sábado, 3 de fevereiro de 2024

Por que Deus é incapaz de consertar esse mundo terrível?

Jesus declarou: “o meu reino não é desse mundo” (João 18:36)

Na ocasião do milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, a multidão que presenciou o milagre ficou maravilhada com Jesus e quiseram aclamá-lo rei! Jesus, porém, se afastou deles antes que tentassem levá-lo ao poder político (João 6:13–15) e isso por si só já demonstra claramente que Jesus nunca pleiteou nenhum cargo político na Terra embora fosse o candidato ideal para trazer à Terra um governo perfeito!

Enquanto homem, Jesus reunia as qualidades mais do que necessárias para ser o melhor governante que a Terra poderia ter na história da humanidade pois além de justo, bondoso, amoroso, prestativo, desapegado e sábio, Jesus era o homem que ressuscitava mortos, curava doenças e matava a fome de multidões milagrosamente!

Jesus Cristo também poderia ter descido da cruz, poderia ter nem precisado chegar até ela se quisesse, poderia ter derrotado todo o império romano para satisfazer às expectativas do povo judeu que aguardavam um messias político-militar e poderia ter se proclamado rei dos judeus e do mundo inteiro há 2000 anos atrás.

Então você me pergunta… E por que não o fez?

E eu lhe pergunto de volta… Teria realmente adiantado?!

Há pessoas que acham que se a pobreza e a fome fossem definitivamente eliminadas nesse exato instante no mundo então a humanidade alcançaria a paz.

Mas lhe digo que não é verdade pois a ganância, o egoísmo e a maldade implícitas no coração humano trariam tudo isso de volta.

É por esse motivo que todos os sistemas políticos, filosóficos e ideológicos que tentaram resolver os problemas do mundo até agora fracassaram. Porque ignoram o cerne da questão do mal no mundo que reside na natureza humana.

Por isso o comunismo fracasou, por isso o capitalismo não é perfeito, por isso qualquer forma de governo ou de sociedade apresenta os mesmos vícios e defeitos sociais e morais e, necessariamente por isso, Jesus não se fez rei desse mundo declarando, inclusive, que o reino Dele não é desse mundo pois ao contrário de todos os filósofos, políticos, cientistas sociais, antropólogos, historiadores e pensadores que buscam a solução do dilema humano a partir de soluções externas, Jesus Cristo propõe atacar o verdadeiro cerne da questão ao convidar o homem à reforma interna do mesmo através do Evangelho que nos revela a origem do mal no homem como resultado da existência do pecado, inerente a todos nós, cujo remédio é Cristo, o único com poder de libertar o homem dessa condição restaurando-o àquela comunhão inicial com Deus perdida no Éden.

 

       Por que há tantas interpretações da Bíblia?

 

Diversos são os motivos, mas considere que também existe o errado. Onde se está escrito o azul muitos leem como verde. O mais comum são pregadores fazerem moralismo sem conexão ao texto ou o uso de verdades acrescido de inverdades para justificação de argumentos.

Para uma exegese ou interpretação bíblica diversas questões devem ser levantadas e na prática vazios são usados para dizer o que não foi dito.

Vemos algumas:

Existem vícios de tradições com interpretações erradas. Em livros canonizados há autores que se referem a textos ou passagens de outros livros e autores fazendo interpretações de textos deslocadas com o contexto original ou da tradição interpretativa primaria do texto, trazendo uma nova teologia e muitas vezes até argumentos para idolatrias.

Muitos conteúdos dos escritos são poéticos e alegóricos mas uma interpretação literal pode dar outra roupagem ao texto ou sentido.

O hebraico bíblico não tem consoantes e uma palavra pode ter significado diverso que somente pode ser entendida pela tradição oral do texto.

Os livros cristãos foram escritos em grego mas muitas passagens foram faladas em aramaico perdendo-se assim a fonte original da mensagem. Ilações sobre qual deveria ter sido a mensagem original cria distorções.

Relatos bíblicos deixam vazios e de questões levantadas surgem dúvidas sobre o que não foi dito. Suposições muitas vezes deixam de ser suposições para ser interpretações de um texto não constituído.

Relatos considerados dentro de seu contexto histórico podem ter uma interpretação muito diferente se interpretados literalmente ou de forma isolada.

 

       Qual profeta foi preso por ter previsto o futuro?

 

Jehoshaphat foi um monarca que governou o reino de Judá em meados do século IX AC.

Um dia ele foi à corte do reino vizinho de Israel, cujo governante estava ansioso para reconquistar uma cidade ocupada pelos arameanos. Jehoshaphat ofereceu-se para ajudá-lo, mas com uma condição, a saber, consultar os profetas.

Ele reuniu 400 deles e lhes perguntou se ele deveria ir para a batalha, e eles responderam afirmativamente. Jehoshaphat, porém, não ficou satisfeito e perguntou se havia mais alguém para consultar.

