Zakharova: EUA sofrerão na Ucrânia 'um
fiasco humilhante' como no Vietnã e no Afeganistão
O envolvimento dos
Estados Unidos no conflito na Ucrânia terminará em um fiasco tão contundente
quanto o que ocorreu no Vietnã e no Afeganistão, alertou o Ministério das
Relações Exteriores russo após a Câmara dos Representantes aprovar um pacote de
ajuda de US$ 61 bilhões (R$ 317 bilhões) para Kiev.
"As ações dos EUA
como parte do conflito enfrentarão uma rejeição incondicional e determinada. Um
envolvimento cada vez maior de Washington em uma guerra híbrida contra a Rússia
resultará em um fiasco igualmente escandaloso e humilhante para os EUA como o
que ocorreu no Vietnã e no Afeganistão", declarou a representante oficial
do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova.
Segundo Zakharova, em
qualquer caso, "as tentativas de salvar o regime neonazista de [o
presidente ucraniano, Vladimir] Zelensky estão condenadas ao fracasso. Os
objetivos e metas da operação militar especial serão plenamente
alcançados".
O resultado da votação
na Câmara dos Representantes, de acordo com a representante oficial, deixa
claro que "as elites governantes nos EUA, independentemente de sua
afiliação partidária, estão dispostas a saturar o regime de Kiev com armas para
que ele possa lutar até o último ucraniano, incluindo ataques terroristas
contra alvos civis em território russo, ataques de sabotagem e assassinatos de
jornalistas".
"Para isso,
Washington recorre ao roubo banal dos ativos russos congelados, para o qual o
Congresso deu luz verde à administração do [presidente Joe] Biden",
acrescentou Zakharova.
A autoridade russa
ainda supôs que a Casa Branca busca, com o pacote, manter as Forças Armadas da
Ucrânia até as eleições presidenciais norte-americanas em novembro "sem
prejudicar a imagem de Joe Biden". "É por isso que eles prolongam a agonia
de Zelensky e seu círculo, enquanto os ucranianos comuns são levados à força
para o abate, como carne de canhão. Os republicanos também têm seus interesses,
pressionando em favor da indústria militar norte-americana, que receberá a
maior parte das verbas destinadas à Ucrânia", afirmou Zakharova.
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Novos recursos aprovados
A Câmara dos
Representantes dos Estados Unidos aprovou no último sábado (20), por 311 votos
a favor e 112 contra, um pacote de ajuda que destina US$ 23,3 bilhões (R$ 121,2
bilhões) para reposição de artigos e serviços de defesa para a Ucrânia, US$
13,8 bilhões (R$ 71,8 bilhões) para compra de sistemas avançados de armas e US$
11,3 bilhões (R$ 58,8 bilhões) para operações militares norte-americanas na
região.
Além disso, o pacote
prevê a entrega de sistemas de mísseis de longo alcance Atacms, embora o
presidente dos EUA possa reter essa transferência se considerar que seria
prejudicial para os interesses da segurança nacional.
Após receber o aval da
Câmara dos Representantes, o projeto de lei será encaminhado ao Senado para
votação. Em seguida, será apresentado ao presidente dos EUA, Joe Biden, para
sua assinatura.
Os Estados Unidos e
seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), de acordo com
o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, participam diretamente
do conflito na Ucrânia, tanto com o fornecimento de armas quanto com treinamento
de pessoal no Reino Unido, Alemanha, Itália e outros países.
A Rússia já alertou
repetidamente que os comboios estrangeiros com armas para a Ucrânia seriam
"alvos legítimos" para seu exército assim que cruzassem a fronteira.
¨ Chefe da OTAN admite que atraso na ajuda dos EUA à Ucrânia gerou
consequências ao país
O secretário-geral da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, afirmou que
o novo pacote de ajuda à Ucrânia não chegou tarde demais, mas admitiu que o
atraso teve consequências. O pacote, enviado ao Congresso dos Estados Unidos no
fim do ano passado, só foi aprovado na Câmara dos Representantes no último
sábado (20).
"Não é tarde
demais, mas, claro, o atraso teve consequências reais. Os ucranianos estão há
meses sendo superados em poder de fogo por cerca de um para cinco, um para dez,
dependendo da parte da linha de frente de que se fala", disse à emissora norte-americana
MSNBC.
