados médicos”, diz o trecho do comunicado emitido pela assessoria de imprensa da PM.

Segundo moradores próximos à família da vítima, o estado da criança é estável e o ferimento não teria tido maior gravidade, o que poderia indicar que ela foi atingida por estilhaços de uma bala, ou mesmo por um projétil que já teria perdido quase toda a força após ricochetear. Ela está internada no Hospital do Campo Limpo, administrado pela Secretaria Municipal de Saúde da capital paulista, que informou em nota que “o estado de saúde da criança é estável” e que ela “está recebendo todos os cuidados necessários”.

O caso foi registrado no 89° Distrito Policial (Morumbi), que ficará encarregado, pelo menos por ora, das investigações sobre o episódio. Locais onde ocorrem crimes devem ser preservados para ação da perícia e qualquer mudança no cenário do evento, assim como subtração ou ocultação de elementos, é crime.

Nesta quinta-feira (18), o advogado André Lozano, que faz a defesa do menino de 7 anos baleado, falou à Folha. Ele fez duras críticas à ação da PM, que efetuou diversos disparos numa rua que registrava forte presença comunitária. Moradores, incluindo crianças e idosos, circulavam pelo local no momento do tiroteio. Ele também acusou os policiais de fraude processual por conta do movimento de recolher objetos do chão.

“Em qualquer país civilizado do mundo não se atira quando tem passagem de transeuntes. Porque o objetivo da polícia é proteger, não é matar. Agora, quando há crianças, se mostra uma operação completamente desvirtuada e uma falta de treinamento, com violência exagerada. Não é um ato isolado. Existem muitos elementos que demonstram que os policiais agiram de forma no mínimo ilegal, para não dizer criminosa”, afirmou o defensor.

Já o coronel Massera, chefe da comunicação e porta-voz da PM, afirmou para o mesmo jornal que assistiu as imagens e que tem certeza de que o menino estava fora da linha de tiro dos policiais. Ele aponta que o ferimento na cabeça da criança pode ser sido provocado por estilhaços, pedaços de reboco ou por uma queda. Não descarta que a origem do ferimento possa ter saído das armas dos policiais, mas nega que os agentes tenham efetuado disparos na direção da vítima.

Sobre a adulteração da cena do crime, Massera descartou a possibilidade. A SSP, por sua vez, também emitiu uma nota afirmando que assistiu às imagens e que não verificou nenhuma violação no local.

“Segundo a análise, os policiais apenas sinalizaram onde estavam os estojos e projéteis. O local foi preservado, e o trabalho da perícia realizado sem prejuízos pela Polícia Técnica-Científica”, diz a nota da secretaria.

 

Fonte: Brasil 247/Fórum       

 

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