quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

A conta-gotas: Trabalhadores da Caraíba Metais ainda aguardam pagamentos de 2023

Após dois meses sem nenhum pagamento, os trabalhadores da Paranapanema/Caraíba Metais, receberam nesta terça, 30, a primeira quinzena do mês de dezembro de 2023. Além disso, também foi creditado o abono referente à convenção coletiva, de julho a dezembro.

Para hoje, é aguardado o pagamento do primeiro pagamento da Bolsa Qualificação, com verba do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), vinculado ao seguro-desemprego. O pagamento da bolsa faz parte do acordo de 'lay off' (suspensão de contrato, homologado no final do ano passado, com prazo de cinco meses.

Sobre o valor da bolsa será acrescido um complemento pago pela empresa, conforme previsto no acordo de lay off. Essa ajuda compensatória ainda não foi viabilizada, bem como as férias, segundo Gustavo Abrantes, chefe da Seção de Relações do Trabalho da Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE-BA), que intermediou o acordo.

Caso a empresa consiga cumprir a previsão de pagar as férias e o acréscimo da bolsa nesta quarta, 31, ainda ficarão pendentes a 2ª quinzena de dezembro e o 13º salário para os mais de 500 trabalhadores dispensados do trabalho. Pouco mais de 100 seguem cumprindo expediente na metalúrgica, em Dias d´Ávila, para manutenção do forno, mesmo com a produção de cobre paralisada.

A TARDE solicitou posicionamento da empresa sobre a previsão de pagamento para esta quarta, 31, mas não houve retorno até o fechamento dessa reportagem.

Histórico

A Caraíba interrompeu as atividades em outubro de 2023, quando a empresa anunciou uma parada de manutenção devido a problemas no precipitador, equipamento essencial para sua operação. Segundo o sindicato dos metalúrgicos de Dias d´Ávila e região, desde então, até mesmo o pagamento do auxílio-alimentação foi suspenso.

Em novembro, a justiça de São Paulo homologou o pedido de recuperação judicial. Segundo a empresa, a “parada industrial não programada para reparos em sua linha de produção, afetou severamente o fluxo de caixa e a obrigou a adotar o lay-off para parte dos trabalhadores, aprovado em assembleia realizada pelo sindicato da categoria”.

A Integra, empresa responsável pela recuperação judicial, alega que vem atuando junto ao juiz da Recuperação Judicial para liberação de recursos relativos a depósitos judiciais recursais de processos da Justiça do Trabalho, a fim de regularizar os pagamentos.

Esses recursos incluem créditos de ICMS retidos pelo Governo do Estado, mas Paranapanema e Secretaria da Fazenda ainda não chegaram a um consenso sobre os valores. Há duas semanas os trabalhadores acamparam na porta da empresa.

Eles aproveitaran a presença do presidente Lula em Camaçari para encaminhar uma carta ao presidente e ao governador Jerônimo Rodrigues solicitando intermediação para a retomada da produção, a partir da implantação da BYD e do parque eólico no estado, o que deve aumentar expressivamente a demanda por cobre. A Caraíba Metais é a única produtora de cobre eletrolítico do país.

 

       Acordo histórico entre TJ-BA e associações agrícolas vai atuar na regularização de imóveis públicos

 

A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a Associação de Registradores de Imóveis (Ariba) e o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) firmaram acordo para simplificar a regularização de imóveis públicos.

O acordo, considerado histórico, prevê a regularização fundiária de 100% das escolas públicas estaduais e 70 delegacias em 262 municípios, sem escrituras. O termo de cooperação foi assinado nesta terça-feira (30).

“Estamos tratando hoje da regularização de imóveis públicos cuja situação de irregularidade matricial pode causar entraves burocráticos na implementação de políticas públicas de investimentos em tais imóveis. Assim, tanto a essencialidade desses espaços, escolas e delegacias, para a educação e a segurança pública de nossa comunidade, temos o imperativo na proteção do patrimônio público”, ressaltou o presidente do TJ-BA, desembargador Nilson Soares Castelo Branco.

A cooperação visa identificar e georreferenciar essas propriedades, facilitando o processo de abertura de matrículas registrais. Com essa iniciativa, de acordo com as entidades, mais de 3 mil escolas estaduais  estarão em situação regular, permitindo o acesso a financiamentos públicos e garantindo a implementação eficaz de políticas públicas. O vice-presidente da Abapa, Paulo Schimitd, ressaltou o uso de GPS e georreferenciamento para mapear e registrar as escolas sem escrituras.

“Vamos disponibilizar o corpo técnico especializado das associações que por meio GPS e georreferenciamentos farão o mapeamento que garantirá os registros e, consequentemente, os acessos dessas unidades escolares a qualquer programa do governo”, disse.

Júlio Cesar Busato, representante da Aiba, enfatizou a transformação educacional resultante desse projeto inédito no Brasil. “Inicialmente pensamos em fazer a regularização das escolas do oeste, mas depois, entendemos a importância de expandir para toda a Bahia, porque a gente acredita que somente a educação transforma as pessoas, então isso vai permitir às muitas escolas que não tinham acesso aos financiamentos públicos, passarem a ter, o que vai se refletir no futuro, na transformação das pessoas”, destacou.

A presidente da Ariba, Karoline Sales Monteiro Cabral, comemorou a meta de regularizar todas as escolas e delegacias estaduais até 2024, assegurando que a falta de escritura não será mais um obstáculo para a implementação de políticas públicas. “É um  projeto inédito no Brasil, ousado e necessário”, reforçou.

O evento reuniu representantes das três associações, secretários de estado da Educação, Segurança Pública, e Administração, o corregedor-geral da Justiça, desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano, e seu corregedor das Comarcas do Interior, desembargador Edmilson Jatahy Fonseca Júnior.

 

       Mensagem de terror: facção cobra taxa para moradores de condomínios de Salvador

 

Os moradores e comerciantes da Lagoa da Paixão, em Valéria, Bosque das Bromélias, no Jardim das Margaridas, e da Fazenda Grande II, em Cajazeiras, foram surpreendidos com um comunicado escrito feito por traficantes que anunciaram a cobrança de taxa que seria uma espécie de garantia de segurança para a população.

A denúncia foi feita por um morador do Conjunto Residencial Fazenda Grande 2 - Pedra de Xangô, que fez um vídeo relatando a ação dos criminosos. No comunicado deixado nos apartamentos, a facção faz ameaças:

"Estamos vindo através deste comunicado informar que todos os moradores do Conjunto Residencial Fazenda Grande 2 - Pedra de Xangô, Conjunto Lagoa da Paixão, Bosque das Bromélias,  pagar R$ 200,00 (duzentos reais) por apartamento e R$ 500,00 (quinhentos reais) por ponto comercial. Aqueles que não contribuir, será expulso do apartamento e ponto comercial da comunidade, as cobranças será realizada por "de menor". Evite perder seu apartamento, seu comércio. Só lembrando que "X9", polícia na comunidade é morte, sem massagem", diz a carta.

Após receber a "correspondência", o morador, aterrorizado, pede providências. "Chamando atenção da imprensa, polícia, Caixa Econômica Federal para que prestem atenção nisso. Eu peço que vocês compartilhem, porque o tráfico de drogas está cobrando aluguel, tanto de comerciantes, como de moradores. Se não pagar é expulso do apartamento aqui do Minha Casa, Minha, Vid

 

 

Fonte: A Tarde/BN

 

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