Estudo:
espessura da retina pode indicar risco de doenças cardíacas e pulmonares
Pesquisadores
acreditam ser possível prever o risco de uma pessoa desenvolver doenças
cardíacas e pulmonares através de exames de retina.
Um estudo
publicado na última quarta-feira (24), pesquisadores mostraram que pessoas
com retina mais fina podem ter maior risco de desenvolver doenças
pulmonares, como bronquite ou enfisema.
A pesquisa, publicada no Science Translational Medicine,
utilizou dados do UK Biobank, um enorme banco de dados médicos que contém
detalhes anônimos sobre saúde e genética de cerca de meio milhão de pessoas no
Reino Unido. Através dele, os pesquisadores obtiveram imagem das retinas
de 44.828 participantes, capturadas por meio de um procedimento não invasivo
denominado tomografia de coerência óptica.
Essa é uma
técnica comum em consultórios de oftalmologia para determinar o risco de
um paciente desenvolver doenças oculares como glaucoma e degeneração
macular.
No
entanto, para Nazlee Zebardast, da Havard Medical School, uma dos autoras do
estudo, esse exame pode também ajudar a fornecer informações sobre a saúde
do corpo todo.
Para a
pesquisa, a equipe combinou imagens da retina, dados genéticos e big data para
estimar o risco de uma pessoa desenvolver doenças cardíacas,
metabólicas e pulmonares. Os pesquisadores descobriram que o afinamento de
camadas da retina pode estar associado a um risco aumentado dessas
condições.
A
descoberta corrobora com estudos anteriores, que já haviam estabelecido ligações entre a espessura da
retina e a saúde do corpo como um todo.
·
Mais estudos são necessários
Apesar da
novidade, os pesquisadores ainda não sabem qual é a relação entre a
espessura da retina e a saúde do corpo no geral. Ainda assim, os autores
estão otimistas em relação às implicações do estudo.
Para
Zebardast, o próximo passo é fazer estudos prospectivos, acompanhando
pessoas durante anos para avaliar o risco de desenvolver doenças cardíacas ou
pulmonares.
Se a
investigação confirmar a hipótese, exames de imagem de retina poderão ser
métodos úteis e não invasivos para acompanhar a saúde.
Ø
Lesão na córnea: entenda os riscos
A atriz e
apresentadora Regina Casé, 69, revelou que sofreu uma lesão grave na
córnea de um dos olhos no final de 2023 devido ao uso de uma cola de
cílios postiços.
Em vídeo
publicado nas redes sociais, a apresentadora contou que o ocorrido “foi muito assustador”.
“Eu tinha
feito um evento de horas, e foi aplicado uma cola de cílios, tomem muito
cuidado com isso, que entupiu todas as saidinhas, meu olho parou de lubrificar,
e um pedaço da cola ficou na córnea. Tive uma lesão química”, contou ela.
A atriz
revelou, ainda, que chegou a ir cinco vezes ao médico, que lhe afirmou que o
caso era grave. “Dois dias, eu fiquei sem enxergar, tudo embaçado, lava o olho,
mas não enxergava. Fiquei desesperada, foi um pesadelo”.
·
O que é lesão química na córnea?
De acordo
com Emerson Fernandes, oftalmologista do Hospital Sírio-Libanês, a lesão
química na córnea ocorre quando uma substância química entra em contato
com o olho, levando a uma queimadura na região. A gravidade do dano
depende da quantidade de produto que entrou no olho, assim como a força e o
tempo de exposição ao componente.
“As
principais causas estão relacionadas ao contato com materiais do dia a dia. Nos
adultos, acontece especialmente com produtos de limpeza, amônia, cimento e cal,
que é muito perigoso”, afirma o especialista. “Nos últimos tempos, temos
observado algumas ocorrências com substâncias como álcool em gel, pomadas para cabelo e
colas usadas para fazer extensão de cílios”, completa.
Já nas
crianças, esse tipo de lesão é comum devido ao contato com materiais
usados na escola, como cola e tinta guache.
·
Quais são os riscos da lesão química
causada por cola de cílios?
A lesão
química na córnea pode ocasionar desde complicações leves até condições mais
graves. No caso da cola de cílios, é possível que o paciente tenha
uma reação alérgica ao componente utilizado no produto, o que gera
irritação e coceira no olho.
O contato
com substâncias químicas também pode levar à ceratite, uma inflamação da
córnea, conforme explica Emerson. “Essa lesão pode levar a uma infecção, o que
pode ser muito sério e causar, até mesmo, a perda de visão”, alerta o
oftalmologista.
·
Sintomas de lesão química na córnea
Os
sintomas causados por uma lesão química na córnea, segundo o profissional,
podem incluir:
- Lacrimejamento;
- Olho
vermelho;
- Irritação;
- Coceira;
- Fotofobia
(sensibilidade à luz);
- Visão
prejudicada temporariamente;
- Dificuldade
para manter os olhos abertos;
- Perda
parcial da visão.
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Como é feito o tratamento?
O
tratamento para uma lesão química na córnea começa imediatamente após o
contato com a substância, lavando o olho. “Muitas vezes, isso pode salvar o
olho do paciente, não só com a cola, como qualquer outro produto químico que
cai no olho”, enfatiza Emerson.
O
oftalmologista explica que a lavagem pode ser feita com soro fisiológico,
se a pessoa tiver o produto em casa. Caso não tenha, a higienização pode ser
feita com água filtrada ou água corrente. “Lave por uns 10 a 15 minutos e,
em seguida, procure o serviço médico”, orienta.
No
atendimento médico, o tratamento, geralmente, é feito com lubrificantes,
colírios cicatrizantes ou colírios antibióticos. Em casos mais sérios, a
cirurgia pode ser necessária. “Mas o principal é lavar bastante o local da
lesão”, reitera.
·
Cuidados importantes para evitar lesões por
cola de cílios e outros produtos
Alguns
cuidados são fundamentais para evitar lesões químicas no olho. No caso da cola
de cílios, é importante fazer o procedimento com profissionais especializados e
que utilizem substâncias adequadas para a região do olho.
Também é
preciso conhecer os componentes presentes na cola, se possível. “Algumas
pessoas têm alergia aos componentes, mesmo quando são adequados para a região
do olho. Então, elas precisam ter ainda mais cuidado”, enfatiza Emerson.
No caso
das extensões de cílios, também é importante lavar os cílios
rotineiramente. “Muitas vezes, as pessoas deixam de lavá-los e é muito comum
isso causar irritação no olho, pois pode acumular sujeita e levar a uma
situação que chamamos de blefarite, que é uma irritação na região dos
cílios bastante desconfortável”, finaliza.
Fonte: CNN
Brasil
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