Foi-lhe dito que havia um certo Miquéias, que era pouco considerado no reino porque ele nunca previu nada de bom. Quando Miquéias chegou ao palácio, ele não se negou e disse:

"O Senhor pôs um espírito de falsidade na boca de todos estes profetas, e ele prediz uma calamidade para você."

O rei de Israel ordenou que até seu retorno vitorioso esse profeta apodrecesse na cadeia, alimentando-se apenas de pão e água.

O governante travou a guerra sozinho e encontrou a derrota, assim como Miquéias havia predito.

 

       Você acredita que a Bíblia tem uma linguagem difícil e complicada, e por isso é extremamente difícil de entendê-la?

 

Esse é um tabu.

A bíblia é um conjunto de livros.

66 nas versões protestantes, um pouco mais nas versões católicas.

Desses 66 livros, vc vai conseguir ler e entender claramente 64 livros.

Apenas 2livros apresentam alguma dificuldade, porque estão escritos com linguagem simbólica.

Livro de Daniel

Livro do Apocalipse

Outra informação importante: a qualidade das traduções varia muito.

Prefira traduções mais recentes, como a "Biblia na linguagem de hoje ", "Tradução do Novo Mundo", etc

Às vezes, uma simples atualização resolve muitas dúvidas.

Em algumas traduções, o episódio do nascimento de Jesus é descrito como um milagre avassalador. "Uma virgem dará à luz…"

Mas, os tradutores da versão do Novo Mundo descobriram que a palavra hebraica original pode significar "mulher jovem".

Muda tudo, não?

"Eis que uma mulher jovem dará à luz…"

Fica tudo mais simples, é a natureza exercendo sua força. Mulheres jovens dão à luz todos os dias.

Mas se a tradução fala em uma virgem dando à luz, então precisa de uma intervenção divina, um milagre.

Perceba, portanto, que a simples tradução errada de uma palavra, dá origem a um dogma.

Há centenas de outros casos semelhantes, em que dogmas foram criados a partir de traduções errôneas, intencionalmente ou não.

Caso vc se interesse por uma leitura crítica da bíblia, sugiro que busque outras fontes.

Há boas opções, mas é claro, fora do universo religioso.

 

       Qual o sentido de Deus ordenar o massacre de crianças e bebês de colo? No que isso ajudaria?

 

E sim, Deus mandou "passar a fio de espada" alguns povos, principalmente enquanto os Hebreus se dirigiam na sua peregrinação até a terra de Canaã. Algumas referências estão nesses textos em Deuteronômio 7:1-2; 20:16-18

Segue abaixo alguns argumentos:

Uma explicação é a de que, manter as crianças e mulheres como escravos (prática muito comum aliás) não seria uma boa estratégia, uma vez que eles crescessem, iriam certamente se rebelar contra o povo que os atacou ou mesmo desviar o povo para que seguissem seus deuses.

Outra explicação é a que na realidade Deus nunca ordenou tal coisa, isso é simplesmente um conjunto de várias alegorias que sobre a formação do povo Hebreu. Assim, a própria escravidão no Egito, a saída milagrosa, um líder chamado Moisés, etc não passam de lendas criadas para dar uma áurea de santidade ao povo escolhido por Deus.

Outra explicação: Deus é soberano. Ele exerce sua misericórdia e também sua justiça de acordo com Sua soberania. Ele não se subjuga ao nosso padrão de justiça ou mesmo, a nossa interpretação do que seria justo. Nesse sentido, é interessante inclusive verificar a negociação entre Deus e Abraão em relação às vidas de Sodoma e Gomorra. Ao que se conclui que não existia nessas cidades ninguém justo, uma vez que foram por fim destruídas.

Outra explicação: esses povos, incluindo os demais adoradores de Moloque, já sacrificavam seus filhos para esse deus[1]. A ordem para matar a todos pode ter um sentido de ensino para o próprio povo Hebreu de como seriam as consequências para eles e para a sua descendência caso seguissem após outros deuses, apostatando do Deus de Abraão.

Outra explicação: Deus (e nós) somos eternos. A passagem por essa terra é somente um piscar de olhos em relação ao que será. Deus em sua soberania, pode dispor da nossa vida como desejar. Imaginando que todas as coisas estão em seu controle, Ele de fato permite que a cada segundo vidas inocentes sejam ceifadas desta terra. Mulheres e crianças continuam sendo mortas pelas mãos de governos e seus soldados ou através da violência de assassinos no exato momento que escrevo essas linhas e isso parece não ter possibilidade de mudança. A eternidade muda a perspectiva de quem perece e dá uma visão mais abrangente do que será nossa "vida real". Infelizmente, o nosso mundo está doente e o remédio na maioria das vezes é muito amargo. Alguns inocentes acabam pagando pelo rumo que as coisas tomaram desde o Éden.

 

Fonte: Quora

 

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