Stoltenberg enfatizou
que a Rússia tinha muito mais munição, enquanto os ucranianos foram forçados a
racionar. O chefe da OTAN acrescentou ainda que o Exército ucraniano vinha
lutando para abater mísseis e drones porque não tinha materiais suficientes para
os sistemas de defesa aérea.
A Câmara dos
Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei de US$ 61 bilhões
(R$ 317 bilhões), por 311 votos a favor e 112 contra, para auxílio financeiro
para a Ucrânia. O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, disse que espera
que a Casa vote o projeto o mais rápido possível, antes de ser enviado para a
mesa do presidente.
O pacote de ajuda
destina US$ 23,3 bilhões (R$ 121,2 bilhões) para reposição de artigos e
serviços de defesa para a Ucrânia, US$ 13,8 bilhões (R$ 71,8 bilhões) para
compra de sistemas avançados de armas e US$ 11,3 bilhões (R$ 58,8 bilhões) para
operações militares norte-americanas na região.
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'Vai matar ainda mais os ucranianos'
Após a aprovação do
projeto, o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, declarou que a medida
vai matar ainda mais os ucranianos, apesar de já ser esperada pelo governo
russo. "Isso enriquecerá ainda mais os Estados Unidos da América e
arruinará ainda mais a Ucrânia, matando ainda mais ucranianos por causa do
regime de Kiev", acrescentou.
Já a representante
oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova,
enfatizou que a ajuda militar dos Estados Unidos a Ucrânia, Israel e Taiwan vai
agravar ainda mais as crises globais. Além disso, Zakharova destacou que o
financiamento do governo de Vladimir Zelensky é um patrocínio direto de
atividades terroristas.
Os Estados Unidos e
seus aliados da OTAN, de acordo com o chanceler russo, Sergei Lavrov,
participam diretamente do conflito na Ucrânia, tanto com o fornecimento de
armas quanto com treinamento de pessoal no Reino Unido, Alemanha, Itália e
outros países.
Ø Decisão da Câmara em aprovar ajuda de US$ 61 bi à Ucrânia é
'sinal forte nestes tempos', diz Scholz
O chanceler alemão,
Olaf Scholz, elogiou a Câmara dos Representantes dos EUA neste domingo (21) por
aprovar um projeto de lei que vai desbloquear quase US$ 61 bilhões (cerca de R$
317 bilhões) em assistência militar relacionada com a Ucrânia.
"A decisão da
Câmara dos Representantes dos Estados Unidos de apoiar a Ucrânia é um sinal
forte nestes tempos. Apoiamos os ucranianos que lutam pelo seu país livre,
democrático e independente", escreveu o chanceler alemão nas redes
sociais.
O homólogo holandês de
Scholz, Mark Rutte, classificou a aprovação de um novo pacote de ajuda à
Ucrânia como "notícias muito boas".
"Este é um passo
importante para garantir o apoio contínuo à Ucrânia enquanto ela se defende
contra a agressão russa", escreveu o primeiro-ministro nas redes sociais.
A Câmara aprovou a Lei
de Dotações Suplementares de Segurança da Ucrânia por 311 votos a 112 no sábado
(20), depois de rejeitar uma série de emendas republicanas para cortar o
financiamento do projeto. Agora vai para o Senado.
A legislação inclui
US$ 23,3 bilhões (cerca R$ 121,1 bilhões) para reabastecer os stocks de defesa
dos EUA, US$ 13,8 bilhões (aproximadamente R$ 71,7 bilhões) para a aquisição de
armas avançadas e US$ 11,3 bilhões (mais de R$ 58,7 bilhões) para operações
militares dos EUA na região.
O vice-presidente do
Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, argumentou que o projeto de lei
foi elaborado para beneficiar a indústria de defesa dos EUA. O porta-voz do
Kremlin, Dmitry Peskov, disse que isso enriqueceria ainda mais os EUA, ao mesmo
tempo que devastaria a Ucrânia e os ucranianos.
A representante
oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse
no sábado (20) que a decisão da Câmara dos EUA apenas agravará as tensões no
mundo.
O Ministério das
Relações Exteriores da Rússia, comentando o novo pacote de ajuda financeira
aceite pela Câmara dos Representantes dos EUA, afirmou neste domingo (21) que
as ações de Washington, sendo de fato parte do conflito, terão uma resposta
incondicional e decisiva.
O ministério apontou
que as elites do governo nos EUA estão prontas para inundar Kiev de armas, a
fim de lutar até o último ucraniano, e por isso decidiram roubar os ativos
congelados da Rússia.
Segundo o MRE russo, a
Casa Branca está apostando não na mítica vitória de Kiev, mas espera que a
Ucrânia resista até pelo menos as eleições nos EUA para não estragar a imagem
do presidente Joe Biden.
Ø
Extermínio palestino
será uma das mais trágicas heranças da dominação imperial dos EUA. Por Jeferson Miola
A Administração Biden
vetou no Conselho de Segurança [18/4] a admissão da Palestina como membro pleno
da ONU.
A medida desrespeita a
Resolução 181 de 29/11/1947 da própria ONU, aquela que arbitrariamente criou
dois Estados às custas da partilha da Palestina.
Na prática, esta
decisão significa que, do ponto de vista legal e formal, a Palestina continuará
não existindo como um país soberano, e continuará sendo não-membro
observador das Nações Unidas.
Esta condição absurda
retira dos palestinos o poder de participar de instâncias relevantes da ONU,
como o Conselho de Segurança, e de exercer prerrogativas legais, como votar e
propor resoluções. E é, obviamente, algo totalmente kafkiano.
Além da Palestina, só
o Vaticano tem o status de não-membro observador da ONU. Com a diferença,
contudo, de que ao contrário da cidade-sede da Igreja Católica, os palestinos
possuem uma população permanente e reconhecida étnica, histórica e
culturalmente enquanto povo.
Os palestinos também
possuem seu território milenar, que foi permanentemente espoliado e roubado
pelos sionistas no marco da estratégia colonialista, em especial a partir dos
anos 1920 do século passado.
Os palestinos também
elegem seus governos, que são desrespeitados por Israel. Além disso, são
reconhecidos como Nação legítima e soberana por mais de 140 países.
O vice-embaixador dos
EUA na ONU, Robert Wood, abusou da hipocrisia.
Ao explicar o
inexplicável, ele argumentou que os EUA não se opõem à criação de um Estado
palestino, mas “apenas” defendem que o reconhecimento da Palestina deverá vir
“de negociações diretas entre as partes”, ou seja, da concordância que nunca
acontecerá do regime nazi-sionista de Israel, que neste exato momento está
empenhado em executar a “solução final” de limpeza étnica com a inteira
devastação dos territórios palestinos.
Dois dias depois do
veto na ONU, em pleno sábado [20/4] o Congresso estadunidense aprovou a
liberação de mais 26 bilhões de dólares para Israel acelerar o genocídio do povo palestino confinado no Gueto de Rafah.
A bestialidade israelense que já assassinou pelo menos 41 mil
pessoas e deixou feridas mais de 76 mil, a imensa
maioria delas crianças, mulheres e idosas, não poupa hospitais, escolas,
igrejas, mesquitas, escritórios da ONU, ambulâncias, comboios de ajuda
humanitária e residências das famílias.
Nem mesmo a memória
arquitetônica é preservada, pois tudo deve ser inteiramente destruído.
A ideia é fazer terra
arrasada; apagar os mínimos resquícios da memória palestina; exterminar todos e
quaisquer traços e reminiscências da “raça inferior”.
Neste empreendimento
genocida, terrorista e criminoso, Israel conta com a solidariedade, o apoio e a
cumplicidade integral do establishment estadunidense.
Os EUA não permitem a
adoção de nenhuma solução política, negociada ou pacífica para superar esta
terrível realidade, assim como vetam todas tentativas de cessar-fogo e de
socorro humanitário aos palestinos.
O império
estadunidense é responsável pelas maiores tragédias da humanidade, a começar
pelo uso extemporâneo criminoso da bomba nuclear, detonada para afirmar seu
poder mundial já quando não se fazia necessário; e, depois, nas sucessivas
guerras, massacres e ataques a vários povos considerados inimigos ao redor do
mundo.
O extermínio do povo
palestino será uma das mais trágicas heranças do poder imperial que os EUA
exercem no mundo.
Dramaticamente, esta
tragédia tem todas as condições de acontecer antes da chegada do fim deste
poder imperial, que está em curso.
Fonte: Sputnik Brasil/Viomundo
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